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Manual de Imunização em Farmácias

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SERVIÇOS FARMACÊUTICOS 2016/2017
Manual 5
Manual 5
Imunização
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS . 2016/2017
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AUTORES:
Cassyano J Correr, BPharm, MSc, PhD
Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná 
Consultor Abrafarma - Projeto Assistência Farmacêutica Avançada 
projetofarma@abrafarma.com.br 
Thais Teles de Souza, BPharm, MSc
Ambulatório de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas, 
Laboratório de Serviços Clínicos e Evidências em Saúde, 
Universidade Federal do Paraná.
REVISÃO:
Wálleri Christini Torelli Reis, BPharm, MSc
Ambulatório de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas, 
Laboratório de Serviços Clínicos e Evidências em Saúde, 
Universidade Federal do Paraná.
 
Os autores agradecem aos membros do GTFARMA, farmacêuticos coordenadores e super-
visores das Redes associadas à Abrafarma, bem como aos seus colaboradores, pela leitura, 
revisão e sugestões de melhoria feitas aos Manuais durante seu processo de elaboração. 
Muito obrigado!
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Os autores deste manual empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto 
estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até a data da entrega dos 
originais à editora. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante 
fl uxo de novas informações sobre terapêuti ca e reações adversas a fármacos, recomendamos enfati camente que os leitores consultem sem-
pre outras fontes fi dedignas (p. ex., Anvisa, diretrizes e protocolos clínicos), de modo a se certi fi carem de que as informações conti das neste 
manual estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Recomendamos que 
cada profi ssional uti lize este manual como guia, não como única fonte de consulta. 
Os autores e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qual-
quer material uti lizado neste livro, dispondo-se a possíveis correções posteriores caso, inadverti da e involuntariamente, a identi fi cação de 
algum deles tenha sido omiti da. 
614.47
 C824 Correr, Cassyano Januário
 Manual 5: imunização / Cassyano Januário Correr, Thais
 Teles de Souza. 1. ed. atualizada. Curiti ba: Ed. Practi ce, 2016.
 120p. : il. (algumas color.) ( Manual 5) 
 ISBN 978-85-68784-05-1
 
 Inclui bibliografi a
 
 1. Imunização. 2. Manuais. I. Souza, Thais Teles de. 
 II. Título.
FICHA CATALOGRÁFICA:
MANUAL 5: IMUNIZAÇÃO
Copyright © 2016 © 2017 ABRAFARMA
Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob 
quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na internet ou 
outros), sem permissão expressa da ABRAFARMA.
ABRAFARMA - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias
Alameda Santos, 2300 - Conj. 71 - Sã o Paulo / SP
CEP 01418-200 | Tel.: (11) 4550-6201
Practi ce Editora | Grupo Practi ce Ltda
Supervisão: Graziela Sponchiado | Capa e projeto gráfi co: Raquel Damasceno
Diagramação: Guilherme Menezes | Contatos: contato@grupopracti ce.com.br 
htt p://farmaceuti coclinico.com.br
EDITORAÇÃO:
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AVISO AO LEITOR
Este manual possui caráter técnico-cientí fi co e desti na-se exclusivamente aos profi ssionais farmacêuti cos e colabora-
dores das Redes de Farmácias e Drogarias associadas a Abrafarma. Sua elaboração tem por objeti vo apresentar dire-
trizes para a estruturação e performance dos serviços farmacêuti cos nos estabelecimentos e, sob nenhuma hipótese, 
pretende substi tuir normas ou procedimentos estabelecidos na legislação sanitária ou profi ssional mais atual aplicável 
ao setor. A Abrafarma, bem como os autores, eximem-se de qualquer responsabilidade pelo mau uso deste recurso, 
bem como pela interpretação e aplicação de seu conteúdo feita por seus leitores.
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS ABRAFARMA
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SUMÁRIO
11 A FARMÁCIA EM TRANSFORMAÇÃO
13 INTRODUÇÃO
14 PROGRAMA IMUNIZAÇÃO
13 O que é o Programa Imunização?
14 Quais são os benefícios para os pacientes?
16 PARTE 1: REVISANDO A IMUNIZAÇÃO
16 O que é imunização?
17 Quais são os tipos de vacinas?
18 Como são os esquemas de vacinação nas diferentes populações?
36 O que devo saber sobre cada vacina?
36 Antirrábica
37 BCG
39 Cólera
39 Dupla
41 Febre amarela
42 Haemophilus influenzae
43 Hepatite A
45 Hepatite B
46 HPV
47 Influenza (Gripe)
49 Meningocócica
51 Pneumocócica
52 Poliomielite
53 Rotavírus
54 Tríplice bacteriana (Difteria, Tétano e Coqueluche)
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55 Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)
57 Varicela (Catapora)
58 Quais as recomendações para imunização durante a gestação e lactação?
63 Quais são as recomendações para imunização em pacientes imunossuprimidos?
65 Quais as recomendações para imunização em pacientes infectados pelo HIV?
66 Quais as recomendações para imunizar em pacientes com câncer?
70 Quais as recomendações para imunização em pacientes com doença hepática?
71 Quais as recomendações para imunização antes de viajar?
76 Quais são as principais contraindicações e precauções da vacinação?
76 Quais são as recomendações para administração de múltiplas vacinas?
77 O que fazer em casos de doses perdidas de vacina?
77 O que fazer em casos nos quais o estado vacinal é desconhecido ou incerto?
79 Como realizar o manejo das reações adversas pós-vacinação?
82 Como deve ser o procedimento de vacinação?
83 É possível vacinação pós-exposição ao agente infectante?
84 PARTE 2: PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
85 PASSO 1. ACOLHER
85 Como identificar os clientes para o serviço?
86 Como a equipe da farmácia pode ajudar?
87 Como deve ser o local de atendimento?
87 O que fazer quando o paciente apresenta uma reação pós-vacinal?
88 PASSO 2. AVALIAR
88 Como fazer a avaliação do paciente?
90 PASSO 3. ACONSELHAR
90 Como devo realizar a administração da vacina?
91 Como realizar o encaminhamento ao médico nos casos necessários? 
91 Quando é importante acompanhar o paciente?
91 Devo fornecer declaração de serviço farmacêutico?
10
92 Devo fornecer uma carteira de vacinação?
92 Devo usar o diário de saúde para estes pacientes?
96 ANOTAÇÕES
97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
112 ANEXOS
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12 A FARMÁCIA EM TRANSFORMAÇÃO 
Um dos maiores desafios da administração moderna é o de gerenciar o vazio, aquilo que não existe, inovar. É um 
grande desafio porque, no mundo imediatista e de busca pelo resultado em curto prazo no qual vivemos, não é fácil 
abstrair-se da realidade que bate à porta, dos problemas do dia-a-dia, e perguntar-se: “e se...?”. 
Como uma forma de ajudar suas redes associadas nesse exercício, a Abrafarma desenvolveu um método estrutura-
do de pensar sobre práticas que ainda não existem em nosso país. Assim, realizamos anualmente pelo menos uma 
missão técnica internacional, que reúne no mínimo um representante de cada empresa, num exercício de “olhar 
junto” realidades distintas da brasileira. Viajamos para países como Canadá, Estados Unidos, Espanha, França e In-
glaterra, para exercitar esse “olhar junto”, que se constitui num conjunto de conversas estruturadas, visitas a em-
presas, workshops e participação de especialistas que ajudam este dedicado grupo a fazer as perguntas corretas e 
aprender métodos diferentes de fazer varejo. Foi assim, por exemplo, que o dermo-cosmético tornou-se realidade 
no Brasil. Após uma das nossas missões internacionais.
Esse “olharestruturado” da Abrafarma tem se voltado, nos últimos anos, para o repensar do varejo farmacêutico, 
que observamos principalmente nos EUA: estabelecimentos que, além de ampla oferta de medicamentos, produtos 
de higiene, beleza e conveniências, tem repensado o papel do profissional Farmacêutico para entregar mais valor à 
sociedade. Se antes parecia distante da realidade brasileira, a Farmácia nos EUA está se reinventando, e nos dando 
uma lição de como ir além!
Para alcançarmos esse nível também no Brasil, precisamos repensar o papel do Farmacêutico, que deve ter função 
muito mais nobre do que entregar caixinhas de medicamentos ao usuário e esclarecer-lhes eventuais duvidas. Esse 
profissional pode colocar suas competências a serviço de uma proximidade maior com o paciente, agregando mais 
valor à sociedade. Assim, nasceu o Projeto Assistência Farmacêutica Avançada, cuja primeira etapa de trabalho 
está sendo desenvolvida desde 2013. A iniciativa prevê a formatação inicial de oito novos serviços que podem ser 
prestados nas redes da Abrafarma, desde a imunização até clínicas de autocuidado.
