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CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Olá Galera! Vamos começar essa aula com alguns exercícios do tópico passado. Com relação à matéria dessa aula, não teremos muitos exercícios, pois precisaríamos desenvolver mais o assunto para poder colocar os vários exercícios. Logo, utilizei poucos exercícios desse assunto e a maioria do CESPE. Entretanto, na aula que vem teremos muito mais. Espero que compreendam a aula e os novos conceitos que estão sendo introduzidos. Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. Prof. César Frade JULHO/2011 Prof. César de Oliveira Frade 1 www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 7. SISTEMA MONETÁRIO Quando vamos estudar sobre o sistema monetário e os meios de pagamentos, a primeira coisa que temos que procurar entender é para que serve e o que é a moeda. Já sei que devem estar achando estranho tentar entender o que é a moeda, pois isso é algo que entendemos desde nossos primeiros anos. Não conseguimos comprar nada, ter nada sem a sua utilização, não é mesmo? No entanto, vocês notarão com esse próximo tópico que vocês não entendem muita coisa sobre moeda. É comum ouvirmos uma pessoa dizendo que não pode comprar algo, pois não tem "pé de dinheiro" ou porque "dinheiro não dá em árvore". Eu, pelo menos, já ouvi isso de várias pessoas diferentes. Mas e se eu te falar que é possível "multiplicar o dinheiro". O que você acharia disso? No mínimo estranho, não é mesmo? Pois é, e vamos falar disso no decorrer dessa aula. 7.1. Evolução da Moeda A idéia inicial é a de que o conceito é simples, pois convivemos com a moeda desde nosso nascimento, mas se formos pensar, raciocinar a respeito de seu conceito, notaremos que não é tão trivial assim. É importante também compreendermos a evolução dos meios de pagamentos. Nos primórdios, o escambo era a forma que as pessoas encontravam de efetuar os pagamentos. No entanto, isso essa forma só é possível em economias bastante rudimentares. Imagine que uma determinada pessoa produz arroz e outra pessoa produz batata. Se o indivíduo que produz arroz deseja consumir batata também, Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 2 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE deverá entregar uma quantidade de arroz para receber, em troca, uma quantidade específica de batata. Isso seria o escambo. No entanto, se pensarmos em um economia ainda bastante simples mas composta de quatro indivíduo que produzem bens distintos e que também possuem gostos diversos, veremos que não seria tão simples movimentar essa economia utilizando o escambo. Suponha que um indivíduo A produza arroz, que o indivíduo B produza batata, que C produza carne e D produza milho. Entretanto, o indivíduo A deseja consumir arroz e batata, B quer consumir batata e carne, C deseja consumir carne e milho e D tem intenção de consumir milho e arroz. Vocês já viram que não seria muito simples tentar sintetizar essa negociação via escambo, atendendo as vontades ou necessidades de cada indivíduo. Para facilitar, vamos colocar isso em uma tabela: Indivíduo 1 2 3 4 Dada a complexidade dessa troca, seria mais interessante que esses indivíduos escolhessem uma mercadoria de aceitação geral e que essa mercadoria passasse a fazer parte de todas as negociações, sendo utilizada como moeda de troca. No surgimento da moeda-mercadoria, ou seja, uma mercadoria de aceitação geral sendo utilizada como moeda, as pessoas utilizaram o sal, o gado, entre outras mercadorias. Entretanto, podemos notar que não seria muito simples esse tipo de negociação. Mesmo utilizando uma mercadoria que é aceita por todos, a parte 3 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br Produção Arroz Batata Carne Milho Consumo Arroz e Batata Batata e Carne Carne e Milho Milho e Arroz CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE de logística ficaria complicada. Você também pode imaginar uma pessoa com algumas cabeças de gado se deslocando de um local para outro para comprar determinado produto. Mas, no meio do caminho, sua moeda morre, o gado morre e o dinheiro, simplesmente, acaba. Exatamente para reduzir o custo de logística e ter uma mercadoria aceita de forma generalizada e que pudesse ser guardada ao longo do tempo é que as pessoas passaram a usar os metais como moedas. Era utilizado o ouro, a prata e o cobre como moeda-metálica. Com o passar do tempo, as pessoas notaram que apesar de reduzir o problema de logística e também passar a existir a possibilidade de "guardar" seus recursos sem que ele "estragasse", saber a quantidade de metal ou a qualidade e pureza do mesmo ainda era algo complexo. Com isso, começou a ser utilizada a moeda cunhada. Quando os metais passaram a ser cunhados, além de todos os agentes estarem aceitando o valor determinado na moeda sem saber se era o valor real ou não, o Governo observou que aquela cunhagem poderia lhe render tributos. O ciclo de desenvolvimento da moeda passou por um último estágio antes de chegar ao atual. Esse estágio é a moeda-papel. Observe que as pessoas detinham e transacionavam com moedas cunhadas. Entretanto, para facilitar o seu manuseio foram criadas "as Bancas1". Para que não houvesse qualquer tipo de extravio ou roubo das moedas cunhadas, essas instituições recebiam as moedas e entregavam uma espécie de comprovante de depósito aos seus proprietários. No entanto, as pessoas notaram que não precisavam das moedas cunhadas para pagar seus negócios, bastava repassar esses comprovantes de depósitos que os detentores desses títulos poderiam efetuar o saque das moedas cunhadas. Dessa forma, esses papéis gerados pelo depósito de moedas eram chamados de moeda-papel e davam a seu detentor o direito de sacar os valores depositados. 1 Essas instituições representam os primórdios dos Bancos. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 4 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Como as moedas não eram sacadas e sim, as moedas-papéis efetuavam a quitação das transações, as instituições bancárias notaram que elas poderiam criar novas moedas-papéis que eram lastreadas pelos recursos que estavam em sua posse e, assim, notaram que elas mesmas podiam "emitir moeda". No entanto, agora vem à nossa cabeça um questionamento. Se até este momento, todas as transações eram lastreadas por bens físicos e materiais, como seria possível emitir moeda sem que existisse a moeda cunhada representativa. A resposta para essa questão não é muito complexa de ser dada, mas de ser compreendida. Se os agentes acreditarem que aquela moeda-papel emitida por alguma instituição bancária lhes dará o direito de efetuar o saque da moeda cunhada representativa no momento em que desejarem, todos aceitarão aquela moeda emitida pela instituição. Portanto, uma boa definição para moeda é a "FÉ". Não entenderam? Se você me perguntar o que é moeda, te respondo claramente que moeda é FÉ. Pois se as pessoas acreditarem na moeda, terão ela em seu poder e poderão comprar seus bens com elas. Efetuarão a comprar porque todas as pessoas acreditarão naquela moeda e a aceitarão como pagamento nas transações. Se as pessoas não mais tiverem FÉ na moeda, elas não serão aceitas como pagamento das transações e perderão o seu valor. Por fim, a evolução da moeda-papel ocorre com o papel-moeda.Este é "produzido" exclusivamente pelos Governos ou à ordem dos Governos. No entanto, deve haver certo controle da quantidade emitida por parte dos Governos. Antes da Primeira Grande Guerra, havia uma espécie de acordo para que não houvesse as desvalorizações competitivas. Os países emitiam suas moedas para que sua cotação de câmbio ficasse menor, desvalorizando suas moedas e aumentando assim suas exportações. Portanto, a evolução da moeda ocorreu da seguinte forma: • moeda - mercadoria • moeda - metálica • moeda cunhada • moeda - papel 5 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE • papel - moeda e moeda escritural Até 1944, existia o padrão-ouro no qual toda moeda para ser emitida necessitava de um lastro em ouro. Ou seja, para que um país conseguisse emitir sua própria moeda deveria ter aquele valor emitido em ouro. As principais disposições do sistema Bretton Woods foram, primeiramente, a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câmbio de suas moedas dentro de um determinado valor em termos de ouro, e em segundo lugar, a provisão pelo FMI de financiamento para suportar dificuldades temporárias de pagamento. Portanto, a partir daquele ano, com o Acordo de Bretton Woods deixou de existir a paridade com o ouro (padrão-ouro) e passou a vigorar o padrão-dólar. Em 1973, diante de pressões crescentes na demanda global por ouro, Richard Nixon, então presidente norte-americano, suspendeu unilateralmente o sistema de Bretton Woods, cancelando a conversibilidade direta do dólar em ouro. O que temos hoje é o papel-moeda e a moeda escritural sendo o primeiro aquele que carregamos em nossos bolsos. Para o completo estudo desse tema usaremos a mesma metodologia adotada no livro do Ex-Ministro Mário Henrique Simonsen e, além desses itens, falaremos a respeito das funções básicas da moeda, sua evolução ao longo do tempo e dos conceitos individualizados sobre os meios de pagamentos. 7.2. Funções da Moeda Com relação às funções da moeda devemos ressaltar que esta possui 3 funções básicas, quais sejam: • meio de troca • unidade de valor • reserva de valor 6 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE A função meio de troca pode ser caracterizada com a introdução de algo que seria de aceitação generalizada com o objetivo de substituir a prática do escambo. Portanto, a moeda aparece, nesta função com o objetivo de ser utilizada como intermediária em todas as transações. A função unidade de valor informa a quantidade de moeda necessária para adquirir um bem. Imagine uma situação onde existem duas pessoas, sendo que a primeira produz trigo e a segunda milho. Elas querem efetuar a troca das mercadorias. No entanto, decidem que utilizarão Reais (R$) para fazer isso. Neste momento, a moeda do Brasil teve a função de meio de troca. Em seguida decidem que um quilo de trigo custa R$ 10,00 e um quilo de milho vale R$ 3,00. A partir do momento que determinaram o preço das mercadorias a moeda nacional passou a ter a função unidade de valor. A última função da moeda é a reserva de valor. Esta função é a que dá ao detentor da moeda a prerrogativa de gastar seus recursos em momento diferente do recebimento da moeda. Ou seja, o detentor da moeda, quando esta tem a função de reserva de valor, pode decidir se irá gastar os seus recursos ou guardá-lo para efetuar o gasto oportunamente. 7.3. Emissão de Moeda Destacamos que há uma clara diferença entre emissão de moeda e fabricação da mesma. Segundo a Constituição Federal, artigo 164 - caput, "A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central." Isto mostra que a emissão de moeda é feita única e exclusivamente, no Brasil, pelo Banco Central - BACEN. Enquanto isto, cabe à Casa da Moeda efetuar a impressão, a fabricação da moeda nacional. Você deve estar se perguntando: se o que a Casa da Moeda faz é fabricar, o que significa emitir? Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 7 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Emitir moeda é colocar para fora dos cofres do Banco Central a moeda que está guardada nele, sendo ela nova ou velha. Portanto, toda vez que o Banco Central recebe numerário da Casa da Moeda e o guarda dentro do cofre, a moeda recebida foi fabricada, mas ainda não foi emitida. A emissão ocorrerá apenas no momento em que o BACEN disponibilizá-la ao público. 