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TRANSFORMADOR DE CORRENTE - TC

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Equipamentos Elétricos
 Prof. Djalma Tavares
 TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)
Transformador de Corrente
O transformador de corrente, ou TC, é um transformador 
comum com características próprias para ser instalado com 
medidores de energia elétrica sendo o enrolamento primário 
ligado em série ao circuito que se deseja medir a corrente 
enquanto o secundário é ligado aos terminais de corrente de 
um ou mais instrumentos de medição, controle ou proteção. 
A corrente no circuito secundário é normalmente menor, 
sendo na prática considerado um redutor de corrente.
O secundário de um TC é normalmente empregado para 
alimentar instrumentos elétricos de baixa impedância 
(amperímetros, bobinas de corrente de medidor, etc.). 
Os TC´s são comparados a transformadores de força 
que funcionam quase em curto-circuito. Os TC´S são 
dimensionados para uma corrente secundária nominal 
padronizada de 5 A, sendo a corrente nominal primária 
determinada de acordo com a corrente do circuito em 
que o TC será ligado.
Quando o primário de um TC é percorrido pela 
corrente nominal, no secundário têm-se 5 A. Quando 
o primário é percorrido por uma corrente maior ou 
menor que a nominal, têm-se no secundário uma 
corrente maior ou menor que 5 A. O enrolamento 
primário do TC é normalmente constituído de poucas 
espiras feitas de condutor de cobre de grande seção. 
Há TC em que o próprio condutor do circuito principal 
serve como primário.
PRIMÁRIO
SECUNDÁRIO
Possuem poucas espiras no primário 
e muitas no secundário. São ligados 
aos circuitos de corrente de 
medidores e/ou relés.
TC tipo Janela
Os TC’s são projetados e construídos para uma corrente secundária nominal 
padronizada de 5 ampères, sendo a corrente primária nominal estabelecida 
de acordo com a ordem de grandeza da corrente do circuito em que o TC 
será ligado. Assim, são encontrados no mercado TC’s para: 200/5, 500/5, 
1000/5, etc. O que significa:
- Quando o primário é percorrido pela corrente nominal para a qual o TC foi 
construído, no secundário tem-se 5 A;
- Quando o primário é percorrido por uma corrente menor ou maior do que 
a nominal, no secundário tem-se uma corrente maior ou menor que 5 A, 
Mas nas mesmas proporções das corrente nominais do TC utilizado. 
Exemplo: se o primário de um TC de 100/5 é percorrido por uma corrente 
de 84 A, tem-se no secundário 4,2 A; se é percorrido por 106 A, tem-se no 
secundário 5,3 A. [Medição de Energia Elétrica /Solon de Medeiros Filho – 
3ª ed.]
Os TC’s são projetados e construídos para suportarem, em 
regime permanente, uma corrente maior do que a corrente 
nominal, sem que nenhum dano lhes seja causado. A relação 
entre a corrente máxima suportável por um TC e a sua 
corrente nominal define o “fator térmico” do TC, uma de suas 
características. 
Como eles são usados para alimentar cargas de baixa 
impedância, diz-se que são transformadores de força que 
funcionam quase em curto-circuito.
Relação nominal
Kc =
𝑰
𝟏
𝒏
𝑰
𝟐
𝒏
 # 
𝑵
𝟐
𝑵
𝟏
 
Kc muito aproximadamente igual a relação de espiras
Relação real
Kr =
𝑰
𝟏
𝑰
𝟐
 
; K’r = 
𝑰′
𝟏
𝑰′
𝟐
 
São valore muito próximos entre si e também de Kc, 
pois os TC’s são projetados dentro de critérios 
especiais e são fabricados com materiais de boa 
qualidade sob condições e cuidados especiais.
Fator de correção de relação: FCRc = 
𝑲𝒓
𝑲𝒄 
É o fator pelo qual deve ser multiplicada a “relação de transformação” 
Kc do TC para se obter a sua relação Kr.
