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DIdactica C. Naturais 2

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Formação de Professores do Ensino Primário
+
Formação de Professores do Ensino Primário
+
2 3
Ficha Técnica 
Título Didáctica das Ciências Naturais − Formação de Professores do Ensino Pri-
mário 
Edição Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH)
Copyright MINEDH
Director Remane Selimane, Director Nacional de Formação de Professores 
(DNFP)
Co-directores Ismael Cassamo Nheze, Director Geral do Instituto Nacional do Desen-
volvimento da Educação (INDE).
Regina Miguel Langa, Directora Nacional Adjunta de Formação de Pro-
fessores (DNFP).
Rafael Lambo Bernardo, Director Adjunto do Instituto Nacional do 
Desenvolvimento da Educação (INDE).
Coordenação de 
autores
Helena Francisco Xerinda (INDE-PENCIFOP)
Autores Alaudino Siquice Banze (MINEDH-PENCIFOP) 
Benedita Paula Custódio Bila (MINEDH-PENCIFOP)
Torina Martins Recebeu (MINEDH-PENCIFOP)
Assessoria Técnica Universidade Pedagógica
Revisão Linguística Laurinda Moisés Tangue
Marta da Glória da Conceição Mubai
Cooperação Técnica Agência Japonesa de Cooperação Internacional ( JICA)
Arranjo Gráfico e 
Ilustração
Sérgio Baptista Mabote ( JICA-PENCIFOP)
Impressão Académica Lda.
Tiragem 12 000 Exemplares
No. de Registro -
 
2 3
Prefácio
Caríssimo formador e formando,
O Governo de Moçambique assume a Educação como um direito fundamental do cidadão, um pro-
cesso através do qual os indivíduos se afirmam e se integram na vida política, económica e social. 
A conquista do direito à educação está intrinsecamente relacionada com uma formação adequada, o 
que requer o provimento de professores de qualidade, assim como a criação de melhores condições 
materiais e motivacionais para o excelente exercício da sua função de professor.
Além dos esforços do Governo, muitos avanços têm sido possíveis mercê da implementação de pre-
ciosos e úteis mecanismos de cooperação. De facto, ao longo do percurso do país, este tem vindo a 
beneficiar da prestimosa colaboração de parceiros de cooperação que contribuem na materialização 
dos programas e planos do Governo, através da canalização de financiamentos com vista à melhoria 
da qualidade da educação.
É com satisfação que, perseguindo os objectivos acima expostos, colocamos ao vosso dispor, o ma-
nual de “Didáctica das Ciências Naturais” para o curso de Formação de Professores do Ensino 
Primário e Educação de Adultos, o qual faz parte de um leque de manuais elaborados no contexto 
do Projecto para a Expansão do Novo Currículo nos Institutos de Formação de Professores (PEN-
CIFOP). O PENCIFOP é desenvolvido no contexto da cooperação entre os Governos de Moçam-
bique e do Japão, através do apoio técnico e financeiro da Agência Japonesa de Cooperação Interna-
cional ( JICA).
Com este manual, almejamos que o formandor aprofunde os conhecimentos científicos, as habilida-
des e atitudes necessárias para que, no futuro, prepare, com segurança, no exercício da sua profissão, 
o seu aluno.
A elaboração deste manual teve em conta os resultados da testagem dos conteúdos leccionados no 
currículo dos Institutos de Formação de Professores (IFP). A sua abordagem didáctica visa permitir, 
ao formador e ao formando, aprofundarem os conhecimentos e habilidades que possuem das maté-
rias do ensino primário e sejam capazes de, em contextos desafiadores, recorrer a materiais simples 
da natureza, realizar experiências para concretizar o tratamento dos conteúdos com rigor científico 
requerido para o nível das crianças.
Este manual de “Didáctica das Ciências Naturais” é composto por Sugestões Metodológicas, Prá-
ticas Laboratoriais, Didáctica das Ciências Naturais e Planos de Aula, e se espera que esta riqueza do 
manual seja devidamente aproveitada nas aulas de Práticas Laboratoriais e Didáctica das Ciências 
Naturais.
