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Aula 04

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CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO 
MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 
Olá Galera! 
Vamos começar essa aula com alguns exercícios do tópico passado. 
Com relação à matéria dessa aula, não teremos muitos exercícios, pois 
precisaríamos desenvolver mais o assunto para poder colocar os vários 
exercícios. Logo, utilizei poucos exercícios desse assunto e a maioria do 
CESPE. Entretanto, na aula que vem teremos muito mais. 
Espero que compreendam a aula e os novos conceitos que estão sendo 
introduzidos. 
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
Prof. César Frade 
JULHO/2011 
Prof. César de Oliveira Frade 
1 
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MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 
7. SISTEMA MONETÁRIO 
Quando vamos estudar sobre o sistema monetário e os meios de pagamentos, 
a primeira coisa que temos que procurar entender é para que serve e o que é 
a moeda. 
Já sei que devem estar achando estranho tentar entender o que é a moeda, 
pois isso é algo que entendemos desde nossos primeiros anos. Não 
conseguimos comprar nada, ter nada sem a sua utilização, não é mesmo? 
No entanto, vocês notarão com esse próximo tópico que vocês não entendem 
muita coisa sobre moeda. É comum ouvirmos uma pessoa dizendo que não 
pode comprar algo, pois não tem "pé de dinheiro" ou porque "dinheiro não dá 
em árvore". Eu, pelo menos, já ouvi isso de várias pessoas diferentes. 
Mas e se eu te falar que é possível "multiplicar o dinheiro". O que você acharia 
disso? No mínimo estranho, não é mesmo? Pois é, e vamos falar disso no 
decorrer dessa aula. 
7.1. Evolução da Moeda 
A idéia inicial é a de que o conceito é simples, pois convivemos com a moeda 
desde nosso nascimento, mas se formos pensar, raciocinar a respeito de seu 
conceito, notaremos que não é tão trivial assim. 
É importante também compreendermos a evolução dos meios de pagamentos. 
Nos primórdios, o escambo era a forma que as pessoas encontravam de 
efetuar os pagamentos. No entanto, isso essa forma só é possível em 
economias bastante rudimentares. 
Imagine que uma determinada pessoa produz arroz e outra pessoa produz 
batata. Se o indivíduo que produz arroz deseja consumir batata também, 
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MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 
deverá entregar uma quantidade de arroz para receber, em troca, uma 
quantidade específica de batata. Isso seria o escambo. 
No entanto, se pensarmos em um economia ainda bastante simples mas 
composta de quatro indivíduo que produzem bens distintos e que também 
possuem gostos diversos, veremos que não seria tão simples movimentar essa 
economia utilizando o escambo. 
Suponha que um indivíduo A produza arroz, que o indivíduo B produza batata, 
que C produza carne e D produza milho. Entretanto, o indivíduo A deseja 
consumir arroz e batata, B quer consumir batata e carne, C deseja consumir 
carne e milho e D tem intenção de consumir milho e arroz. Vocês já viram que 
não seria muito simples tentar sintetizar essa negociação via escambo, 
atendendo as vontades ou necessidades de cada indivíduo. 
Para facilitar, vamos colocar isso em uma tabela: 
Indivíduo 
1 
2 
3 
4 
Dada a complexidade dessa troca, seria mais interessante que esses indivíduos 
escolhessem uma mercadoria de aceitação geral e que essa mercadoria 
passasse a fazer parte de todas as negociações, sendo utilizada como moeda 
de troca. 
No surgimento da moeda-mercadoria, ou seja, uma mercadoria de aceitação 
geral sendo utilizada como moeda, as pessoas utilizaram o sal, o gado, entre 
outras mercadorias. 
Entretanto, podemos notar que não seria muito simples esse tipo de 
negociação. Mesmo utilizando uma mercadoria que é aceita por todos, a parte 
3 
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Produção 
Arroz 
Batata 
Carne 
Milho 
Consumo 
Arroz e Batata 
Batata e Carne 
Carne e Milho 
Milho e Arroz 
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de logística ficaria complicada. Você também pode imaginar uma pessoa com 
algumas cabeças de gado se deslocando de um local para outro para comprar 
determinado produto. Mas, no meio do caminho, sua moeda morre, o gado 
morre e o dinheiro, simplesmente, acaba. 
Exatamente para reduzir o custo de logística e ter uma mercadoria aceita de 
forma generalizada e que pudesse ser guardada ao longo do tempo é que as 
pessoas passaram a usar os metais como moedas. Era utilizado o ouro, a prata 
e o cobre como moeda-metálica. 
Com o passar do tempo, as pessoas notaram que apesar de reduzir o problema 
de logística e também passar a existir a possibilidade de "guardar" seus 
recursos sem que ele "estragasse", saber a quantidade de metal ou a 
qualidade e pureza do mesmo ainda era algo complexo. 
Com isso, começou a ser utilizada a moeda cunhada. Quando os metais 
passaram a ser cunhados, além de todos os agentes estarem aceitando o valor 
determinado na moeda sem saber se era o valor real ou não, o Governo 
observou que aquela cunhagem poderia lhe render tributos. 
O ciclo de desenvolvimento da moeda passou por um último estágio antes de 
chegar ao atual. Esse estágio é a moeda-papel. Observe que as pessoas 
detinham e transacionavam com moedas cunhadas. Entretanto, para facilitar o 
seu manuseio foram criadas "as Bancas1". 
Para que não houvesse qualquer tipo de extravio ou roubo das moedas 
cunhadas, essas instituições recebiam as moedas e entregavam uma espécie 
de comprovante de depósito aos seus proprietários. No entanto, as pessoas 
notaram que não precisavam das moedas cunhadas para pagar seus negócios, 
bastava repassar esses comprovantes de depósitos que os detentores desses 
títulos poderiam efetuar o saque das moedas cunhadas. 
Dessa forma, esses papéis gerados pelo depósito de moedas eram chamados 
de moeda-papel e davam a seu detentor o direito de sacar os valores 
depositados. 
1 Essas instituições representam os primórdios dos Bancos. 
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Como as moedas não eram sacadas e sim, as moedas-papéis efetuavam a 
quitação das transações, as instituições bancárias notaram que elas poderiam 
criar novas moedas-papéis que eram lastreadas pelos recursos que estavam 
em sua posse e, assim, notaram que elas mesmas podiam "emitir moeda". 