De imediato percebe-se que cada Kr de um TC corresponde um FCRc.
Em virtude destas variações, determinam-se os valores limites inferior 
e superior do FCRc para cada TC, sob condições especificadas, 
partindo-se daí para o estabelecimento da sua “classe de exatidão.
Na prática lemos o valor da corrente I2 com um amperímetro ligado 
ao secundário do TC e multiplicamos o valor lido por Kc para 
obtermos o valor da corrente primária, valor este que representa o 
valor medido desta corrente primária, e não o valor exato de I1.
Exemplo: Um TC de 400/5 A tem o primário ligado em série com 
uma carga e o secundário ligado um amperímetro onde se lê: I2 = 2,6 
A. Como a relação de transformação é neste caso Kc = 80, considera-
se que a corrente solicitada pela carga é: 
 Kc I2 = 80 x 2,6 = 208 A
A corrente primária a ser medida, circulando nos 
enrolamentos primários, cria um fluxo magnético também 
alternado que faz induz as forças eletromotrizes Ep e Es, 
respectivamente, nos enrolamentos primário e secundário.
Dessa forma, se nos terminais primários de um TC, cuja 
relação de transformação nominal é de 20, circula uma 
corrente de 100 A. Obtém-se no secundário a corrente 5 A, 
ou seja: 100/20 = 5 A 
Características construtivas
O TC’s podem ser construídos de diferentes formas e para diferentes formas e para 
diferentes usos:
1 – TC de barra, é aquele cujo enrolamento primário é constituído por uma barra fixada 
através do núcleo do transformador.
2 – TC tipo enrolado, é aquele cujo enrolamento primário é constituído de uma ou mais 
espiras envolvendo o núcleo do transformador
3 – TC tipo janela, é aquele que não possui um primário fixo no transformador e é 
constituído de uma abertura através do núcleo, por onde passa o condutor que forma o 
circuito primário
A figura abaixo representa a ligação de um TC , onde 
normalmente o número de espiras do primário é menor que no 
secundário:
Ligação de Transformador de Corrente
https://sites.google.com/site/punarobley/medidor-de-energia-eletrica/Figura TC 1.jpg?attredirects=0
1- Relações Nominal, Real, Correlação e Erros
1.2- Relação Nominal ( Kc)
É a relação entre valores nominais das correntes 
primária (I1n) e secundária (I2n). Conhecida como 
relação de transformação, é indicada pelo fabricante 
na placa de identificação do TC.
Kc=I1n/I1n
1.3- Relação Real ( Kr )
É a relação entre o valor exato I1 de uma tensão qualquer 
aplicada ao primário do TC e o correspondente valor 
exato I2 verificado no secundário.
Kr=I1/I2
Normalmente não é possível medir-se I1 com amperímetro. 
Mede-se, então, I2 e chega-se a I1 através do diagrama 
fasorial do TC. Assim, podemos representar Kr com a relação
1.4- Fator de Correlação de Relação ( FCRc)
É o fator pelo qual deve ser multiplicada a relação 
de transformação Kc do TC para se obter sua 
relação Kr.
FCRc=Kr/Kc
Para cada Kr haverá um FCRc correspondente. Os 
limites inferior e superior do FCRc são determinados 
sob condições especificadas , e a partir daí determina-
se a classe de exatidão do TC.
1.5- Erros do TC
Similar ao que acontece com os TP´s, na prática 
normalmente não é possível a medição da corrente 
primária I1 do TC. Como já foi visto antes o valor verdadeiro 
de I1 é determinado fasorialmente. O valor teoricamente 
medido será dado pela relação Kc x I2, ou seja:
I2 = KcI2 ( TC ideal ) ou I1 ≈ KcI2 (TC real)
No TC real, como no TP, existem dois tipo de erros. 