7.4. Equação Fundamental A equação fundamental para a compreensão deste tema é a seguinte: Papel - Moeda Emitido (PME) - Caixa das Autoridades Monetárias = Papel - Moeda em Circulação (PMC) - Caixa dos Bancos Comerciais = Papel - Moeda em Poder do Público (PMPP) Entende-se como Papel-Moeda Emitido toda a moeda que está fora dos cofres do BACEN. Esta moeda pode ter três destinações básicas. Ela pode estar no Caixa das Autoridades Monetárias, no Caixa dos Bancos Comerciais ou em Poder do Público. Veja as equações abaixo: Papel — Moeda Emitido (PME) — Caixa das Autoridades Monetárias(CxAM) = Papel — Moeda em Circulação(PMC) Papel — Moeda em Circulação (PMC) — Caixa dos Bancos Comerciais (CxBC) = Papel - Moeda em Poder do Público (PMPP) Manipulando as duas equações, temos: Papel — Moeda Emitido (PME) — Caixa das Autoridades Monetárias(CxAM) = Caixa dos Bancos Comerciais (CxBC) + Papel - Moeda em Poder do Público (PMPP) Portanto, temos: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 8 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE PME = CxAM + CxBC + PMPP Quando o BACEN emite moeda uma parcela dela fica no bolso dos cidadãos e a essa parcela passaremos a dar o nome de Papel-Moeda em Poder do Público. Devemos entender, neste caso, que cidadãos são quaisquer pessoas físicas ou jurídicas com exceção dos Bancos Comerciais e do Banco Central. Portanto, consideramos que os recursos que estão no Caixa de Bancos de Investimentos estão sob a forma de Papel-Moeda em Poder do Público. Os Bancos Comerciais2 devem ter recursos em seus caixas para entregar aos clientes quando estes precisarem efetuar seus saques. Esses recursos serão chamados de Caixa dos Bancos Comerciais. Finalmente, devemos esclarecer que as autoridades monetárias também devem manter recursos em seus caixas para fazer frente a eventuais saques de seus clientes. No Brasil, atualmente, a única autoridade monetária existente é o BACEN e como o público, de forma geral, não pode abrir conta nesta instituição, não há motivos para se manter recursos no caixa. Portanto, o caixa das autoridades monetárias é igual a zero nos dias de hoje. Entretanto, até 1986 o Banco do Brasil também era considerado autoridade monetária e dessa forma, os recursos mantidos em seu caixa entravam no cômputo do caixa das autoridades monetárias. Assim sendo, como o caixa das autoridades monetárias é nulo concluímos que, atualmente, o papel-moeda emitido é igual ao papel-moeda em circulação. Portanto, os recursos quando são emitidos pelo Banco Central podem estar: • em poder das pessoas (PMPP); • no caixa dos Bancos Comerciais (CxBC); ou • no caixa das Autoridades Monetárias (CxAM) 7.5. Balancete dos Bancos Comerciais 2 Bancos Comerciais, a grosso modo, são as instituições financeiras nas quais conseguimos abrir uma conta de depósito à vista e que pode nos disponibilizar um talão de cheques para efetuarmos nossos gastos. 9 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Vamos estudar cada um dos itens dos balancetes dos Bancos Comerciais e do Banco Central. É importante que seja compreendido o que significa cada uma dessas contas pois somente dessa forma poderemos analisar os balancetes sem ter que decorar tudo. Importante salientar que irei detalhar apenas os itens que são importantes para o entendimento dessa matéria. Não irei entrar em detalhes acerca dos itens que interessam muito mais à contabilidade que à economia. Vamos começar com o Balancete dos Bancos Comerciais. Utilizarei a mesma metodologia que o Simonsen usou em seu livro e, portanto, todos os itens que constam do Balancete dos Bancos Comerciais serão representados com letra maiúscula. Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais3 Ativo Passivo A) Encaixes G) Recursos Próprios A.1 - em moeda corrente H) Depósitos à vista A.2 - em depósitos no Banco Central I) Depósitos a prazo A.2.1 - voluntários J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN A.2.2 - compulsórios K) Empréstimos Externos B) Empréstimos ao setor privado L) Demais exigibilidades C) Títulos públicos e privados D) Empréstimos a entidades públicas E) Imobilizado F) Outras aplicações 3 Neste estudo, as Caixas Econômicas estão sendo consideradas como Bancos Comerciais por captarem depósitos à vista. 10 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Os encaixes podem ser divididos em três partes: encaixe em moeda corrente, encaixe voluntário e encaixe compulsório. Os Encaixes em Moeda-Corrente são representados pelos recursos que os Bancos Comerciais guardam em seu caixa para fazer face aos saques de seus clientes. Quando uma pessoa deposita um recurso no Banco Comercial, ela deseja que quando necessitar do recurso tenha a possibilidade de se dirigir a uma agência e efetuar o saque. Aquele recurso que fica guardado no Caixa da instituição e que será entregue a esse correntista é o que chamamos de Encaixe em Moeda-Corrente. Observe que o correntista efetuou um depósito à vista e essa conta passa a fazer parte do passivo do Banco Comercial. Entretanto, uma parcela dos depósitos à vista fica na boca do caixa da instituição para fazer face aos saques. Esses recursos fazem parte do ativo do Banco Comercial. Vamos agora aos Encaixes Compulsórios. Os Bancos Comerciais (instituições que recebem depósitos à vista) têm a capacidade de multiplicar os meios de pagamentos4. Imagine que a pessoa 1 efetua um depósito de R$1.000,00 em um Banco Comercial. Essa pessoa sai com um talão de cheque em que o Banco informa que ela pode gastar até R$1.000,00 que ele quitará essa conta. Dessa forma, os recursos existentes nessa economia estão com o Banco Comercial. Com isso, o Banco empresta o dinheiro para a pessoa 2, empresta R$1.000,00. Entretanto, essa pessoa 2 não sai do Banco com R$1.000,00 no bolso. Ela sai com um talão de cheque em que o Banco diz a ela que pode ser efetuado um gasto até o total de R$1.000,00. Ou seja, isso é a mesma coisa de o Banco emprestar esses R$1.000,00 e ao mesmo tempo essa pessoa efetuar o depósito junto ao Banco. Observe que as pessoas 1 e 2 acham que têm R$1.000,00, mas os R$1.000,00 em papel-moeda que existe na economia está de posse do Banco. Adivinhem o que o Banco fará com o recurso? Emprestará para a pessoa 3, que sairá da instituição com um talão de cheques. E esse fato ocorre de forma sucessiva. 4 Vamos entender como meios de pagamentos as formas que as pessoas possuem de efetuar o pagamento de suas contas. Quem está pensando que o cartão de crédito é um meio de pagamento está enganado, pois você apenas posterga a quitação das suas contas. Quando o cartão for quitado é que você está se utilizando de um meio de pagamento. 