No entanto, agora vem à nossa cabeça um questionamento. Se até este 
momento, todas as transações eram lastreadas por bens físicos e materiais, 
como seria possível emitir moeda sem que existisse a moeda cunhada 
representativa. 
A resposta para essa questão não é muito complexa de ser dada, mas de ser 
compreendida. Se os agentes acreditarem que aquela moeda-papel emitida 
por alguma instituição bancária lhes dará o direito de efetuar o saque da 
moeda cunhada representativa no momento em que desejarem, todos 
aceitarão aquela moeda emitida pela instituição. 
Portanto, uma boa definição para moeda é a "FÉ". Não entenderam? Se você 
me perguntar o que é moeda, te respondo claramente que moeda é FÉ. Pois se 
as pessoas acreditarem na moeda, terão ela em seu poder e poderão comprar 
seus bens com elas. Efetuarão a comprar porque todas as pessoas acreditarão 
naquela moeda e a aceitarão como pagamento nas transações. Se as pessoas 
não mais tiverem FÉ na moeda, elas não serão aceitas como pagamento das 
transações e perderão o seu valor. 
Por fim, a evolução da moeda-papel ocorre com o papel-moeda.Este é 
"produzido" exclusivamente pelos Governos ou à ordem dos Governos. No 
entanto, deve haver certo controle da quantidade emitida por parte dos 
Governos. Antes da Primeira Grande Guerra, havia uma espécie de acordo 
para que não houvesse as desvalorizações competitivas. Os países emitiam 
suas moedas para que sua cotação de câmbio ficasse menor, desvalorizando 
suas moedas e aumentando assim suas exportações. 
Portanto, a evolução da moeda ocorreu da seguinte forma: 
• moeda - mercadoria 
• moeda - metálica 
• moeda cunhada 
• moeda - papel 
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• papel - moeda e moeda escritural 
Até 1944, existia o padrão-ouro no qual toda moeda para ser emitida 
necessitava de um lastro em ouro. Ou seja, para que um país conseguisse 
emitir sua própria moeda deveria ter aquele valor emitido em ouro. 
As principais disposições do sistema Bretton Woods foram, primeiramente, a 
obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa 
de câmbio de suas moedas dentro de um determinado valor em termos de 
ouro, e em segundo lugar, a provisão pelo FMI de financiamento para suportar 
dificuldades temporárias de pagamento. 
Portanto, a partir daquele ano, com o Acordo de Bretton Woods deixou de 
existir a paridade com o ouro (padrão-ouro) e passou a vigorar o padrão-dólar. 
Em 1973, diante de pressões crescentes na demanda global por ouro, Richard 
Nixon, então presidente norte-americano, suspendeu unilateralmente o 
sistema de Bretton Woods, cancelando a conversibilidade direta do dólar em 
ouro. 
O que temos hoje é o papel-moeda e a moeda escritural sendo o primeiro 
aquele que carregamos em nossos bolsos. 
Para o completo estudo desse tema usaremos a mesma metodologia adotada 
no livro do Ex-Ministro Mário Henrique Simonsen e, além desses itens, 
falaremos a respeito das funções básicas da moeda, sua evolução ao longo do 
tempo e dos conceitos individualizados sobre os meios de pagamentos. 
7.2. Funções da Moeda 
Com relação às funções da moeda devemos ressaltar que esta possui 3 
funções básicas, quais sejam: 
• meio de troca 
• unidade de valor 
• reserva de valor 
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A função meio de troca pode ser caracterizada com a introdução de algo que 
seria de aceitação generalizada com o objetivo de substituir a prática do 
escambo. Portanto, a moeda aparece, nesta função com o objetivo de ser 
utilizada como intermediária em todas as transações. 
A função unidade de valor informa a quantidade de moeda necessária para 
adquirir um bem. Imagine uma situação onde existem duas pessoas, sendo 
que a primeira produz trigo e a segunda milho. Elas querem efetuar a troca 
das mercadorias. No entanto, decidem que utilizarão Reais (R$) para fazer 
isso. Neste momento, a moeda do Brasil teve a função de meio de troca. Em 
seguida decidem que um quilo de trigo custa R$ 10,00 e um quilo de milho 
vale R$ 3,00. A partir do momento que determinaram o preço das mercadorias 
a moeda nacional passou a ter a função unidade de valor. 
A última função da moeda é a reserva de valor. Esta função é a que dá ao 
detentor da moeda a prerrogativa de gastar seus recursos em momento 
diferente do recebimento da moeda. Ou seja, o detentor da moeda, quando 
esta tem a função de reserva de valor, pode decidir se irá gastar os seus 
recursos ou guardá-lo para efetuar o gasto oportunamente. 
7.3. Emissão de Moeda 
Destacamos que há uma clara diferença entre emissão de moeda e fabricação 
da mesma. 
Segundo a Constituição Federal, artigo 164 - caput, 
"A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central." 
Isto mostra que a emissão de moeda é feita única e exclusivamente, no Brasil, 
pelo Banco Central - BACEN. Enquanto isto, cabe à Casa da Moeda efetuar a 
impressão, a fabricação da moeda nacional. Você deve estar se perguntando: 
se o que a Casa da Moeda faz é fabricar, o que significa emitir? 
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Emitir moeda é colocar para fora dos cofres do Banco Central a moeda que 
está guardada nele, sendo ela nova ou velha. Portanto, toda vez que o Banco 
Central recebe numerário da Casa da Moeda e o guarda dentro do cofre, a 
moeda recebida foi fabricada, mas ainda não foi emitida. A emissão ocorrerá 
apenas no momento em que o BACEN disponibilizá-la ao público. 
7.4. Equação Fundamental 
A equação fundamental para a compreensão deste tema é a seguinte: 
Papel - Moeda Emitido (PME) 
- Caixa das Autoridades Monetárias 
= Papel - Moeda em Circulação (PMC) 
- Caixa dos Bancos Comerciais 
= Papel - Moeda em Poder do Público (PMPP) 
Entende-se como Papel-Moeda Emitido toda a moeda que está fora dos cofres 
do BACEN. Esta moeda pode ter três destinações básicas. Ela pode estar no 
Caixa das Autoridades Monetárias, no Caixa dos Bancos Comerciais ou em 
Poder do Público. 