O sucesso na utilização deste manual depende da dedicação do formador e do futuro professor na 
interpretação correcta do que nele está preconizado.
Ambicionamos, pois, uma utilização cuidadosa, criteriosa, criativa e profícua deste importante meio 
didáctico e que tão cedo quanto possível, atinjamos os objectivos a que nos propomos.
Conceita Ernesto Xavier Sortane
Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano
4 5
4 5
ÍNDICE
Sugestões metodológicas
Lição 1: Relação entre os conteúdos de aprendizagem em Ciências Naturais ..................................... 14
Lição 2: Materiais necessários para planificar as aulas ............................................................................... 18
Lição 3: Planificação anual e Plano de ensino da Unidade Temática ..................................................... 23
Lição 4: Metodologia da introdução e questionamento da aula de Ciências Naturais ....................... 26
Lição 5: Metodologia para a realização de experiências e observações ................................................ 30
Lição 6: Plano de uso do quadro e Avaliação .............................................................................................. 33
Lição 7: Planificação de pontos de uma aula de Ciências Naturais ........................................................ 36
Lição 8: Planificação de aula-Fluxo de aula ................................................................................................. 39
Lição 9: Planificação da aula ........................................................................................................................... 42
Lição 10: Papel das experiências e observações nas aulas de Ciências Naturais .................................. 46
Lição 11: Experiências e observações seguras nas aulas de Ciências Naturais..................................... 50
Lição 12: Experiências que utilizam materiais locais ................................................................................ 53
Lição 13: Variáveis de controlo em experiência .......................................................................................... 58
Lição 14: Como conduzir o estudo da aula ................................................................................................. 60
Lição 15: Como melhorar a aula .................................................................................................................... 63
Práticas Laboratoriais
I. Seres Vivos à Nossa Volta ............................................................................................................................. 67
II. Luz e Som ..................................................................................................................................................... 75
III. Estrutura e Função dos Órgãos do Corpo Humano e Nutrição ....................................................... 87
IV. Electricidade ................................................................................................................................................ 98
V. Energia e Movimento ................................................................................................................................109
VII. Matéria e Mudança de Estados Físicos ...............................................................................................113
VIII. Água .........................................................................................................................................................129
IX. Solo e Agricultura .....................................................................................................................................135
Didáctica das Ciências Naturais
I. Seres Vivos à Nossa Volta ...........................................................................................................................141
II. Luz e Som ....................................................................................................................................................155
III. Estrutura e Função dos Órgãos do Corpo Humano e Nutrição .....................................................165
IV. Electricidade ..............................................................................................................................................178V. Energia e Movimento ................................................................................................................................189
VI. Caça e Pesca ...............................................................................................................................................201
VII. Matéria e Mudança de Estados Físicos ...............................................................................................211
VIII. Água .........................................................................................................................................................223
IX. Solo e Agricultura .....................................................................................................................................239
6 7
X. Crescimento, Sexo, Sexualidade e Higiene ...........................................................................................252
Modelo de planos de aulas
I. Seres Vivos à Nossa Volta ...........................................................................................................................269
II. Luz e Som ....................................................................................................................................................272
III. Estrutura e Função dos Órgãos do Corpo Humano e Nutrição .....................................................275
IV. Electricidade ..............................................................................................................................................278
V. Energia e Movimento ................................................................................................................................281
VI. Caça e Pesca ...............................................................................................................................................285
VII. Matéria e Mudança de Estados Físicos ...............................................................................................289
VIII. Água .........................................................................................................................................................292
IX. Solo e Agricultura .....................................................................................................................................296
X. Crescimento, Sexo, Sexualidade e Higiene ...........................................................................................300
Referências bibliográficas..................................................................................................303
 
6 7
Introdução
Para que uma sociedade esteja educada cientificamente precisa de uma formação de qualidade. Esta 
formação só pode ser transmitida por um professor que esteja preparado pedagogicamente para o 
efeito. Portanto, é importante que o professor esteja seguro da prática docente para orientar e pre-
parar o aluno, colaborando com ele na construção do conhecimento, encarando as dificuldades do 
quotidiano, tornando a aprendizagem do aluno significativa e permitindo que o mesmo melhore as 
suas condições de vida no meio onde vive.
