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Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 1 Estamos iniciando o curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame da Ordem. Será um período de muita dedicação, mas que compensa demais, afinal, você estará preparado até a data da prova e, portanto, será aprovado. Encare esse período com o máximo de disciplina possível, abdicando de algumas coisas dispensáveis, ou ao menos reduzindo-as a períodos determinados e curtos. Pode parecer besteira, mas é visível o quanto o uso do celular prejudica. Não raro, muitos acham que é normal e perdem momentos valiosos fazendo uso de aplicativos durante a aula ou nos momentos de estudo em casa. Este é um erro que pode custar a sua aprovação. Não brinque com coisa séria. Nesse mesmo contexto, precisamos falar do Vademecum. Você precisa de algo impresso para olhar. Não é hora de praticidade. É hora de aprendizado. Honestamente, olhando a legislação pelo celular, você não adquire memória visual, o que te atrapalha muito na realização do seu objetivo, que é a aprovação. Você já deve ter ouvido falar que eu sou duro demais, terrorista e, talvez, até cruel. Se você nunca fez a prova, eu até entendo você acreditar nisso. Para os que já fizeram a prova, você sabe que cruel, de verdade, é a reprovação. É dela que eu tento te livrar nesse período que teremos até a prova. Parece muito tempo, não é mesmo? Não é, entretanto. Começar a estudar de verdade só na metade do curso reduz sua chance de aprovação em mais de 40%, leia-se: um milagre. Para que cometer erros primários como esse, não é mesmo? Esta apostila não tem o condão de exaurir a matéria, mas servirá de base para que você acompanhe as aulas e possa sanar suas dúvidas. É essencial que você promova a leitura dessa apostila, no mínimo, 4 vezes durante o curso. Parece coisa de professor terrorista, não parece? Mas não é! É coisa de gente aprovada. Os reprovados, em regra, leem 2 vezes, no máximo, o que significa, de forma clara, que estão de Goiânia a Belém, a pé, da aprovação. Não cometa esses erros. Por ser uma apostila que precisa ser lida, no mínimo, quatro vezes, ela é condensada, direta e em linguagem simples. Você reparará que, não raro, eu conversarei com vocês por meio dela. Não deixem de promover a leitura da legislação aqui indicada. Você vai reparar que eu tento facilitar sua vida ao máximo, colocando a maioria dos dispositivos que eu quero que você leia na própria Apostila. Repare que, nesta apostila, o material tem a sequência que será seguida nas aulas. Os pontos são abordados de forma bem sintética e em linguagem simples, sendo que, após o conteúdo, você tem questões já cobradas nos Exames anteriores, de modo que você treine o que acabou de ler. São detalhes que fazem a diferença. Essas questões sobre o assunto estudado permitirão que você veja o assunto com outros olhos, o que possibilita maior memorização, que é o nosso objetivo maior. O Proordem envida todos os esforços necessários para a sua aprovação. Além de poder fazer perguntas durante a aula e após o término, você tem toda uma estrutura disponibilizada para que você estude na unidade, caso não http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 2 consiga (como eu) estudar em casa. Tenho absoluta certeza de que, com dedicação e afinco, sua aprovação é certa. Sempre que o desânimo vier, pense na felicidade de ver o seu nome na lista de aprovados. Feche seus olhos e imagine as pessoas importantes para você te olhando após você dizer que foi aprovado. É um sonho conquistado. Para isso, precisamos nos dedicar neste preparatório. Não deixe de, após a leitura do material de apoio (apostila), fazer questões relacionadas à matéria que estudou naquele dia. Elas estão logo após o conteúdo ministrado. Isso contribui muito para a fixação do conteúdo. Na revisão, realizada no sábado ou no domingo, você deve resolver as questões que você errou durante a semana (as quais devem ser assinaladas no momento da correção) e, além disso, promover a anotação, em uma folha (apenas uma por aula), dos principais pontos de dificuldade, inclusive o que você aprendeu ao corrigir as questões. Tente fazer da forma mais resumida possível porque só podemos utilizar uma folha por aula. Isto servirá para que você tenha uma otimização na revisão, nas duas semanas que antecedem a prova. Na semana 1, você terá 5 aulas, devendo, nesses dias, resolver ao menos 40 questões sobre a matéria estudada no dia da aula. Lembre-se de que não é resolvendo as questões que se aprende. O que fará efetiva diferença para você é a correção. Eu sei que demora, que não é fácil, mas é essencial. Faça as questões sem o auxílio do Código ou de qualquer material. Na correção, você deve fazer uso do Código, utilizando o material complementar (Apostila) como um dicionário, ou seja, apenas para tirar suas dúvidas. A correção é a melhor forma de aprendizado, sendo o instrumento mais eficiente para que você alcance o maior número de acertos. Tente identificar onde está o erro das assertivas incorretas. Isso incrementa substancialmente o seu entendimento sobre a matéria. Jamais duvidem de vocês, mas fiquem atentos para que a autoconfiança e a preguiça não vos sabotem. Esta prova exige muito, mas, entendendo o conteúdo de modo a fixá-lo e, resolvendo questões, com a devida correção, o resultado será satisfatório. Contem conosco para o que precisarem. Sanem suas dúvidas em sala, ou após a aula, e, por favor, anotem suas dúvidas para não as esquecer. Grande abraço. Professor André Dafico andredafico@gmail.com @prof.andredafico http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ mailto:andredafico@gmail.com Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 3 SUMÁRIO Aula 1 – Poder Constituinte, Teoria geral da CF............................................................................ 4 Questões – Aula 1 .......................................................................................................................... 20 Aula 2 – Organização do Estado, Competência legislativa .......................................................... 36 Questões – Aula 2 .......................................................................................................................... 52 Aula 3 – Direitos e garantias, Remédios Constitucionais ............................................................. 72 Questões – Aula 3 ........................................................................................................................... 87 Aula 4 – MI, Ação popular, Legislativo, Imunidades Parlamentares e CPI ............................ 107 Questões – Aula 4 ......................................................................................................................... 127 Aula 5 – Processo legislativo ......................................................................................................... 144 Questões – Aula 5 ........................................................................................................................ 155 Aula 6 – Poder Executivo, Poder Judiciário e Controle difuso ................................................. 170 Questões – Aula 6 ......................................................................................................................... 191 Aula 7 – Controle concentradoe Controle em âmbito estadual ............................................... 210 Questões – Aula 7 ......................................................................................................................... 223 Súmulas Vinculantes .................................................................................................................. 