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UNIME – MEDICINA MÓDULO DOR 1 Hanna Andrade – Habilidades Médicas Pneumonias na criança Fatores de risco < 1 ano – crianças do sexo masculino + risco Predominante nos menores que 6 meses Maior gravidade em países subdesenvolvidos apesar da prevalência ser a mesma entre os países. Condições educacional dos pais Poluição atmosférica e intradomiciliar, tabaco e poluentes Aglomeração Baixo peso ao nascer Desnutrição Desmame precoce e ausência de aleitamento materno nos primeiros 4 meses de vida Deficiência de vitamina A Vacinação Conceito Condição tipicamente associada com febre, sintomas respiratórios e evidência de envolvimento do parênquima pulmonar, seja pelo exame físico ou presença de infiltrado na radiografia de tórax. Etiologia Quadro clínico Tosse Febre Respiração rápida (taquipneia) Presença de retrações do tórax (tiragens subcostais) Estertores finos (crepitações) Dor torácica Hipoxemia Sintomas sistêmicos Na criança com sinais de infecção respiratória aguda como febre e tosse, a frequência respiratória (FR) deverá sempre ser avaliada. Na ausência de sibilância, as crianças com taquipneia podem ser diagnosticadas com PAC. Segundo a OMS, crianças de dois meses a cinco anos são classificadas como: Pneumonia grave = PAC + tiragem subcostal Pneumonia muito grave = PAC + Tiragem + Sinais sistêmicos de gravidade Em menores de dois meses, são considerados sinais de doença muito grave: FR ≥ 60 irpm Tiragem subcostal Febre alta ou hipotermia Recusa do seio materno por mais de três mamadas Sibilância, estridor em repouso Sensório alterado com letargia, Sonolência anormal Irritabilidade excessiva. Entre as maiores de dois meses de vida, os sinais são: Tiragem subcostal Estridor em repouso, Recusa de líquidos, Convulsão, Alteração do sensório Vômito incoercível. Diagnostico diferencial A PAC deve ser lembrada como diagnóstico diferencial de duas importantes síndromes na infância: 1. A síndrome infecciosa UNIME – MEDICINA MÓDULO DOR 2 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 2. A insuficiência respiratória aguda. Síndrome Infecciosa A criança apresenta-se com febre, prostração e sinais inespecíficos de infecção ou toxemia e o exame físico inicial não revela a causa. A pneumonia precisa ser investigada mesmo na ausência de taquipneia e tiragem subcostal. A anamnese detalhada com ênfase em dados epidemiológicos e o exame físico cuidadoso devem contribuir e em quadros de febre sem sinais de localização a radiografia de tórax pode ser utilizada como investigação. Insuficiência Respiratória Aguda A PAC deve ser diagnóstico diferencial de outros quadros como a bronquiolite viral aguda, traqueobronquite aguda e crise de asma. A presença de sibilância tem sido o sinal clínico apontado como o principal achado que diferencia as demais condições da PAC, uma vez que a presença de sibilos na pneumonia não é comum. Exames complementares Quadro clínico compatível é suficiente para formular a hipótese diagnóstica de pneumonia. Radiografia De Tórax Não deve ser realizada de rotina para o diagnóstico de pneumonia em crianças sem sinais de gravidade, sem necessidade de tratamento hospitalar, uma vez que não há evidências que altere o resultado clínico. Deve ser realizada nas seguintes situações: Se há dúvida de diagnóstico Obs.: raio-x normal não exclua pneumonia e anormal pode ser interpretada como normal Pneumonia com hipoxemia, desconforto respiratório, entre outros sinais de gravidade; Falha de resposta ao tratamento em 48 a 72h ou se piora progressiva, para verificar se há complicações, como: empiema, pneumotórax, escavação); Paciente hospitalizado Em que situações deve-se realizar radiografia de controle após o tratamento? Após 4 a 6 semanas, se história de pneumonias recorrentes, sempre no mesmo lobo; suspeita de malformação ou aspiração de corpo estranho; Deve ser considerado nos casos de pneumonia redonda, presença de colapso pulmonar e/ou sintomas persistentes. Busca pelo agente etiológico: Hemocultura é recomendada para todos os pacientes hospitalizados por PAC. Pesquisa viral em secreções respiratórias No derrame pleural, quando possível, o exame bacteriológico (bacterioscópico e cultura) pode ser de utilidade na identificação da etiologia. Proteína total e a desidrogenase lática (LDH) do líquido pleural e do plasma é importante no diagnóstico diferencial entre exsudato e transudado. Teste de aglutinação do látex Teste sorológicos Testes inespecíficos, como as dosagens de proteína C-reativa, procalcitonina, velocidade de hemossedimentação e contagem de leucócitos, têm valor limitado na presunção da etiologia da PAC PCR (reação em cadeia da polimerase) Nos casos hospitalizados, com má evolução, podemos utilizar métodos mais invasivos como broncoscopia ou biópsia pulmonar. UNIME – MEDICINA MÓDULO DOR 3 Hanna Andrade – Habilidades Médicas Bronquiolite Viral A infecção respiratória aguda, de etiologia viral, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo com graus variáveis de intensidade. + prevalente – crianças até 1 ano + graves em crianças de até 6 meses e prematuros. Toda infecção respiratória tem maior prevalência nessa época Via aérea dos meninos mais estreita que a das meninas. Via aérea obstruída -> o ar entra e não são -> se o bronquíolo não voltar para sua ventilação normal -> o ar dentro do alvéolo vai diminuindo aos poucos até que não existisse mais troca gasosa e ar nessa região -> atelectasia. Pacientes com risco – inalam partículas infectadas que chegam até o bronquíolo -> 4 a 5 dias -> manifestação dos sintomas UNIME – MEDICINA MÓDULO DOR 4 Hanna Andrade – Habilidades Médicas Expansibilidade é preservada Sibilos e tempo expiratório mais longo Oxigênio + Hidratação + Paciência Em crianças maiores, podemos fazer um teste com broncodilatadores para ver se reage Pneumonia edema de parede e bronquiolite obstrução nos bronquíolos Caso clínico UNIME – MEDICINA MÓDULO DOR 5 Hanna Andrade – Habilidades Médicas Sinais de gravidade: Piora do estado geral Padrão febril que piora Recusa alimentar Taquipineia Taquicardia Esforço respiratório Tempo de enchimento capilar – normal até 3s Diagnóstico sindrômico: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA SNC Obstrutiva alta Obstrutiva baixa – sibilo/ tempo expiratório prolongado) Parenquimatoso Nosso paciente tem padrão parenquimatoso: pode ser por pneumonia viral ou bacteriana, cardiopatia. Viral: Bilateral difusa Crepitação grossa Pneumonia parenquimatosa Bronquiolite Bacteriana: Tende a ser mais localizada Pneumonia lobar: Unilateral, crepitação fina – secreção no alvéolo
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