Para que tal aconteça, é preciso munir o professor de trabalho pedagógico com conteúdos e activida-
des que tenham sentido na formação intelectual e cultural do aluno do Ensino Primário em especial, 
promovendo o questionamento e a participação activa deste, tendo sempre em conta os conheci-
mentos prévios do mesmo.
O professor deve ser capaz de diversificar a sua forma de ensinar, planificando suas aulas com base no 
programa de Ciências Naturais do Ensino Primário e utilizando metodologias activas e centradas no 
aluno, material didáctico, aulas práticas, visitas de estudo e instrumentos de avaliação.
Neste manual, o professor terá a oportunidade de trabalhar com o Programa de Ciências Naturais 
do Ensino Primário, no qual deverá analisar os conteúdos, definir as competências a desenvolver no 
aluno, delinear a natureza das tarefas a serem desenvolvidas na aula, bem como a sua funcionalidade 
e objectividade.
1. Competências a desenvolver com o manual
• Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário;
• Planifica e medeia o Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) de modo criativo, reflexivo e 
autónomo;
• Avalia necessidades, interesses e progresso do aluno, adaptando o PEA à sua individualidade e 
ao contexto;
• Desenvolve e utiliza estratégias e recursos didácticos estimulantes para situações concretas de 
aprendizagem;
• Promove o auto-desenvolvimento profissional e envolve-se num trabalho cooperativo, 
colaborativo e articulado;
• Age de acordo com os princípios éticos e deontológicos associados à profissão docente. 
2. Resultados de aprendizagem do manual
• Planificar e agir como mediador do PEA, evidenciando domínio dos programas de ensino e da 
matéria disciplinar do Ensino Primário; 
• Preparar e realizar experiências laboratoriais na sala de aula;
• Utilizar estratégias de desenvolvimento do gosto pela ciência;
• Avaliar o progresso do aluno, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho 
e de todos os intervenientes; 
• Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula;
• Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;
8 9
• Analisar manuais escolares do Ensino Primário e aulas assistidas, quanto à abordagem 
metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.
3. Onde usar o manual
O manual de Didáctica das Ciências Naturais é propriedade das instituições de formação de profes-
sores e é um instrumento fundamental para o desenvolvimento das aulas desta disciplina.
A instituição de formação é responsável por manter e gerir os manuais na biblioteca ou noutro local 
adequado, do qual o formando poderá requisitá-lo, a título de empréstimo, para fins de estudo e pes-
quisa. No fim da disciplina, o formando devolverá o manual à instituição de formação. 
O manual foi elaborado com base no Programa do Ensino Primário de 2015. Reorganizou-se tam-
bém os conteúdos do Programa de 2011, existindo conteúdos que não constam do programa actual 
mas que são necessários para o formando mediar a sua aula, como é o caso da refracção da luz no 
capítulo Luz e Som. Foi também baseado no Plano Curricular do Curso de Formação de Professores 
para o Ensino Primário de 2006, 2011 e Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do 
Ensino Primário e Educadores de Adultos de 2019.
O formador deverá ajustar as suas aulas aos conteúdos estabelecidos no currículo vigente, especifica-
mente, às evidências requeridas e às horas atribuídas. 
Os manuais estarão disponíveis, no website do MINEDH. Após tornar-se professor do Ensino Primá-
rio, o formando poderá usar os conteúdos do manual para a leccionação das aulas.
4. Estrutura do manual 
O presente manual de Didáctica das Ciências Naturais para a formação de professores do Ensino 
Primário, contempla conteúdos de Sugestões metodológicas, Práticas Laboratoriais, Didáctica das 
Ciências Naturais propriamente dita e de Planos de Aulas. 
Os conteúdos do manual abrangem quase todas as unidades temáticas prescritas nos programas das 
diferentes classes do Ensino Primário de 2015. 
