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Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais Lei 13.7099/2018 ● Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/2018) ● Introdução ● A lei a fundo ● Demonstração ● Conclusão Conteúdo Finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, segurança, entre outros; Casos em que a lei de Proteção de dados não se aplica 01 Disposição da Lei Fundamentos Define os fundamentos; Casos em que não se aplica 02 03 04 05 06 Boa fé e princípios Direitos do Titular Respeitando a intimidade e a privacidade; Transferencia Internacional de dados Define garantias de cumprimento dos princípios; Tratamento de dados Pessoais com o objetivo de proteger a liberdade a privacidade; Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art 2º - A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos: I - o respeito à privacidade; II - a autodeterminação informativa; III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião; IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. Art. 4º - Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais: I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos; II - realizado para fins exclusivamente: a) jornalístico e artísticos; ou b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 desta Lei; III - realizado para fins exclusivos de: a) segurança pública; b) defesa nacional; c) segurança do Estado; ou d) atividades de investigação e repressão de infrações penais; ou IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei. Art. 5º - Para os fins desta Lei, considera-se: I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável; II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural; III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento; IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico; V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento; VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais; VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador; VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador; X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração; XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo; XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada; XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13853.htm#art2 XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em banco de dados, independentemente do procedimento empregado; XV - transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja membro; XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, transferência internacional, interconexão de dados pessoais ou tratamento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permitidas por esses entes públicos, ou entre entes privados; XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco; Art. 6º - As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes princípios: I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas finalidades; II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto do tratamento; III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados; IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais; V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu tratamento; VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos comercial e industrial; VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão; VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados pessoais; IX - não discriminação: impossibilidade de realização do tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos; X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância e o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas. Seção I, II, III e IV Dos Requisitos para o Tratamento de DadosPessoais - Tratamento de Dados Pessoais 1. Requisitos para o tratamento de dados; - Seção I 2. Tratamento de dados pessoais sensíveis - Seção II 3. Tratamento de dados Pessoais de Crianças e Adolescentes - Seção III 4. O término do tratamento de dados - Seção IV 1. Consentimento, Obrigação legal ou regulatória, estudos por órgãos de pesquisa, execução de contratos, proteção da vida do titular ou terceiro, para tutela de saúde, para atender interesses legítimos do controlador ou de terceiros, para proteção do crédito; 2. Consentimento do titular ou responsável, realização de estudos, exercício regular de direitos, proteção da vida do titular ou terceiro, tutela da saúde, garantias da prevenção à fraude e à segurança do titular; Seção I, II, III e IV Dos Requisitos para o Tratamento de Dados Pessoais - Tratamento de Dados Pessoais 1. Requisitos para o tratamento de dados; - Seção I 2. Tratamento de dados pessoais sensíveis - Seção II 3. Tratamento de dados Pessoais de Crianças e Adolescentes - Seção III 4. O término do tratamento de dados - Seção IV 3. Consentimento de pelo menos um dos pais, poderão ser coletados sem o consentimento quando for necessária para contatar os responsáveis legais, em nenhum caso poderão ser passados a terceiros sem consentimento, as informações sobre o tratamento de dados deverão ser referidas de maneira clara, simples, acessível e considerando as características físico-motoras, sensoriais e intelectuais do usuário com recurso audiovisual se necessário. Seção I, II, III e IV Dos Requisitos para o Tratamento de Dados Pessoais - Tratamento de Dados Pessoais 1. Requisitos para o tratamento de dados; - Seção I 2. Tratamento de dados pessoais sensíveis - Seção II 3. Tratamento de dados Pessoais de Crianças e Adolescentes - Seção III 4. O término do tratamento de dados - Seção IV 4. O término ocorrerá segundo verificação de finalidade alcançada ou perda da pertinência dos dados em relação ao alcance da finalidade específica almejada, fim do período de tratamento, determinação de autoridade nacional, após cumprimento de obrigação legal ou regulatória, transferência a terceiro, uso exclusivo do controlador Os Direitos do Titular Direitos Do Titular Artigos 17 ao 22 - Titularidade de dados pessoais, direito de liberdade, intimidade e privacidade; - O titular tem o direito de obter do controlador a confirmação da existência de tratamento, acesso aos dados, correção dos dados, anonimização, portabilidade dos dados, eliminação com consentimento, informações sobre entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou o uso compartilhado de dados; O tratamento de dados Pessoais pelo poder Público Artigos 23 a 32 Os dados deverão ser mantidos em formato interoperável, dependerá do consentimento do titular o compartilhamento de seus dados, as autoridades poderão solicitar a qualquer momento a realização de operações de tratamento de dados; Interoperabilidade Deverá ser utilizado para atendimento de sua finalidade pública, com o objetivo de executar as competências legais; Finalidade Pública Transferência internacional de dados Artigos 33 a 36 Artigos 33 ao 36 - Só é permitida em caso de : ser para países que proporcionem o grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto em lei, quando o controlador oferecer e comprovar garantias de cumprimento dos princípios, dos direitos do titular e do regime de proteção de dados previstos nesta lei; - O nível de proteção de dados pessoais do país estrangeiro ou do organismo internacional será avaliado por autoridade nacional; Capítulo VI - Dos agentes de tratamento de dados pessoais Artigos 37 ao 45 - O controlador e o operador devem manter registro das operações de tratamento de dados pessoais que realizarem; - A autoridade nacional poderá determinar ao controlador que elabore relatório de impacto à proteção de dados pessoais, incluindo dados sensíveis; - O operador deverá realizar tratamento segundo as instruções fornecidas pelo controlador; Capítulo VI - Dos agentes de tratamento de dados pessoais - A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões de interoperabilidade para fins de portabilidade, livre acesso aos dados de segurança assim como tempo de guarda sobre os registros; - O controlador deverá indicar encarregado pelo tratamento de dados pessoais; - O controlador ou operador que em razão do exercício da atividade de tratamento de dados causar danos patrimoniais, morais, individuais ou coletivos, é obrigado a repará-lo; Capítulo VI - Dos agentes de tratamento de dados pessoais - O tratamento de dados pessoais será irregular quando deixar de observar a legislação ou quando não fornecer a segurança que o titular dele pode esperar, consideradas as circunstâncias relevantes; - As hipóteses de violação do direito do titular no âmbito das relações de consumo permanecem sujeitas às regras de responsabilidade previstas na legislação pertinente; Capítulo VII - Da segurança e das boas práticas Os agentes devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados em situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito; Os agentes de tratamento ou qualquer pessoa que intervenha em uma das fases do tratamento obriga-se a garantir a segurança da informação; O controlador deverá comunicar à autoridade nacional e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares; Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais devem ser estruturados de forma a atender aos requisitos de segurança, padrões de boas práticas e princípios gerais previstos na lei; Capítulo VIII - Da fiscalização Adverência Multa Publicização da Infração O valor da sanção deverá observar a gravidade da falta e a extensão do dano ou prejuízo causado; Capítulo IX Da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade Vinculada à Presidência da República Criação da ANPD Alterada pela lei 13.853/2019 Escolha de diretores, membros do conselho, mandatos dos membros, entre outros Composição dos Órgãos http://www.youtube.com/watch?v=YbNyUuJeDFA Processo de Adaptação das Empresas Em geral, empresas têm tido dificuldade em se adaptar à Lei. Ausência de capital para investir em novos processos, falta de profissionais qualificados e confusão sobre quais áreas precisam receber cuidados especiais. Um DPO (Data Protection Officer) pode ser uma pessoa física ou jurídica, podendo ser tanto um funcionário da empresa quanto um agente externo. SALES AND DISTRIBUTION Um dado apontado pela pesquisa da RD Station é que 22% das empresas não inseriu nenhuma medida de segurança referente às informações pessoais que armazena, sejam colaboradores, parceiros ou cliente Dados pessoais Adequação ● Mais Educação O que os especialistas apontam é que, por conta da dificuldade que algumas empresas enfrentam para se adequarem à LGPD, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados tem feito um trabalho mais educativo do que punitivo até aqui. ● Processo de Adequação Além da nomeação de um DPO entre os funcionários da empresa, a realização de um mapeamento de dados para levantar os riscos é algo prático e eficiente. Soluções
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