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Índice Introdução ........................................................................................................................................1 Objectivo Geral: ...............................................................................................................................1 Objectivos Específicos: ....................................................................................................................1 Metodologia .....................................................................................................................................1 1. ÉTICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO ..............................................................................2 1.1 Direitos e Deveres Dos Trabalhadores ......................................................................................2 1.2 Deveres Das Empresas ...............................................................................................................3 2. Impacto do Estudo do Comportamento Humano nas Organizações ...........................................4 3. Importância De Orientação Profissional Nas Empresas ..............................................................5 1.4 Relação Entre Virtudes Profissionais e Sucesso das Empresas .................................................7 Conclusão .......................................................................................................................................11 Referências bibliográficas ..............................................................................................................12 1 Introdução Entende se de ética profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão, isto é, a acção reguladora da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante a quando no exercício da sua profissão. É nessa ordem de ideia, que desenvolveu se o presente trabalho com o tema, relações pessoais no âmbito o trabalho, fazendo abordagem os direitos e deveres os trabalhadores e da empresa, relação entre as profissões, ética e moral, analise critica da realidade actual sobre a ética profissional e a responsabilidade social. Objectivo Geral: ➢ Compreender as relações pessoais no âmbito o trabalho; Objectivos Específicos: ➢ Mencionar os direitos e deveres os trabalhadores e da empresa; ➢ Indicar impacto do estudo do comportamento humano nas organizações; ➢ Explicar a importância da orientação profissional nas organizações; Metodologia O conjunto de procedimentos e técnicas de que se usam para atingir determinados fins quando se executa quaisquer trabalhos, particularmente, os de natureza científica chamamos de metodologia. Portanto, no âmbito da realização deste presente trabalho recorreu-se ao uso do método bibliográfico que consiste na consulta de informação, já tornada publica em relação ao tema em estudo, a partir de livros, boletins, jornais, e diversas pesquisas. Este trabalho, obedece a seguinte estrutura: Introdução, objectivos, metodologia, análise e discussão dos dados, conclusão e Referências Bibliográficas. 2 1. ÉTICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO 1.1 Direitos e Deveres Dos Trabalhadores De acordo com Reis (2022), as entidades empregadoras têm alguns deveres para com os seus trabalhadores e usufruem, da mesma forma, de alguns direitos a partir do momento em que o contrato de trabalho entra em vigor e até ao seu termo (p. 2). A Constituição da República, no seu artigo 59º salvaguarda um conjunto de direitos do trabalhador, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas (Reis, 2022, p. 2), a saber: ✓ Salário e segurança no trabalho; ✓ Todos os trabalhadores tem direito à retribuição pelo seu trabalho e devem também trabalhar em condições de higiene, segurança e saúde e socialmente dignificantes, permitindo a sua realização pessoal e conciliação da atividade profissional com a vida familiar; ✓ Férias, descanso semanal e jornada de 8 horas; ✓ O descanso também está previsto na legislação com um limite diário de trabalho que atualmente é de oito horas. Têm também direito ao descanso semanal e a férias periódicas pagas; ✓ Subsídios e indemnizações; ✓ A Constituição também determina o direito a “assistência material”, sempre que os cidadãos se encontrem involuntariamente em situação de desemprego. E prevê ainda a “assistência e justa reparação”, quando sejam vítimas de acidentes de trabalho ou doença profissional. Afirma Reis (2022) que, no artigo 126º do código do trabalho estão consagrados os deveres imputados ao trabalhador: ❖ Apresentar-se no local de trabalho com assiduidade e pontualidade; ❖ Trabalhar com zelo e diligência; ❖ Pespeitar e tratar com gentileza e retidão o empregador, os superiores hierárquicos e os colegas, entre outros; ❖ Cumprir ordens e instruções do empregador e superior hierárquico, relativas à execução e disciplina do trabalho e segurança e saúde no trabalho; ❖ Ser leal com o empregador, nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele. O sigilo em relação aos métodos de trabalho ou negócio é outro ponto a cumprir; ❖ Zelar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o trabalho; https://www.web-emprego.com/author/admin/ https://www.web-emprego.com/author/admin/ https://www.web-emprego.com/author/admin/ 3 ❖ Contribuir para o aumento da produtividade da empresa; ❖ No caso de incumprimento dos deveres do trabalhador, o empregador pode exercer sobre si o seu poder disciplinar, aplicando diferentes tipos de sanções, de acordo com a gravidade da sua infração (Reis, 2022, p. 5). 