A seguir, apresenta-se o objectivo ou a explicação de cada parte.
4.1 Sugestões metodológicas
O objectivo é de orientar para a realização de experiências, planificação, condução e análise de aulas 
pelo formando da instituição de formação. As sugestões metodológicas consistem em 15 lições.
4.2 Práticas Laboratoriais 
O objectivo é munir o formando de habilidades para realizar experiências ligadas ao Programa do 
Ensino Primário.
As Práticas Laboratoriais correspondem aos capítulos do manual das Ciências Naturais, excepto os 
capítulos VI-Caça e Pesca para o Desenvolvimento Sustentável e X-Crescimento, Sexo, Sexualidade 
e Higiene. As Práticas Laboratoriais, são compostas por 69 actividadesrealizáveis com materiais de 
baixo custo e de fácil acesso.
8 9
PRÁTICAS LABORATORIAIS - SERES VIVOS À NOSSA VOLTA
CAPÍTULO
 I
70 71
Classe: 4a Unidade do programa: 
Plantas
Capítulo do manual: 
Seres vivos à nossa volta
Tema: Funções das 
partes da planta-folhaA
Objectivo da experiência ou observação:
Descrever as funções da folha.
Página no manual: 24 
Metodologia: Observação 
Pergunta-chave: Para onde vai a água que a planta absorve?
Fundamentação 
As folhas transpiram diariamente, mas é difícil ver a transpiração. Com esta experiência, a trans-
piração será visualizada por meio de gotas de água no saco plástico transparente, assim o aluno 
facilmente entenderá o processo de transpiração das folhas.
Materiais
1 planta com muitas folhas no vaso, 2 sacos plásticos transparentes e 2 cordas finas (20cm). 
Nota: A planta não deve ter espinhos.
Procedimento
☑ Antes da aula
Prepare uma planta com copa cheia (com muitas folhas). 
☑ Durante a aula
1. Introduza um ramo com folhas no saco plástico transparente e amarre de modo a não permitir 
a entrada ou saída do ar;
2. No outro ramo, tire todas as folhas e introduza no saco plástico e amarre; 
3. Deixe o vaso em lugar ensolarado, no mínimo por 2 horas;
4. Observe o que acontece.
Ilustração da actividade
Resposta
 4.3 Didáctica das Ciências Naturais
O objectivo é munir o formando de conhecimentos e habilidades científicos que o permitam prepa-
rar aulas centradas no aluno.
A composição do capítulo em função das classes está de acordo com o Programa do Ensino Primário 
de 2015, apresentando-se a “UNIDADE TEMÁTICA” e os “OBJECTIVOS ESPECÍFICOS” do 2º 
e 3º Ciclos. Cada capítulo contém uma “Configuração das unidades”, pois, é importante confirmar o 
que o aluno aprendeu e o que aprenderá.
A configuração das unidades encontra-se na primeira página, na vertical, na qual está destacada a uni-
dade que será desenvolvida. Na segunda página, encontra-se o Plano de ensino da unidade descrito 
na horizontal, onde estão destacadas as aulas que serão desenvolvidas nos planos de aula nas páginas 
seguintes. 
 
Quando aparece a letra A 
significa que o objectivo 
da actividade consta do 
programa do Ensino Pri-
mário de 2015, enquanto 
B, não consta.
Apoia o formando na 
consecução dos objec-
tivos da aprendizagem 
através da investigação da 
sua resposta.
Refere-se ao programa 
do Ensino Primário de 
2015.
Refere-se ao capítulo do 
manual de Ciências Natu-
rais.
Refere-se à localização do 
conteúdo no manual de 
Ciências Naturais.
Ilustra os materiais e o pro-
cedimento da actividade. 
O formando apresenta os 
resultados da actividade, 
respondendo a pergunta-
-chave.
10 11
141
DIDÁCTICA - SERES VIVOS À NOSSA VOLTA
CAPÍTULO
I
140 141
I. Seres Vivos à Nossa Volta
Classe 4a
Número da Unidade no Programa do Ensino III
Unidade Temática Plantas
Configuração das unidades no Programa do Ensino Primário de 2015
4a Classe: SERES VIVOS E 
SERES NÃO VIVOS
1. Identificar seres vivos e seres 
não vivos;
2. Mencionar as características 
dos seres vivos e dos seres não 
vivos.