O Erro de Relação (Єc) é dado por:
que pode ser representado por Єc% = 100 - FCRc%
Outro erro comum é o Erro de Ângulo de Fase que é a 
defasagem existente entre I1 e o inverso de I2. Este erro pode 
ser positivo ou negativo.
https://sites.google.com/site/punarobley/medidor-de-energia-eletrica/Equa%C3%A7%C3%A3o TC 2.jpg?attredirects=0
2 - Classe de Exatidão
Devido aos erros existentes no TC, assim como no TP, 
como em qualquer máquina eletromagnética, que variam 
com o tipo de carga que é ligada ao seu secundário , são 
fixadas condições de ensaio dos mesmos, de acordo com 
as normas técnicas existentes, para se determinar as 
condições de aplicação e a qualidade dos equipamentos 
que implica em custos maiores ou menores. Assim, 
também, é definida a classe de exatidão dos TC´s.
Um TC pode ser enquadrado em uma ou mais classes de 
exatidão abaixo, conforme a sua aplicação, conforme a 
tabela a seguir:
CLASSE DE EXATIDÃO UTILIZAÇÃO
0,30,6
1,2
Medição de energia elétrica
3
Utilizado em serviços que não seja de medição
de potência ou energia pois não tem limitação
de ângulo de fase.
5
e
10
Serviços de proteção
Um TC para serviços de medição está dentro de sua classe 
de exatidão quando o ponto formado pela interseção do 
FATOR DE CORRELAÇAO DE RELAÇÃO (FCRc) e pelo 
ÃNGULO DE FASE (FCRc) estiver dentro do paralelogramo 
de exatidão, sendo que o paralelogramo menor 
corresponde a 100% da corrente nominal e o externo 
refere-se a 10% da corrente nominal. Isso pode ser visto 
nas tabelas seguintes. No caso de TC com fator térmico 
(Ft) nominal superior a 1,0, o paralelogramo interno 
(menor) refere-se, também, a 100% da corrente nominal 
multiplicada pelo fator térmico nominal.
Os TC´s da classe 3 , (não podem ser usados em 
medição de potência ou energia) não têm limitação de 
ângulo de fase. Nesse caso, da classe 3 , considera-se 
atendida a classe de exatidão nas condições 
especificadas, quando o fator de correção (FCRc) estiver 
entre os limites de 1,03 e 0,97.
A NBR 6856 especifica para serviços de medição de 
energia ou potência apenas os TC´s das classes 0,3 ; 0,6, 
; e 1,2. Na tabela 13 , podemos ver o tipo de aplicação.
3- Correntes, Carga Nominal, Potência Térmica
3.1– Correntes Secundárias
A corrente secundária nominal dos TC´s é de 5A. 
Pode ser encomendado um TC com corrente nominal 
secundária diferente.
3.2 – Corrente Primária Nominal e Relação Nominal
As correntes e relações nominais podem ser vistas 
nas próximas tabelas. 
Os TC´s devem ser selecionados para o serviço de medição, 
de tal modo que a corrente de carga esteja entre 10% e 
100% da corrente primária nominal (os paralelogramos de 
precisão são definidos para esta faixa). 
Os terminais devem estar identificados (ver tabelas).
5 – Níveis de Isolamento
Os níveis de isolamento padronizados são encontrados na 
tabela seguinte. 
O nível de isolamento é representado pelas tensões 
suportáveis nominais à frequência industrial, de impulso 
atmosférico e de surtos de manobra que dele fazem 
parte, de acordo com a respectiva tensão máxima do 
equipamento. Na ordem indicada os espaços reservados 
às tensões suportáveis nominais, que não fazem parte do 
nível de isolamento, devem ser preenchidos com hífen.