11 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Vemos que a instituição financeira, no exemplo dado, foi capaz de transformar R$1.000,00 em R$4.000,00 e isso se deve à sua capacidade de multiplicar os meios de pagamentos. Importante observar que o Banco, da forma como está descrito o exemplo, poderá emprestar inúmeras vezes esse mesmo recurso. E, portanto, teremos os meios de pagamentos indo para infinito. Dessa forma, caberá ao Banco Central tentar frear essa multiplicação de meios de pagamentos. E a forma utilizada para isso é o depósito compulsório. O Banco Central pode solicitar que todas as vezes que um recurso seja depositado no Banco Comercial, que 50% dos valores sejam encaminhados para o Banco Central, compulsoriamente. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 12 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Observe que o compulsório, à medida que vai sendo depositado junto ao Banco Central, vai reduzindo a quantidade de recurso disponível para que o Banco Comercial efetue o empréstimo. Logo, a quantidade de recursos a ser disponibilizado será controlada de forma indireta pelo Banco Central por meio da alíquota de compulsório. O Encaixe Voluntário é um depósito que os Bancos deixam no Banco Central voluntariamente. Esses recursos ficam depositados juntamente com o compulsório, mas estão além do valor exigido pelo Banco Central. Observe que tanto o encaixe compulsório quanto o encaixe voluntário representam recursos das instituições financeiras depositados junto ao Banco Central. Logo, eles representam um ativo das instituições financeiras e um passivo do Banco Central, pois o Banco Central tem a obrigação de devolver esses recursos e os Bancos Comerciais tem o direito sobre esses recursos. Os Empréstimos ao Setor Privado são os recursos que os Bancos Comerciais emprestam às empresas privadas. Esses recursos fazem parte do ativo dos Bancos Comerciais. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 13 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Os Bancos Comerciais aplicam parte dos recursos que possuem em Títulos Públicos e Privados. Isto nada mais é do que emprestar recursos ao Governo e ao Setor Privado. Portanto, fazem parte do ativo dos Bancos Comerciais. Os Bancos Comerciais podem também efetuar Empréstimos a entidades públicas. Tal fato também se configuraria como sendo um ativo do Banco Comercial. Tanto o Imobilizado quanto as Outras Aplicações também são contas que fazem parte do ativo da instituição. Como ativo imobilizado podemos citar os imóveis do Banco Comercial. Qualquer outra conta do ativo está sendo considerada em Outras Aplicações. Não há a necessidade de uma maior detalhamento dessas contas, pois elas representam um interesse muito maior para a Contabilidade do que para a Economia. Passemos agora para as contas passivas dos Bancos Comerciais. A primeira delas e a mais importante já foi discutida anteriormente, o Depósito à Vista. Os Recursos Próprios representam o Patrimônio Líquido da instituição, a grosso modo. Podemos entender como sendo os recursos que os proprietários do Banco "colocaram" no negócio. No Balancete, os recursos próprios fazem parte do Passivo da instituição. Depósitos a Prazo são aplicações feitas pelas clientes das instituições financeiras e que não podem ser retirados a qualquer momento. Enquanto no depósito à vista, as pessoas efetuam o depósito junto à instituição financeira e podem efetuar o saque a qualquer hora, no depósito a prazo esse saque somente é permitidoapós o período de carência. Em geral, os depósitos a prazo se constituem por aplicações em Certificado de Depósito Bancário - CDB e Recibo de Depósito Bancário - RDB. Como o depósito a prazo é um depósito efetuado pelo correntista, ele será considerado um ativo do correntista e um passivo do Banco Comercial5. Outra conta um pouco mais complexa é o Redesconto. Na verdade, não é que ela seja complexa a operação, mas ela só existe com os Bancos Centrais. Uma 5 Não é somente o Banco Comercial que pode fazer esse tipo de depósito, mas estamos tratando apenas dele neste momento. 14 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE operação de Redesconto ocorre quando um Banco está com dificuldades financeiras e solicita socorro ao Banco Central. Solicita um empréstimo ao BACEN. No entanto, o BACEN pode efetuar o empréstimo, mas desde que o Banco Comercial que fez a solicitação deixe garantias. Na prática, várias garantias são aceitas, mas quando o Banco Comercial concede títulos públicos como garantia o próprio sistema desenvolvido pelo Banco Central do Brasil autoriza a operação. No caso de outras garantias, há a necessidade de aprovação por parte de um analista do Banco Central. Portanto, o Redesconto ocorre quando o Banco Central efetua um empréstimo a um Banco Comercial e, portanto, essa operação é um passivo do Banco Comercial e um ativo do Banco Central. Os Empréstimos Externos representam as operações de captação de recursos no mercado internacional por parte dos Bancos Comerciais. Portanto, é uma obrigação dessas instituições financeiras e deve estar no Passivo. A rubrica Demais Exigibilidades se constitui na soma de todas as outras contas que fazem parte do passivo dos Bancos Comerciais. Entretanto, como foi explicado anteriormente, algumas dessas contas não são muito importantes para a Economia e iremos uni-las em um única rubrica que será chamada de Saldo Líquido das Demais Contas. Vamos ao Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais. Prof. César de Oliveira Frade 15 www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais Ativo Passivo A) Encaixes Passivo Monetário A.1 - em moeda corrente H) Depósitos à vista A.2 - em depósitos no Banco Passivo não-Monetário Central A.2.1 - voluntários I) Depósitos a prazo A.2.2 - compulsórios J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN B) Empréstimos ao setor privado M) Saldo líquido das demais contas C) Títulos públicos e privados Observe que houve uma mudança do Balancete para o Balancete Sintético. Veja que no ativo do Banco Comercial existem as contas A, B, C, D, E e F. Após a reorganização do Balancete, ficaram apenas as rubricas A, B e C, tendo desaparecido D, E e F. Do lado do passivo, existiam as contas G, H, I, J, K e L. Permanecem no novo Balanço apresentado as rubricas H, I, J. E ainda surge a conta M. Importante entender o que significa a conta M. Todas as contas que foram suprimidas acabaram sendo aglutinadas com o nome Saldo Líquido das Demais Contas e fazem parte do passivo. Portanto, temos que a rubrica M é igual à soma das contas que saíram do passivo menos as contas que saíram do ativo. M = G + K + L - D - E - F Importante ressaltar que todas essas contas foram concentradas com a rubrica M porque elas não possuem importância tão grande para a Economia. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 16 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE QUESTÕES PROPOSTAS Questão 44 (ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas: • Produção: 1.323.410.847 • Produto Interno Bruto: 778.886.727 • Imposto de importação: 4.183.987 • Demais impostos sobre produtos: 79.736.442 Com base nestas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário é de: a) 628.444.549 b) 632.628.536 c) 600.000.000 d) 595.484.200 e) 550.000.003 Questão 45 (ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas: • Produção: 1.323.410.847 • Importação de bens e serviços: 69.310.584 • Impostos sobre produtos: 83.920.429 • Consumo intermediário: 628.444.549 • Consumo final: 630.813.704 • Variação de estoques: 12.903.180 • Exportação de bens e serviços: 54.430.127 Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 150.050.300 b) 66.129.871 c) 233.970.729 17 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE d) 100.540.580 e) 200.000.000 Questão 46 (ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200 Importação de bens e serviços = 60 Impostos sobre produtos = 70 Consumo final = 600 Formação bruta de capital fixo = 100 Variação de estoques = 10 Exportações de bens e serviços = 120 Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a: a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600 Questão 47 (ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados: Investimento privado = 300 Poupança privada = 300 Investimento público = 200 Poupança do governo = 100 Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, a economia apresenta a) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público de 100. b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público nulo. 18 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de 100. Questão 48 (GESTOR - ESAF - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1.300 Importação de bens e serviços = 70 Impostos sobre produtos = 85 Consumo intermediário = 607 Consumo final = 630 Variação de estoques = 13 Exportações de bens e serviços = 55 Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 150 b) 100 c) 50 d) 200 e) 250 Questão 49 (APO - ESAF - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Renda Nacional Líquida: 1.000 Depreciação: 30 Consumo Pessoal: 670 Variação de Estoques: 30 Com base nas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo nessa economia é: a) 300 19 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE b) 330 c) 370 d) 400 e) 430 Questão 50 (ESAF - APO - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Variação de estoques: 20 Formação bruta de capital fixo: 100 Poupança líquida do setor privado: 50 Depreciação: 5 Saldo do Governoem conta-corrente: 50 Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou no balanço de pagamentos em transações correntes: a) saldo nulo b) superávit de 15 c) déficit de 25 d) superávit de 25 e) déficit de 15 Questão 51 (FCC - APOFP-SP - 2010) - Com relação à presença da moeda no sistema econômico, é correto afirmar: a) O Banco Central é o único capaz de criar e destruir moeda. b) A moeda é demandada apenas para satisfazer as necessidades de transação dos agentes econômicos. c) A oferta de moeda tem relação inversa com a taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais. d) A demanda de moeda tem relação direta com a taxa de juros da economia. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 20 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE e) O efeito da moeda sobre o nível de preços é neutro, qualquer que seja o grau de utilização da capacidade instalada da economia. Enunciado para a questão 52 Julgue o item 52, relativos à moeda e à política monetária. Questão 52 (CESPE - SEFAZ - ES - Economista - 2010) - Moeda, um estoque de ativos usados em transações, possui as funções de reserva de valor, padrão de valor e meio de troca. Enunciado para a questão 53 Com relação à macroeconomia, julgue o item. Questão 53 (CESPE - Ministério da Saúde - Economista - 2009) - Um ativo que tem a função de meio de troca transfere o poder de compra para o futuro. Enunciado para a questão 54 Julgue o item subsequente acerca dos agregados monetários, das contas do sistema monetário, da política monetária e da relação entre taxas de juros, inflação e resultado fiscal. Questão 54 (CESPE - MPU - Economista - 2010) - Uma economia inflacionária faz com que a moeda perca sua característica de meio de troca. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 21 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE QUESTÕES RESOLVIDAS Questão 44 (ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas: • Produção: 1.323.410.847 • Produto Interno Bruto: 778.886.727 • Imposto de importação: 4.183.987 • Demais impostos sobre produtos: 79.736.442 Com base nestas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário é de: a) 628.444.549 b) 632.628.536 c) 600.000.000 d) 595.484.200 e) 550.000.003 Resolução: Vamos usar, simplesmente, a equação que foi enunciada anteriormente. Entretanto, para facilitar nossa vida, vamos expurgar 6 dígitos desses números enormes que a questão nos mostra. Portanto, temos: PIB = Produção — Consumo Intermediário + Impostos Indiretos — Subsídios 779 = 1323 — Consumo Intermediário + 80 + 4 Consumo Intermediário = 1323 — 779 + 80 + 4 Consumo Intermediário = 628 Observe que não é necessário colocar todos os algarismos. Mas tome muito cuidado com as contas e verifique se não existem respostas muito próximas que te complicariam ao cortar esses algarismos. Nessa questão, vimos que as respostas eram bem distantes e esse corte de algarismos era viável. Gabarito: A Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 22 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Questão 45 (ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas: • Produção: 1.323.410.847 • Importação de bens e serviços: 69.310.584 • Impostos sobre produtos: 83.920.429 • Consumo intermediário: 628.444.549 • Consumo final: 630.813.704 • Variação de estoques: 12.903.180 • Exportação de bens e serviços: 54.430.127 Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 150.050.300 b) 66.129.871 c) 233.970.729 d) 100.540.580 e) 200.000.000 Resolução: Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia aberta pode ser representada pelo razonete abaixo: Débito K) Importações de bens e serviços não-fatores L) Renda líquida enviada para o exterior A) Salários B) Juros líquidos pagos a indivíduos C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos a indivíduos Prof. César de Oliveira Frade Crédito N) Exportações de bens e serviços não- fatores G) Consumo pessoal P) Consumo do Governo H) formação bruta de capital fixo I) Variação de estoques 23 www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE E) Depreciações F) Lucros retidos V) Outras receitas Governo correntes do T.2 - Q.2) Impostos diretos - transferências a empresas U - R) Impostos indiretos - subsídios Total da Oferta de Bens e Serviços Total da Demanda de Bens e Serviços Sendo assim, o Produto Interno Bruto a preços de mercado é: PIBpm = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R Pelos dados do exercício, o PIB deveria ser a produção menos o consumo de bens intermediários mais os impostos sobre produtos. Portanto, teremos: PIB = 1.323.410.847 - 628.444.549 + 83.920.429 = 778.886.727 Concluímos que: PIB + Importações = Exportações + consumo final + formação bruta de capital fixo (FBKF) + variação de estoques 778.886.727 + 69.310.584 = 54.430.127 + 630.813.704 + FBKF + 12.903.180 FBKF = 150.050.300 Observem que essa é uma segunda forma de resolver. Claro que mais complicada do que a aplicação da equação que passei para vocês. Na verdade, prefiro aqui colocar as citações e as formas como os autores fariam para resolver para, em seguida, mostrar a forma simples de se fazer a questão. Vamos a essa parte? Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 24 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Utilize a seguinte equação: Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo Antes de colocarmos os números relativos a cada conta, sugiro que sejam cortados os seis últimos dígitos. Isso é feito para facilitar nossas contas e agilizar o processo de acerto da questão. 779 + 69 = 631 + FBKF + 13 + 54 848 = FBKF + 698 FBKF = 150 Sendo assim, o gabarito é a letra A. Gabarito: A Questão 46 (ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200 Importação de bens e serviços = 60 Impostos sobre produtos = 70 Consumo final = 600 Formação bruta de capital fixo = 100 Variação de estoques = 10 Exportações de bens e serviços = 120 Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a: a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600 Resolução: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 25 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia aberta pode ser representada pelo razonete abaixo: Débito K) Importações de bens e serviços não-fatores L) Renda líquida enviada para o exterior A) Salários B) Juros líquidos pagos a indivíduos C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos a indivíduos E) Depreciações F) Lucros retidos V) Outras receitas correntes do Governo T.2 - Q.2) Impostos diretos - transferências a empresas U - R) Impostos indiretos - subsídios Total da Oferta de Bens e Serviços Crédito N) Exportações de bens e serviçosnão- fatores G) Consumo pessoal P) Consumo do Governo H) formação bruta de capital fixo I) Variação de estoques Total da Demanda de Bens e Serviços Sendo assim, o Produto Interno Bruto a preços de mercado é: PIBpm = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R Pelos dados do exercício, o PIB deveria ser a produção menos o consumo de bens intermediários mais os impostos sobre produtos. Portanto, teremos: PIB = 1200 - Consumo Intermediário + 70 Concluímos que: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 26 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 1270 - Consumo Intermediário + Importações = Exportações + consumo final + formação bruta de capital fixo (FBKF) + variação de estoques 1270 - Consumo Intermediário + 60 = 120 + 600 + 100 + 10 1330 - Consumo Intermediário = 830 Consumo Intermediário = 500 Tem como fazer mais rápido? Claro. Se aplicarmos as fórmulas diretamente, a questão fica mais simples e mais rápida. Vamos fazer? Vamos utilizar um sistema de equações. Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo PIB = Produção — Consumo Intermediário + Impostos Indiretos — Subsídios De vermelho estão as incógnitas das equações. Logo, devemos encontrar o valor do PIB utilizando a primeira equação e, posteriormente, o valor do consumo intermediário. 