5a Classe: CADEIA 
ALIMENTAR
1. Reconhecer a 
interdependência 
entre os seres vivos; 
2. Construir uma ca-
deia alimentar sim-
ples.
6a Classe: PLANTAS
1. Identificar as princi-
pais plantas existentes 
na sua comunidade; 
2. Reconhecer a im-
portância da reprodu-
ção sexuada e da asse-
xuada nas plantas; 
3. Mencionar a impor-
tância das principais 
plantas da comunida-
de.
7a Classe: CICLO DE 
NUTRIENTES 
1. Classificar os mem-
bros de uma cadeia ali-
mentar (Produtores, 
consumidores e decom-
positores);
2. Representar uma teia 
alimentar;
3. Indicar os tipos de fer-
tilização dos solos;
4. Explicar as vantagens 
e desvantagens da aplica-
ção de adubos artificiais.
4a Classe: PLANTAS
1. Indicar as partes de uma 
planta;
2. Desenhar uma planta com-
pleta;
3. Descrever as funções das 
partes da planta;
4. Reconhecer a importância 
das plantas para os seres vivos.
4ª Classe: ANIMAIS
1. Distinguir as partes consti-
tuintes de um animal;
2. Descrever as principais fun-
ções das partes de um animal.
4ª Classe: ANIMAIS DA MI-
NHA COMUNIDADE
1. Distinguir os animais do-
mésticos dos selvagens;
2. Descrever os problemas cau-
sados pelos animais da comu-
nidade;
3. Mencionar as formas de 
aproveitamento racional dos 
animais da comunidade.
A unidade temática destacada 
na configuração das unidades 
é a que será desenvolvida nos 
planos de cada capítulo. 
Nome do capítulo no manual 
de Ciências Naturais. 
Referente ao Programa do En-
sino Primário de 2015. 
As aulas destacadas no plano de ensino da 
unidade são as que serão desenvolvidas nos 
planos de aula de cada capítulo. 
Actividades a serem desenvolvidas pelo 
formando para o alcance dos objectivos.
10 11
4.4 Modelo de planos de aulas
O objectivo é munir ao formando de conhecimentos e habilidades para planificar aulas centradas no 
aluno.
Cada capítulo tem um exemplo de plano de aula.
5. Uso do manual
O manual de Didáctica das Ciências Naturais deve ser usado nas disciplinas de Didáctica das Ciên-
cias Naturais I e II, no curso 12a +3 e nas disciplinas de Metodologia das Ciências Naturais I e II, no 
curso de 10a+1.
O Plano analítico será desenvolvido em cada instituição de formação, com o apoio da equipa de ela-
boradores dos materiais-PENCIFOP.
Caro formando! 
Já conhece o seu manual, aproveite-o desenvolvendo competências científicas para que possa leccio-
nar com segurança e precisão os conteúdos do ensino primário em Ciências Naturais.
Lembre-se que o manual é propriedade da instituição de formação, por isso, faça bom uso, tendo 
sempre o cuidado de conservá-lo para que os estudantes dos anos seguintes possam beneficiar do 
mesmo.