É, portanto, com o objetivo de contribuir com a evolução do papel do Farmacêutico, e com esta Farmácia em Trans-
formação no Brasil, que a Abrafarma lança este conjunto de manuais que serão a pedra fundamental de um “novo 
olhar” nessa área. Este material, elaborado sob supervisão direta do Prof. Cassyano Correr, que juntou-se à Abra-
farma para burilar esta visão, também contou com o apoio inestimável dos membros do GT FARMA, nosso grupo 
incansável de Coordenadores / Supervisores Farmacêuticos. A todos o meu melhor obrigado.
Uma Farmácia em Transformação. É assim que nos enxergamos hoje. O vazio, nesse caso, já tem forma e pode ser 
preenchido, se assim o desejarmos. Temos um longo e belo trabalho pela frente. 
Sérgio Mena Barreto 
Presidente-Executivo da Abrafarma
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Os serviços farmacêuti cos prestados em farmácias e drogarias tem por objeti vo promover saúde, prevenir doenças 
e auxiliar na recuperação da saúde, promovendo o uso racional dos medicamentos. Para que o máximo benefí cio 
com o tratamento seja alcançado, é necessário que todos os processos da farmacoterapia ocorram de forma óti ma, 
desde a escolha terapêuti ca, a dispensação do medicamento, a uti lização e adesão ao tratamento, até a observação 
dos resultados terapêuti cos. As farmácias e drogarias, dada sua capilaridade e facilidade de acesso em todo país, são 
pontos estratégicos onde o farmacêuti co pode prestar serviços que colaborem com a oti mização da farmacotera-
pia, em estreita colaboração com os pacientes, médicos, e demais profi ssionais e serviços de saúde.
Do ponto de vista legal, avanços recentes fi rmam a farmácia como um lugar de referência da população para saú-
de, bem-estar e prestação de serviços. No âmbito sanitário, destaca-se a Lei no 13.021/14, que defi niu a farmácia 
como uma “unidade de prestação de serviços desti nada a prestar assistência farmacêuti ca, assistência à saúde 
e orientação sanitária individual e coleti va”. Esta lei defi ne em seu arti go 7o que “poderão as farmácias de qual-
quer natureza dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam o 
perfi l epidemiológico de sua região demográfi ca”. É preciso considerar ainda as resoluções ou notas técnicas que 
podem ser publicadas no âmbito das unidades federati vas, que podem defi nir regras específi cas sobre a comer-
cialização e administração de vacinas nas farmácias e drogarias.
No âmbito profi ssional, destaca-se a Resolução nº 574 de 22 de maio de 2013, do Conselho Federal de Farmá-
cia, que defi ne em seu Art. 2º: “É atribuição do farmacêuti co, na farmácia e drogaria, a dispensação de vacinas 
e a prestação do serviço de aplicação desses medicamentos”; e em seu Art. 3º: “A responsabilidade técnica do 
farmacêuti co para a aplicação de vacinas, diante das autoridades sanitárias e profi ssionais, caracteriza-se pela 
uti lização de conhecimentos técnicos e assistência técnica, total autonomia técnico-cientí fi ca, além de conduta 
compatí vel com os padrões éti cos que norteiam a profi ssão farmacêuti ca”. 
Esta coleção de Manuais tem por objeti vo fornecer as diretrizes para a oferta e manutenção de uma carteira de 
serviços, bem como instrumentalizar os profi ssionais para um trabalho técnico de alto nível. Este manual sobre 
imunização está organizando em duas partes principais. A primeira traz uma revisão contendo as principais evi-
dências sobre o assunto. A segunda parte apresenta o protocolo clínico do serviço, com objeti vo de padronizar 
procedimentos e estruturar o atendimento realizado pelo farmacêuti co e equipe da farmácia.
Esperamos que você aprecie a leitura e que este material seja úti l à sua práti ca profi ssional. Bom estudo!
Os autores
INTRODUÇÃO
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PROGRAMA IMUNIZAÇÃO
O que é o Programa Imunização?
O programa imunização consiste em um serviço oferecido pelo farmacêutico nas farmácias e drogarias, a pacien-
tes com necessidades relacionadas a vacinação. O programa visa a orientação sanitária individual, a aplicação de 
vacinas, a vigilância farmacológica e o acompanhamento dos esquemas de vacinação dos pacientes.
Esse serviço visa promover, através das farmácias, a ampliação do acesso das pessoas e suas famílias à proteção 
individual contra doenças importantes, além de difundir informações sobre vacinas e medidas preventivas. O 
programa auxilia os pacientes a compreenderem melhor seu calendário de vacinação, estimulando o autocuida-
do apoiado e o alcance de melhores resultados em saúde.
Em um ambiente confortável e privado da farmácia, os pacientes são atendidos pelo farmacêutico, que realiza 
uma avaliação da situação vacinal do paciente. Os pacientes são então orientados de forma personalizada sobre 
a necessidade de atualização de seu esquema de vacinação. Dependendo de cada situação, os pacientes podem 
ser encaminhados aos serviços de saúde ou podem receber as vacinas diretamente na farmácia.
Pacientes que utilizam o programa de imunização da farmácia recebem um calendário de vacinação, ou diário 
da saúde, onde podem manter em dia seu acompanhamento vacinal. Além disso, os pacientes contam com a 
orientação dos farmacêuticos para manejo de reações adversas ligadas às vacinas, e dúvidas sobre imunização, 
com cobertura para toda família.
16 Quais são os benefícios para os pacientes?
Cuidados em saúde de qualidade para pacientes incluem dois elementos fundamentais: o tratamento adequado 
para a doença atual e cuidados preventivos adequados para diminuir futuro declínio da saúde. Durante o último 
século, os cuidados preventivos de saúde tornaram-se um aspecto importante da prática médica, levando a me-
lhorias significativas na saúde em geral (1).
A imunização é uma das medidas mais eficazes de saúde preventiva e evitou o óbito ou a incapacidade grave de 
inúmeras pessoas. Entretanto, muitos pacientes não aderem adequadamente aos esquemas de vacinação, ou não 
são orientados e acompanhados por profissionais habilitados. As taxas de imunização permanecem inferiores às 
ideais, principalmente na idade adulta (2 - 5).
É de extrema importância conscientizar a população sobre a importância da imunização e garantir o acesso às 
vacinas e o acompanhamento do esquema de vacinação. Um dos exemplos mais dramáticos dos benefícios da 
imunização adequada é a queda acentuada nos casos de infecções invasivas por Haemophilus influenzae tipo b 
(Hib) desde a introdução de vacinas conjugadas contra Hib em dezembro de 1987. O número de casos em crian-
ças menores de cinco anos de idade já diminuiu mais de 99% até o ano 2000 (6).
As principais barreiras para a imunização incluem preocupações a respeito da eficácia das vacinas, receios sobre 
as reações adversas pós-vacinação, falta de orientação por profissionais de saúde e falhasnos sistemas de distri-
buição de vacina em setores públicos e privados. A falta de orientação e acompanhamento do plano de vacinação 
pelos profissionais de saúde deixa as pessoas suscetíveis a inúmeras doenças evitáveis (7). 
O programa de imunização é de extrema importância dada a necessidade de avaliação de importantes fatores 
na administração de vacinas, incluindo o tipo de imunização a ser utilizada, o procedimento de aplicação das 
vacinas, a necessidade de manejo de reações adversas pós-vacinação, o armazenamento adequado das vacinas, 
a definição das próximas doses de vacinas e o acompanhamento do esquema de vacinação.
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PARTE REVISANDO A IMUNIZAÇÃO
O que é imunização?
A imunização é o processo pelo qual o indivíduo torna-se protegido contra uma doença. Tal processo pode ser in-
duzido pela vacinação, a qual consiste na administração de microrganismos infecciosos mortos ou enfraquecidos, 
ou de suas partes ou produtos, para prevenir uma doença através da indução da formação de anti corpos (8, 9). 
A imunização pode ser ati va ou passiva. A maioria das vacinas induzem a imunidade ati va, promovendo o desen-
volvimento de anti corpos no receptor, uma resposta que se espera que seja durável. A imunização passiva, que 
geralmente envolve a administração de um produto globulina, produz imunidade transitória para uma exposição 
específi ca através da transferência de anti corpos diretamente (8).
18 A imunização passiva pode ser dividida em natural (transferência dos anticorpos da mãe para o feto) ou artificial, 
que se consegue através da administração de anticorpos (imunoglobulinas derivadas a partir de soro humano) ou 
antitoxinas (derivadas a partir de soro de animais imunizados). A imunização passiva pode ser heteróloga, confe-
rida por anticorpos obtidos do plasma de animais previamente vacinados, ou homóloga, conferida por anticorpos 
obtidos do plasma de seres humanos. A imunização passiva é tipicamente usada por pacientes imunocomprome-
tidos que são incapazes de produzir uma resposta imune eficaz com a imunização ativa. A imunização passiva não 
é rotineiramente recomendada para adultos saudáveis, porque a maioria dos adultos são capazes de produzir 
uma resposta imune duradoura através da imunização ativa. A imunização passiva é ocasionalmente usada para 
os trabalhadores de saúde, gestantes e viajantes internacionais (8, 10).