60 + PIB = 600 + 100 + 10 + 120 PIB = 830 - 6 0 PIB = 770 Agora, substituímos esse valor na segunda equação: 770 = 1200 — Consumo Intermediário + 70 Consumo Intermediário = 1200 + 70 — 770 Consumo Intermediário = 500 Sendo assim, o gabarito é a letra A. Gabarito: A Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 27 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Questão 47 (ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados: Investimento privado = 300 Poupança privada = 300 Investimento público = 200 Poupança do governo = 100 Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, a economia apresenta a) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público de 100. b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público nulo. e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de 100. Resolução: Sabemos que Investimento = Poupança Segundo o livro do Simonsen, a conta consolidada de capital de uma economia aberta pode ser representada pelo razonete abaixo: Débito H) Formação bruta de capital fixo L) Variação de estoques Total da Formação Bruta de Capital Crédito J) Poupança bruta do setor privado S) Saldo do Governo em conta corrente O) Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes Financiamento da Formação Bruta de Capital No Investimento, devemos considerar a soma de investimento público com privado e na poupança consideraremos a pública, a privada e a externa. Sendo assim, temos: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 28 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Ip + Ig = Sp + Sg + Se 300 + 200 = 300 + 100 + Se Se = 100 Portanto, se existe a poupança externa, isso significa que houve entrada de recursos no país e, portanto, haverá um saldo deficitário em transações correntes de igual valor. Sendo assim, a resposta deve ser a letra C. Gabarito: C Questão 48 (GESTOR - ESAF - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1.300 Importação de bens e serviços = 70 Impostos sobre produtos = 85 Consumo intermediário = 607 Consumo final = 630 Variação de estoques = 13 Exportações de bens e serviços = 55 Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 150 b) 100 c) 50 d) 200 e) 250 Resolução: Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia aberta pode ser representada pelo razonete abaixo: 29 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Débito K) Importações de bens e serviços não-fatores L) Renda líquida enviada para o exterior A) Salários B) Juros líquidos pagos a indivíduos C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos a indivíduos E) Depreciações F) Lucros retidos V) Outras receitas correntes do Governo T.2 - Q.2) Impostos diretos - transferências a empresas U - R) Impostos indiretos - subsídios Total da Oferta de Bens e Serviços Crédito N) Exportações de bens e serviços não- fatores G) Consumo pessoal P) Consumo do Governo H) formação bruta de capital fixo I) Variação de estoques Total da Demanda de Bens e Serviços Sendo assim, o Produto Interno Bruto a preços de mercado é: PIBpm = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R Pelos dados do exercício, o PIB deveria ser a produção menos o consumo de bens intermediários mais os impostos sobre produtos. Portanto, teremos: PIB = 1300 - 607 + 85 = 778 Concluímos que: Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 30 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 70 + 778 = 630 + FBKF + 13 848 = 698 + FBKF FBKF = 1506 Gabarito: A Questão 49 (APO - ESAF - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Renda Nacional Líquida: 1.000 Depreciação: 30 Consumo Pessoal: 670 Variação de Estoques: 30 Com base nas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo nessa economia é: a) 300 b) 330 c) 370 d) 400 e) 430 Resolução: Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia fechada e sem governo pode ser representada pelo razonete abaixo: 6 Talvez você esteja pensando que essa questão já foi resolvida anteriormente. No entanto, está enganado. A questão não foi resolvida. O que resolvemos foi uma questão muito parecida com essa. 31 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Débito A) Salários B) Juros líquidos pagos a indivíduos C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos a indivíduos E) Depreciações F) Lucros retidos Total da Oferta de Bens e Serviços Crédito G) Consumo pessoal H) Formação bruta de capital fixo (FBKF) I) Variação de estoques Total da Demanda de Bens e Serviços Renda Nacional Líquida = A + B + C + D + F A + B + C + D + E + F = G + H + I A equação geral a ser utilizada é a descrita abaixo: Importação + RLEE + RNL + Depreciação = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo No entanto, devemos lembrar que a economia em questão está fechada. Logo, a equação ficaria da seguinte forma: Gabarito: B Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 32 1.000 + 30 = 670 + FBKF + 30 1.030 = 700 + FBKF FBKF = 330 Sendo assim, o gabarito é a letra B. RNL + Depreciação = Consumo + FBKF CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADEQuestão 50 (ESAF - APO - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Variação de estoques: 20 Formação bruta de capital fixo: 100 Poupança líquida do setor privado: 50 Depreciação: 5 Saldo do Governo em conta-corrente: 50 Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou no balanço de pagamentos em transações correntes: a) saldo nulo b) superávit de 15 c) déficit de 25 d) superávit de 25 e) déficit de 15 Resolução: Segundo o livro do Simonsen, a conta de capital de uma economia aberta e com governo pode ser representada pelo razonete abaixo: Débito H) Formação bruta de capital fixo (FBKF) I) Variação de estoques Total da Formação Bruta de Capital Crédito J) Poupança bruta do setor privado O) Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes S) Saldo do Governo em conta corrente Financiamento da Formação Bruta de Capital Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 33 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE H + I = J + O + S Poupança Bruta = Poupança Líquida + Depreciação = 50 + 5 = 55 1 0 0 + 20 = 55 + D B P t c + 50 1 2 0 = 105 + DBPTC Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes = 15 Gabarito: E Questão 51 (FCC - APOFP-SP - 2010) - Com relação à presença da moeda no sistema econômico, é correto afirmar: a) O Banco Central é o único capaz de criar e destruir moeda. b) A moeda é demandada apenas para satisfazer as necessidades de transação dos agentes econômicos. c) A oferta de moeda tem relação inversa com a taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais. d) A demanda de moeda tem relação direta com a taxa de juros da economia. e) O efeito da moeda sobre o nível de preços é neutro, qualquer que seja o grau de utilização da capacidade instalada da economia. Resolução: Na verdade, todos os Bancos Comerciais (todas as instituições que recebem depósitos à vista, para falar a verdade) são capazes de criar ou destruir os meios de pagamento, comumente chamado de moeda. A moeda pode ser demandada para satisfazer as transações ou para ser "encarteirada". Nesse último caso, ela terá a função de reserva de valor. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 34 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Quanto maior for o valor do compulsório, mais recursos serão enviados ao Banco Central e, portanto, menor a disponibilidade de recursos com as instituições. Portanto, este item está CORRETO. Quanto maior for a taxa de juros, menos as pessoas têm interesse em carregar a moeda em seus bolsos e mais elas estão interessadas em deixar a moeda no banco. Logo, a demanda por moeda é inversamente proporcional à taxa de juros. A quantidade de moeda tem efeito direto sobre o nível de preços. Sendo assim, o gabarito é a letra C. Gabarito: C Questão 52 (CESPE - SEFAZ - ES - Economista - 2010) - Moeda, um estoque de ativos usados em transações, possui as funções de reserva de valor, padrão de valor e meio de troca. Resolução: A moeda é um bem que possui três funções, quais sejam: • meio de trocas; • unidade de conta; e • reserva de valor. A função unidade de conta também pode ser chamada de padrão de valor. Segundo o Mankiw: "A moeda tem três funções. É uma reserva de valor, um padrão de valor e um meio de troca. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 35 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Como reserva de valor, a moeda permite transferir pode aquisitivo presente para o futuro. Como padrão de valor, a moeda é uma referência para a cotação de preços e o registro das dívidas. Como meio de troca, a moeda é aquilo que usamos para comprar bens e serviços." Dessa forma, não tem muito o que discutir sobre a questão e ela está CERTA. Gabarito: C Enunciado para as questões 53 Com relação à macroeconomia, julgue o item. Questão 53 (CESPE - Ministério da Saúde - Economista - 2009) - Um ativo que tem a função de meio de troca transfere o poder de compra para o futuro. Resolução: A questão está ERRADA, pois um ativo que tem a função de reserva de valor é que transfere o poder de compra para o futuro. Gabarito: E Enunciado para a questão 54 Julgue o item subsequente acerca dos agregados monetários, das contas do sistema monetário, da política monetária e da relação entre taxas de juros, inflação e resultado fiscal. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 36 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Questão 54 (CESPE - MPU - Economista - 2010) - Uma economia inflacionária faz com que a moeda perca sua característica de meio de troca. Resolução: A moeda possui três funções básicas: • meio de trocas; • unidade de conta; e • reserva de valor Vamos tentar entender o que significar cada uma dessas funções. Na economia rudimentar as pessoas se utilizavam do escambo para poder trocar suas mercadorias, pois nem todos conseguiam produzir tudo o que necessitavam no consumo. A partir do momento que as pessoas começaram a ter mais dificuldade nessa troca tanto por causa da especialização da produção como também do aumento da necessidade (ou da vontade) de se consumir mais bens, optou-se pela criação da moeda. Inicialmente, as pessoas utilizavam uma mercadoria de aceitação generalizada como moeda, mas, posteriormente, esse conceito foi sendo desenvolvido até chegar na utilização do papel-moeda. Suponha, nesse exemplo, que o sal seja a moeda de utilização geral. Um agente interessado em adquirir batata poderia oferecer sal em troca. Essa operação dá origem ao conceito de meio de trocas, onde um produto está sendo trocado por outro, a moeda. A partir do momento em que "precificamos" os bens, dizendo que 2 quilos de batata serão trocados por um quilo de sal, estamos usando a função de unidade de conta da moeda. No entanto, as pessoas podem optar por gastar seus recursos ou guardá-los para gastar em um momento posterior, ou seja, uma decisão intertemporal. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 37 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Portanto, a inflação danifica a função de reserva de valor da moeda pois com ela as pessoas perdem a condição de escolher entre guardar ou gastar seu recurso. Sendo assim, a questão está ERRADA. Gabarito: E Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 38 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE BIBLIOGRAFIA Abreu, Marcelo de Paiva (org.); Marcelo de Paiva Abreu et all - A ordem do progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889-1989, Editora Campus, 1990. Blanchard, Olivier - Macroeconomia: Teoria e Política Econômica, Editora Campus, 1999. Byrns, R.T. & Stone, G.W. - Macroeconomia, Editora Makron Books, 5a Edição, 1995. Dornbusch, R & Fischer S. - Macroeconomia, Editora Makron Books - 5a Edição, 1991. Froyen, Richard T. - Macroeconomia, Editora Saraiva - Tradução da 5a Edição, 2001. Lopes,L.M & Vasconcellos, M.A.S. - Manual de Macroeconomia: Básico e Intermediário, Editora Atlas, 2a Edição, 2000. Mankiw, N. Gregory - Macroeconomia, Editora LTC - 3a Edição, 1998. Mankiw, N. Gregory - Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia, Editora Campus - 1999. Sachs &Larrain - Macroeconomia, Editora Makron Books - 2000. Simonsen, M.H. & Cysne R.P. - Macroeconomia, Editora Atlas - 2a Edição, 1995. Vasconcellos, M.A. Sandoval - Economia Micro e Macro, Editora Atlas - 2a Edição, 2001. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br 39 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE GABARITO 44- A 45- A 46- A 47- C 48- A 49- B 50- E 51- C 52- C 53- E 54- E Galera, Terminamos nossa quarta aula. Como eu disse, não foram colocados muitos exercícios sobre o assunto teórico desenvolvido nesta aula, mas na aula que vem teremos vários. Abraços, César Frade 40 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com. br
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