Os Autores
12 13
12 13
Sugestões metodológicas
14 15
Lição 1: Relação entre os conteúdos de aprendizagem em Ciências 
Naturais do Programa do Ensino Primário e Configuração das 
Unidades
Relação entre os conteúdos de aprendizagem e os 10 capítulos
No presente manual, os conteúdos das Ciências Naturais do Programa do Ensino Primário de 2015 
são categorizados em 10 capítulos, considerando as relações entre os conteúdos. Os 10 capítulos são 
os seguintes:
I. Seres Vivos à Nossa Volta
II. Luz e Som
III. Estrutura e Função dos Órgãos do Corpo Humano e Nutrição
IV. Electricidade
V. Energia e Movimento
VI. Caça e Pesca para o Desenvolvimento Sustentável
VII. Matéria e Mudança de Estados Físicos
VIII. Água
IX. Solo e Agricultura
X. Crescimento, Sexo, Sexualidade e Higiene
A relação entre os 10 capítulos e as unidades temáticas no Programa do Ensino Primário é indicada 
na Tabela 1: Relação entre os capítulos do manual e as Unidades Temáticas no Programa do Ensino 
Primário de 2015, como por exemplo: Seres Vivos à Nossa Volta, é composto por unidades rela-
cionadas com plantas e animais. Estrutura e Função dos Órgãos do Corpo Humano e Nutrição, é 
composto por unidades relacionadas com o corpo humano e nutrição. O capitulo relativo a Água, é 
composto por unidades relacionadas com a água, sua conservação e poluição. Crescimento, Sexo, Se-
xualidade e Higiene, é composto por unidades relacionadas com o desenvolvimento humano, saúde, 
higiene, sexo e sexualidade.
14 15
Tabela 1: Relação entre os capítulos do manual e as Unidades Temáticas no Programa do Ensino 
Primário de 2015
Capítulos do manual Unidades Temáticas no Programa do Ensino Primário de 2015
4a Classe 5a Classe 6a Classe 7a Classe
Seres Vivos à Nossa 
Volta
SERES VIVOS E SE-
RES NÃO VIVOS;
PLANTAS;
ANIMAIS;
ANIMAIS DA MI-
NHA COMUNIDA-
DE.
CADEIA ALI-
MENTAR
PLANTAS DA 
COMUNIDADE
CICLO DE NUTRIEN-
TES
Luz e Som LUZ SOM
Estrutura e Fun-
ção dos Órgãos do 
Corpo Humano e 
Nutrição
ALIMENTOS;
SENTIDOS E ÓR-
GÃOS DOS SENTI-
DOS;
CORPO HUMA-
NO.
ALIMENTAÇÃO 
E NUTRIÇÃO;
NUTRIÇÃO DA 
MULHER GRÁ-
VIDA;
C U I D A D O S 
COM OS ÓR-
GÃOS DOS 
SENTIDOS.
A L I M E N TA -
ÇÃO E NUTRI-
ÇÃO;
A P A R E L H O 
D I G E S T I V O 
DO HOMEM;
A P A R E L H ORESPIR ATÓ -
RIO DO HO-
MEM.
APARELHO CIRCULA-
TÓRIO DO HOMEM;
APARELHO URINÁRIO 
DO HOMEM;
APARELHO REPRODU-
TOR MASCULINO;
APARELHO REPRODU-
TOR FEMININO.
Electricidade ELECTRICIDA-
DE
RELÂMPAGO E TRO-
VOADA
Energia e Movimento ENERGIA
Caça e Pesca para o 
Desenvolvimento 
Sustentável
CAÇA;
PESCA.
CAÇA E PESCA CAÇA;
PESCA.
Matéria e Mudança 
dos Estados Físicos
C O N S E R V A -
ÇÃO DA ÁGUA
TEMPERATURA
Água ÁGUA C O N S E R V A -
ÇÃO DA ÁGUA
POLUIÇÃO 
DA ÁGUA
POLUIÇÃO DO AMBIEN-
TE
Solo e Agricultura SOLO SOLO
AGRICULTURA
SOLO SOLO
Crescimento, Sexo, 
Sexualidade e Hi-
giene
HIGIENE E AM-
BIENTE;
SAÚDE;
AUTO-DESCOBRI-
MENTO.
HIGIENE E AM-
BIENTE;
SAÚDE.
VACINAÇÃO;
AUTO-DESCO-
BRIMENTO;
SAÚDE RE-
PRODUTIVA.
SAÚDE;
AUTO-DESCOBRIMEN-
TO.
Como é que a configuração das unidades se relaciona com o capítulo?
A configuração das unidades no Programa do Ensino Primário é uma representação gráfica que su-
gere relações entre unidades das Ciências Naturais para o ensino primário. A Figura 1 ilustra um 
exemplo de configuração das unidades no Programa do Ensino Primário de 2015 para “Seres Vivos 
à Nossa Volta”. 