Veja as equações abaixo: 
Papel — Moeda Emitido (PME) — Caixa das Autoridades Monetárias(CxAM) 
= Papel — Moeda em Circulação(PMC) 
Papel — Moeda em Circulação (PMC) — Caixa dos Bancos Comerciais (CxBC) 
= Papel - Moeda em Poder do Público (PMPP) 
Manipulando as duas equações, temos: 
Papel — Moeda Emitido (PME) — Caixa das Autoridades Monetárias(CxAM) 
= Caixa dos Bancos Comerciais (CxBC) + Papel 
- Moeda em Poder do Público (PMPP) 
Portanto, temos: 
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PME = CxAM + CxBC + PMPP 
Quando o BACEN emite moeda uma parcela dela fica no bolso dos cidadãos e a 
essa parcela passaremos a dar o nome de Papel-Moeda em Poder do Público. 
Devemos entender, neste caso, que cidadãos são quaisquer pessoas físicas ou 
jurídicas com exceção dos Bancos Comerciais e do Banco Central. Portanto, 
consideramos que os recursos que estão no Caixa de Bancos de Investimentos 
estão sob a forma de Papel-Moeda em Poder do Público. 
Os Bancos Comerciais2 devem ter recursos em seus caixas para entregar aos 
clientes quando estes precisarem efetuar seus saques. Esses recursos serão 
chamados de Caixa dos Bancos Comerciais. 
Finalmente, devemos esclarecer que as autoridades monetárias também 
devem manter recursos em seus caixas para fazer frente a eventuais saques 
de seus clientes. No Brasil, atualmente, a única autoridade monetária existente 
é o BACEN e como o público, de forma geral, não pode abrir conta nesta 
instituição, não há motivos para se manter recursos no caixa. Portanto, o caixa 
das autoridades monetárias é igual a zero nos dias de hoje. 
Entretanto, até 1986 o Banco do Brasil também era considerado autoridade 
monetária e dessa forma, os recursos mantidos em seu caixa entravam no 
cômputo do caixa das autoridades monetárias. Assim sendo, como o caixa das 
autoridades monetárias é nulo concluímos que, atualmente, o papel-moeda 
emitido é igual ao papel-moeda em circulação. 
Portanto, os recursos quando são emitidos pelo Banco Central podem estar: 
• em poder das pessoas (PMPP); 
• no caixa dos Bancos Comerciais (CxBC); ou 
• no caixa das Autoridades Monetárias (CxAM) 
7.5. Balancete dos Bancos Comerciais 
2 Bancos Comerciais, a grosso modo, são as instituições financeiras nas quais conseguimos abrir uma conta de depósito 
à vista e que pode nos disponibilizar um talão de cheques para efetuarmos nossos gastos. 
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Vamos estudar cada um dos itens dos balancetes dos Bancos Comerciais e do 
Banco Central. É importante que seja compreendido o que significa cada uma 
dessas contas pois somente dessa forma poderemos analisar os balancetes 
sem ter que decorar tudo. 
Importante salientar que irei detalhar apenas os itens que são importantes 
para o entendimento dessa matéria. Não irei entrar em detalhes acerca dos 
itens que interessam muito mais à contabilidade que à economia. 
Vamos começar com o Balancete dos Bancos Comerciais. Utilizarei a mesma 
metodologia que o Simonsen usou em seu livro e, portanto, todos os itens que 
constam do Balancete dos Bancos Comerciais serão representados com letra 
maiúscula. 
Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais3 
Ativo Passivo 
A) Encaixes G) Recursos Próprios 
A.1 - em moeda corrente H) Depósitos à vista 
A.2 - em depósitos no Banco 
Central 
I) Depósitos a prazo 
A.2.1 - voluntários J) Redescontos e outros recursos 
oriundos do BACEN 
A.2.2 - compulsórios K) Empréstimos Externos 
B) Empréstimos ao setor privado L) Demais exigibilidades 
C) Títulos públicos e privados 
D) Empréstimos a entidades públicas 
E) Imobilizado 
F) Outras aplicações 
3 Neste estudo, as Caixas Econômicas estão sendo consideradas como Bancos Comerciais por captarem depósitos à 
vista. 
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Os encaixes podem ser divididos em três partes: encaixe em moeda corrente, 
encaixe voluntário e encaixe compulsório. 
Os Encaixes em Moeda-Corrente são representados pelos recursos que os 
Bancos Comerciais guardam em seu caixa para fazer face aos saques de seus 
clientes. Quando uma pessoa deposita um recurso no Banco Comercial, ela 
deseja que quando necessitar do recurso tenha a possibilidade de se dirigir a 
uma agência e efetuar o saque. Aquele recurso que fica guardado no Caixa da 
instituição e que será entregue a esse correntista é o que chamamos de 
Encaixe em Moeda-Corrente. 
Observe que o correntista efetuou um depósito à vista e essa conta passa a 
fazer parte do passivo do Banco Comercial. Entretanto, uma parcela dos 
depósitos à vista fica na boca do caixa da instituição para fazer face aos 
saques. Esses recursos fazem parte do ativo do Banco Comercial. 
Vamos agora aos Encaixes Compulsórios. Os Bancos Comerciais (instituições 
que recebem depósitos à vista) têm a capacidade de multiplicar os meios de 
pagamentos4. Imagine que a pessoa 1 efetua um depósito de R$1.000,00 em 
um Banco Comercial. Essa pessoa sai com um talão de cheque em que o Banco 
informa que ela pode gastar até R$1.000,00 que ele quitará essa conta. 
Dessa forma, os recursos existentes nessa economia estão com o Banco 
Comercial. Com isso, o Banco empresta o dinheiro para a pessoa 2, empresta 
R$1.000,00. Entretanto, essa pessoa 2 não sai do Banco com R$1.000,00 no 
bolso. Ela sai com um talão de cheque em que o Banco diz a ela que pode ser 
efetuado um gasto até o total de R$1.000,00. Ou seja, isso é a mesma coisa 
de o Banco emprestar esses R$1.000,00 e ao mesmo tempo essa pessoa 
efetuar o depósito junto ao Banco. 
