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Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32.pdf Bronquiolite BVA 1 🫁 Bronquiolite (BVA) Quadro gripal, dispneia e sibilância. (broncoespasmo). Doença que acomete crianças 2 anos de idade. Agente etiológico Vários. O principal: vírus sincicial respiratório 50% por ser um vírus super comum e sazonal (inverno e início de primavera), a resposta imune não estimula significativamente a produção de linfócitos de memória - novas infecções são possíveis e comuns. Metapneumovírus, parainfluenza, adenovírus. Mais comum em lactentes do sexo masculino não alimentados ao seio materno que vivem em aglomerações Risco maior para lactentes de mães adolescentes mães que fumaram durante a gravidez 36 meses Meninos - demora 1 semana a mais do que as meninas para completar a maturação completa dos pulmões Quadro clínico: Lactente com quadro gripal IVAS que evolui com dispneia e sibilância 23 dias o lactente começa com desconforto respiratórios e sibilância, 35 dias os sintomas atingem um pico. Após esse período há tendência Bronquiolite BVA 2 de melhora - as medidas são apenas suportivas, não há indicação de SABA ou CI Crianças 2 meses tem risco de apneia (então já interna criança com menos de 3 meses para observação em caso de bronquiolite) Se quadro de febre após infecção viral 48h após): suspeitar de infecção bacteriana (pneumonia, otite média aguda, ITU, nova infecção hospitalar. Pq infecções virais não costumam abrir sem febre e no meio da evolução abrir com episódios febris. Sinais de gravidade Oximetria 90% Taquipneia 70bpm Atelectasia na radiografia de tórax Idade menor que 3 meses. Os sintomas de desitradação, anúria e recusa oral indicam um quadro sistêmico exacerbado, necessitando de internação. A poliúria não é um sinal de alarme, pois não indica nenhum sinal de descompensação sistêmica nesse quadro. Complicação mais prováveis: Otite média aguda Membrana timpânica abaulada, hiperemiada e com diminuição do brilho. Tem febre TTO amoxicilina 500mg VO de 8/8h por 710 dias. Se não apresentar melhora: amoxicilina + clavulanato 875125mg VO de 12/12 horas por 7 10 dias. Bronquiolite BVA 3 Sobreinfecção bacteriana com pneumonia Mas se o pct apresenta melhora do quadro respiratório descarta essa possibilidade. Atelectasia Não tem febre Fisiopatologia: Obstrução bronquiolar com edema, muco e debris celulares - acometendo o bronquiolo. (sibilos representam a obstrução parcial dos bronquíolos) Hipoxemia observada precocemente Hipercapnia em quadros muito graves (retenção de gás carbônico) RX tórax: Hiperinsuflação e áreas de atelectasia Retificação do diafragma Bronquiolite BVA 4 Tratamento: Se estresse respiratório: Internação - para monitoramento e tratamento adequado Medidas de suporte: oxigenoterapia por ventilação não invasiva CPAP ou BiPAP Se hipóxia SatO2 92% as principais medidas terapêuticas visam otimizar as relações de ventilação e perfusão Broncodilatadores? corticoestereoides? vale a pena fazer para pcts com broncoespasmos associados? É muito importante manejar adequadamente os casos de bronquiolite e pneumonias virais devido ao potencial de evolução para insuficiência respiratória, necessitando de entubação e ventilação mecânica. Ambos são os quadros mais comuns que necessitam esse manejo. Bronquiolite BVA 5 Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) - 2017: Vírus sincicial respiratório VSR Causa infecções do trato respiratório inferior em 2 anos Até 75% das bronquiolites durante os períodos de sazonalidade são causadas pelo VSR Vias de transmissão: Secreções respiratórias (gotículas) Superfícies ou objetos contaminados Tempo de sobrevida do VSR Mãos - menos de 1h Se lavar, elimina rapidamente) Estetoscópio - até 24h Infecção pelo VSR Caráter sazonal, predominante no inverno e início da primavera Duração de 4 a 6 meses (o risco maior) No Brasil, a sazonalidade varia de região para região. Bronquiolite BVA 6 Diagnóstico Clínico X Laboratório Clínico: quadro gripal viral no lactente evoluindo com dispneia e sibilância. Laboratório: teste rápido Efetivo na detecção precoce do VSR em aspirado de nasofaringe), ensaios de PCR multiplex (diferencia diversos vírus). Sorologia não é realizada para confirmação diagnóstica. Tratamento Suporte - oxigenioterapia, hidratação e lavagem nasal Quando hospitalizar? Episódios de apneia - lactente muito pequeno deve hospitalizar Criança com piora do estado geral (hipoativa, prostrada) Sinais de desidratação Desconforto respiratório: gemência, retração torácica (tiragem), FR >60bpm, cianose central, saturação O292% Recusa alimentar, ingestão reduzida e/ou sem diurese por 12h Presença de comorbidade: displasia, cardiopatia, imunodeficiência, doença neuromuscular, outras Idade: 3 meses (principalmente 2 meses risco de apneia) Prematuridade: especialmente 32 semanas Bronquiolite BVA 7 Condição social ruim - para observação Bronquiolite BVA 8 Aspiração nasal? Não recomenda - muito sangramento/trauma. Fisioterapia respiratória? Não recomendado na fase aguda. Oxigênio Se há hipóxia, oxigênio é o tratamento. No Br quando saturação O2 92% Broncodilatadores? Não fazer! É muito comum na prática Beta-2 de curta ação quando broncoespasmo e sibilância. Bronquiolite BVA 9 O guideline não recomenda, mas pode tentar e observar a resposta - se houver boa resposta continuar. Solução salina hipertônica (salgadão) (por nebulização)? Pode reduzir necessidade de internação Pode reduzir tempo de internação Corticosteroides? Não é indicado na bronquiolite! A sibilância da asma responde à corticoide, na bronquiolite não há resposta - então se usar corticoide e ter resposta muda o diagnóstico para asma. Bronquiolite BVA 10 Alta Bronquiolite BVA 11 Medidas de controle da transmissão Isolamento de casos confirmados e suspeitos Higiene das mãos - de quem examina Equipamentos de proteção (luvas, óculos, máscaras e aventais) Medidas de controle da infecção no ambiente hospitalar Desinfecção de estetoscópios e outros equipamentos Restrição de visitas Detecção oportuna de agentes etiológicos - através de exames laboratoriais Coortes de isolamento RNs com quadro respiratório sugestivo: colocados em precaução (contato e gotícula) Possível benefício da combinação de medidas de controle de infecção hospitalar + imunoprofilaxia (palivizumabe) Palivizumabe Anticorpo monoclonal - não é uma vacina! Duração de eficácia mensal, por 5 meses começando pouco antes do período de sazonalidade. Indicado para paciente pediátrico de alto risco 2 anos (prematuros, broncodisplasia, doença cardíaca grave congênita). 1x por mês (período de sazonalidade - inverno e início de primavera) Bronquiolite BVA 12 1ª dose: um mês antes do início da estação do vírus Máximo de cinco doses Ministério da Saúde do Brasil disponibiliza o palivizumabe, em todo o territó ´rio nacional para bebês segundo os seguintes critérios: prematuros até 28 semanas e 6 dias de idade gestacional 1 ano); cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica 2 anos); doença pulmonar crônica da prematuridade 2 anos - broncodisplasia). A SBP inclui prematuros de 29 a 31 semanas e 6 dias de idade gestacional. ( ) A** ausência de febre não é compatível com o diagnóstico de BVA** Falso, é possível que o paciente apresenta infecção sem uma síndrome febril concomitante. ( ) O aumento da frequência respiratória é um sinal importante e traduz a resposta do organismo ao acometimento pulmonar pelo agente infeccioso, em uma tentativa de compensar os mecanismos geradores de prejuízo na mecânica pulmonar e na troca gasosa. Verdadeiro. A frequência respiratória é um grande indicador de acometimento pulmonar na grande maioria das doenças respiratórias, incluindo BVA e pneumonia. (** Crepitações inspiratórias disseminadas por todos os campos pulmonares não ocorrem na BVA e, se presentes, indicam diagnóstico alternativo** Falso, Esse é um achado no exame físico frequente na BVA. ( ) A radiografia de tórax pode ser útil nos casos graves, e os principais achados são hiperinsuflação torácica difusa, hipertransparência, retificação do diafragma e até broncograma aéreo com um infiltrado de padrão intersticial. Verdadeiro. A radiografia pode, inclusive, ser utilizada para detectar possíveis complicações pulmonares. ( ) Na grande maioria dos pacientes, a evolução é benigna, e o processo evolui para a cura sem a necessidade de intervenção. Verdadeiro. BVA é uma condição de alta incidência entre os indivíduos e, na grande maioria das vezes, é manejada apenas com sintomáticos. Referências: MEDCEL 2020 Medway - imagens Bronquiolite BVA 13 MedSimple Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 1.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 2.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 3.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 4.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 5.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 6.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 7.png Bronquiolite (BVA) 92ae43b9af204f2fb57e149edc14fb32/Untitled 8.png
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