A imunização ativa é obtida por meio das vacinas, produto contendo um ou mais agentes imunizantes (vacina isola-
da ou combinada) em diversas formas biológicas, quais sejam: bactérias ou vírus vivos atenuados; vírus inativados 
e bactérias mortas; componentes purificados e/ou modificados dos agentes causadores da doença. O objetivo da 
imunização ativa de uma vacina ou toxóide é estimular o hospedeiro a produzir uma resposta imune primária (geral-
mente induzindo a proliferação de células B, a resposta de anticorpos, e a sensibilização de células T) (8).
Toxóides usados para imunização ativa são toxinas bacterianas que são modificadas para torná-los não tóxicos. 
Toxóides induzem a formação de anticorpos antitoxina. Se o hospedeiro é exposto à toxina bacteriana após a 
imunização, o anticorpo liga-se a antitoxina à toxina bacteriana, prevenindo assim a doença mediada por toxina. 
Toxóides recomendado para adultos saudáveis são o tétano e toxóide diftérico.
O processo imunológico pelo qual se desenvolve a proteção conferida pelas vacinas compreende o conjunto de 
mecanismos através dos quais o organismo humano reconhece uma substância como estranha, para, em seguida, 
metabolizá-la, neutralizá-la e/ou eliminá-la. A resposta imune do organismo às vacinas depende basicamente de 
dois tipos de fatores: os inerentes às vacinas e os relacionados com o organismo que recebe a vacina. Os mecanis-
mos de ação das vacinas são diferentes, variando segundo seus componentes antigênicos (agentes vivos ou não 
vivos). Vários fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina podem interferir no processo de imunização, 
isto é, na capacidade desse organismo responder adequadamente à vacina que se administra: idade; doença de 
base ou intercorrente; tratamento imunodepressor, dentre outros. (8, 11, 12).
Quais são os tipos de vacinas?
• Constituídas de microrganismos atenuados, obtidas através da seleção de cepas 
naturais e atenuadas através de passagens em meios de cultura especiais.
• Agente permanece vivo e multiplica-se no hospedeiro
• Provocam infecção similar à natural
• Promovem proteção mais completa e duradoura, com menor número de doses
• Não devem ser administradas a gestantes ou imunossuprimidos.
• Exemplos: vacinas contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela.
VACINAS COMPOSTAS 
POR AGENTES VIVOS
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• Obtidas a partir de microrganismos inteiros inativados por meios físicos ou 
químicos (ex: vacina celular contra coqueluche e vacina inativada contra poliomie-
lite), produtos tóxicos dos microrganismos, também inativados (ex: vacinas contra 
tétano e difteria), subunidades ou fragmentos de microrganismos (ex: alguns tipos 
de vacina contra a influenza), componentes dos microrganismos responsáveis 
pela agressão infecciosa e pela proteção (ex: vacina acelular contra a coqueluche), 
engenharia genética (ex: vacina contra a hepatite B), polissacarídeos extraídos da 
cápsula de microrganismos invasivos (ex: pneumococo e o meningococo), glicocon-
jugadas (ex: toxóide tetânico, toxina diftérica avirulenta).
• Memória imunológica, em princípio, mais fraca, sendo necessária reexposição 
periódica aos mesmos antígenos, por meio de repetição das doses, para se tornar 
adequada
• Podem ser administradas a gestantes ou imunossuprimidos
• São aquelas em que um produto imunologicamente menos potente, por exemplo, 
um polissacarídeo, é unido a um outro produto imunologicamente mais potente, 
por exemplo, uma proteína, conseguindo-se dessa maneira que o primeiro produto 
adquira características de potência imunológica que antes não possuía.
• Exemplo: vacinas conjugadas contra o hemófilo, contra o pneumococo e contra o 
meningococo C. 
• São aquelas que contêm no mesmo frasco várias vacinas diferentes
• Exemplo: vacina tríplice viral contra o sarampo, caxumba e rubéola, e a vacina 
tríplice bacteriana contra difteria, tétano e coqueluche
• Podem também ser misturadas no momento da aplicação, conforme recomenda-
ções específicas do laboratório produtor
• Exemplo: vacina tetravalente, na qual se mistura a DTP ao antígeno do hemófilo 
conjugado no momento da aplicação
VACINAS COMPOSTAS 
POR AGENTES NÃO 
VIVOS
VACINAS 
CONJUGADAS
VACINAS 
COMBINADAS
Diferenças entre vacinas compostas por agentes vivos e não vivos (9 – 12).
Diferenças entre vacinas conjugadas e vacinas combinadas (10, 11).
Como são os esquemas de vacinação nas diferentes 
populações?
O calendário básico de vacinação brasileiro é aquele definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e 
corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Tal programa 
apresenta as vacinas recomendadas desde o nascimento até a terceira idade, que são oferecidas gratuitamente 
à população na rede pública (13). 
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O Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde do Brasil, criado em setembro de 1973 e institu-
cionalizado pelo decreto nº 78.231 de 12 de agosto de 1976, é reconhecido como uma das iniciativas em saúde 
pública mais bem sucedidas do Brasil e resulta do trabalho integrado das esferas de governo federal, estadual e 
municipal. (13).
Em 28 de outubro de 2010, foi publicada a Portaria n° 3.318, que instituiu em todo o território nacional o calen-
dário básico de vacinação da criança, do adolescente e dos idosos (15). Em 19 de julho de 2013 foi publicada a 
Portaria nº 1.498 do Ministério da Saúde, que redefiniu o Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacio-
nal de Vacinaçãodos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa Nacional 
de Imunizações (PNI), em todo o território nacional (16).
A seguir são discutidos os calendários de vacinação de prematuros, crianças, adolescentes, mulheres, homens, 
idosos e ocupacionais, publicados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) em 2014 (17). O calendário 
da SBIM é mais abrangente do que o calendário do Ministério da Saúde, por isso, indicaremos em cada vacina 
se a mesma encontra-se disponível também no serviço público. Os calendários da SBIM podem ser consultados 
também no Anexo deste manual.
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO PREMATURO
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
BCG ID Deverá ser aplicada o mais precocemente possível em recém-nascidos (RNs) com peso 
maior ou igual a 2Kg.
Disponível nas redes pública e privada
Hepatite B
Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida.
Os RNs de mães portadoras do vírus da hepatite B devem receber ao nascer, além da vaci-
na, imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 mL via intramuscular, 
logo após o nascimento, até, no máximo, o sétimo dia de vida. A vacina deve ser aplicada via 
IM no vasto lateral da coxa e a HBIG na perna contralateral. 
Em função da menor resposta à vacina em bebês nascidos com menos de dois quilos, reco-
menda-se completar o esquema de quatro doses.
Disponível nas redes pública e privada
Palivizumabe Recomendado para prematuros e crianças de maior risco.
É um anticorpo monoclonal específico contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Deve ser aplicado nos meses de maior circulação do VSR, no Brasil, de março a setembro, 
exceto na região Norte, onde o período de circulação ocorre entre janeiro e fevereiro. 
É recomendado até 1 ano de idade para crianças nascidas com idade gestacional inferior a 
29 semanas; e até 6 meses de idade para crianças nascidas com idade gestacional de 29-32 
semanas. 
Para crianças cardiopatas ou portadoras de doença pulmonar crônica, desde que em 
tratamento clínico nos últimos seis meses (O², broncodilatador, diurético ou corticoide 
inalatório), independentemente da idade gestacional ao nascer, recomenda-se até os 2 
anos de vida. 
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Palivizumabe
O palivizumabe deverá ser aplicado também nos bebês hospitalizados que estejam con-
templados nestas recomendações. 
A dose é de 15 mg/kg de peso, por via intramuscular em até cinco doses mensais consecuti-
vas durante a estação de circulação do vírus.
Pneumocócica conjugada
Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade cronológica. Duas 
doses: aos 2 e 4 meses e um reforço aos 12 meses (reforço pode ser dado até os 4 anos).
Recém-nascidos pré-termo (RNPTs) e de baixo peso ao nascer apresentam maior risco 
para o desenvolvimento de doença pneumocócica invasiva, que aumenta quanto menor 
a idade gestacional e o peso ao nascimento. O esquema deve ser iniciado o mais precoce-
mente possível, de acordo com a idade cronológica.
Disponível nas redes pública e privada
Influenza (gripe)
Duas doses a partir dos 6 meses com intervalo de 30 dias entre elas 
Respeitar a idade cronológica e a sazonalidade da circulação do vírus
Disponível nas redes pública e privada
Poliomielite
Utilizar somente vacina inativada (VIP) em RNs internados na unidade neonatal.
A SBIM recomenda que todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar a vacina oral (VOP) 
em crianças hospitalizadas.
Poliomielite (vírus inativados): Disponível nas redes pública e privada
Poliomielite oral (vírus vivos atenuados): Disponível apenas na rede pública
Rotavírus
Não utilizar a vacina em ambiente hospitalar.