Observe que as pessoas 1 e 2 acham que têm R$1.000,00, mas os R$1.000,00 
em papel-moeda que existe na economia está de posse do Banco. Adivinhem o 
que o Banco fará com o recurso? Emprestará para a pessoa 3, que sairá da 
instituição com um talão de cheques. E esse fato ocorre de forma sucessiva. 
4 Vamos entender como meios de pagamentos as formas que as pessoas possuem de efetuar o pagamento de suas 
contas. Quem está pensando que o cartão de crédito é um meio de pagamento está enganado, pois você apenas posterga 
a quitação das suas contas. Quando o cartão for quitado é que você está se utilizando de um meio de pagamento. 
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Vemos que a instituição financeira, no exemplo dado, foi capaz de transformar 
R$1.000,00 em R$4.000,00 e isso se deve à sua capacidade de multiplicar os 
meios de pagamentos. 
Importante observar que o Banco, da forma como está descrito o exemplo, 
poderá emprestar inúmeras vezes esse mesmo recurso. E, portanto, teremos 
os meios de pagamentos indo para infinito. 
Dessa forma, caberá ao Banco Central tentar frear essa multiplicação de meios 
de pagamentos. E a forma utilizada para isso é o depósito compulsório. O 
Banco Central pode solicitar que todas as vezes que um recurso seja 
depositado no Banco Comercial, que 50% dos valores sejam encaminhados 
para o Banco Central, compulsoriamente. 
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Observe que o compulsório, à medida que vai sendo depositado junto ao 
Banco Central, vai reduzindo a quantidade de recurso disponível para que o 
Banco Comercial efetue o empréstimo. Logo, a quantidade de recursos a ser 
disponibilizado será controlada de forma indireta pelo Banco Central por meio 
da alíquota de compulsório. 
O Encaixe Voluntário é um depósito que os Bancos deixam no Banco Central 
voluntariamente. Esses recursos ficam depositados juntamente com o 
compulsório, mas estão além do valor exigido pelo Banco Central. 
Observe que tanto o encaixe compulsório quanto o encaixe voluntário 
representam recursos das instituições financeiras depositados junto ao Banco 
Central. Logo, eles representam um ativo das instituições financeiras e um 
passivo do Banco Central, pois o Banco Central tem a obrigação de devolver 
esses recursos e os Bancos Comerciais tem o direito sobre esses recursos. 
Os Empréstimos ao Setor Privado são os recursos que os Bancos 
Comerciais emprestam às empresas privadas. Esses recursos fazem parte do 
ativo dos Bancos Comerciais. 
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Os Bancos Comerciais aplicam parte dos recursos que possuem em Títulos 
Públicos e Privados. Isto nada mais é do que emprestar recursos ao Governo 
e ao Setor Privado. Portanto, fazem parte do ativo dos Bancos Comerciais. 
Os Bancos Comerciais podem também efetuar Empréstimos a entidades 
públicas. Tal fato também se configuraria como sendo um ativo do Banco 
Comercial. 
Tanto o Imobilizado quanto as Outras Aplicações também são contas que 
fazem parte do ativo da instituição. Como ativo imobilizado podemos citar os 
imóveis do Banco Comercial. Qualquer outra conta do ativo está sendo 
considerada em Outras Aplicações. Não há a necessidade de uma maior 
detalhamento dessas contas, pois elas representam um interesse muito maior 
para a Contabilidade do que para a Economia. 
Passemos agora para as contas passivas dos Bancos Comerciais. A primeira 
delas e a mais importante já foi discutida anteriormente, o Depósito à Vista. 
Os Recursos Próprios representam o Patrimônio Líquido da instituição, a 
grosso modo. Podemos entender como sendo os recursos que os proprietários 
do Banco "colocaram" no negócio. No Balancete, os recursos próprios fazem 
parte do Passivo da instituição. 
Depósitos a Prazo são aplicações feitas pelas clientes das instituições 
financeiras e que não podem ser retirados a qualquer momento. Enquanto no 
depósito à vista, as pessoas efetuam o depósito junto à instituição financeira e 
podem efetuar o saque a qualquer hora, no depósito a prazo esse saque 
somente é permitidoapós o período de carência. Em geral, os depósitos a 
prazo se constituem por aplicações em Certificado de Depósito Bancário - CDB 
e Recibo de Depósito Bancário - RDB. Como o depósito a prazo é um depósito 
efetuado pelo correntista, ele será considerado um ativo do correntista e um 
passivo do Banco Comercial5. 
Outra conta um pouco mais complexa é o Redesconto. Na verdade, não é que 
ela seja complexa a operação, mas ela só existe com os Bancos Centrais. Uma 
5 Não é somente o Banco Comercial que pode fazer esse tipo de depósito, mas estamos tratando apenas dele neste 
momento. 
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operação de Redesconto ocorre quando um Banco está com dificuldades 
financeiras e solicita socorro ao Banco Central. Solicita um empréstimo ao 
BACEN. No entanto, o BACEN pode efetuar o empréstimo, mas desde que o 
Banco Comercial que fez a solicitação deixe garantias. Na prática, várias 
garantias são aceitas, mas quando o Banco Comercial concede títulos públicos 
como garantia o próprio sistema desenvolvido pelo Banco Central do Brasil 
autoriza a operação. No caso de outras garantias, há a necessidade de 
aprovação por parte de um analista do Banco Central. Portanto, o Redesconto 
ocorre quando o Banco Central efetua um empréstimo a um Banco Comercial 
e, portanto, essa operação é um passivo do Banco Comercial e um ativo do 
Banco Central. 
Os Empréstimos Externos representam as operações de captação de 
recursos no mercado internacional por parte dos Bancos Comerciais. Portanto, 
é uma obrigação dessas instituições financeiras e deve estar no Passivo. 
A rubrica Demais Exigibilidades se constitui na soma de todas as outras 
contas que fazem parte do passivo dos Bancos Comerciais. 
Entretanto, como foi explicado anteriormente, algumas dessas contas não são 
muito importantes para a Economia e iremos uni-las em um única rubrica que 
será chamada de Saldo Líquido das Demais Contas. Vamos ao Balancete 
Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais. 