1.2 Deveres Das Empresas De acordo com a Lei nº 23/2007 De 01 de Agosto, o empregador tem, em especial, os seguintes deveres: ➢ Respeitar os direitos e garantias do trabalhador cumprindo, integralmente, todas as obrigações decorrentes do contrato de trabalho e das normas que o regem; ➢ Garantir a observância das normas de higiene e segurança no trabalho, bem como investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, adoptando medidas adequadas à sua prevenção; ➢ Respeitar e tratar com correcção e urbanidade o trabalhador; ➢ Proporcionar ao trabalhador boas condições físicas e morais no local de trabalho; ➢ Pagar ao trabalhador uma remuneração justa em função da quantidade e qualidade do trabalho prestado; ➢ Atribuir ao trabalhador uma categoria profissional correspondente às funções ou actividades que desempenha; ➢ Manter a categoria profissional atribuída ao trabalhador não a baixando, excepto nos casos expressamente previstos na lei ou nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho; ➢ Manter inalterado o local e o horário de trabalho do trabalhador, salvo nos casos previstos na lei, no contrato individual de trabalho ou nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho; ➢ Permitir ao trabalhador o exercício de actividade sindical não o prejudicando pelo exercício de cargos sindicais; ➢ Não obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar serviços fornecidos pelo empregador ou por pessoa por ele indicada; ➢ Não explorar, com fins lucrativos, refeitórios, cantinas, creches ou quaisquer outros estabelecimentos relacionados com o trabalho, fornecimento de bens ou prestação de serviços aos trabalhadores. https://www.web-emprego.com/author/admin/ 4 2. Impacto do Estudo do Comportamento Humano nas Organizações Relação entre ética, a moral, a deontologia profissional e o direito para Dórey (1996), ética pode definir-se como articulação racional do bem, estando sempre relacionada com uma determinada cultura, ou seja, é a ciência que estuda os juízos morais referentes à conduta humana (p. 67). Para Baptista (2011),moral é um conjunto de regras, valores e proibições vindos do exterior ao homem, ou seja, impostos pela política, a religião, a filosofia, a ideologia, os costumes sociais, que impõem ao homem que faça o bem, o justo nas suas esferas de actividade (p. 37). Segundo Ruggiero (1955) o direito é a norma das acções humanas na vida social, estabelecida por uma organização soberana e imposta coactivamente a observância de todos. A Relação entre ética e moral se da como uma ideia de complemento sendo que ambas são distintas. Na ética tem se a reflexão dos princípios morais, enquanto na moral tem se a aplicação de regras de condutas que são aplicadas à determinado grupo. Relação entre ética e deontologia (p. 98). Os conceitos de ética profissional e deontologia são muitas vezes utilizados indiferentemente quando se reporta à teoria dos deveres profissionais. Apresenta-se uma distinção para as duas expressões, dizendo que a deontologia se pode considerar como uma ética aplicada às situações profissionais, enquanto a ética tem um carácter mais geral, distinguindo-se pela “anterioridade lógica assim como pela extensão desta em relação à deontologia, visto que está presente nos mínimos aspectos do acto educativo (Ruggiero, 1955, p. 99). Quando a moral não consegue alcançar o equilíbrio social, o direito tenta solucionar esse problema podendo inclusive ocorrer o inverso, isto é, quando o direito não for apto a resolver o problema e este poderá ser solucionada pela moral (Dórey, 1996, p. 68). A ética, a moral, a deontologia profissional e o direito estão interligados. A ética consiste num conjunto de princípios morais, a moral consiste em conjunto de regras, só que a moral atua de uma forma interna, ou seja, só tem um alto valor dentro das pessoas, ela se diferencia de uma pessoa para outra e o direito tem vários s ignificados, ele pode ser aquilo que é justo perante a lei e a justiça, aquilo que você pode reclamar que é seu (Baptista, 2011, p. 38). Importa sublinhar porem que, a ética e a moral se articulam com a deontologia, que contém todas as obrigações e deveres que devem ser compridos pelas pessoas, a fim de proporcionar o bem-estar geral, gerando o equilíbrio e harmonia das relações 5 sociais, respeitando as diferenças. Tanto a moral como o direito baseiam- se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as acções humanas. Relação entre ética, a moral, a deontologia profissional e o direito. 