244 http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 4 AULA 1 HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES Constituição de 1824 A Constituição de 1824 foi outorgada, não popular, que teve como fonte inspiradora a Constituição Francesa (1791) e o Constitucionalismo Inglês, sendo a única Constituição do Mundo que adotou a chamada Teoria do Poder Moderador. Tínhamos, portanto, 4 poderes, onde o imperador era o poder moderador. O Executivo era exercido pelo Imperador, auxiliado por um Conselho de Ministros. O Poder Judiciário era composto por juízes escolhidos pelo Imperador. O Legislativo era bicameral (Senadores vitalícios escolhidos pelo Imperador e representantes – também chamado de deputados – eleitos). Não havia Ministério Público, muito menos “controle de constitucionalidade”, sendo omissa ainda em relação aos “habeas corpus” (que em 1832 surge no CPP do Império). Essa Constituição estabeleceu a monarquia perpétua e hereditária como forma de governo, sendo o Estado Unitário (as províncias não tinham capacidade política). Não existia portanto, descentralização política. “Sufrágio restritivo censitário”, ou seja, só tinha direito de votar e ser votado quem tivesse um determinado patrimônio, uma vez que se levava em conta uma qualidade econômica. Foi uma Constituição semirrígida ou semi-flexível. Ela diferenciava normas materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais, uma vez que as primeiras exigiam para sua alteração um processo mais trabalhoso, visto que o processo de alteração dessas últimas era menos solene, bem mais facilitado. Essa Constituição cria um “Estado Confessional”, no qual havia a religião Católica Apostólica Romana como religião oficial. Havia liberdade de consciência, liberdade de crença, mas não havia liberdade de culto, tendo como consequência a não existência de templos que não fossem católicos. Tal Constituição ainda trouxe um elenco de direitos fundamentais, embora fosse contraditória, uma vez que falava em liberdade e igualdade, mas permitia a escravidão. Consideravam os escravos como “objetos de direito”, e não como “sujeitos de direito”. Constituição de 1891 Foi uma Constituição promulgada que decorreu de uma Assembleia Nacional Constituinte e teve como fonte inspiradora a Constituição Americana de 1787. Ela acabou com o Estado Unitário, estabelecendo a http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 5 Federação como forma de Estado. As províncias passaram a se chamar Estado, com legislativo próprio. Acaba com a monarquia e cria a República como forma de governo. O sistema ou regime de governo passa a ser presidencialista. Houve a constitucionalização do habeas corpus, bem como a introdução do controle de constitucionalidade pelo sistema difuso. Também houve a constitucionalização do Ministério Público, que estava posicionado dentro da estrutura do Poder Judiciário. Essa Constituição criou o estado laico (estado leigo) não confessional, ou seja, a separação de Estado e Igreja. Também trouxe o sufrágio universal (apesar de ser o sufrágio universal, nem a mulher nem o mendigo votavam). A Constituição permitia que os Estados-membros pudessem legislar sobre processos, ou seja, a Constituição de 1891 deu maior autonomia para os Estados-membros. Constituição de 1934 A Constituição de 1934 foi uma Constituição promulgada que teve como fonte inspiradora a Constituição Alemã de 1919 (Constituição de Weimar). Essa Constituição marca a passagem de um Estado liberal para um Estado social. As constituições liberais são apenas constituições jurídico-políticas, traduzindo-se na instituição de um estado garantidor, que protege a lei. No Estado social, as Constituições, além de jurídico- políticas, estabelecem que o Estado, além de ser garantidor, deve ser prestador (contrariando a doutrina de Adam Smith que dizia que a mão-invisível resolve tudo, defendendo o Estado liberal). Ela constitucionaliza o mandado de segurança, a ação popular, o voto da mulher (voto este criado por lei em 1932 e constitucionalizado em 1934); o voto secreto; o controle de constitucionalidade difuso (apenas mantido, visto que já existia na Constituição anterior); a ADI interventiva da União no Estado; a reserva de plenário (a inconstitucionalidade só pode ser reconhecida pelo Tribunal com a maioria de votos). Constituição de 1937 A Constituição de 1937 foi uma Constituição outorgada por Getúlio Vargas e escrita por Francisco Campos, apelidado de Chico Ciência. Ela teve como fundamento a Constituição Polonesa de 1935. Houve centralização de poder no Chefe do Executivo da União. Getúlio Vargas nomeou interventores nos Estados, fechou os parlamentos estaduais e o parlamento nacional passando a legislar através de decreto-lei. Era do Presidente da República a última palavra em relação ao controle de constitucionalidade. Havia um estado unitário. Também desconstitucionalizou o Ministério Público e o Mandado de Segurança. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 6 Constituição de 1946 A Constituição de 1946 foi uma constituição promulgada. Segundo grande parte da doutrina, foi a Constituição mais democrática que já tivemos no Brasil, haja vista a participação de várias correntes políticas. Teve como fonte inspiradora a Constituição de 1934 (Constitucionalismo Econômico Social) e também teve influência do Constitucionalismo Pós-Segunda Guerra Mundial. Foi uma Constituição municipalista, uma vez que atribuiu competência legislativa e administrativa aos municípios. Previu, formal e materialmente, a existência de três poderes (Executivo; Legislativo; Judiciário). Essa Constituição aboliu o “decreto-lei” retirando do Chefe do executivo o poder de inovar a ordem jurídica. Tal Constituição retirou, ainda, a atribuição do Presidente da República no que tange ao controle de constitucionalidade. O Ministério Público tornou-se independente, não se encontrando posicionado em nenhum dos poderes da República. Houve reconstitucionalização do mandado de segurança e da ação popular. O marco desta Constituição foi a redemocratização do nosso Estado e a volta às premissas básicas da Constituição de 1934. Constituição de 1967 Formalmente, foi uma Constituição promulgada, mas, materialmente, outorgada. Por isso, alguns constitucionalistas costumam dizer que ela teria sido uma “Constituição Atípica” (ela foi formalmente promulgada, mas sem debates, sem participação popular, uma vez que o Congresso não poderia mudar o projeto do Executivo). Ela organizou a previsão dos Atos Institucionais, à exemplo das eleições indiretas para Presidente, Governadores e Prefeitos de capitais, da centralização de poder no Chefe do Executivo da União, retirando a competência dos Estados-membros, enfraquecendo a federação. Ainda atribuiu ao Presidente da República o poder decassar mandatos políticos, além da possibilidade de censurar os meios de comunicação. O Ministério Público voltou a ficar dentro da estrutura do Poder Judiciário e o controle de constitucionalidade passou a acontecer pela via difusa e concentrada. Constituição de 1969 No dia 17 outubro de 1969, os Ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica editam a Emenda Constitucional 01 à Constituição de 1967. Ela foi outorgada pelos militares (Junta militar), sem qualquer legitimidade. Ela centralizou ainda mais os poderes nas mãos do Chefe do Executivo. Trouxe censura, http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 7 Presidente com o poder de fechar o Congresso Nacional, estado de sítio, proibição de manifestações, eleições indiretas, Ministério Público dentro do Poder Executivo. Constituição de 1988 Foi promulgada em 05 de outubro de 1988, tendo sido elaborada pela Assembleia Nacional Constituinte, a qual foi eleita em 15 de novembro de 1986. Será analisada de forma pormenorizada durante a análise dos institutos que a integram. PODER CONSTITUINTE O poder constituinte originário é ilimitado (não tem limites materiais), incondicionado (não há critérios formais à sua elaboração) e autônomo (porque não decorre de nenhum outro poder). Ele foi exercido pela Assembleia Nacional Constituinte à época da elaboração da CF/88. Repare que a atual Constituição revoga integralmente o texto constitucional anterior, já que não é adotada no Brasil a teoria da desconstitucionalização, segundo a qual as normas da Constituição anterior que sejam materialmente compatíveis com o novo texto constitucional e que não tenham sido previstas, são recepcionadas com o status normativo de lei ordinária. Isso não é admitido pelo ordenamento jurídico brasileiro, nos termos da nossa CF. O poder constituinte derivado (deriva do originário, portanto, a ele se subordina) é limitado e condicionado. O poder derivado se subdivide em 3: a) decorrente (autonomia dos Estados. É o Poder que os Estados têm de elaborar sua própria Constituição. É o poder de se fazer as Constituições Estaduais. Ele não pode ser exercido de forma aleatória, uma vez que esse poder é limitado, afinal, é derivado. A Constituição Estadual deve se pautar pela estrutura da Federal – princípio da simetria. (art. 25). Municípios não tem Constituição, sendo regidos por Lei Orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado. (art. 29). Da mesma forma, o DF, nos termos do artigo 32 da CF. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 8 É possível que a Constituição do Estado de Goiás tenha previsão de que o Governador do Estado pode editar medidas provisórias? Claro que sim. Os Estados têm autonomia para elaborar suas Constituições, mas devem obediência ao que prevê a Constituição Federal. Como a CF prevê Medida Provisória, é claro que não há qualquer problema se na Constituição Estadual também tiver essa previsão. b) reformador (é o poder de alterar a CF que se manifesta por meio das Emendas Constitucionais – artigo 60 da CF). Há alguns limites ao poder de reforma: b1) materiais (cláusula pétrea – art. 60, § 4º - CUIDADO! Não é que não pode ser objeto de emenda. Não pode ser suprimido. Pode ser ampliado. LEMBRE-SE: não pode abolir. Um exemplo é o inciso LXXVIII (razoável duração do processo) do artigo 5º. Nesse caso, cabe indenização contra o Estado se o processo demorar demais. Forma federativa (Federação – a marca obrigatória é a repartição de competências, não ficando adstrito a um ente o poder estatal). § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Preste atenção nisso! Só o que está elencado neste parágrafo é que não poder ser abolido por Emenda Constitucional. Logo, tudo que não está neste rol pode ser alterado, bastando, para isso, a edição de uma Emenda à Constituição. b2) formais: – quanto à iniciativa: 1/3 dos membros da Câmara ou do Senado, Presidente da República, mais da metade das Assembleias Legislativas. Cabe iniciativa popular de emenda constitucional? Não. Só existe previsão constitucional de iniciativa popular para edição de lei, não de emenda constitucional. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 9 - quanto ao quórum: 3/5, em dois turnos, nas duas Casas do Congresso. Não existe sanção ou veto em se tratando de emenda constitucional. Só existe isso no âmbito das leis. Proposta de emenda à Constituição é apresentada por cerca de 10% (dez por cento) dos Deputados Federais, cujo teor é criar novo dispositivo constitucional que determine a submissão de todas as decisões do Supremo Tribunal Federal, no controle abstrato de normas, ao crivo do Congresso Nacional, de modo que a decisão do Tribunal somente produziria efeitos após a aprovação da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. A proposta é discutida e votada nas duas casas do Congresso Nacional, onde recebe a aprovação da maioria absoluta dos Deputados e Senadores nos dois turnos de votação. Encaminhada para o Presidente da República, este resolve sancionar a proposta, publicando a nova emenda no Diário Oficial. Existe alguma inconstitucionalidade nessa questão? Qual? Há diversas inconstitucionalidades formais. Inicialmente a PEC não poderia ser apresentada por 10% (dez por cento) dos Deputados Federais, já que, segundo o Art. 60, I da Constituição, esta só pode ser emendada por proposta de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara dos Deputados. A proposta deveria ser aprovada por três quintos dos membros de cada casa do Congresso Nacional (Art. 60, § 2º da Constituição) e não pela maioria absoluta dos Deputados e Senadores. Por fim, não cabe sanção ou veto de proposta de emenda à Constituição, pois, conforme Art. 60, § 3º da Constituição, as emendas deverão ser promulgadas pelas Mesas da Câmara e do Senado. Materialmente também há inconstitucionalidade, uma vez que o teor da proposta, ao submeter todas as decisões do STF, no controle abstrato, ao crivo do Congresso Nacional, é atentatório contra a cláusula pétrea da separação dos poderes (Art. 60, § 4º, III da Constituição), pois esta cláusula pressupõe um sistema de freios e contrapesos, com controle e vigilância dos poderes constituídos entre si, sendo a emenda tendente a abolir tal cláusula. - quanto à promulgação – É feita pelas Mesas da Câmara e do Senado. - quanto à reapresentação – PEC rejeitada não pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa Vamos ver agora as diferenças entre sessão legislativa, período legislativo e legislatura. Legislatura é o período de quatro anos, correspondente ao mandato de um deputado (art. 44, parágrafo único). A sessão legislativa é o período de um ano (art. 57), ou seja, cada legislatura compreende quatro sessões legislativas. O período legislativoé o de seis meses, ou seja, cada sessão legislativa está dividida em dois períodos legislativos (art. 57 - de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro). http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 10 (II Exame – 2010) O Congresso Nacional e suas respectivas Casas se reúnem anualmente para a atividade legislativa. Com relação ao sistema constitucional brasileiro, assinale a alternativa correta. a) Legislatura: o período compreendido entre 2 de fevereiro a 17 de julho e 1º de agosto a 22 de dezembro. b) Sessão legislativa: os quatro anos equivalentes ao mandato dos parlamentares. c) Sessão conjunta: a reunião da Câmara dos Deputados e do Senado Federal destinada, por exemplo, a conhecer do veto presidencial e sobre ele deliberar. Art. 57, § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. d) Sessão extraordinária: a que ocorre por convocação ou do Presidente do Senado Federal ou do Presidente da Câmara dos Deputados ou do Presidente da República e mesmo por requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas para, excepcionalmente, inaugurar a sessão legislativa e eleger as respectivas mesas diretoras. “Sessão Extraordinária” corresponde àquelas oportunidades em que o Congresso Nacional é convocado para se reunir durante o “Recesso Parlamentar” (que ocorre nos intervalos entre os “Períodos” da “Sessão Legislativa”) e deve obedecer ao que o art. 57, §§ 6º a 8º, da CF/88. Essa “Convocação Extraordinária” destina-se apenas a situações excepcionais, que não possam aguardar o fim do recesso parlamentar, como ocorre nos casos de decretação de estado de defesa ou de intervenção, de pedido de autorização para decretação do Estado de Sítio, para o compromisso e posse do Presidente e do Vice-Presidente da República, e demais casos de urgência ou interesse público relevante. Um dos principais erros dessa alternativa consiste no fato de que a Eleição das Mesas Diretoras de cada Casa do Congresso Nacional deve ocorrer em “Sessão Preparatória”, a partir de 1º de fevereiro do primeiro ano da legislatura (art. 57, § 4º, da CF/88). Essa “Sessão Preparatória” integra a própria Sessão Legislativa Ordinária, não sendo, portanto, motivo capaz de autorizar uma “Convocação Extraordinária”. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 11 b3) circunstanciais – A Constituição não pode ser objeto de emenda na vigência de intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa (art. 60 §1º CF). Assim, na vigência dos mecanismos de defesa para se enfrentar situações de crise constitucional (anormalidades constitucionais), a Constituição não pode ser emendada, pois eles têm como feito automático a inibição do poder de reforma. Estado de sítio (artigos 137 a 139) Leia com atenção como funciona o estado de sítio. É a situação mais grave pela qual pode passar o País. Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. Você leu e viu que o estado de sítio só é admitido nessas duas hipóteses (incisos I e II do artigo 137). André, se não for uma dessas duas hipóteses? Não cabe estado de sítio. Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. § 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. § 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 12 § 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas. Nesse artigo, no § 1º, você viu a duração do estado de sítio, que varia consideravelmente, a depender do motivo que ensejou sua decretação. Se for decretado o estado de sítio com base no inciso I do artigo 137, ou seja, no caso de comoção de repercussão nacional, ou quando já tiver sido declarado estado de defesa (30 dias) e prorrogado (+30 dias) e a situação ainda continua instável. Nessa hipótese, ele terá duração de 30 dias, com quantas prorrogações forem necessárias, mas sempre por 30 dias cada. Se, entretanto, o motivo da decretação for o inciso II do artigo 137, ou seja, em caso de declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira, a decretação do estado de sítio perdurará por todo o tempo que durar a guerra ou a resposta a agressão. Vejamos, agora, no artigo 139, quais medidas podem ser adotadas em caso de decretação de estado de sítio: Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens. Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 13 Estado de defesa (art. 136) Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamenterestabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. § 3º Na vigência do estado de defesa: I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação; III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 14 IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. § 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. A anormalidade ocorre em alguns pontos do território nacional. Pode ser decretada por 30 dias, prorrogado, uma única vez, por igual período. Intervenção federal (art. 34) A União quebra, temporária e excepcionalmente a autonomia dos Estados, por desrespeitarem as regras do artigo 34 da Constituição Federal. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 15 b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (X Exame – 2013) A Constituição brasileira não pode ser emendada: a) na implantação do estado de emergência e durante a intervenção da União nos Estados. b) na vigência do estado de sítio e na implantação do estado de emergência. c) quando em estado de sítio e durante a intervenção da União nos Municípios. d) na vigência de estado de defesa, de estado de sítio e de intervenção federal. Observe que a resposta correta – alternativa “d” está idêntica à redação do § 1º do artigo 60: § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. b4) implícitos: decorre do próprio sistema constitucional. Ex: uma PEC alterando o quórum de aprovação das próximas PEC’s é inconstitucional por ferir limite implícito. c) revisor – art. 3º do ADCT. Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 16 A revisão já ocorreu, por maioria absoluta e em sessão unicameral. Não acontecerá de novo já que aquelas datas lá estipuladas já passaram, certo? Logo, trata-se de uma norma de eficácia exaurida, ou seja, que já gerou todos os efeitos que ela visava a produzir. Normas Constitucionais Inconstitucionais - Existem? O Supremo já decidiu e a resposta é não, não se pode falar em norma constitucional inconstitucional. Mas quando se fala que não há normas constitucionais inconstitucionais é porque se está referindo a norma advindo do poder constituinte originário, vale dizer, é impensável que haja uma norma originária da constituição que seja inconstitucional. O que pode haver é o fato de o poder constituinte derivado haver trazido para dentro da Constituição uma norma que venha a ser considerada inconstitucional. Seria uma norma constitucional inconstitucional, mas advinda do poder constituinte derivado (emendas constitucionais). ESTRUTURA DA CF 1.Preâmbulo: Segundo o STF, o preâmbulo traz princípios que norteiam a interpretação de toda a CF, mas não tem força normativa (cogente). Assim, se uma lei violar apenas o preâmbulo, ela não pode ser objeto de controle de constitucionalidade. Ex: a Constituição do Acre não trouxe o nome de Deus em seu preâmbulo. As demais partes da CF só podem ser alteradas por emenda e servem de parâmetro para a declaração de inconstitucionalidade. Se uma lei violar o ADCT, ela pode ser declarada inconstitucional, ou seja, não há diferença, no que se refere a eficácia normativa, entre as normas constitucionais (arts. 1º a 250) e as normas do ADCT (arts. 1º a 137) 2.Disposições permanentes (art. 1 ao 250) 3.ADCT ( art. 1º ao 137) Não há hierarquia entre as normas do ADCT (normas constitucionais transitórias) e as normas da parte permanente. Havendo conflitos entre elas, prevalece a mais específica. Lembre-se que a norma especial prevalece em face de norma geral. Uma norma constitucional pode ser declarada inconstitucional? Depende. Se decorrente do poder constituinte originário, nunca, pelo fato de o poder originário ser ilimitado, incondicionado e autônomo. Se http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fasedo 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 17 se tratar de norma decorrente do exercício do poder constituinte reformador, ou seja, norma decorrente de Emenda Constitucional, pode ser declarada inconstitucional, já que o poder reformador é limitado, devendo obedecer os limites impostos pela CF. EFICÁCIA E APLICABILIDADE As normas constitucionais podem ser de eficácia: a) plena (art. 18, § 1º ). Não depende de lei, nem admite lei que restrinja seu conteúdo. Tem eficácia desde o momento em que a Constituição entra em vigor, não dependendo de norma integrativa infraconstitucional. O artigo 13 da CF é um exemplo muito claro de norma constitucional de eficácia plena: Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. b) contida (ou restringível) – A princípio, ela é igual à plena, mas ela deixa aberta a possibilidade de ser restringida por atuação do legislador. Ex: art. 5º, inciso XIII. Ela não depende de lei, mas admite lei que restringe seu conteúdo. c) limitada – depende de lei para produzir a plenitude de seus efeitos. Ex: lei de greve dos servidores públicos até hoje não foi editada. Se não há a lei regulamentadora e isso inviabiliza o exercício desse direito, há inconstitucionalidade por omissão, sanável por meio de dois instrumentos: o mandado de injunção (controle difuso) e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (controle concentrado). Outro exemplo é o imposto sobre grandes fortunas, que fica na pendência da edição de lei complementar para que possa ser instituído pela União. Só o fato de haver um direito previsto numa norma limitada, há a incidência de dois efeitos: inibidor e revogador. Inibe a atuação do legislador, impedindo que ele edite normas que violem o direito constitucionalmente previsto e revoga as normas até então existentes. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 18 CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 1) Quanto à origem: a) outorgada – imposta de maneira unilateral, por quem estava no comando; b) promulgada, democrática ou popular – fruto de uma Assembleia Nacional Constituinte, em que houve participação popular. c) cesarista ou bonapartista – elaborada por alguém que está no comando, mas submetida à aprovação popular. 2) Quanto ao processo de mudança (alterabilidade /mutabilidade): a) rígida – o processo de alteração da CF é mais solene que o processo de alteração das leis. Só existe controle de constitucionalidade em países que adotam Constituição rígida. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 19 b) semirrígida – é também chamada de semiflexível. Parte é alterada por emenda, e a outra parte é alterada pela mesma forma que as leis. c) flexível – o processo de alteração é o mesmo previsto para alteração da legislação infraconstitucional. 