Buscar

Classificação de risco gestacional

Prévia do material em texto

A atenção perinatal visa controlar os fatores de risco que trazem complicações à gestante e o bebe, além disso, permite a detecção e o tratamento precoce de intercorrências, contribuindo para um desfecho perinatal e materno favorável. É preciso lembrar, também, que aproximadamente 15% das gestações se caracterizam como de alto risco, e o pronto reconhecimento desses casos, associado à existência de retaguarda de serviços com maior complexidade e de um adequado acompanhamento, são decisivos para a manutenção da vida dessas mulheres.
Os materiais técnicos relacionados à saúde da gestante, disponibilizados pelo Ministério da Saúde, orientam que a classificação do risco deve realizar-se na primeira consulta e nas subsequentes, favorecendo o acesso a um serviço com qualidade, por meio da identificação desses fatores o mais precocemente possível e de forma dinâmica, além de possibilitar o reconhecimento de situações que contribuem para mortes potencialmente evitáveis.
Na classificação de risco são utilizados instrumentos elaborados para pontuação do risco e classificação, onde de 4 a 9 pontos a gestação caracteriza-se como risco habitual, de 10 a 16 pontos a gestação é de risco alto e maior ou igual a 17 pontos o risco é muito alto, para cada uma delas, respectivamente tem-se as cores azul, amarela e rosa, que também, respectivamente, englobam prioridade 1 com rotina para consultas e exames, prioridade 2 visando reduzir o tempo de espera em 50% e prioridade 3 para consultas e exames em até sete dias. 
O pré-natal de alto risco abrange critérios tais como cardiopatias, pneumopatias graves, nefropatias graves, endocrinopatias, doenças hematológicas, HAS, doenças neurológicas, psiquiátricas, autoimunes, alterações genéticas maternas, antecedente de trombose venosa profunda/embolia pulmonar, ginecopatias, portadoras de doenças infecciosas, Hanseníase, Tuberculose, uso de drogas lícitas e ilícitas, patologias clínicas que necessitem acompanhamento especializado e fatores relacionados a vida reprodutiva prévia e fatores relacionados a gestação atual.
Os fatores de risco gestacionais podem ser prontamente identificados no decorrer da assistência pré-natal desde que os profissionais de saúde estejam atentos a todas as etapas da anamnese, exame físico geral e exame gineco-obstétrico e podem ainda ser identificados por ocasião da visita domiciliar, razão pela qual é importante a coesão da equipe.
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico [internet]. 5ed. Brasília; 2012:302p. [acesso em 25 abr 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2012 [citado 2019 jul 8]. 318 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32). Disponível em: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_ basica_32_prenatal.pdf
FARIA DR, SOUSA RC, COSTA TJNM, LEITE ICG. Mortalidade materna em cidade-polo de assistência na região Sudeste: tendência temporal e determinantes sociais. Rev Med Minas Gerais [Internet]. 2012 [citado 2018 nov 12];22(1):1-128. Disponível em: Disponível em: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/121
» http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/121

Continue navegando