Por se tratar de vacina de vírus vivos atenuados, a vacina rotavírus só deve ser realizada 
após a alta hospitalar, respeitando-se a idade máxima limite para administração da primei-
ra dose (três meses e 15 dias).
Vacina rotavírus monovalente: disponível nas redes pública e privada 
Vacina rotavírus pentavalente: disponível apenas na rede privada 
Tríplice bacteriana (difte-
ria, tétano, coqueluche) – 
DTPw e DTPa
Utilizar, preferencialmente, vacinas acelulares 
A utilização de vacinas acelulares reduz o risco de eventos adversos
DTPw: Disponível apenas na rede pública
DTPa: Disponível apenas na rede privada
Haemophilus influenzae b
A combinação da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) com a Hib e outros antígenos 
são preferenciais, pois permitem a aplicação simultânea e se mostraram eficazes e seguras 
para os RNPTs.
Na rede publica, para os RNPTs extremos, a DTPa é disponibilizada pelos Centros de 
Referência para Imunológicos Especiais (Cries) e, nesses casos, a conduta do Ministério da 
Saúde é adiar a aplicação da vacina Hib para 15 dias após a DTPa. 
O reforço da vacina Hib deve ser aplicado nessas crianças aos 15 meses de vida.
Disponível nas redes pública e privada
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (18)
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RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Recém-nascidos hospitalizados devem ser vacinado com as vacinas habituais, desde que clini-
camente estável. Não usar vacinas de vírus vivos: pólio oral e rotavírus.
• Os profissionais de saúde e cuidadores devem ser vacinados para influenza, varicela (se sus-
cetíveis) e devem receber uma dose da vacina tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a 
transmissão dessas infecções ao RN.
• A imunização da gestante para influenza (em qualquer idade gestacional) e pertussis (a partir 
da 20a semana de gestação) constitui excelente estratégia na prevenção dessas doenças em re-
cém-nascidos nos primeiros seis meses de vida, época que eles ainda não estão adequadamente 
imunizados.
• A prevenção do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é oportuno 
para receber as vacinas para doenças para as quais a puérpera seja suscetível: hepatite B, hepa-
tite A, rubéola, sarampo, caxumba e varicela.
• A prevenção de doenças infeciosas em lactentes jovens e prematuros pode ser obtida com a 
vacinação de crianças, adolescentes e adultos que têm contato frequente com ele (mãe, pai, 
irmãos, avós, babás, e outros) – que podem ser fontes, principalmente, das seguintes infecções 
imunopreveníveis: coqueluche, influenza, varicela, sarampo, caxumba e rubéola. A vacinação 
desses contactantes, inclusive a mãe, se não ocorreu antes da gravidez ou durante a mesma, 
deve ocorrer o mais precocemente possível após o nascimento do bebê, de preferência no pe-
ríodo do puerpério.
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (18)
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
BCG ID Deverá ser aplicada, o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternida-
de, em recém-nascidos com peso maior ou igual a dois quilos.
Disponível nas redes pública e privada
Hepatite B Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida. 
O esquema de quatro doses também pode ser utilizado, na dependência das vacinas 
combinadas a DTPw ou DTPa disponíveis (quando só disponível DTPa ou DTPw combi-
nadas com hepatite B), nesse caso, após a dose ao nascimento, serão aplicadas mais três 
doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade;
Se mãe HBsAg+, administrar vacina e HBIG até sete dias após o parto.
Disponível nas redes pública e privada
Tríplice bacteriana (DTPw ou 
DTPa)
O uso da vacina DTPa é preferível ao da DTPw, pois os eventos adversos associados com 
sua administração são menos frequentes e intensos.
O primeiro reforço (quarta dose) deve ter intervalo mínimo de seis meses da terceira; o 
segundo reforço (quinta dose) não é necessário se a quarta dose foi administrada após os 
4 anos de idade. 
Para crianças com mais de 7 anos e em atraso com os reforços de DTPw ou DTPa, reco-
menda-se o uso de alguma das seguintes apresentações da vacina tríplice bacteriana 
acelular: dTpa, DTPa-VIP ou dTpa-VIP.
DTPw:Disponível apenas na rede pública
DTPa: Disponível apenas na rede privada
Haemophilus influenzae 
tipo b
Recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, principalmente quando forem utilizadas, na 
serie básica, vacinas Hib nas combinações com DTPa.
Disponível na rede pública (para as três primeiras doses) e na rede privada
Poliomielite (vírus inativa-
dos) e Poliomielite oral (vírus 
vivos atenuados)
A SBIM recomenda que todas as doses sejam com a VIP. 
Não utilizar VOP em crianças hospitalizadas.
Poliomielite (vírus inativados): Disponível na rede pública (VIP para as três doses, a partir 
de janeiro de 2016) e na rede privada (VIP).
Poliomielite oral (vírus vivos atenuados): Disponível apenas na rede pública
Rotavírus Vacina rotavírus monovalente: disponível nas redes pública e privada, com esquema de 
duas doses, idealmente aos 2 e 4 meses de idade. 
Vacina rotavírus pentavalente: disponível apenas na rede privada, com esquema de três 
doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade. 
Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas de vida e no 
máximo até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias. 
O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. 
Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose.
Pneumonia (Pneumocócica 
conjugada)
Novo esquema em 2 doses (2 e 4 meses de vida) (A partir de janeiro de 2016). Reforço 
aos 12 meses.
As vacinas VPC10 e VPC13 são recomendadas até os 5 anos de idade.
Crianças e adolescentes com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva de-
vem receber a vacina VPC13 e, nesses casos, também a vacina polissacarídica 23 valente 
(intervalo de dois meses entre elas). 
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Quando a aplicação das vacinas 10 ou 13 não tiver sido iniciada aos 2 meses de vida, o 
esquema de sua administração varia conforme a idade em que a vacinação for iniciada: 
entre 7 e 11 meses de idade, duas doses com intervalo de dois meses, e terceira dose aos 
15 meses de idade; entre 12 e 23 meses de idade, duas doses com intervalo de dois me-
ses; a partir do segundo ano de vida, dose única, exceto em imunodeprimidos, que devem 
receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas. 
Crianças com esquema completo de VPC10 podem se beneficiar com uma dose adicional 
de VPC13 com o objetivo de ampliar a proteção em crianças de até 5 anos, respeitando o 
intervalo mínimo de dois meses da última dose.
Disponível nas redes pública e privada
Meningite (Meningocócica 
conjugada)
São recomendadas duas doses no primeiro ano de vida (aos 3 e 5 meses) e um reforço 
aos 12 meses (reforço pode ser dado até 4 anos de idade). Em virtude da rápida redução 
dos títulos de anticorpos protetores, reforços são necessários: entre 5 e 6 anos (ou cinco 
anos após a última dose recebida depois dos 12 meses de idade) e na adolescência.
No primeiro ano de vida, utilizar a vacina meningocócica C conjugada (MenC). Em 
crianças maiores de 1 ano, usar preferencialmente a vacina meningocócica conjugada 
ACWY (MenACWY), na primeira vacinação ou como reforço do esquema com MenC do 
primeiro ano de vida
No Brasil, para crianças menores de 1 ano de idade, a única vacina licenciada para uso é 
a vacina MenC; MenACWY-TT está licenciada a partir de 1 ano de idade e Men ACWY-
CRM a partir de 2 anos de idade.
Disponível na rede pública (menC até 2 anos) e na rede privada (menC e menACWY)
Influenza (gripe) É recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade.
Quando administrada pela primeira vez em crianças menores de 9 anos, aplicar duas 
doses com intervalo de 30 dias. 
Crianças menores de 3 anos de idade recebem 0,25 mL por dose e as maiores de 3 anos 
recebem 0,5 mL por dose.
Disponível na rede pública (até 5 anos) e na rede privada
Febre amarela Recomendada para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de 
acordo com classificação do MS). 
Crianças vacinadas aos 9 meses devem ser revacinadas aos 4 anos de idade. O PNI reco-
menda que crianças menores de 2 anos de idade não recebam as vacinas febre amarela 
e tríplice viral no mesmo dia. Nesses casos, e sempre que possível, respeitar intervalo de 
30 dias entre as doses.
Disponível nas redes pública e privada
Hepatite A Para crianças a partir de 12 meses de idade não vacinadas para hepatite B no primeiro 
ano de vida, a vacina combinada hepatites A+B pode ser considerada para substituir a 
vacinação isolada para as hepatites A e B (duas doses: esquema 0-6 meses).
Disponível na rede pública (dose única para crianças de 15 meses, a partir de janeiro de 
2016) e na rede privada
Tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola)
É considerada protegida a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano 
de idade. 
Em situação de risco – por exemplo, surto de sarampo ou exposição domiciliar – a primei-
ra dose pode ser antecipada para antes de 1 ano de idade. Nesses casos, a aplicação de 
mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. 