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Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais 
Ativo Passivo 
A) Encaixes Passivo Monetário 
A.1 - em moeda corrente H) Depósitos à vista 
A.2 - em depósitos no Banco Passivo não-Monetário 
Central 
A.2.1 - voluntários I) Depósitos a prazo 
A.2.2 - compulsórios J) Redescontos e outros recursos 
oriundos do BACEN 
B) Empréstimos ao setor privado M) Saldo líquido das demais contas 
C) Títulos públicos e privados 
Observe que houve uma mudança do Balancete para o Balancete Sintético. 
Veja que no ativo do Banco Comercial existem as contas A, B, C, D, E e F. 
Após a reorganização do Balancete, ficaram apenas as rubricas A, B e C, tendo 
desaparecido D, E e F. 
Do lado do passivo, existiam as contas G, H, I, J, K e L. Permanecem no novo 
Balanço apresentado as rubricas H, I, J. E ainda surge a conta M. 
Importante entender o que significa a conta M. Todas as contas que foram 
suprimidas acabaram sendo aglutinadas com o nome Saldo Líquido das Demais 
Contas e fazem parte do passivo. Portanto, temos que a rubrica M é igual à 
soma das contas que saíram do passivo menos as contas que saíram do ativo. 
M = G + K + L - D - E - F 
Importante ressaltar que todas essas contas foram concentradas com a rubrica 
M porque elas não possuem importância tão grande para a Economia. 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
Questão 44 
(ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de 
Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas: 
• Produção: 1.323.410.847 
• Produto Interno Bruto: 778.886.727 
• Imposto de importação: 4.183.987 
• Demais impostos sobre produtos: 79.736.442 
Com base nestas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário 
é de: 
a) 628.444.549 
b) 632.628.536 
c) 600.000.000 
d) 595.484.200 
e) 550.000.003 
Questão 45 
(ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de 
Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas: 
• Produção: 1.323.410.847 
• Importação de bens e serviços: 69.310.584 
• Impostos sobre produtos: 83.920.429 
• Consumo intermediário: 628.444.549 
• Consumo final: 630.813.704 
• Variação de estoques: 12.903.180 
• Exportação de bens e serviços: 54.430.127 
Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de 
capital fixo é igual a: 
a) 150.050.300 
b) 66.129.871 
c) 233.970.729 
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d) 100.540.580 
e) 200.000.000 
Questão 46 
(ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de contas 
nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades 
monetárias: 
Produção = 1200 
Importação de bens e serviços = 60 
Impostos sobre produtos = 70 
Consumo final = 600 
Formação bruta de capital fixo = 100 
Variação de estoques = 10 
Exportações de bens e serviços = 120 
Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a: 
a) 500 
b) 400 
c) 450 
d) 550 
e) 600 
Questão 47 
(ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados: 
Investimento privado = 300 
Poupança privada = 300 
Investimento público = 200 
Poupança do governo = 100 
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas 
básicas, a economia apresenta 
a) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público de 100. 
b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. 
c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. 
d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público nulo. 
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e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de 100. 
Questão 48 
(GESTOR - ESAF - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de 
contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em 
unidades monetárias: 
Produção = 1.300 
Importação de bens e serviços = 70 
Impostos sobre produtos = 85 
Consumo intermediário = 607 
Consumo final = 630 
Variação de estoques = 13 
Exportações de bens e serviços = 55 
Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a: 
a) 150 
b) 100 
c) 50 
d) 200 
e) 250 
Questão 49 
(APO - ESAF - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia 
hipotética: 
Renda Nacional Líquida: 1.000 
Depreciação: 30 
Consumo Pessoal: 670 
Variação de Estoques: 30 
Com base nas informações, e considerando as identidades macroeconômicas 
básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia 
fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo 
nessa economia é: 
a) 300 
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b) 330 
c) 370 
d) 400 
e) 430 
Questão 50 
(ESAF - APO - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia 
hipotética: 
Variação de estoques: 20 
Formação bruta de capital fixo: 100 
Poupança líquida do setor privado: 50 
Depreciação: 5 
Saldo do Governoem conta-corrente: 50 
Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia 
aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou no 
balanço de pagamentos em transações correntes: 
a) saldo nulo 
b) superávit de 15 
c) déficit de 25 
d) superávit de 25 
e) déficit de 15 
Questão 51 
(FCC - APOFP-SP - 2010) - Com relação à presença da moeda no sistema 
econômico, é correto afirmar: 
a) O Banco Central é o único capaz de criar e destruir moeda. 
b) A moeda é demandada apenas para satisfazer as necessidades de transação 
dos agentes econômicos. 
c) A oferta de moeda tem relação inversa com a taxa de reservas compulsórias 
dos bancos comerciais. 
d) A demanda de moeda tem relação direta com a taxa de juros da economia. 
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e) O efeito da moeda sobre o nível de preços é neutro, qualquer que seja o 
grau de utilização da capacidade instalada da economia. 
Enunciado para a questão 52 
Julgue o item 52, relativos à moeda e à política monetária. 
Questão 52 
(CESPE - SEFAZ - ES - Economista - 2010) - Moeda, um estoque de ativos 
usados em transações, possui as funções de reserva de valor, padrão de valor 
e meio de troca. 
Enunciado para a questão 53 
Com relação à macroeconomia, julgue o item. 
Questão 53 
(CESPE - Ministério da Saúde - Economista - 2009) - Um ativo que tem a 
função de meio de troca transfere o poder de compra para o futuro. 
Enunciado para a questão 54 
Julgue o item subsequente acerca dos agregados monetários, das contas do 
sistema monetário, da política monetária e da relação entre taxas de juros, 
inflação e resultado fiscal. 
Questão 54 
(CESPE - MPU - Economista - 2010) - Uma economia inflacionária faz com 
que a moeda perca sua característica de meio de troca. 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
Questão 44 
(ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de 
Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas: 
• Produção: 1.323.410.847 
• Produto Interno Bruto: 778.886.727 
• Imposto de importação: 4.183.987 
• Demais impostos sobre produtos: 79.736.442 
Com base nestas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário 
é de: 
a) 628.444.549 
b) 632.628.536 
c) 600.000.000 
d) 595.484.200 
e) 550.000.003 
Resolução: 
Vamos usar, simplesmente, a equação que foi enunciada anteriormente. 