Exemplo:
TC com tensão máxima 15 kV, nível de isolamento 36/110 kV
TC com tensão máxima 55 kV, nível de isolamento 650/1550/1175 kV
6 – Frequência Nominal
São normais as frequências 50 ou 60 Hz, sendo 
60 Hz no Brasil
7 – Cargas Nominais
Carga na qual se baseiam os requisitos de 
exatidão para qual o TC foi fabricado. É designada por 
caracteres formado pela letra C seguida no número de 
volt-ampères correspondente a corrente secundária 
nominal 5 A. Ver a tabela 19.
CARGAS NOMINAIS COM FATOR DE POTÊNCIA 0,9 OU 0,5
8 – Fator Térmico Nominal
 É o fator pelo qual se deve multiplicar a corrente nominal do 
TC para se obter a corrente máxima que o mesmo deve suportar, em 
regime permanente, operando em condições normais, sem exceder 
os limites de temperatura especificados para a sua classe de 
isolamento. São padronizados pela ABNT em 1,0 ; 1,2 ; 1,3 e 1,5 
 
9 – Corrente Suportável Nominal de Curta Duração
É a corrente de curta duração suportável 
que pode circular em um TC durante 01 segundo. O valor 
de crista dessa corrente corresponde a 2,5 vezes o valor 
nominal.
10 – Meio Isolante
Os meios dielétricos utilizados para isolar as 
partes vivas de um TC são normalmente.
EPÓXI - utilizado geralmente em TC para uso interno
ÉLEO - utilizado em TC geralmente para uso externo
PÓ DE QUARTZO MAIS ÓLEO MINERAL - utilizado 
em TC para uso externo
11 – Polaridade dos TC´S
Aplica-se o mesmo critério dos TP´s explicado 
anteriormente (aditiva e subtrativa).
12 – Classificação dos TC´S
De acordo a forma da janela, os mesmos podem 
ser classificados. Ver a tabela anterior.
14 – Dimensionamento do TC
Especificar um TC para medição de energia elétrica para 
faturamento de um consumidor atendido em 69 kV, com medição de 
kWh, com indicador de demanda máxima, e Kvarh , com demanda inicial 
prevista de 5800 Kva e demanda final prevista de 11600 kVA, após 02 
anos. A ligação do equipamento será feita com 25 m de fio 2,5 
mm2.Assim teremos:
Classe de Exatidão: Utilizando a tabela, obteremos a classe 0,3
Carga Nominal: Está diretamente relacionada com a carga a ser ligada no 
secundário do TC. 
Corrente Primárias Nominais e Relações Nominais do TC:
Demanda Inicial = 5800 kVA
Corrente inicial máxima = 5.800 VA/(√3 x 69 kV) = 48,5 A
Demanda final = 11600 kVA
Corrente final máxima = 11.600 kVA/(√3 x 69 kV) = 97,0 A
De acordo com as tabelas, escolhemos as correntes 
primárias nominais padronizadas, devido aos valores 
dimensionados e as ligações série-paralelo no primário do 
TC, 50x100 – 5A
Relação nominal: 10 x 20 : 1
Fator Térmico: pode ser usado 1,2
Uso: externo
Meio isolante: óleo mineral, pó de quartzo mais óleo 
mineral
Valor de crista nominal da corrente suportável: 2,5 
vezes a corrente de curta duração
Corrente primária: 50 x 100A
Relação: 10 x 20 : 1
Frequência: 60 Hz
Exatidão: 0,3 C12,5
Fator térmico: 1,2
Tensão máxima de operação: 72,5 kV
Corrente de curta duração: Pode ser a corrente de falta 
onde está instalado o equipamento
15 – Testes de TC no Campo
 Na inspeção da medição em campo devemos observar, nos TC´s, os 
seguintes passos:
 01 – O TC possui marcas nos bornes do primário ( p ) e do secundário ( s ), 
que indicam uma correspondência entre os bornes, ou seja, se o borne do 
primário for a entrada/saída de corrente, o borne no secundário é a 
entrada/saída de corrente para a medição.