Além dessa situação, se preciso, a segunda dose também pode ser antecipada, obedecen-
do ao intervalo mínimo de um mês entre as doses.
Disponível nas redes pública e privada
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Varicela (catapora) É considerada protegida a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano 
de idade. 
Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primei-
ra dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais 
duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. 
Além dessa situação, se necessário, a segunda dose também pode ser antecipada, obede-
cendo ao intervalo mínimo de três meses entre as doses. 
A vacina varicela pode ser recomendada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco dias 
após contato, preferentemente nas primeiras 72 horas.
Disponível na rede pública (dose única aos 15 meses) e na rede privada
HPV Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16, 18, li-
cenciada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade, e outra contendo VLPs 
dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. 
Esquema de duas doses: 0 e 6 meses (a partir de janeiro de 2016).
Disponível na rede pública (vacina HPV 6,11,16,18 para meninas entre 9 e 13 anos) e na 
rede privada
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (19)
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Tríplice viral (sarampo, caxum-
ba e rubéola)
É considerado protegido o adolescente que tenha recebido duas doses da vacina tríplice 
viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo mínimo de um mês entre elas.
Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Até a idade de 12 anos, considerar 
aplicação de vacina combinada quadrupla viral (SCRV).
Disponível na rede pública (SCR) e na rede privada (SCR e SCRV)
Hepatites A, B ou A+B Hepatite A: duas doses – no esquema 0-6 meses.
Hepatite B: três doses – esquema 0-1-6 meses.
Hepatite A + B: para menores de 16 anos: duas doses: 0-6 meses; para maiores de 16 
anos: três doses: 0-1-6 meses
Adolescentes não vacinados na infância para as hepatites A e B devem ser vacinados o 
mais precocemente possível para essas infecções. A vacina combinada para as hepatites 
A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B. 
Hepatite A: Disponível apenas na rede privada
Hepatite B: Disponível nas redes pública e privada
Hepatite A e B: Disponível apenas na rede privada
HPV Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16, 18, 
licenciada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade; e outra contendo 
VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade. 
O esquema de doses para meninas e meninos é de três doses: 0/ 1-2 /6 meses.
A vacinaHPV deve ser iniciada o mais precocemente possível. O Programa Nacional de 
Imunizações (PNI) mudou o esquema de vacinação para duas doses: 0 e 6 meses para 
meninas entre 9 e 13 anos. Vacina contraindicada em gestantes.
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Disponível nas redes pública e privada 
Tríplice bacteriana acelular do 
tipo adulto (dTpa) / Difteria, 
tétano e coqueluche
Esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço a partir dos 11 anos com 
dTpa a cada sete a dez anos após a última dose.
Esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer 
momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacte-
riana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente 
tetânico.
Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituí-la pela vacina dT; 
e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la pela vacina dTpa, 
completando três doses da vacina com o componente tetânico.
O uso da vacina dTpa, em substituição à dT, para adolescentes e adultos, objetiva, além 
da proteção individual, a redução da transmissão da coqueluche, principalmente para 
suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes. 
Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica, ou 
na falta de dTpa, recomendar a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP).
dT: Disponível apenas na rede pública
dTpa: Disponível apenas na rede privada 
Varicela (catapora) Duas doses, com intervalo de três meses em menores de 13 anos e intervalo de um a três 
meses em maiores de 13 anos.
Recomendada para aqueles sem história de infecção prévia. Contraindicada para 
imunodeprimidos e gestantes. Até a idade de 12 anos, considerar a aplicação de vacina 
combinada quadrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) para os adolescentes 
suscetíveis à varicela.
Disponível apenas na rede privada 
Influenza (gripe) Dose única anual. 
Recomendada para todos os adolescentes.
Disponível apenas na rede privada 
Meningocócica conjugada 
ACWY
Aos 11 anos, seguida de uma dose de reforço cinco anos depois
Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina 
meningocócica C conjugada.
Disponível apenas na rede privada 
Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina (de 
acordo com classificação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma segunda dose 
dez anos após a primeira.
Pode ser recomendada para atender às exigências sanitárias de determinadas viagens 
internacionais.
Contraindicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença superam 
os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.
Vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.
Disponível nas redes pública e privada 
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (20)
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO HOMEM
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Tríplice viral (sarampo, caxumba e 
rubéola)
É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da 
vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo 
mínimo de um mês entre elas.
Contraindicada para imunodeprimidos.
Disponível na rede pública (até os 39 anos) e na rede privada
Hepatites A, Duas doses, no esquema 0-6 meses.
Homens não imunizados anteriormente para a hepatite A devem ser imunizados.
Disponível apenas na rede privada
Hepatites B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.
Homens não imunizados anteriormente para a hepatite B devem ser imunizados.
Disponível na rede pública (a partir de 2016) e na rede privada
Hepatites A e B Três doses, no esquema 0-1-6 meses
Homens não imunizados anteriormente para as hepatites A e B devem ser imu-
nizados. 
A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a 
vacinação isolada para as hepatites A e B.
Disponível apenas na rede privada
HPV Vacina HPV6,11,16,18: duas doses, no esquema 0 e 6 meses.
A vacina HPV6,11,16,18 está licenciada e recomendada para meninos e jovens 
de 9 a 26 anos de idade.
Disponível apenas na rede privada
Tríplice bacteriana acelular do tipo 
adulto / Difteria, tétano e coqueluche
Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a 
cada dez anos.
Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer 
momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla 
bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o 
componente tetânico.
Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituí-la pela 
vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la 
pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.
Uso da vacina dTpa, em substituição à dT, para adolescentes e adultos, objetiva, 
além da proteção individual, a redução da transmissão da coqueluche, principal-
mente para suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes.
Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é 
endêmica, ou na falta de dTpa, recomendar a vacina dTpa combinada à pólio 
inativada (dTpa-VIP).
dT: disponível apenas na rede pública
dTpa: disponível apenas na rede privada
Varicela (catapora) Duas doses com intervalo de um a três meses entre elas.
Recomendada apenas para adultos sem história anterior de varicela.
Contraindicada para imunodeprimidos.
Disponível apenas na rede privada
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Influenza (gripe) Dose única anual. 
Recomendada para todos os adultos.
Disponível na rede publica (para grupos de risco) e na rede privada
Meningocócica conjugada ACWY Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica.
Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela 
vacina meningocócica C conjugada.
Disponível apenas na rede privada
Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina 
(de acordo com classificação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma 
segunda dose dez anos após a primeira.
Pode ser recomendada para atender às exigências sanitárias de determinadas 
viagens internacionais.
Contraindicada para imunodeprimidos. Quando os riscos de adquirir a doença 
superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.
Vacinar pelo menos dez dias antes da viagem.
Disponível nas redes pública e privada
Pneumocócica conjugada Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 é recomendado para homens com mais 
de 60 anos (ver Calendário SBIM de vacinação do idoso).
A VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, ficando a critério médico 
sua recomendação nessa faixa etária.
Disponível apenas na rede privada
Herpes zóster Recomendada a partir de 60 anos, dose única (ver Calendário SBIM de vacinação 
do idoso).
Recomendada mesmo para aqueles que já apresentaram quadro de herpes zós-
ter. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de seis meses e preferencialmente 
de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.
Contraindicada em imunodeprimidos.
Disponível apenas na rede privada
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (21)
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA MULHER
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
HPV Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: uma contendo VLPs dos tipos 6, 11, 16, 
18, licenciada para meninas, meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade, e outra 
contendo VLPs dos tipos 16 e 18, licenciada para meninas e mulheres a partir 
dos 9 anos de idade. Três doses: 0/1 a 2/6 meses.
Contraindicada para gestantes
A vacinação de mulheres com mais de 26 anos, com ambas as vacinas, é conside-
rada segura e eficaz por órgãos regulatórios de muitos países.
Mulheres mesmo que previamente infectadaspodem se beneficiar da vacinação.
Disponível apenas na rede privada
Tríplice viral (sarampo, caxumba e 
rubéola)
É considerada protegida a mulher que tenha recebido, em algum momento da 
vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo 
mínimo de um mês entre elas.
Contraindicada durante a gestação
Disponível na rede pública (até os 49 anos) e na rede privada
Hepatites A Duas doses, no esquema 0-6 meses.
Em gestantes, considerar apenas nas suscetíveis
Disponível apenas na rede privada
Hepatites B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.
Indicada durante a gestação: Hepatite A é vacina inativada, portanto, não 
contraindicada em gestantes. Considerando-se que no Brasil são frequentes 
situações de risco aumentado de exposição ao vírus, a vacinação de gestantes 
deve ser considerada.
Disponível na rede pública (a partir de 2016) e na rede privada
Hepatites A e B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.
A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a 
vacinação isolada para as hepatites A e B.
Em gestantes, considerar apenas em situações de risco aumentado
Disponível apenas na rede privada
Tríplice bacteriana acelular do tipo 
adulto / Difteria, tétano e coqueluche
Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a 
cada dez anos.
Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer 
momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla 
bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o 
componente tetânico.
Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituíla pela 
vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la 
pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.
Durante a gestação: Indicada dTpa
A melhor época para a aplicação da vacina dTpa em gestantes é entre a 27a e a 
32a semana de gestação (permite transferência de maior quantidade de anticor-
pos maternos para o feto), mas a vacina pode ser recomendada a partir da 20a 
semana até o momento do parto. Mulheres não vacinadas na gestação devem 
ser vacinadas no puerpério, o mais precocemente possível.
A vacinação com dTpa deve ser repetida a cada gestação.
30 VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Para mulheres que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endê-
mica, ou na falta de dTpa, recomendar a vacina dTpa combinada à pólio inativada 
(dTpa-VIP).
Disponível na rede pública (dT / dTpa para gestantes) e na rede privada (dTpa)
Varicela (catapora) Duas doses com intervalo de um a três meses entre elas
Contraindicada durante a gestação
Disponível apenas na rede privada
Influenza (gripe) Dose única anual 
Recomendada para todos os adultos. 
Indicada durante a gestação: A gestante é grupo de risco para as complicações 
da infecção pelo vírus da influenza. A vacina influenza está recomendada nos 
meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. 
Disponível na rede pública (para maiores de 60 anos ou gestantes) e na rede privada
Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina 
(de acordo com classificação do MS e da OMS). Se persistir o risco, fazer uma 
segunda dose dez anos após a primeira.
Contraindicada na gravidez, porém seu uso pode ser permitido após ponderação 
do risco/benefício da vacinação das gestantes: 1) não anteriormente vacinadas e 
que residem em áreas de grande risco para febre amarela; 2) que vão se deslocar 
para região de risco da doença, na impossibilidade total de se evitar a viagem du-
rante a gestação. Gestantes que viajam para países que exigem o CIVP, devem ser 
isentadas da vacinação, caso a viagem não seja de alto risco para a febre amarela. 
Contraindicada durante a lactação até que o bebê complete 6 meses de idade. Se 
necessária a vacinação, nesses casos, suspender o aleitamento materno por pelo 
menos 15 dias e preferencialmente 30 dias após a imunização. 
Contraindicada para imunodeprimidas. Quando os riscos de adquirir a doença 
superam os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar sua utilização.
Disponível nas redes pública e privada
Meningocócica conjugada ACWY Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica
Durante a gestação, considerar apenas em situações de risco aumentado
As vacinas meningocócicas conjugadas se mostraram seguras quando usadas 
em gestantes. Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, 
substituir pela vacina meningocócica C conjugada.
Disponível apenas na rede privada
Pneumocócica conjugada Esquema sequencial de VPC13 e VPP23 é recomendado para mulheres com 
mais de 60 anos (ver Calendário SBIM de vacinação do idoso).
Durante a gestação, PCV13 e VPP23 devem ser recomendadas apenas para ges-
tantes de alto risco para a doença pneumocócica, não imunizadas previamente.
VPC13 está licenciada a partir dos 50 anos de idade, ficando a critério médico 
sua recomendação nessa faixa etária. 
Disponível apenas na rede privada
Herpes zóster Recomendada a partir de 60 anos, dose única
Recomendada mesmo para aquelas que já apresentaram quadro de herpes zós-
ter. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de seis meses e preferencialmente 
de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. 
Contraindicada na gestação
Contraindicada em imunodeprimidas.
Disponível apenas na rede privada
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (22)
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RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Sempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gestação
• Após a aplicação de vacinas de vírus vivos atenuados (tríplice viral, varicela e febre amarela), a 
mulher deve ser orientada a aguardar o prazo de um mês para engravidar.
ESQUEMA DE VACINAÇÃO DO IDOSO
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Influenza (gripe) Indicação: Rotina
Dose única anual.
Recomendada para todos os idosos. Os maiores de 60 anos fazem parte do 
grupo de risco aumentado para as complicações e óbitos por influenza. Vacina 
quadrivalente com duas cepas A e duas cepas B, se disponível, pode ser reco-
mendada.
Disponível nas redes pública e privada
Pneumocócicas (VPC13) e Pneumocó-
cica 23 valente (VPP23)
Indicação: Rotina
Iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 dois meses 
depois, e uma segunda dose de VPP23 cinco anos depois.
Para aqueles que já receberam a VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano 
para a aplicação de VPC13 e de cinco anos para a aplicação da segunda dose de 
VPP23, com intervalo mínimo de dois meses entre elas.
Para os que já receberam duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de 
VPC13, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. Se a 
segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 65 anos, está recomendada uma 
terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos da última 
dose.
Disponível na rede pública (VPP23 para grupos de risco) e na rede privada
Tríplice bacteriana acelular do tipo 
adulto (dTpa) / Difteria, tétano e 
coqueluche
Indicação: Rotina
Uma dose de vacina dTpa é recomendada, mesmo nos indivíduos que receberam 
a vacina dupla bacteriana do tipo adulto (dT).
Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa a 
cada dez anos.
Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa a 
qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de 
dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina 
contendo o componente tetânico.
Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituíla pela 
vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras doses com dT, substituí-la 
pela vacina dTpa, completando três doses da vacina com o componente tetânico.
32 VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
O indivíduo com mais de 60 anos é considerado de risco para as complicaçõesrelacionadas à coqueluche. A vacina está recomendada mesmo para aqueles que 
tiveram a doença, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.
Na impossibilidade de acesso à vacina dTpa, deve ser recomendada vacina dTpa-
VIP ou vacina dT.
dT: disponível apenas na rede pública
dTpa: disponível apenas na rede privada
Hepatites A Indicação: Após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos.
Duas doses, no esquema 0-6 meses.
Na população com mais de 60 anos é maior a possibilidade de se encontrar indi-
víduos com anticorpos contra a hepatite A. Para esse grupo, portanto, a vacina-
ção não é prioritária. 
A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou não de vacinar. 
Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vaci-
nação deve ser acompanhada da aplicação de imunoglobulina padrão.
Disponível apenas na rede privada
Hepatites B Indicação: rotina.
Três doses, no esquema 0-1-6 meses.
Disponível na rede pública (a partir de 2016) e na rede privada
Hepatites A e B Indicação: após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos.
Três doses, no esquema 0-1-6 meses.
A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a 
vacinação isolada para as hepatites A e B.
Disponível apenas na rede privada
Febre amarela Indicação: Rotina para residentes em áreas de vacinação. Se persistir o risco, 
fazer uma segunda dose dez anos após a primeira.
Recomendada para habitantes de áreas classificadas pelo Ministério da Saúde 
como de vacinação e para as pessoas que vão viajar para essas regiões, assim 
como para atender às exigências sanitárias para determinadas viagens interna-
cionais.
Há relatos de maior risco de eventos adversos graves nos maiores de 60 anos, 
portanto, na primovacinação, avaliar risco/benefício nos casos de viagens.
Disponível nas redes pública e privada
Meningocócica conjugada ACWY Indicação: Surtos
Considerar seu uso avaliando a situação epidemiológica
Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela 
vacina meningocócica C conjugada.
Disponível apenas na rede privada
Tríplice viral (sarampo, caxumba e 
rubéola)
Indicação: Situações de risco aumentado
É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da 
vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, e com intervalo 
mínimo de um mês entre elas.
Não deve ser rotina, mas, a critério médico (surtos, viagens, entre outros), pode 
ser recomendada. 
Contraindicada para imunodeprimidos.
Disponível na rede pública (em situações especiais) e na rede privada
Herpes zóster Indicação: Rotina. 
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Recomendada em dose única.
Vacina recomendada mesmo para aqueles que já apresentaram quadro de her-
pes zóster. Nesses casos, aguardar intervalo mínimo de seis meses e preferen-
cialmente de um ano, entre o quadro agudo e a aplicação da vacina. 
Contraindicada em imunodeprimidos
Disponível apenas na rede privada
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (23)
ESQUEMA DE VACINAÇÃO OCUPACIONAL
VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Tríplice viral (sarampo, caxumba e 
rubéola)
É considerado protegido o indivíduo que tenha recebido, em algum momento da 
vida, duas doses da vacina tríplice viral acima de 1 ano de idade, com intervalo 
mínimo de um mês entre elas.
Recomendada para todos os indivíduos suscetíveis e/ou sem comprovação de 
vacinação
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, 
policiais e bombeiros, Profissionais que trabalham com crianças, Profissionais 
do sexo, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Profis-
sionais que trabalham em regime de confinamento, Profissionais e voluntários 
em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas 
profissionais.
Vacinas vivas atenuadas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes.
Disponível nas redes pública e privada
Hepatites A Duas doses, no esquema 0-6 meses
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Alimentos 
e bebidas, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com deje-
tos, águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais que trabalham com 
crianças, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Receptivos de 
estrangeiros, Profissionais que trabalham em regime de confinamento, Profis-
sionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda 
humanitária, Atletas profissionais.