3. Importância De Orientação Profissional Nas Empresas De acordo com Dórey (1996) Parece ser uma tendência do ser humano, como tem sido objecto de referências de muitos estudiosos, a de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos problemas (p. 68). Dórey (1996) o valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance em face da comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito. Por outro lado, nos serviços realizados com amor, visando ao benefício de terceiros, dentro de vasto raio de acção, com consciência do bem comum, passa a existir a expressão social do mesmo. Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de grupo. Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com a sua comunidade e muito menos com a sociedade (Dórey, 1996, p. 69). Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu trabalho. Entrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu salário; ao segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um que lhe disse: Estou construindo uma catedral para a minha cidade. A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho, como instrumento do bem comum (Dórey, 1996, p. 69). Como o número dos que trabalham, todavia, visando primordialmente ao rendimento, é grande, as classes procuram defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando o trabalho e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços. Isto porque ficam vulneráveis ao individualismo. A consciência de grupo tem surgido, então, quase sempre, mais por interesse de defesa do que por altruísmo. Isto porque, garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o individualismo pode transformar a vida dos profissionais em reciprocidade de agressão (Ruggiero, 1955, p. 102). Tal luta quase sempre se processa através de aviltamento de preços, propaganda enganosa, calúnias, difamações, tramas, tudo na ânsia de ganhar mercado e subtrair clientela e 6 oportunidades do colega, reduzindo a concorrência. Igualmente, para maiores lucros, pode estar o indivíduo tentado a práticas viciosas, mas rentáveis (Ruggiero, 1955, p. 102). Conforme Ruggiero (1955), em nome dessas ambições, podem ser praticadas quebras de sigilo, ameaças de revelação de segredos dos negócios, simulação de pagamentos de impostos não recolhidos, etc. Para dar espaço a ambições de poder, podem ser armadas tramas contra instituições de classe, com denúncias falsas pela imprensa para ganhar eleições, ataque a nomes de líderes impolutos para ganhar prestígio, etc. (p. 99). Os traidores e ambiciosos, quando deixados livres completamente livres, podem cometer muitos desatinos, pois muitas são as variáveis que existem no caminho do prejuízo a terceiros. A tutela do trabalho, pois, processa-se pelo caminho da exigência de uma ética, imposta através dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas devem ser condizentes com as diversas formas de prestar o serviço de organizar o profissional para esse fim (Dórey, 1996, p. 71). Afirma Dórey (1996) que dentro de uma mesma classe, os indivíduos podem exercer suas atividades como empresários, autônomos e associados. Podem também dedicar-se a partes menos ou mais refinadas do conhecimento. A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se agressiva e inconveniente e esta é uma das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase sempre buscam maior abrangência. Tão poderosos podem ser os escritórios, hospitais, firmas de engenharia, etc, que a ganância dos mesmos pode chegar ao domínio das entidades de classe e até ao Congresso e ao Executivo das nações. A força do favoritismo, acionada nos instrumentos do poder através de agentes intermediários, de corrupção, de artimanhas políticas, pode assumir proporções asfixiantes para os profissionais menores, que são a maioria. Tais grupos podem, como vimos, inclusive, ser profissionais, pois, nestes encontramos também o poder econômico acumulado, tão como conluios com outras poderosas organizações empresariais (Dórey, 1996, p. 71). Portanto, conclui se que, quando nos referimos à classe, ao social, não nos reportamos apenas a situações isoladas, a modelos particulares, mas a situações gerais. O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um número expressivo de pessoas e até, através delas, influenciar o destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de minorias poderosas, preocupadas apenas com seus lucros. Portanto, convém apontar que, a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os interesses de uma classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas, porque 7 estas devem estar apoiadas em princípiosde virtude. Como as atitudes virtuosas podem garantir o bem comum, a Ética tem sido o caminho justo, adequado, para o benefício geral. 