 02 - A polaridade em qualquer equipamento TC ( e TP) é sempre 
subtrativa , e caso haja inversão, deve haver desligamento da subestação do 
consumidor para regularizar a ligação do TC. A correspondência entre os 
bornes dar-se-á sempre entre bornes do mesmo lado, porém existem 
transformadores para instrumentos em que não é obedecido este critério.
03 - A polaridade é facilmente detectada, com a realização 
do teste de independência dos elementos ou utilizando o 
teste abaixo. Em último caso pode-se utilizar um medidor de 
relação de transformação (TTR). Neste caso a u.c. deve ser 
desligada. Se o TC (medidor de dois elementos) estiver 
com a polaridade invertida (aditiva), ao medir-se a corrente 
Ia e Ib do secundário, elas devem ter o mesmo módulo. 
Depois , com a alicate abraça-se, simultaneamente, os dois 
fios do secundário (entradas de corrente) e mede-se e a 
corrente. Se o valor (módulo) da corrente medida for o 
mesmo, o TC está com a polaridade correta. Se o valor for 
maior , isto é, o valor do módulo de Ia, ou Ib, multiplicado 
por √3, o TC está com a polaridade invertida, como 
demonstrado abaixo:
Quando se mede, separadamente, as duas correntes do secundário, 
Isa e Isc, teremos que obteremos: |Isa|= |Isc| = |Is|, que é um 
valor qualquer. Medindo-se, simultaneamente, abraçando os dois fios 
com um alicate amperímetro, obteremos: 
Isa + Isc = |Isa|1a 0 + |Isc|1a 120 = |Is|1a 60. 
Se houver uma inversão de polaridade, por exemplo, na fase C, 
teremos que:
 Isc = |Is|1a (120 + 180 )0 = |Is|1a -60, logo:
 Isa + Isc = |Isa|1a 0 + Isc = |Is|1a 0 + |Is|1a -60 =√3 |Is|1a -30
Se a medição for com três elementos, se a carga for equilibrada o teste é o 
mesmo, sendo utilizadas duas correntes quaisquer. Se houver desequilíbrio 
deve-se proceder como demonstrado abaixo:
 X = |Ia|1a ∂, Y =|Ib|1aβ e Z = |Ic|1a∅
 Como o sistema é trifásico, X+Y+Z = 0
 ⇨ X+Y = - Z = - |Ic|1a∅ , X+Z = -Y = - |Ib|1aβ e Y+Z = -X =-|Ia|1a∂. 
 Se houver uma inversão de um dos TC´s, teremos que
X - Y = X + X + Z =2X+Z ou X - Z = X + X + Y= 2X+Y ou Y - Z = Y + X + 
Y=2Y+X
X - Y= √3|Ia| a η, X-Z = √3|Ib|aρ, ou Y-Z = √3|Ia|aф
Ou seja: mede-seas correntes das fases A,B e C. 
Depois mede-se, simultaneamente duas correntes, 
abraçando com o multímetro os dois fios do 
secundário de corrente, para cada combinação das 
corrente de fase ( Ia + Ib, Ia + Ic e Ic +I b 
). Se a polaridade estiver correta os valores 
obtidos são os mesmos obtidos anteriormente. Se 
houver inversão ( no máximo duas) os valores 
obtidos não serão os mesmos, em pelos menos um 
valor, haverá uma sobre corrente de √3 x o valor 
anterior.
04 – Quando houver a existência de escoamento de tensão, 
provocada por poeira no equipamento, o sistema deverá ser 
desenergizado, limpando-se o TC com bucha umedecidas em 
óleo mineral. Se continuar o problema, substituir o mesmo, 
pois apresenta descargas parciais.
05 - As rachaduras no epoxi provocam descargas parciais, assim 
como colocação de placas inadequadamente ( para controle 
interno do usuário, sem consulta prévia ao fabricante ) e locais 
com umidade excessiva.