Hepatites B Três doses, no esquema 0-1-6 meses.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, po-
liciais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e 
coletores de lixo, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Manicu-
res, pedicures e podólogos, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, 
situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.
Esquema especial de vacinação para a hepatite B em imunocomprometidos e 
renais crônicos 
Sorologia 30-60 dias após a terceira dose da vacina é recomendada para: profis-
sionais da saúde, imunodeprimidos e renais crônicos.
Considera-se imunizado o indivíduo que apresentar título anti-HBs ≥ 10 UI/mL.
Hepatites A e B Três doses, no esquema 0-1-6 meses. 
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
A vacinação combinada das hepatites A e B é uma opção e pode substituir a 
vacinação isolada das hepatites A e B.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, 
policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas 
e coletores de lixo, Profissionais do sexo, Profissionais que viajam muito, Profis-
sionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda 
humanitária, Atletas profissionais.
HPV Duas vacinas disponíveis no Brasil: vacina HPV6,11,16,18 e vacina HPV16,18, 
com esquemas de duas doses (0 e 6 meses).
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Profissionais do sexo
Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes.
Tríplice bacteriana acelular do tipo 
adulto (dTpa ou dTpa-VIP)
Com esquema de vacinação básico para tétano completo: reforço com dTpa (ou 
dTpa-VIP, ou dT) a cada dez anos.
Com esquema de vacinação básico para tétano incompleto: uma dose de dTpa 
(ou dTpa-VIP, ou dT) a qualquer momento e completar a vacinação básica com 
uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar 
três doses de vacina contendo o componente tetânico.
Em ambos os casos: na impossibilidade do uso da vacina dTpa (ou dTpa-VIP), 
substituir a mesma pela vacina dT; e na impossibilidade da aplicação das outras 
doses com dT, substituir a mesma pela vacina dTpa (ou dTpa-VIP) completando 
três doses da vacina com o componente tetânico.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde (dTpa), 
Alimentos e bebidas (dT), Militares, policiais e bombeiros (dT), Profissionais que 
lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores de lixo (dT), Profissionais que 
trabalham com crianças (dTpa), Profissionais que trabalham com animais (dT), 
Profissionais que viajam muito (dTpa-VIP ou dTpa), Receptivos de estrangeiros 
(dT), Manicures, pedicures e podólogos (dT), Profissionais que trabalham em 
regime de confinamento (dTpa), Profissionais e voluntários em campos de refu-
giados, situações de catástrofe e ajuda humanitária (dTpa ou dTpa-VIP), Atletas 
profissionais (dT).
Varicela (catapora) Duas doses, com intervalo de um a três meses entre elas.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, 
policiais e bombeiros, Profissionais que trabalham com crianças, Profissionais 
que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, Profissionais que trabalham em 
regime de confinamento, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, 
situaçõesde catástrofe e ajuda humanitária.
Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes.
Influenza (gripe) Dose única anual
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Alimentos e 
bebidas, Militares, policiais e bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, 
águas contaminadas e coletores de lixo, Profissionais que trabalham com crian-
ças, Profissionais que trabalham com animais, Profissionais do sexo, Profissio-
nais administrativos, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, 
Manicures, pedicures e podólogos, Profissionais que trabalham em regime de 
confinamento, Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações 
de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.
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VACINAS RECOMENDAÇÕES, ESQUEMAS E CUIDADOS ESPECIAIS
Embora algumas categorias profissionais não apresentem risco ocupacional au-
mentado para o vírus influenza, a indicação para TODAS as categorias profissio-
nais é justificada por ser a maior causa de absenteísmo no trabalho e pela grande 
frequência com que desencadeia surtos no ambiente de trabalho.
Meningocócica conjugada Uma dose, mesmo para aqueles vacinados na infância ou há mais de cinco anos
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Saúde, Militares, po-
liciais e bombeiros, Profissionais que viajam muito, Receptivos de estrangeiros, 
Profissionais e voluntários em campos de refugiados, situações de catástrofe e 
ajuda humanitária, Atletas profissionais.
Sempre que possível, dar preferência à vacina quadrivalente ACWY para uma 
proteção mais ampla.
Febre amarela Uma dose para residentes ou viajantes para áreas com recomendação da vacina 
(de acordo com classificação internacional e do Ministério da Saúde). Se persistir 
o risco, indicada segunda dose dez anos após a primeira.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e 
bombeiros, Profissionais que viajam muito, Profissionais e voluntários em campos 
de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas profissionais.
Contraindicada para imunodeprimidos e gestantes
Raiva Para pré-exposição: três doses, a segunda sete dias depois da primeira e a tercei-
ra 14 a 21 dias depois da segunda.
A partir do 14º dia após a última dose é preciso verificar títulos de anticorpos 
para a raiva com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de dose adicional. 
Profissionais que permanecem em risco devem fazer acompanhamento soroló-
gico a cada seis meses ou um ano, e receber dose de reforço quando estes forem 
menores que 0,5 UI/mL.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e 
bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores 
de lixo, Profissionais que trabalham com animais, Profissionais e voluntários em 
campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária.
Febre tifoide Dose única da vacina polissacarídica capsular Vi, por via intramuscular ou sub-
cutânea, para adultos e crianças a partir de 2 anos de idade.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais e 
bombeiros, Profissionais que lidam com dejetos, águas contaminadas e coletores 
de lixo, Profissionais que viajam muito, Profissionais e voluntários em campos de 
refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária.
A indicação deve ser analisada de acordo com o tempo de permanência em 
região de risco para a doença. No caso de o risco de infecção permanecer ou 
retornar, está indicada outra dose após três anos.
Poliomielite inativada Pessoas nunca vacinadas: três doses de VIP (esquema 0, 1-2, 6-12 meses). Pes-
soas já vacinadas com esquema completo: uma dose entre um e 12 meses antes 
da viagem. Pode ser feita combinada à dTpa.
Indicada para profissionais das seguintes áreas de atuação: Militares, policiais 
e bombeiros, Profissionais que viajam muito, Profissionais e voluntários em 
campos de refugiados, situações de catástrofe e ajuda humanitária, Atletas 
profissionais.
Profissionais com destino a países nos quais a poliomielite seja ainda endêmica 
devem receber a vacina inativada da pólio. 
A vacina disponível na rede privada é combinada à dTpa
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) – 2015/2016 (24)
36 O que devo saber sobre cada vacina?
Antirrábica
Quais são as indicações?
A profilaxia da raiva é uma intervenção urgente e deve começar o mais cedo possível após a exposição. A raiva 
é quase sempre fatal, mas a infecção pode ser evitada com cuidados da ferida e profilaxia apropriados (25-27). 
A escolha do tipo de imunização contra a raiva vai depender se o paciente está a receber a profilaxia pré ou pós-
-exposição e da história de vacinação anterior: Para profilaxia pré-exposição deve ser utilizada a vacina (imuniza-
ção ativa) e pós-exposição pode ser utilizada a vacina ou a imunoglobulina contra raiva (imunização passiva), em 
pessoas não imunizadas anteriormente (26). 
Qual o esquema e a via de administração?
O esquema de administração da vacina contra a raiva de uso humano é diferenciado para a pós-exposição, para a 
reexposição e para a preexposição (34). 
Na pós-exposição, ou seja, na administração da vacina após contato com o vírus da raiva, o esquema depende da 
natureza da agressão e das condições do animal agressor, podendo corresponder a sete doses e dois reforços, ou 
10 doses e três reforços (34).
No caso de reexposição, ou seja, no caso da pessoa entrar em contato novamente com o vírus rábico, o esquema 
indicado depende da quantidade de doses recebidas anteriormente, conforme a norma técnica já referida (34).
Para a profilaxia na preexposição o esquema é de quatro doses, com intervalo de dois dias entre a primeira e a 
segunda dose e entre a segunda e a terceira doses. A quarta dose é feita no 28º dia após o início do esquema (34).
O volume de cada dose da vacina contra a raiva corresponde a 1,0 ml, independente da idade ou do peso da pes-
soa a ser vacinada. A vacina contra a raiva de uso humano é administrada por via intramuscular. A injeção é feita, 
de preferência, na região do deltóide, na face externa superior do braço. Em crianças até os dois anos de idade 
pode ser utilizada a face lateral externa da coxa. 
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Não se recomenda a injeção da vacina antirrábica na região do glúteo, 
pois, muitas vezes, a vacina não é inoculada no interior do músculo e sim 
no tecido adiposo (gordura), o que diminui sensivelmente a resposta ao 
imunobiológico (34).
Quais são as principais reações adversas?
A imunoglobulina contra raiva está associada a reações locais, incluindo dor e sensibilidade, eritema e endureci-
mento. Dor de cabeça é o efeito colateral sistêmico mais comumente relatado (28). 
A vacina humana diploide celular pode ocasionar reações locais, incluindo dor, vermelhidão, inchaço e endureci-
mento no local da injeção. Reações sistêmicas são menos comuns e incluem febre baixa, dor de cabeça, tontura e 
sintomas gastrointestinais (29, 30). Podem ocorrer, com menor frequência, reações alérgicas sistêmicas, que vão 
desde urticária à anafilaxia (31).