3) quanto à extensão: sintética ou analítica 4) quanto ao conteúdo: formal e material. Para a formal, qualquer norma que esteja no texto constitucional é norma constitucional. Já para a material, só são consideradas normas constitucionais aquelas que tiverem conteúdo relacionado ao exercício dos Poderes ou à estipulação dos direitos e garantias, ou seja, apenas aquelas normas que são materialmente constitucionais. Logo, para uma Constituição material, as normas que tratam do Colégio Pedro II, por exemplo (art. 242, § 2º), embora estejam no texto constitucional, não seriam tidas como normas constitucionais. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 20 QUESTÕES - AULA 1 1) (XXV Exame) O constitucionalismo brasileiro, desde 1824, foi construído a partir de vertentes teóricas que estabeleceram continuidades e clivagens históricas no que se refere à essência e à interrelação das funções estatais, tanto no plano vertical como no horizontal, bem como à proteção dos direitos fundamentais. A partir dessa constatação, assinale a afirmativa correta. a) A Constituição de 1824 adotou, de maneira rígida, a tripartição das funções estatais, que seriam repartidas entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. b) A Constituição de 1891 dispôs sobre o federalismo de cooperação e delineou um Estado Social e Democrático de Direito. c) A Constituição de 1937 considerou o Supremo Tribunal Federal o guardião da Constituição, detendo a última palavra no controle concentrado de constitucionalidade. d) A Constituição de 1946 foi promulgada e reinaugurou o período democrático no Brasil, tendo contemplado um rol de direitos e garantias individuais. 2) (XXVI Exame) Uma nova Constituição é promulgada, sendo que um grupo de parlamentares mantém dúvidas acerca do destino a ser concedido a várias normas da Constituição antiga, cujas temáticas não foram tratadas pela nova Constituição. Como a nova Constituição ficou silente quanto a essa situação, o grupo de parlamentares, preocupado com possível lacuna normativa, resolve procurar competentes advogados a fim de sanar a referida dúvida. Os advogados informaram que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a) as normas da Constituição pretérita que guardarem congruência material com a nova Constituição serão convertidas em normas ordinárias. b) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição serão por esta recepcionadas. c) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição receberão, na nova ordem, status supralegal, mas infraconstitucional. d) a revogação tácita da ordem constitucional pretérita pela nova Constituição se dará de forma completa e integral, ocasionando a perda de sua validade. 3) (XXXV Exame) No Preâmbulo da Constituição do Estado Alfa consta: “Nós, Deputados Estaduais Constituintes, no pleno exercício dos poderes outorgados pelo artigo 11 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, reunidos em Assembleia, no pleno exercício do mandato, de acordo com a vontade política dos cidadãos deste Estado, http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 21 dentro dos limites autorizados pelos princípios constitucionais que disciplinam a Federação Brasileira, promulgamos, sob a proteção de Deus, a presente Constituição do Estado Alfa.” Diante de tal fragmento e de acordo com a teoria do poder constituinte, o ato em tela deve ser corretamente enquadrado como forma de expressão legítima do poder constituinte A) originário. B) derivado difuso. C) derivado decorrente. D) derivado reformador. 4) (XXVII Exame) Após cumprimento de todas as formalidades constitucionaise legais exigíveis, o Estado Alfa se desmembra (desmembramento por formação), ocasionando o surgimento de um novo Estado- membro: o Estado Beta. Preocupados com a possibilidade de isso influenciar nas grandes decisões políticas regionais, um grupo de cidadãos inicia um movimento exigindo a imediata elaboração de uma Constituição para o novo Estado Beta. Os líderes políticos locais, sem maiores conhecimentos sobre a temática, buscam assessoramento jurídico junto a advogados constitucionalistas, sendo-lhes corretamente informado que, segundo a inteligência do sistema jurídico-constitucional brasileiro, A) com a criação do Estado Beta no âmbito da República Federativa do Brasil, passou este a fazer parte do pacto federativo, subordinando-se tão somente à Constituição Federal, e não a qualquer outra constituição. B) tendo passado o Estado Beta a ser reconhecido como um ente autônomo, adquiriu poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, sem a necessidade desta se vincular a padrões de simetria impostos pela Constituição Federal. C) pelo fato de o Estado Beta ter sido reconhecido como um ente federado autônomo, passa a ter poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, que deverá observar o princípio da simetria, conforme os padrões fixados na Constituição Federal. D) o reconhecimento do Estado Beta como um ente federado autônomo assegurou-lhe poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, cujo texto, porém, não poderá se diferenciar daquele fixado pela Constituição Federal. 5) (XXV Exame) Por entender que o voto é um direito, e não um dever, um terço dos membros da Câmara dos Deputados articula proposição de emenda à Constituição de 1988, no sentido de tornar facultativo a todos os cidadãos o voto nas eleições a serem realizadas no país. Sabendo que a proposta gerará grande polêmica, o grupo de parlamentares resolve consultar um advogado especialista na matéria. De acordo com o http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 22 sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a opção que indica a orientação correta a ser dada pelo advogado. a) Não é possível sua supressão por meio de Emenda Constitucional, porque o voto obrigatório é considerado cláusula pétrea da Constituição da República, de 1988. b) Não há óbice para que venha a ser objeto de alteração por via de Emenda Constitucional, embora o voto obrigatório tenha estatura constitucional. c) Para que a proposta de Emenda Constitucional seja analisada pelo Congresso Nacional, é necessária manifestação de um terço de ambas as Casas. d) A emenda, sendo aprovada pelo Congresso Nacional, somente será promulgada após a devida sanção presidencial. 6) (VII Exame) As Emendas Constitucionais possuem um peculiar sistema de iniciativa. Assim, revela-se correto afirmar que poderá surgir projeto dessa espécie normativa por proposta de: a) mais de dois terços das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a unanimidade de votos. b) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a maioria simples de votos. c) mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a maioria relativa de votos. d) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a unanimidade de votos. 7) (XXXII Exame) Durante pronunciamento em rede nacional, o Presidente da República é alertado por seus assessores sobre a ocorrência de um ataque balístico, em solo pátrio, oriundo de país fronteiriço ao Brasil. Imediatamente, anuncia que tal agressão armada não ficará sem resposta. Após reunir-se com o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicita autorização ao Congresso Nacional para decretar o estado de sítio e adotar as seguintes medidas: I – a população que reside nas proximidades da área atacada deve permanecer dentro de suas casas ou em abrigos indicados pelo governo; II – imposição de restrições relativas à inviolabilidade da correspondência e ao sigilo das comunicações. A partir do enunciado proposto, com base na ordem constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. A) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria absoluta, sobre a decretação do estado de sítio, visto que as medidas propostas pelo Presidente da República revelam-se compatíveis com a ordem constitucional. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 23 B) Além de as medidas a serem adotadas serem incompatíveis com a ordem constitucional, a resposta à agressão armada estrangeira é causa de decretação do estado de defesa, mas não do estado de sítio. C) Embora as medidas a serem adotadas guardem compatibilidade com a ordem constitucional, a decretação do estado de sítio prescinde de prévia aprovação pelo Congresso Nacional. D) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria simples, sobre a instituição do estado de sítio, mas as medidas propostas pelo Presidente apresentam flagrante inconstitucionalidade. 8) (XXXIV Exame) A zona oeste do Estado Delta foi atingida por chuvas de grande intensidade por duas semanas, levando os especialistas a classificar tal situação como de calamidade de grandes proporções na natureza, em virtude dos estragos observados. O governador de Delta, ao decidir pela decretação do estado de defesa, convoca os procuradores do Estado para que estes se manifestem acerca da constitucionalidade da medida. Os procuradores informam ao governador que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a decretação do estado de defesa A) é um meio institucional adequado para o enfrentamento da crise, mas depende de prévia consulta à Assembleia Legislativa do Estado Delta. B) pode ser promovida pelo governador do Estado Delta, caso o Presidente da República delegue tais poderes ao Chefe do Poder Executivo estadual. C) não pode se concretizar, pois a ocorrência de calamidade de grandes proporções na natureza não configura hipótese justificadora da referida medida. D) é competência indelegável do Presidente da República, não sendo constitucionalmente prevista sua extensão aos chefes do poder executivo estadual. 9) (XXVI Exame) Durante ato de protesto político, realizado na praça central do Município Alfa, os manifestantes, inflamados por grupos oposicionistas, começam a depredar órgãos públicos locais, bem como invadem e saqueiam estabelecimentos comerciais, situação que foge do controle das forças de segurança. Diante do quadro de evidente instabilidade social, o Presidente da República, por Decreto, institui o estado de defesa no Município Alfa por prazo indeterminado, até que seja restaurada a ordem pública e a paz social. No Decreto, ainda são fixadas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica. Acerca do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. a) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia estender-se por prazo indeterminado, estando em desconformidade com a ordem constitucional. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL ProfessorAndré de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 24 b) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é materialmente inconstitucional. c) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República somente poderia decretar medida tão drástica mediante lei previamente aprovada em ambas as casas do Congresso Nacional. d) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de inconstitucionalidade, sendo assegurada, pelo texto constitucional, a possibilidade de o Presidente da República determinar, por prazo indeterminado, restrições aos referidos direitos. 10) (XXX Exame) As chuvas torrenciais que assolaram as regiões Norte e Nordeste do país resultaram na paralisação de serviços públicos essenciais ligados às áreas de saúde, educação e segurança. Além disso, diversos moradores foram desalojados de suas residências, e o suprimento de alimentos e remédios ficou prejudicado em decorrência dos alagamentos. O Presidente da República, uma vez constatado o estado de calamidade pública de grande proporção, decretou estado de defesa. Dentre as medidas coercitivas adotadas com o propósito de restabelecer a ordem pública estava o uso temporário de ambulâncias e viaturas pertencentes ao Município Alfa. Diante do caso hipotético narrado, assinale a afirmativa correta. A) A fundamentação empregada pelo Presidente da República para decretar o estado de defesa viola a Constituição de 1988, porque esta exige, para tal finalidade, a declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. B) Embora seja admitida a decretação do estado de defesa para restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza, não pode o Presidente da República, durante a vigência do período de exceção, determinar o uso temporário de bens pertencentes a outros entes da federação. C) O estado de defesa, no caso em comento, viola o texto constitucional, porque apenas poderia vir a ser decretado pelo Presidente da República caso constatada a ineficácia de medidas adotadas durante o estado de sítio. D) A União pode determinar a ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos, respondendo pelos danos e custos decorrentes, porque a necessidade de restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza é fundamento idôneo para o estado de defesa. 11) (XVII Exame) Pedro, reconhecido advogado na área do direito público, é contratado para produzir um parecer sobre situação que envolve o pacto federativo entre Estados brasileiros. Ao estudar mais detidamente a questão, conclui que, para atingir seu objetivo, é necessário analisar o alcance das chamadas cláusulas pétreas. Com base na ordem constitucional brasileira vigente, assinale, dentre as opções abaixo, a única que http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 25 expressa uma premissa correta sobre o tema e que pode ser usada pelo referido advogado no desenvolvimento de seu parecer. a) As cláusulas pétreas podem ser invocadas para sustentar a existência de normas constitucionais superiores em face de normas constitucionais inferiores, o que possibilita a existência de normas constitucionais inconstitucionais. b) Norma introduzida por emenda à constituição se integra plenamente ao texto constitucional, não podendo, portanto, ser submetida a controle de constitucionalidade, ainda que sob alegação de violação à cláusula pétrea. c) Mudanças propostas por constituinte derivado reformador estão sujeitas ao controle de constitucionalidade, sendo que as normas ali propostas não podem afrontar cláusulas pétreas estabelecidas na Constituição da República. d) Os direitos e as garantias individuais considerados como cláusulas pétreas estão localizados exclusivamente nos dispositivos do Art. 5º, de modo que é inconstitucional atribuir essa qualidade (cláusula pétrea) a normas fundadas em outros dispositivos constitucionais. 12) (XXIII Exame) Leonardo matriculou seus dois filhos em uma escola pública municipal, mas foi surpreendido ao tomar conhecimento de que ambos estão tendo aulas regulares, como disciplina obrigatória, de uma específica religião de orientação cristã. Indignado, ele procura você para, como advogado(a), orientá- lo sobre a regularidade de tal situação. Sobre tal prática, com base no que dispõe o sistema jurídico- constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta. a) É constitucional, pois a força normativa do preâmbulo constitucional auxilia uma interpretação que autoriza o ensino de religião, contanto que com viés cristão. b) É inconstitucional, pois a laicidade estatal deve garantir que nenhuma religião possa ser preferida a outra no âmbito do espaço público-estatal, sendo o ensino religioso facultativo. c) É constitucional, posto que o ensino religioso deve ser ministrado, segundo a Constituição de 1988, como disciplina obrigatória nas escolas públicas de ensino fundamental. d) É inconstitucional, pois a laicidade estabelecida pela Constituição de 1988 pressupõe a vedação a qualquer espécie de orientação de ordem religiosa em instituições públicas. 