Entretanto, para facilitar nossa vida, vamos expurgar 6 dígitos desses números 
enormes que a questão nos mostra. Portanto, temos: 
PIB = Produção — Consumo Intermediário + Impostos Indiretos — Subsídios 
779 = 1323 — Consumo Intermediário + 80 + 4 
Consumo Intermediário = 1323 — 779 + 80 + 4 
Consumo Intermediário = 628 
Observe que não é necessário colocar todos os algarismos. Mas tome muito 
cuidado com as contas e verifique se não existem respostas muito próximas 
que te complicariam ao cortar esses algarismos. Nessa questão, vimos que as 
respostas eram bem distantes e esse corte de algarismos era viável. 
Gabarito: A 
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Questão 45 
(ESAF - Gestor - 2003) - Considere os seguintes dados extraídos da Conta de 
Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas: 
• Produção: 1.323.410.847 
• Importação de bens e serviços: 69.310.584 
• Impostos sobre produtos: 83.920.429 
• Consumo intermediário: 628.444.549 
• Consumo final: 630.813.704 
• Variação de estoques: 12.903.180 
• Exportação de bens e serviços: 54.430.127 
Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de 
capital fixo é igual a: 
a) 150.050.300 
b) 66.129.871 
c) 233.970.729 
d) 100.540.580 
e) 200.000.000 
Resolução: 
Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia aberta 
pode ser representada pelo razonete abaixo: 
Débito 
K) Importações de bens e serviços 
não-fatores 
L) Renda líquida enviada para o 
exterior 
A) Salários 
B) Juros líquidos pagos a indivíduos 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos a indivíduos 
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Crédito 
N) Exportações de bens e serviços não-
fatores 
G) Consumo pessoal 
P) Consumo do Governo 
H) formação bruta de capital fixo 
I) Variação de estoques 
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E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
V) Outras receitas 
Governo 
correntes do 
T.2 - Q.2) Impostos diretos -
transferências a empresas 
U - R) Impostos indiretos - subsídios 
Total da Oferta de Bens e Serviços Total da Demanda de Bens e Serviços 
Sendo assim, o Produto Interno Bruto a preços de mercado é: 
PIBpm = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R 
Pelos dados do exercício, o PIB deveria ser a produção menos o consumo de 
bens intermediários mais os impostos sobre produtos. 
Portanto, teremos: 
PIB = 1.323.410.847 - 628.444.549 + 83.920.429 = 778.886.727 
Concluímos que: 
PIB + Importações = Exportações + consumo final + formação bruta de capital 
fixo (FBKF) + variação de estoques 
778.886.727 + 69.310.584 = 54.430.127 + 630.813.704 + FBKF + 
12.903.180 
FBKF = 150.050.300 
Observem que essa é uma segunda forma de resolver. Claro que mais 
complicada do que a aplicação da equação que passei para vocês. Na verdade, 
prefiro aqui colocar as citações e as formas como os autores fariam para 
resolver para, em seguida, mostrar a forma simples de se fazer a questão. 
Vamos a essa parte? 
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Utilize a seguinte equação: 
Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo 
Antes de colocarmos os números relativos a cada conta, sugiro que sejam 
cortados os seis últimos dígitos. Isso é feito para facilitar nossas contas e 
agilizar o processo de acerto da questão. 
779 + 69 = 631 + FBKF + 13 + 54 
848 = FBKF + 698 
FBKF = 150 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
Gabarito: A 
Questão 46 
(ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de contas 
nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades 
monetárias: 
Produção = 1200 
Importação de bens e serviços = 60 
Impostos sobre produtos = 70 
Consumo final = 600 
Formação bruta de capital fixo = 100 
Variação de estoques = 10 
Exportações de bens e serviços = 120 
Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a: 
a) 500 
b) 400 
c) 450 
d) 550 
e) 600 
Resolução: 
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Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia aberta 
pode ser representada pelo razonete abaixo: 
Débito 
K) Importações de bens e serviços 
não-fatores 
L) Renda líquida enviada para o 
exterior 
A) Salários 
B) Juros líquidos pagos a indivíduos 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos a indivíduos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
V) Outras receitas correntes do 
Governo 
T.2 - Q.2) Impostos diretos -
transferências a empresas 
U - R) Impostos indiretos - subsídios 
Total da Oferta de Bens e Serviços 
Crédito 
N) Exportações de bens e serviçosnão-
fatores 
G) Consumo pessoal 
P) Consumo do Governo 
H) formação bruta de capital fixo 
I) Variação de estoques 
Total da Demanda de Bens e Serviços 
Sendo assim, o Produto Interno Bruto a preços de mercado é: 
PIBpm = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R 
Pelos dados do exercício, o PIB deveria ser a produção menos o consumo de 
bens intermediários mais os impostos sobre produtos. 
Portanto, teremos: 
PIB = 1200 - Consumo Intermediário + 70 
Concluímos que: 
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1270 - Consumo Intermediário + Importações = Exportações + consumo final 
+ formação bruta de capital fixo (FBKF) + variação de estoques 
1270 - Consumo Intermediário + 60 = 120 + 600 + 100 + 10 
1330 - Consumo Intermediário = 830 
Consumo Intermediário = 500 
Tem como fazer mais rápido? Claro. Se aplicarmos as fórmulas diretamente, a 
questão fica mais simples e mais rápida. Vamos fazer? 
Vamos utilizar um sistema de equações. 
Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo 
PIB = Produção — Consumo Intermediário + Impostos Indiretos — Subsídios 
De vermelho estão as incógnitas das equações. Logo, devemos encontrar o 
valor do PIB utilizando a primeira equação e, posteriormente, o valor do 
consumo intermediário. 
60 + PIB = 600 + 100 + 10 + 120 
PIB = 830 - 6 0 
PIB = 770 
Agora, substituímos esse valor na segunda equação: 
770 = 1200 — Consumo Intermediário + 70 
Consumo Intermediário = 1200 + 70 — 770 
Consumo Intermediário = 500 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
Gabarito: A 
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Questão 47 
(ESAF - APO - 2005) - Considere os seguintes dados: 
Investimento privado = 300 
Poupança privada = 300 
Investimento público = 200 
Poupança do governo = 100 
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas 
básicas, a economia apresenta 
a) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público de 100. 
b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. 
c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. 
d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público nulo. 
e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de 100. 