1.4 Relação Entre Virtudes Profissionais e Sucesso das Empresas Segundo Sá (1998) a ética aparece quando a relação com o outro existe, desde quando o homem passou a viver em comunidade. Neste contexto de comunidade surge a necessidade de administrar a relação entre os homens devido à vontade e desejo inerentes ao próprio ser humano. A ação que busca a satisfação do desejo deverá ser uma ação que cuide e preserve a relação entre os seres humanos (p. 137). Não obstante, toda ação é comandada pela mente, havendo uma contínua tensão entre o que Aristóteles chama de parte privada da razão (manutenção e preservação) e a parte racional (pensamento). Nossas ações recebem interferência de nossa necessidade de manutenção e de nosso desejo de preservar a própria existência (residentes na parte privada de razão), além de receber influência também do pensamento (Sá, 1998, p. 137). A solução desta tensão está em fazer com que a parte racional se sobreponha à parte privada de razão, buscando o justo meio entre o excesso e a falta quando da escolha da conduta para satisfação do desejo. Na medida em que minha conduta é orientada pelas virtudes éticas, ajo com excelência. Excelência e virtude são sinônimas para Aristóteles (Sá, 1998, p. 137). Se, para Aristóteles, bem é toda atividade realizada com excelência, então, quando um pedagogo organizacional exerce sua função envidando todos os esforços para desenvolver um processo de aprendizagem continuada e treinamento de uma equipe, ele (pedagogo) somente agirá eticamente se sua conduta for excelente, ou segundo a linguagem aristotélica, virtuosa (Sá, 1998, p. 137). Para Sá (1998), o próprio momento de escolha ou eleição do trabalho a ser executado demonstra ato consciente do profissional, ou seja, trata-se de tarefa que considera ser “realmente, a desejável, a condizente com o que nos apraz, e se possuímos pendor para realizá-la” (p. 137). Toda atividade profissional implica em se ter conhecimento sobre o fazer da profissão, estudo e dedicação são pré-requisitos da ação profissional. A eleição da tarefa deve ser natural, espontânea, em conformidade com o conjunto de aptidões inatas ou aperfeiçoadas, observando o crescimento do profissional teórica e empiricamente. Deve saber fazer, e fazer com excelência. Não basta então ser pedagogo, especialista legalmente habilitado. Não basta conhecer apenas o que está diretamente ligado à sua tarefa, mas requer-se que o profissional tenha pleno domínio sobre tudo o que é abrangido pela tarefa que se encontra sob a responsabilidade direta (Sá, 1998, p. 140). 8 Entretanto, importa salientar que há um grave problema quando a pessoa não tem conhecimento para fazer determinada tarefa mais insiste em fazê-la. A relação entre teoria e prática não é uma relação de causa e efeito, e precisa ser continuamente explorada para alcançar a eficácia e a satisfação daquele que solicitou o serviço ou que espera que você realize determinada tarefa. Mas o que fazer quando o ambiente, organização ou sistema hierárquico pretenda interferir na possibilidade de escolha do profissional no que tange às suas práticas? Ao nosso ver, o autor resolve a indagação baseando-se em caso citado por Cícero: “o dever muda de acordo com a circunstância, mas não deixou de atribuir ao caso o caráter de excepcionalidade. Ele resumia as virtudes nos sentimentos de: 1) busca de verdade; 2) preservação da sociedade ou coletivo; 3) moderação; e 4) temperança” (Sá, 1998, p.144). Esses sentimentos corroboram para aproximação da ideia de que o exercício profissional deva considerar a relação social, ou seja, trabalho para servir outro. Como decorrência, obtemos o suprimento de nossas necessidades. Desta forma, segundo Sá, o trabalho é um dever social e renuncia o forte egoísmo, buscando uma felicidade global. Há concretização de uma consciência holística: “se cada um fizer sua parte, para melhoria da consciência coletiva de sua categoria e da nação, estará fazendo tudo para que se alcancem dias melhores” (Sá, 1998, p. 145). Em cada instância de trabalho, ou ambiência, serão requeridas condutas condizentes a este estado de consciência que prefere o bem, a excelência. Há uma denúncia acerca do problema que ocorre entre as diferentes instâncias de relações, que podemos sintetizar em: empregado, autônomo e sócio. O empregado está comprometido hierarquicamente, enquanto o autônomo exerce sua liberdade de escolha, pois responde por seus compromissos assumidos. Com relação ao sócio passa a ter sua vontade associada às decisões de uma coletividade. Quanto maior a empresa profissional, tanto menos o sócio tende a exercer, genuinamente, sua vontade (Sá, 1998, p. 148). A tendência é que quanto mais impessoal tornar-se o processo da decisão e tanto menos ética é possível que venha a ser a conduta, se um sistema rígido de normas não obrigar à prática da virtude. Independentemente da situação em que se encontre o profissional, não há conduta que não seja praticada por homem. Logo, quem age, age sob sua própria escolha, segundo suas virtudes pessoais. Aquele que é íntegro, segundo sua integridade. O ambiente de trabalho pode, pois, modificar e influir sobre a atuação do ser humano, seja qual for a função que exerça, mas a conduta só terá teor ético se for virtuosa em si (Sá, 1998, p.150). 