06 – Quando houver descargas parciais provenientes de 
umidade excessiva, pode-se minimizar o problema com a 
colocação de resistências no cubículo de medição
07 – Ao medir a corrente na chave de aferição (TC com carga) e 
verificada sua inexistência (Is = 0 ), fica caracterizado que o 
equipamento encontra-se com problema, devendo ser 
substituído imediatamente, após verificado que o cabo não se 
encontra partido.
08 – Quando o primário do TC estiver energizado, o secundário 
nunca deve ficar aberto, pois não haverá o efeito 
desmagnetizante e a corrente do primário ocasiona, em 
conseqüência, um fluxo muito alto no núcleo, suficiente para 
danificar o TC e até mesmo provocar a sua explosão. Assim, 
poderá ocorrer o aquecimento excessivo, provocando o 
contato do circuito primário com o secundário ou com a terra. 
Poderá , inclusive, alterar as características do equipamento 
para as quais foi projetado.
09 – Se for verificado o desequilíbrio de corrente , em situação 
de cargas equilibradas, fica caracterizado que o equipamento 
encontra-se com problema, devendo ser substituído. Devemos 
lembrar que para o TC de baixa tensão ( 0,6 kV ), deve ser 
medida a corrente primária e secundária ( que devem estar 
dentro da faixa de corrente do equipamento utilizado ), e a RTC 
deve ser a mesma. Caso contrário, o TC deve ser substituído.
10 – Verificar se a ligação do terminal ( s2 ), 
juntamente com o terminal de aterramento ( de 
cada TC ) estão aterrados corretamente.
11 – Verificar a existência de curto-circuito na 
bobina do primário ou secundário.
12 – Verificar a resistência dos contatos, da fiação 
secundária em curto-circuito e a falta de 
aterramento.
Créditos: Eng. Punaro Bley Adão de Oliveira
https://sites.google.com/site/punarobley/medidor-de-energia-eletrica
https://sites.google.com/site/punarobley/medidor-de-energia-eletrica
4 – TC tipo bucha, é aquele cujas características são semelhantes ao TC 
do tipo barra, porém sua instalação é feita na bucha dos equipamentos 
(transformadores, disjuntores, etc.), que funcionam como enrolamento 
primário
5 – TC tipo núcleo dividido, é aquele cujas características são 
semelhantes às do TC do tipo janela, em que o núcleo pode ser 
separado para permitir envolver o condutor que funciona como 
enrolamento primário, 
6 – TC tipo com vários enrolamentos primários, constituído de vários 
enrolamentos primários montados isoladamente e apenas um 
enrolamento secundário. Neste tipo de TC, as bobinas primárias 
podem ser ligadas em série ou em paralelo, propiciando a obtenção de 
vária relações de transformação.
7 – TC tipo vários núcleos secundários, constituído de dois ou mais 
enrolamentos secundários montados isoladamente, sendo que cada um 
possui individualmente o seu núcleo, formando, juntamente com o 
enrolamento primário, um só conjunto
8 – TC tipo vários enrolamentos secundários, constituído de um só 
núcleo envolvido pelo enrolamento primário e vários enrolamentos 
secundários e que podem ser ligados em série e em paralelo
9 – TC tipo derivação no secundário, constituído de um único núcleo 
envolvido pelos enrolamentos primário e secundário, sendo feito 
derivações no enrolamento secundário. Entretanto, o primário pode 
ser constituído de um ou mais enrolamentos.
Como os ampères-espiras variam em cada relação de transformação 
considerada, somente é garantida a classe de exatidão, do 
equipamento que contiver maior número de espiras.
Transformadores de corrente destinados a proteção
Esse tipo de transformadores são capazes de transformar 
elevadas correntes em pequenas correntes possibilitando que os 
relés utilizados no sistema operem sem que estejam ligados 
diretamente no circuito primário da instalação. Dessa forma, 
oferece segurança aos operadores e facilita a manutenção dos 
seus componentes.