Resolução: 
Sabemos que Investimento = Poupança 
Segundo o livro do Simonsen, a conta consolidada de capital de uma economia 
aberta pode ser representada pelo razonete abaixo: 
Débito 
H) Formação bruta de capital fixo 
L) Variação de estoques 
Total da Formação Bruta de Capital 
Crédito 
J) Poupança bruta do setor privado 
S) Saldo do Governo em conta 
corrente 
O) Déficit do balanço de pagamentos 
em transações correntes 
Financiamento da Formação Bruta de 
Capital 
No Investimento, devemos considerar a soma de investimento público com 
privado e na poupança consideraremos a pública, a privada e a externa. Sendo 
assim, temos: 
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Ip + Ig = Sp + Sg + Se 
300 + 200 = 300 + 100 + Se 
Se = 100 
Portanto, se existe a poupança externa, isso significa que houve entrada de 
recursos no país e, portanto, haverá um saldo deficitário em transações 
correntes de igual valor. 
Sendo assim, a resposta deve ser a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 48 
(GESTOR - ESAF - 2005) - Considere os seguintes dados de um sistema de 
contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em 
unidades monetárias: 
Produção = 1.300 
Importação de bens e serviços = 70 
Impostos sobre produtos = 85 
Consumo intermediário = 607 
Consumo final = 630 
Variação de estoques = 13 
Exportações de bens e serviços = 55 
Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a: 
a) 150 
b) 100 
c) 50 
d) 200 
e) 250 
Resolução: 
Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia aberta 
pode ser representada pelo razonete abaixo: 
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Débito 
K) Importações de bens e serviços 
não-fatores 
L) Renda líquida enviada para o 
exterior 
A) Salários 
B) Juros líquidos pagos a indivíduos 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos a indivíduos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
V) Outras receitas correntes do 
Governo 
T.2 - Q.2) Impostos diretos -
transferências a empresas 
U - R) Impostos indiretos - subsídios 
Total da Oferta de Bens e Serviços 
Crédito 
N) Exportações de bens e serviços não-
fatores 
G) Consumo pessoal 
P) Consumo do Governo 
H) formação bruta de capital fixo 
I) Variação de estoques 
Total da Demanda de Bens e Serviços 
Sendo assim, o Produto Interno Bruto a preços de mercado é: 
PIBpm = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R 
Pelos dados do exercício, o PIB deveria ser a produção menos o consumo de 
bens intermediários mais os impostos sobre produtos. 
Portanto, teremos: 
PIB = 1300 - 607 + 85 = 778 
Concluímos que: 
Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo 
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70 + 778 = 630 + FBKF + 13 
848 = 698 + FBKF 
FBKF = 1506 
Gabarito: A 
Questão 49 
(APO - ESAF - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia 
hipotética: 
Renda Nacional Líquida: 1.000 
Depreciação: 30 
Consumo Pessoal: 670 
Variação de Estoques: 30 
Com base nas informações, e considerando as identidades macroeconômicas 
básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia 
fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo 
nessa economia é: 
a) 300 
b) 330 
c) 370 
d) 400 
e) 430 
Resolução: 
Segundo o livro do Simonsen, a conta de produção de uma economia fechada 
e sem governo pode ser representada pelo razonete abaixo: 
6 Talvez você esteja pensando que essa questão já foi resolvida anteriormente. No entanto, está enganado. A questão 
não foi resolvida. O que resolvemos foi uma questão muito parecida com essa. 
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Débito 
A) Salários 
B) Juros líquidos pagos a indivíduos 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos a indivíduos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
Total da Oferta de Bens e Serviços 
Crédito 
G) Consumo pessoal 
H) Formação bruta de capital fixo 
(FBKF) 
I) Variação de estoques 
Total da Demanda de Bens e Serviços 
Renda Nacional Líquida = A + B + C + D + F 
A + B + C + D + E + F = G + H + I 
A equação geral a ser utilizada é a descrita abaixo: 
Importação + RLEE + RNL + Depreciação 
= Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo 
No entanto, devemos lembrar que a economia em questão está fechada. Logo, 
a equação ficaria da seguinte forma: 
Gabarito: B 
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1.000 + 30 = 670 + FBKF + 30 
1.030 = 700 + FBKF 
FBKF = 330 
Sendo assim, o gabarito é a letra B. 
RNL + Depreciação = Consumo + FBKF 
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MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADEQuestão 50 
(ESAF - APO - 2003) - Considere os seguintes dados para uma economia 
hipotética: 
Variação de estoques: 20 
Formação bruta de capital fixo: 100 
Poupança líquida do setor privado: 50 
Depreciação: 5 
Saldo do Governo em conta-corrente: 50 
Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia 
aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou no 
balanço de pagamentos em transações correntes: 
a) saldo nulo 
b) superávit de 15 
c) déficit de 25 
d) superávit de 25 
e) déficit de 15 
Resolução: 
Segundo o livro do Simonsen, a conta de capital de uma economia aberta e 
com governo pode ser representada pelo razonete abaixo: 
Débito 
H) Formação bruta de capital fixo 
(FBKF) 
I) Variação de estoques 
Total da Formação Bruta de Capital 
Crédito 
J) Poupança bruta do setor privado 
O) Déficit do balanço de pagamentos 
em transações correntes 
S) Saldo do Governo em conta 
corrente 
Financiamento da Formação Bruta de 
Capital 
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H + I = J + O + S 
Poupança Bruta = Poupança Líquida + Depreciação = 50 + 5 = 55 
1 0 0 + 20 = 55 + D B P t c + 50 
1 2 0 = 105 + DBPTC 
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes = 15 
Gabarito: E 
Questão 51 
(FCC - APOFP-SP - 2010) - Com relação à presença da moeda no sistema 
econômico, é correto afirmar: 
a) O Banco Central é o único capaz de criar e destruir moeda. 
b) A moeda é demandada apenas para satisfazer as necessidades de transação 
dos agentes econômicos. 
c) A oferta de moeda tem relação inversa com a taxa de reservas compulsórias 
dos bancos comerciais. 
d) A demanda de moeda tem relação direta com a taxa de juros da economia. 
e) O efeito da moeda sobre o nível de preços é neutro, qualquer que seja o 
grau de utilização da capacidade instalada da economia. 