A vacina purificada de células de embrião de galinha também está associada a reações no local da injeção (32). 
Também podem ocorrer efeitos secundários incluindo dor de cabeça, febre, mialgias, náuseas, e fraqueza (33).
ATENÇÃO
A profilaxia pós-exposição contra a raiva deve começar o mais cedo possível após a exposição
Um dos passos iniciais mais importantes para evitar a raiva é o tratamento da ferida. Recomenda-se a lavagem 
completa de mordidas e arranhões com água e sabão. Quando disponível, um agente viricida também deve ser 
usado. Estudos demonstram que apenas a limpeza das feridas reduz a probabilidade da raiva em até 90% (35).
BCG
Quais são as indicações?
Bacilo de Calmette-Guérin (BCG) é uma estirpe de Mycobacterium bovis viva desenvolvida para utilização como 
uma vacina atenuada para prevenir atuberculose e outras infecções por micobactérias (36, 37). BCG é a vacina 
mais amplamente utilizada em todo o mundo (38). 
38
A vacina BCG-ID é administrada por via intradérmica. A injeção é feita na re-
gião do músculo deltóide, no nível da inserção inferior deste músculo, na face 
externa superior do braço direito. O uso do braço direito tem por finalidade 
facilitar a identificação da cicatriz (que demonstra a eficácia da vacina) em ava-
liações da atividade de vacinação (34).
CONTRAINDICAÇÕES
• Vacina contra BCG não deve ser administrada a indivíduos com comprometimento imunológico devido à infecção 
pelo HIV, imunodeficiência congênita, doença maligna, ou drogas imunossupressoras, como corticoides (43,44).
• Embora a vacina BCG não tenha sido associada a efeitos fetais prejudiciais, não deve ser administrada durante 
a gravidez, uma vez que é uma vacina viva (44).
Vacinação BCG é adequada para lactentes e crianças ≤5 anos com alto risco de exposição a indivíduos com tu-
berculose pulmonar ativa. BCG deve ser administrada a recém-nascidos saudáveis, o mais rapidamente possível 
após o nascimento (39). Além disso, a imunização de crianças em idade escolar (com idade entre 7 a 14) não pre-
viamente vacinadas foi mostrado para conferir proteção parcial contra a tuberculose (40).
Qual o esquema e a via de administração?
O esquema de administração da vacina BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento. Uma dose de re-
forço é administrada na idade escolar (dos seis aos dez anos), considerando o aumento da incidência de meningo-
encefalite em maiores de cinco anos, como também o aumento das formas disseminadas da tuberculose, devidas 
à epidemia de aids (34).
O volume correspondente a cada dose é de 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações.
Quais são as principais reações adversas?
• Reações cutâneas locais após a vacinação BCG são comuns. 
• Efeitos adversos mais graves incluem osteíte, osteomielite e infecção disseminada. 
• Manifestações menos comuns incluem abscesso e linfadenite regionais (1 a 2 por cento).
• Os fatores potenciais que afetam a taxa de reações adversas incluem a dose de BCG, cepa vacinal, e o méto-
do de administração da vacina (41, 42).
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Cólera
Dupla
Quais são as indicações?
O Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde não recomenda a vacinação contra cólera, conside-
rando que as vacinas disponíveis apresentam baixa eficácia e curta duração da imunidade. No entanto, existem 
situações particulares nas quais se recomenda a utilização da vacina. Esta vacina é recomendada pela OMS para 
aplicação em viajantes com destino às áreas onde ocorrem casos de cólera (45).
Para vacinação contra cólera são disponibilizadas no mercado duas opções de vacina oral e vacinas injetáveis. A 
Dukoral, uma das vacinas orais, apresenta 85-90% de eficácia na proteção contra a cólera, embora esta proteção te-
nha duração média de três anos. Em indivíduos acima de 6 anos deve ser administrada em duas doses, com intervalo 
de 10 a 15 dias. Para crianças de 2 a 6 anos a administração é feita em três doses, com intervalo de uma semana (45).
ATENÇÃO
• Sempre avaliar o tipo e o grau de exposição para possível contaminação por Vibrio cholerae antes de adminis-
trar a vacina, tanto para viajantes que entram no Brasil como os que irão a um país com ocorrência de casos de 
cólera. 
• Avaliar com o mesmo critério a necessidade de vacinação de brasileiros que irão visitar familiares e amigos em 
países com ocorrência de casos de cólera, bem como para viajantes de outros países que irão visitar familiares 
e amigos que residem no Brasil (45).
Quais são as indicações?
A vacina dupla contém os toxóides diftérico e tetânico, de aplicação intramuscular, sendo apresentada nas for-
mas infantil (DT) e adulto (dT). A forma infantil é constituída de 30 UI de toxóide diftérico e 10 a 20 UI do toxóide 
tetânico. A vacina do tipo adulto compõe-se de 2 a 4 UI de toxóide diftérico e 10 a 20 UI de toxóide tetânico. 
40 Salienta-se que a vacina dupla infantil contém a mesma quantidade de toxóides tetânico e diftérico que a vacina 
tríplice (DPT). Já a dupla tipo adulto contém menor quantidade de toxóide diftérico (34).
Qual o esquema e a via de administração?
O esquema básico da vacina dupla tipo adulto (dT) corresponde a três doses com intervalo de 60 dias entre as 
doses. O intervalo mínimo é de 30 dias. Entre a segunda e a terceira doses o intervalo ideal é de 180 dias (seis 
meses). Ao indicar a vacina dupla tipo adulto, considerar as doses da vacina tríplice bacteriana (DTP) ou da dupla 
infantil (DT) recebidas anteriormente, orientando a continuidade do esquema. O reforço da dupla adulto é admi-
nistrado de 10 em 10 anos (34).
O esquema de vacinação para a prevenção do tétano neonatal deve considerar que toda mulher vacinada com, 
pelo menos, duas doses das vacinas DTP, dT ou DT, com intervalo mínimo de um mês entre as doses (antes ou 
durante a gravidez) terá seu recém-nascido protegido contra o tétano neonatal nos dois primeiros meses de vida. 
Essa proteção só é possível quando a segunda dose for administrada até 20 dias antes do parto que é o tempo 
mínimo necessário para que haja produção de anticorpos suficientes para transferir ao feto. Para a adequada 
proteção da gestante e para a prevenção do tétano neonatal em gestações futuras, é necessário a administração 
da terceira dose, seis meses após a segunda dose. Quando a mulher grávida completou o seu esquema (última 
dose ou último reforço) há mais de cinco anos administrar um reforço da dT (34).
O esquema básico da dupla infantil (DT) corresponde a três doses, com intervalo de 60 dias entre as doses. O in-
tervalo mínimo é de 30 dias. O reforço da dupla infantil (DT) é semelhante ao da tríplice (DTP), ou seja, uma dose 
seis a 12 meses depois da terceira dose, de preferência aos 15 meses de idade, simultaneamente com a vacina 
tríplice viral (contra o sarampo, rubéola e caxumba) e com a vacina contra a poliomielite (34).
Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar dependendo do laboratório pro-
dutor. As vacinas DT ou dT devem ser administradas por via intramuscular profunda.
Nas crianças com menos de dois anos de idade, a injeção é feita no vastolateral da coxa. A região do deltóide, face 
externa superior do braço, é utilizada, preferencialmente, para a administração da vacina nos maiores de dois 
anos. Em adultos pode ser utilizada também a região glútea, no quadrante superior externo (34).
Quais são as principais reações adversas?
As principais reações adversas da vacina dupla incluem reações sistêmicas graves, como anafilaxia, urticária ge-
neralizada, angioedema e complicações neurológicas (34).
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Febre amarela
Quais são as indicações?
A febre amarela é uma febre hemorrágica viral, 
transmitida por mosquitos, com alta letalidade (Hae-
magogus e/ou Aedes aegypti). As manifestações clí-
nicas incluem disfunção hepática, insuficiência renal, 
coagulopatia e choque. Os viajantes a regiões tropi-
cais da América do Sul e África subsaariana, onde a 
doença é endêmica, estão em risco de aquisição de 
infecções e requerem imunização (46, 47, 48). 
A vacina contra febre amarela é recomendada para indivíduos que vivem nas regiões classificadas pelo MS como 
áreas de risco (Norte e Centro-Oeste do Brasil) e para indivíduos que pretendem viajar para esses locais: avaliar 
risco/benefício, somente devendo ser indicada em casos de alta transmissão, pois os idosos têm maior risco de 
eventos adversos graves (47, 48).
 
Qual o esquema e a via de administração?
O esquema básico da vacina contra a febre amarela corresponde a uma dose a partir dos seis meses de idade. O 
Regulamento Sanitário Internacional exige uma dose de reforço a cada dez anos (34).
 O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml. A vacina contra a febre amarela é administrada

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