9 Neste talante, destacam – se as virtudes básicas relacionadas aos profissionais, geralmente aplicáveis e requeridas em quase todas as profissões. São elas: ✓ Zelo – está relacionado com o cuidado, com a responsabilidade individual entre sujeito e objeto de trabalho. Está presente na opção que o profissional tem de aceitar ou não a tarefa, no caso expresso dos autônomos. O profissional que age zelosamente terá o cuidado para agir com excelência, não se justificando o descaso, o desinteresse, a procrastinação (que são ausências de zelo), porque o cliente é pequeno ou porque não tem condições de remunerar melhor o profissional (Sá, 1998, p. 165). ✓ 2) Honestidade – a honestidade toca a responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros. Quando se utiliza o status ou posição profissional para se auferir vantagem sobre o outro, através de suborno, corrupção, e outros desvios de caráter, expõem-se o bem e o outro à insegurança, difundindo a quebra da probidade. Honestidade repercute em mim, mas também repercute no outro. Cobrar adequadamente pelo serviço é ser honesto. Saber fazer a tarefa que se propõe é sinal de honestidade (Sá, 1998, p. 165). ✓ Sigilo – está relacionado com respeito e confiança. Muitas atividades dependem que seu modus operandi seja reservado à empresa ou instituição. Por isso, age virtuosamente quem guarda a informação para si quando lhe é solicitado, sob pena de ser considerada traidora assumindo sobre si as consequências administrativas e penais. Aquele que tem acesso a informações bancárias não pode revelar senão expressamente constrangido por determinação legal. Da mesma forma o profissional de criação de marketing e propaganda será severamente sancionado ao divulgar lançamento de determinada campanha publicitária (Sá, 1998, p. 165); e ✓ Competência – espera-se que o profissional possua o conhecimento acumulado e as habilidades para o desempenho da tarefa. É a concretização da teoria que se cristaliza na experiência prática. Essa experiência reduz e/ou elimina a imperícia do profissional (Sá, 1998, p. 165). Importa sublinhar que, espera-se que o profissional seja orientado pelo aprendizado contínuo para colocar à disposição daquele que lhe solicitou os serviços o que há de mais atual em termos de recursos e teorias pertinentes à tarefa. O conhecimento deve ser utilizado sempre para consecução do bem e nunca para ludibriar o utente ou para favorecero mau uso da competência. A incompetência é lesiva à ética. Por todo o exposto, Sá (1998) afirma que: o profissional além de conhecer e executar bem sua tarefa deve zelar por virtudes de honestidade, transparência, verdade, lealdade. As virtudes éticas inspiram comportamentos, porém, não os 10 determina, ficando sob o livre arbítrio do profissional a escolha da conduta. Percebe-se que cada profissão, tem sua especificidade, independente se o profissional gosta ou não do que faz, ser um profissional ético é realizar seu trabalho sem prejudicar seus pares. Sendo assim, a profissão não deve ser um meio, apenas, de ganhar pela vida, mas de ganhar pela vida que ela proporciona, representando um propósito de fé. A Ética se coloca como um questionamento sobre o agir, uma reflexão sobre o que é preciso fazer, uma procura pelo que é bom ou justo. O zelo, a competência, a honestidade e o sigilo são elementos imprescindíveis para um profissional ético, que busca cooperar para uma relação profissional melhor e, consequentemente, um mundo melhor. Este é um bem que todos devem almejar (p. 165). 11 Conclusão Conclui se com a realização deste trabalho que, toda atividade profissional implica em se ter conhecimento sobre o fazer da profissão, estudo e dedicação são pré-requisitos da ação profissional. A eleição da tarefa deve ser natural, espontânea, em conformidade com o conjunto de aptidões inatas ou aperfeiçoadas, observando o crescimento do profissional teórica e empiricamente. Deve saber fazer, e fazer com excelência. Não basta então ser pedagogo, especialista legalmente habilitado. Não basta conhecer apenas o que está diretamente ligado à sua tarefa, mas requer-se que o profissional tenha pleno domínio sobre tudo o que é abrangido pela tarefa que se encontra sob a responsabilidade direta Não basta conhecer apenas o que está diretamente ligado à sua tarefa, mas requer-se que o profissional tenha pleno domínio sobre tudo o que é abrangido pela tarefa que se encontra sob a responsabilidade direta. 12 Referências bibliográficas Baptista, I. (2012). Ética, Deontologia e Avaliação do Desempenho Docente. Colecção Cadernos do CCAP (3ª ed). Lisboa: Ministério da Educação. D′orey. P. (1996). Ética e Educação. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Lei nº 23/2007 De 01 de Agosto. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Reis, P. (2022). Direitos e deveres dos trabalhadores. Disponível em: Error! Hyperlink reference not valid. aos, 07 de Julho de 2022. Ruggiero. (1955). Instituto de direito privado. (8ª ed). Milão: São Paulo. SÁ, A. L. (1998). Ética Profissional. (2ª Ed). São Paulo: Atlas.
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