Resolução: 
Na verdade, todos os Bancos Comerciais (todas as instituições que recebem 
depósitos à vista, para falar a verdade) são capazes de criar ou destruir os 
meios de pagamento, comumente chamado de moeda. 
A moeda pode ser demandada para satisfazer as transações ou para ser 
"encarteirada". Nesse último caso, ela terá a função de reserva de valor. 
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Quanto maior for o valor do compulsório, mais recursos serão enviados ao 
Banco Central e, portanto, menor a disponibilidade de recursos com as 
instituições. Portanto, este item está CORRETO. 
Quanto maior for a taxa de juros, menos as pessoas têm interesse em carregar 
a moeda em seus bolsos e mais elas estão interessadas em deixar a moeda no 
banco. Logo, a demanda por moeda é inversamente proporcional à taxa de 
juros. 
A quantidade de moeda tem efeito direto sobre o nível de preços. 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 52 
(CESPE - SEFAZ - ES - Economista - 2010) - Moeda, um estoque de ativos 
usados em transações, possui as funções de reserva de valor, padrão de valor 
e meio de troca. 
Resolução: 
A moeda é um bem que possui três funções, quais sejam: 
• meio de trocas; 
• unidade de conta; e 
• reserva de valor. 
A função unidade de conta também pode ser chamada de padrão de valor. 
Segundo o Mankiw: 
"A moeda tem três funções. É uma reserva de valor, um padrão de 
valor e um meio de troca. 
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Como reserva de valor, a moeda permite transferir pode aquisitivo 
presente para o futuro. 
Como padrão de valor, a moeda é uma referência para a cotação de 
preços e o registro das dívidas. 
Como meio de troca, a moeda é aquilo que usamos para comprar 
bens e serviços." 
Dessa forma, não tem muito o que discutir sobre a questão e ela está CERTA. 
Gabarito: C 
Enunciado para as questões 53 
Com relação à macroeconomia, julgue o item. 
Questão 53 
(CESPE - Ministério da Saúde - Economista - 2009) - Um ativo que tem a 
função de meio de troca transfere o poder de compra para o futuro. 
Resolução: 
A questão está ERRADA, pois um ativo que tem a função de reserva de valor 
é que transfere o poder de compra para o futuro. 
Gabarito: E 
Enunciado para a questão 54 
Julgue o item subsequente acerca dos agregados monetários, das contas do 
sistema monetário, da política monetária e da relação entre taxas de juros, 
inflação e resultado fiscal. 
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Questão 54 
(CESPE - MPU - Economista - 2010) - Uma economia inflacionária faz com 
que a moeda perca sua característica de meio de troca. 
Resolução: 
A moeda possui três funções básicas: 
• meio de trocas; 
• unidade de conta; e 
• reserva de valor 
Vamos tentar entender o que significar cada uma dessas funções. Na economia 
rudimentar as pessoas se utilizavam do escambo para poder trocar suas 
mercadorias, pois nem todos conseguiam produzir tudo o que necessitavam no 
consumo. 
A partir do momento que as pessoas começaram a ter mais dificuldade nessa 
troca tanto por causa da especialização da produção como também do 
aumento da necessidade (ou da vontade) de se consumir mais bens, optou-se 
pela criação da moeda. Inicialmente, as pessoas utilizavam uma mercadoria de 
aceitação generalizada como moeda, mas, posteriormente, esse conceito foi 
sendo desenvolvido até chegar na utilização do papel-moeda. 
Suponha, nesse exemplo, que o sal seja a moeda de utilização geral. Um 
agente interessado em adquirir batata poderia oferecer sal em troca. Essa 
operação dá origem ao conceito de meio de trocas, onde um produto está 
sendo trocado por outro, a moeda. 
A partir do momento em que "precificamos" os bens, dizendo que 2 quilos de 
batata serão trocados por um quilo de sal, estamos usando a função de 
unidade de conta da moeda. 
No entanto, as pessoas podem optar por gastar seus recursos ou guardá-los 
para gastar em um momento posterior, ou seja, uma decisão intertemporal. 
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Portanto, a inflação danifica a função de reserva de valor da moeda pois com 
ela as pessoas perdem a condição de escolher entre guardar ou gastar seu 
recurso. 
Sendo assim, a questão está ERRADA. 
Gabarito: E 
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BIBLIOGRAFIA 
Abreu, Marcelo de Paiva (org.); Marcelo de Paiva Abreu et all - A ordem do 
progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889-1989, Editora 
Campus, 1990. 
Blanchard, Olivier - Macroeconomia: Teoria e Política Econômica, Editora 
Campus, 1999. 
Byrns, R.T. & Stone, G.W. - Macroeconomia, Editora Makron Books, 5a Edição, 
1995. 
Dornbusch, R & Fischer S. - Macroeconomia, Editora Makron Books - 5a 
Edição, 1991. 
Froyen, Richard T. - Macroeconomia, Editora Saraiva - Tradução da 5a Edição, 
2001. 
Lopes,L.M & Vasconcellos, M.A.S. - Manual de Macroeconomia: Básico e 
Intermediário, Editora Atlas, 2a Edição, 2000. 
Mankiw, N. Gregory - Macroeconomia, Editora LTC - 3a Edição, 1998. 
Mankiw, N. Gregory - Introdução à Economia: Princípios de Micro e 
Macroeconomia, Editora Campus - 1999. 
Sachs &Larrain - Macroeconomia, Editora Makron Books - 2000. 
Simonsen, M.H. & Cysne R.P. - Macroeconomia, Editora Atlas - 2a Edição, 
1995. 
Vasconcellos, M.A. Sandoval - Economia Micro e Macro, Editora Atlas - 2a 
Edição, 2001. 
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GABARITO 
44- A 45- A 46- A 47- C 48- A 
49- B 50- E 51- C 52- C 53- E 
54- E 
Galera, 
Terminamos nossa quarta aula. Como eu disse, não foram colocados muitos 
exercícios sobre o assunto teórico desenvolvido nesta aula, mas na aula que 
vem teremos vários. 
Abraços, 
César Frade 
40 
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