Os transformadores de corrente para proteção possuem um nível 
de saturação igual a 20 vezes a corrente nominal. 
Isso ocorre para que os TC’s não venham a saturar caso ocorra um defeito 
no sistema que faça aumentar a corrente. Caso contrário, os sinais de 
corrente recebidos pelos relés estariam mascarados, permitindo, desta 
forma, uma operação inconseqüente do sistema elétrico.
Os TCs de Proteção, diferente dos TCs de medição, tem classe de exatidão 
10%, conforme especificação da ABNT.
Na norma ABNT NBR 6856, a exatidão é expressa, por exemplo: na 
forma 10B100, o número 10 representa o erro máximo em %, a 20 xIn (100 
A secundários, se In = 5 A), com “burden” (carga) nominal. A letra “B” 
significa que o TC é de baixa impedância. A letra “A “ Alta impedância. O 
número 100 significa que o TC consegue entregar até 100 V para carga, na 
condição de 20 xIn e “burden” nominal.
“Burden” – Impedância de carga imposta ao secundário do TC em 
condições especificadas.
sofrer
Correntes nominais
As correntes nominais primárias devem ser compatíveis com 
a corrente de carga do circuito primário.
Algumas correntes nominais primárias e as relações de 
transformação nominais estão discriminadas nas tabelas 
seguintes, respectivamente, para relações nominais simples e 
duplas, utilizadas para ligação série/paralelo no enrolamento, 
primário.
In (A) Kn In (A) Kn In (A) Kn In (A) Kn
5 1:1 60 12:1 400 80:1 2500 500:1
10 2:1 75 15:1 500 100:1 3000 600:1
15 3:1 100 20:1 600 120:1 4000 800:1
20 4:1 125 25:1 800 160:1 5000 1000:1
25 5:1 150 30:1 1000 200:1 6000 1200:1
30 6:1 200 40:1 1200 240:1 8000 1600:1
40 8:1 250 50:1 1500 300:1 - -
50 10:1 300 60:1 2000 400:1 - -
Ip,n (A) Kn Ip,n (A) Kn
5 x 10 1 x 2:1 50 x 100 10 x 20:1
10 x 20 2 x 4:1 60 x 120 12 x 24:1
15 x 30 3 x 6:1 75 x 150 15 x 30:1
20 x 40 4 x 8:1 100 x 200 20 x 40:1
25 x 50 5 x 10:1 150 x 300 30 x 60:1
30 x 60 6 x 12:1 200 x 400 40 x 80:1
40 x 80 8 x 16:1 300 x 600 60 x 120:1
Consulte tabela do livro Manual de Equip. Elét. João Mamede para ver mais
A corrente nominal secundária é adotada geralmente 5 A. 
Em alguns casos especiais, quando aos aparelhos, normalmente 
relés de proteção, são instalados distantes dos TC’s, pode-se 
adotar a corrente secundária de 1 A, a fim de reduzir a queda de 
tensão nos fios de interligação. 
A NBR 6856/81 adota as seguintes simbologias para definir as relações de corrente.
- Sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações nominais, como, por 
exemplo 300:1;
- o hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamentos 
diferentes, como, por exemplo: 300-300-5 A (dois enrolamentos primários), 300-5-
5 A (dois enrolamentos secundários);
- o sinal (x) deve ser usado para separar correntes primárias nominais, ou ainda 
relações nominais duplas, como, por exemplo, 300 x 600-5 A (correntes primárias 
nominais) cujos enrolamentos podem ser ligados em série ou em paralelo;
- a barra (/) deve ser usada para separar correntes primárias nominais ou relações 
nominais obtidas por meio de derivações, efetuadas tanto nos enrolamentos 
primários como nos secundários, como, por exemplo: 300/400-5 A, ou300-5/5 A.