13) (XXI Exame) Carlos pleiteia determinado direito, que fora regulado de forma mais genérica no corpo principal da CRFB/88 e de forma mais específica no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – o ADCT. O problema é que o corpo principal da Constituição da República e o ADCT estabelecem soluções jurídicas diversas, sendo que ambas as normas poderiam incidir na situação concreta. Carlos, diante do http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 26 problema, consulta um (a) advogado (a) para saber se a solução do seu caso deve ser regida pela norma genérica oferecida pelo corpo principal da Constituição da República ou pela norma específica oferecida pelo ADCT. Com base na CRFB/88, assinale a opção que apresenta a proposta correta dada pelo advogado: a) Como o corpo principal da CRFB/88 possui hierarquia superior a todas as demais normas do sistema jurídico, deve ser aplicável, afastada a aplicação das normas do ADCT. b) Como o ADCT possui o mesmo status jurídico das demais normas do corpo principal da CRFB/88, a norma específica do ADCT deve ser aplicada no caso concreto. c) Como o ADCT possui hierarquia legal, não pode afastar a solução normativa presente na CRFB/88. d) Como o ADCT possui caráter temporário, não é possível que venha a reger qualquer caso concreto, posto que sua eficácia está exaurida. 14) (XXXIII Exame) Você, como advogada(o) atuante na defesa dos Direitos Humanos, foi convidada(o) para participar de um programa de debate na rádio local sobre a questão da pena de morte. Um dos debatedores, em certo ponto do programa, afirmou que, caso fosse aprovada uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) suprimindo a vedação da pena de morte presente na Constituição, o Brasil poderia adotar esse tipo de pena. Na opinião desse debatedor, tratar-se-ia apenas de vontade política e não de questão jurídica. Diante disso, cabe a você esclarecer que a) essa PEC poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional e surtir seus efeitos jurídicos mas, por se tratar de uma questão política, o ideal seria que essa decisão fosse precedidade amplo debate popular. b) essa PEC poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional mas, de acordo com a Constituição da República, uma decisão nesse sentido somente poderia ser implementada após aprovação em referendo popular. c) essa PEC não é juridicamente adequada, porque tal vedação é cláusula pétrea da Constituição e porque o Brasil promulgou o Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos referente à abolição da pena de morte. d) de acordo com a Constituição da República e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, apenas o Supremo Tribunal Federal poderia admitir a pena de morte, porque possui competência para relativizar a proteção a um direito fundamental, desde que para proteger outro direito fundamental. 15) (FGV) Em um período no qual a região norte do País estava sendo atingida por uma calamidade de grandes proporções da natureza, um grupo de vinte Senadores subscreveu uma proposta de emenda constitucional, visando a alterar a sistemática afeta à estruturação dos órgãos de segurança pública. Acresça- se que proposta idêntica fora apresentada e rejeitada pelo Senado Federal na mesma legislatura, mais http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 27 especificamente no ano anterior. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que essa proposta afronta a) os limites formais, materiais, circunstanciais e temporais de reforma constitucional. b) apenas os limites formais, circunstanciais e temporais de reforma constitucional. c) apenas os limites formais e materiais de reforma constitucional. d) apenas os limites formais de reforma constitucional. 16) (FGV – Juiz Substituto – TJ/MG – 2022) Sobre os enunciados contidos no preâmbulo da Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta. a) Não têm valor normativo, não podendo ser considerados na interpretação dos dispositivos constitucionais, porque não é obrigatório. b) Não têm valor normativo e somente podem ser considerados na interpretação dos dispositivos constitucionais, se estes admitirem expressamente a interpretação. c) Devem ser observados na interpretação das normas constitucionais, por se tratarem de vetores adotados pela Constituição. d) São promessas do legislador originário para o futuro, e não podem orientar a interpretação, pois dependem da mudança gradativa do pensamento da sociedade. 17) (FGV – Auditor Fiscal 2021) Em um momento no qual a Região Norte do país estava assolada por uma calamidade de grandes proporções, foi promulgada a Emenda Constitucional nº XX, que modificou o sistema brasileiro de seguridade social. A reforma assim aprovada, que tinha sido rejeitada na mesma legislatura, mais especificamente no ano retrasado, foi muito comemorada por alguns setores da sociedade, mas somente entraria em vigor no primeiro dia do ano seguinte à sua promulgação. Insatisfeito com o teor da reforma, o Partido Político XX consultou seu advogado sobre a existência de possíveis infrações aos limites constitucionais ao exercício do poder reformador, bem como se poderia ser deflagrado o controle concentrado de constitucionalidade. Assinale a opção que apresenta a informação correta dada pelo advogado. a) Não foram infringidos quaisquer dos limites constitucionais ao exercício do poder reformador. b) Foram infringidos limites materiais ao exercício do poder reformador, mas não seria possível deflagrar o referido controle, pois a emenda ainda não era eficaz. c) Foram infringidos limites circunstanciais ao exercício do poder reformador, sendo possível deflagrar o referido controle, em razão da promulgação da emenda. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 28 d) Foram infringidos limites circunstanciais e temporais ao exercício do poder reformador, sendo possível deflagrar o referido controle, em razão da promulgação da emenda. 18) (FGV – Auditor de Controle Externo – 2021) Lucas, estudioso do direito constitucional, chegou à conclusão de que o texto constitucional pode sofrer mudanças de significado ainda que não seja objeto de qualquer alteração formal. Essas alterações, delineadas a partir de atividade intelectiva conduzida pelo intérprete, sob influência das modificações na realidade sociopolítica, não importariam em usurpação de uma função própria do Poder Constituinte originário. À luz da compreensão contemporânea a respeito da interpretação constitucional, a argumentação de Lucas é: a) incorreta, pois o texto e a norma constitucional apresentam uma relação de sobreposição, o que impede a alteração da última sem a realização de modificações no primeiro; b) correta, já que o texto e a norma constitucional não apresentam uma relação de sobreposição, sendo esta última delineada a partir da interação entre o primeiro e a realidade; c) correta, já que a norma pode se distanciar da sobreposição com o texto caso seja identificada uma situação de nulidade parcial deste último; d) incorreta, já que a interpretação constitucional é realizada in abstracto, dissociada da realidade subjacente ao momento de aplicação da norma; 19) (FGV – Analista legislativo – 2018) Foi apresentada proposta de emenda constitucional subscrita por um terço dos Deputados Federais. A proposta almeja criar um imposto e contém disposição expressa determinando a sua cobrança em relação a fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro, excepcionando, com isso, a vedação contida no Art. 150, III, b, da Constituição da República de 1988. À luz da sistemática constitucional a respeito dos limites materiais e formais ao exercício do poder reformador, a proposta: a) não afronta os limites materiais, pois somente os direitos e garantias individuais previstos no Título II da Constituição não podem ser alterados via emenda; b) afronta os limites formais, pois a proposta de emenda deveria ser apresentada, conjuntamente, por um terço dos Deputados Federais e um terço dos Senadores; c) não afronta os limites materiais, pois a vedação à cobrança de imposto em relação a fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro não configura direito individual; d) afronta os limites materiais, pois quaisquer direitos e garantias individuais previstos na Constituição, mesmo fora do Título II, devem ser respeitados pelo poder reformador; http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 