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tributária. O professor Cezar Bittencourt sustenta que as penas de prestação pecuniária e a de perda de bens e valores, têm natureza pecuniária similar à multa, também não sendo sujeitas à conversão em prisão – isonomia. Mínimo de 10 dias-multa e máximo de 360 dias-multa, devendo ser calculado em cima de valores (cda dia multa deve corresponder a no mínimo de 1/30 salário-mínimo vigente à época do fato e máximo de 5 salários-mínimos e cada dia multa deve ser o mesmo valor, corrigidos na época da execução). Não se executa a pena de multa na vara de execuções criminais, mas sim em uma vara fiscal, onde os juízes têm raciocínio fiscal, sendo que quando a multa é pequena, o valor gasto pelo Estado é maior que o valor que Estado irá receber, não tendo interesse fiscal, ao que se devolve processo para a execução criminal, que fica de mãos atadas. Na prática, se chama o renitente e tenta-se um acordo com ele: divide em parcelas, etc, para que se cumpra voluntariamente a obrigação. Assim, há as penas alternativas de direito, em que a multa faz parte. Lembrando que a mais usada é a de prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, correspondente a 90% dos casos; a segunda mais aplicada é a de prestação pecuniária de outra natureza (cesta-básica), quando não se encontra vítima nem seus dependentes. AULA 05 – LEGITIMIDADE E ADEQUAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Comparação entre as PRD’S com as PPL’S, qual das duas se revela a mais adequada para as infrações de médio e pequeno potencial ofensivo: custo, reincidência, cumprimento e reinserção social. É preciso fazer uma reflexão acerca da prisão, a censura moral não é suficiente quando vivemos em sociedade, a qual precisa de um nível que atenda ao interesse coletivo, a pena entra como resposta a um comportamento social indesejado (Bobbio), instrumento de censura. Há tempo se estuda a finalidade da pena, por suas correntes até chegar às teorias mistas, que tratam da prevenção e da retribuição. Máximo Pavarini: estabelecer essa censura, sem necessariamente estabelecer sofrimento, ao com sofrimento mínimo, com intervenção mínima do direito penal respeitando a dignidade da pessoa humana. Utilização devida e legítima do comportamento social. Os conceitos de legitimidade e adequação entram aqui; no Brasil, segue-se a teoria mista, art. 59, CP, pena com finalidade retributiva e de reinserção do condenado; LEP, art. 1°, mesmas idéias de retributividade e de reinserção, criando meios para tal (prevencionista). Doutrinariamente, há raiz que justifica a intervenção penal e essa raiz é teoria mista, normativamente, art. 59 cp e 1/ lep, só falta análise do cumprimento da legitimação sob viés axiológico. Assim, a pena, no Estado de Direito deve se adaptar a esses ditames (proteção da sociedade), mas no Estado Democrático de Direito, não somente a sociedade deve ser protegida, mas também os direitos fundamentais do infrator, fugindo da legalidade formalista (poder próprio e trâmite
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