Cargas nominais
Os TC’s devem ser especificados de acordo com a carga que será ligada 
no seu secundário. Dessa forma a NBR 6856/81 padroniza as cargas 
secundárias de acordo com a tabela seguinte.
Designação R (Ω)
Indutância Pn F.P Z
mH VA - Ω
C 2,5 0,09 0,116 2,5 0,9 0,1
C 5,0 0,18 0,232 5,0 0,9 0,2
C 12,5 0,45 0,580 12,5 0,9 0,5
C 25 0,50 2,300 25,0 0,5 1,0
C 50 1,00 4,600 50,0 0,5 2,0
C 100 2,00 9,200 100,0 0,5 4,0
C 200 4,00 18,400 200,0 0,5 8,0
Para um TC, a carga secundária representa o valor ôhmico das 
impedâncias formadas pelos diferentes aparelhos ligados a seu 
secundário, incluindo-se aí os condutores de interligação.
Por definição a carga secundária nominal é a impedância ligada aos 
terminais secundários do TC, cujo valor corresponde à potência para a 
exatidão garantida, sob corrente nominal. Assim, por exemplo, um TC 
do tipo C200, a impedância de carga nominal será de:
 
 Zs =
𝑃𝑡𝑐
𝐼𝑠
2 =
200
52 = 8 Ω
Quando a corrente secundária nominal é diferente de 5 A, 
os valores das cargas devem ser multiplicados pelo 
quadrado da relação entre 5 A e a corrente secundária 
nominal correspondente, para se obter os valores 
desejados dos referidos parâmetros.
A carga dos aparelhos que devem ser ligados aos TC’s tem que ser 
dimensionada criteriosamente para se escolher o TC de carga 
padronizada compatível. No entanto, como os aparelhos são ligados 
aos TC’s através de condutores, normalmente de grande 
comprimento, é necessário calcular a potência dissipada nesses 
condutores e soma-la à potência dos aparelhos correspondentes. 
Assim, a carga de um TC, independente de ser destinado a proteção 
ou medição, pode ser dada pela equação abaixo:
 Ctc = σ 𝐶𝑎𝑝 + 𝐿𝑐 + 𝑍𝑐 𝑥 𝐼𝑠
2 (VA)
R1 R2
X2X1
Rc
Xc
Xm
Rm
Ip Is
Ie
CIRCUITO EQUIVALENTE DO TC
O ramo magnetizante está caracterizado pelos seus dois 
parâmetros, isto é, Rm, que é responsável pelas perdas 
ôhmicas, através das correntes de histerese e de Foucault, 
desenvolvidas na massa do núcleo de ferro com a passagem 
das linhas de fluxo magnético, e Xm, responsável pela 
corrente reativa devido à circulação das mesmas linhas de 
fluxo no circuito magnético.
Uma determinada carga absorve da rede uma corrente Ip que circula nos 
enrolamentos primários do TC, cuja impedância Z1 pode ser 
desconsiderada. A corrente que circula no secundário do TC, Is provoca 
uma ∆e na impedância interna Z2 e na impedância da carga Zc que afeta o 
fluxo principal, exigindo uma corrente magnetizante Ie diretamente 
proporcional.
A impedância Z1 não afeta a exatidão do TC, Ela é apenas adicionada à 
impedância do circuito de alimentação.
O erro do TC é resultante essencialmente da corrente que circula no ramo 
magnetizante, isto é, Ie.
ሶ𝐼𝑝 = ሶ𝐼𝑒 + ሶ𝐼𝑠
Considerando um TC 1:1, para que a corrente secundária reproduzisse 
fielmente a corrente do primário, seria necessário que Ip = Is. Como 
não é, a corrente que circula na carga não corresponde exatamente à 
corrente do primário, ocasionando assim o erro do TC.
Quando o núcleo entra em saturação, exige uma corrente de 
magnetização muito elevada, deixando de ser transferida para a carga 
Zc, e assim, provoca um erro de valor considerável na medida 
secundária.
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