29 20) (XVI Exame) O diretor de RH de uma multinacional da área de telecomunicações, em reunião corporativa, afirmou que o mundo globalizado vem produzindo grandes inovações, exigindo o reconhecimento de novas profissões desconhecidas até então. Feitas essas considerações, solicitou à diretoria que alterasse o quadro de cargos e funções da empresa, incluindo as seguintes profissões: gestor de mídias sociais, gerente de marketing digital e desenvolvedor de aplicativos móveis. O presidente da sociedade empresária, posicionando-se contra o pedido formulado, alegou que o exercício de qualquer atividade laborativa pressupõe a sua devida regulamentação em lei, o que ainda não havia ocorrido em relação às referidas profissões. Com base na teoria da eficácia das normas c correto afirmar que o presidente da sociedade empresária a) argumentou em harmonia com a ordemconstitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que afirma ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, possui eficácia limitada, exigindo regulamentação legal para que possa produzir efeitos b) apresentou argumentos contrários à ordem constitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que afirma se livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, possui eficácia contida, de modo que, inexistindo lei que regulamente o exercício da atividade profissional, é livre o seu exercício. c) apresentou argumentos contrários à ordem constitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que afirma ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, possui eficácia plena, já que a liberdade do exercício profissional não pode ser restringida, mas apenas ampliada. d) argumentou em harmonia com a ordem constitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que afirma ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, não possui nenhuma eficácia, devendo ser objeto de mandado de injunção para a sua devida regulamentação. 21) (XXIV Exame) Edinaldo, estudante de Direito, realizou intensas reflexões a respeito da eficácia e da aplicabilidade do Art. 14, § 4º, da Constituição da República, segundo o qual “os inalistáveis e os analfabetos são inelegíveis”. A respeito da norma obtida a partir desse comando, à luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta. A) Ela veicula programa a ser implementado pelos cidadãos, sem interferência estatal, visando à realização de fins sociais e políticos. B) Ela tem eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integral, pois, desde que a CRFB/88 entrou em vigor, já está apta a produzir todos os seus efeitos. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 30 C) Ela apresenta contornos programáticos, dependendo sempre de regulamentação infraconstitucional para alcançar plenamente sua eficácia. D) Ela tem aplicabilidade indireta e imediata, não integral, produzindo efeitos restritos e limitados em normas infraconstitucionais quando da promulgação da Constituição da República. 22) (FGV) Após uma revolução que culminou com a derrubada do regime anterior, o grupo político dominante do País Alfa resolveu solicitar que uma comissão de notáveis elaborasse um projeto de Constituição, submetendo-o, ato contínuo, a referendo popular. A Constituição assim elaborada buscou conciliar inúmeras correntes políticas aparentemente opostas entre si e direcionar as políticas públicas a serem adotadas para a implementação dos direitos sociais, além de ter exigido um procedimento qualificado para a reforma de parte de seus comandos, considerados materialmente constitucionais, enquanto a outra parte poderia ser alterada com observância do mesmo procedimento afeto à lei ordinária. Por fim, observa-se que essa Constituição era demasiado extensa. A Constituição assim descrita é classificada como a) bonapartista, compromissória, de garantia, rígida e sintética. b) cesarista, compromissória, dirigente, semirrígida e analítica. c) cesarista, pragmática, dirigente, semirrígida e sintética. d) outorgada, eclética, de garantia, flexível e analítica. 23) (XXI Exame) A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos: Art. X. As normas desta Constituição poderão ser alteradas mediante processo legislativo próprio, com a aprovação da maioria qualificada de três quintos dos membros das respectivas Casas Legislativas, em dois turnos de votação, exceto as normas constitucionais que não versarem sobre a estrutura do Estado ou sobre os direitos e garantias fundamentais, que poderão ser alteradas por intermédio de lei infraconstitucional. Art. Y. A presente Constituição, concebida diretamente pelo Exmo. Sr. Presidente da República, deverá ser submetida à consulta popular, por meio de plebiscito, visando à sua aprovação definitiva. Art. Z. A ordem econômica será fundada na livre iniciativa e na valorização do trabalho humano, devendo seguir os princípios reitores da democracia liberal e da social democracia, bem como o respeito aos direitos fundamentais de primeira dimensão (direitos civis e políticos) e de segunda dimensão (direitos sociais, econômicos, culturais e trabalhistas). Com base no fragmento acima, é certo afirmar que a classificação da Constituição do referido país seria http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 31 a) semirrígida, promulgada, heterodoxa. b) flexível, outorgada, compromissória. c) rígida, bonapartista e ortodoxa. d) semiflexível, cesarista e compromissória. 24) (XX Exame) O Presidente da República, cumprido todos os pressupostos constitucionais exigíveis, decreta estado de defesa no Estado-membro Alfa, que foi atingido por calamidades naturais de grandes proporções, o que causou tumulto e invasões a supermercados, farmácias e outros estabelecimentos, com atingimento à ordem pública e à paz social. Mesmo após o prazo inicial de 30 dias ter sido prorrogado por igual período (mais 30 dias), ainda restava evidente a ineficácia das medidas tomadas no decorrer do citado estado de defesa. Sem saber como proceder, a Presidência da República recorre ao seu corpo de assessoramento jurídico que, de acordo com a CRFB/88, informa que a) será possível, cumpridas as exigências formais, uma nova prorrogação de, no máximo, 30 dias do estado de defesa. b) será possível, cumpridas as exigências formais, prorrogar o estado de defesa até que seja a crise completamente debelada. c) será possível, cumpridas as exigências formais, decretar o estado de sítio, já que vedada nova prorrogação do estado de defesa. d) será obrigatoriamente decretada a intervenção federal no Estado Alfa, que possibilita a utilização de meios de ação mais contundentes do que os previstos no estado de defesa. 25) (XIV Exame) O estado de defesa e o estado de sítio são tidos como legalidades extraordinárias, verdadeiras excepcionalidades que possibilitam inclusive a suspensão de determinas garantias constitucionais. As hipóteses de incidência e o procedimento são exaustivamente tratados pela CRFB/88. Com base na previsão constitucional dos referidos institutos, assinale a opção correta. a) O estado de defesa e o estado de sítio podem ser decretados pelo Presidente da República, bastando a oitiva prévia do Conselho da República, do Conselho de Defesa Nacional e do Procurador-Geral da República. b) No estado de defesa, a oitiva do Congresso Nacional é posterior à sua decretação. Por sua vez, no estado de sítio, o Congresso Nacional deve ser ouvido previamente à decretação. c) Poderá o Presidente da República, à luz da CRFB/88, decretar estado de defesa em resposta a agressão armada de país vizinho. http://goiania.proordem.com.br/ http://www.proordem.com.br/ Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem DIREITO CONSTITUCIONAL Professor André de Almeida Dafico Ramos Curso Proordem – Unidade Goiânia www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 32 d) Em sendo hipótese de estado de sítio, o Congresso Nacional deverá ser fechado até o término das medidas coercitivas, para
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