16 17
4a Classe: SERES VI-
VOS E SERES NÃO 
VIVOS
1. Identificar seres vivos 
e seres não vivos;
2. Mencionar as caracte-
rísticas dos seres vivos e 
dos seres não vivos.
5a Classe: CADEIA 
ALIMENTAR
1. Reconhecer a in-
terdependência entre 
os seres vivos; 
2. Construir uma 
cadeia alimentar sim-
ples.
6a Classe: PLANTAS
1. Identificar as princi-
pais plantas existentes 
na sua comunidade; 
2. Reconhecer a impor-
tância da reprodução se-
xuada, da assexuada nas 
plantas; 
3. Mencionar a impor-
tância das principais 
plantas da comunidade.
7a Classe: CICLO DE 
NUTRIENTES 
1. Classificar os mem-
bros de uma cadeia ali-
mentar (Produtores, 
consumidores e decom-
positores);
2. Representar uma teia 
alimentar;
3. Indicar os tipos de fer-
tilização dos solos;
4. Explicar as vantagens 
e desvantagens da aplica-
ção de adubos artificiais.
4a Classe: PLANTAS
1. Indicar as partes de 
uma planta;
2. Desenhar uma planta 
completa;
3. Descrever as funções 
das partes da planta;
4. Reconhecer a impor-
tância das plantas para os 
seres vivos.
4a Classe: ANIMAIS
1. Distinguir as partes 
constituintes de um ani-
mal;
2. Descrever as princi-
pais funções da partes de 
um animal.
4a Classe: ANIMAIS 
DA MINHA COMUNI-
DADE
1. Distinguir os animais 
domésticos dos selva-
gens;
2. Descrever os proble-
mas causados pelos ani-
mais da comunidade;
3. Mencionar as formas 
de aproveitamento racio-
nal dos animais da comu-
nidade.
Figura 1: Configuração das Unidades Temáticas no Programa do Ensino Primário de 2015 para “Se-
res Vivos à Nossa Volta”
16 17
A organização da Figura 1 permite-nos entender como a aprendizagem do aluno progride. Na confi-
guração das unidades, cada rectângulo representa uma unidade temática com descrição de objectivos 
específicos. Por exemplo, o rectângulo superior esquerdo indica a Unidade Temática “Seres Vivos e 
Seres Não Vivos” da 4ª classe. Existem dois objectivos específicos que o aluno deve ser capaz de al-
cançar no Programa das Ciências Naturais. As unidades são alinhadas da esquerda para a direita em 
ordem crescente das classes. Na 4ª classe, o aluno aprende as características dos seres vivos, nome e 
função das partes dos animais, nome e função das partes da planta, etc. Com base nesses conheci-
mentos, o aluno aprende a relação entre os seres vivos na 5ª classe. Na 6ª classe, o aluno aprende a 
reprodução das plantas.
18 19
Lição 2: Materiais necessários para planificar as aulas
A planificação de aulas das Ciências Naturais deve ser sistemática. Para fazer um plano da unidade e 
planos de aulas, utilizará o “Plano Curricular”, “Programas do Ensino Primário”, manuais de “Ciências 
Naturais”, “Didáctica das Ciências Naturais” e o livro do aluno.
Programas do Ensino Primário
Os Programas do Ensino Primário do 2º e 3º ciclos são os primeiros documentos que se devem ler 
e entender.
A parte inicial do Programa do Ensino Primário 2º ciclo é composta por: Introdução, Objectivos 
gerais, Metodologia geral, Ensino-aprendizagem orientado para a prática, Sugestões metodológicas, 
Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem e Competências do 2º ciclo. Em seguida, são apre-
sentadas as tabelas da Visão geral dos conteúdos do 2º ciclo da Disciplina de Ciências Naturais e 
Distribuição da Carga Horária.
No manual de Ciências Naturais abordou-se os Objectivos gerais e Metodologia geral. Na Meto-
dologia geral falou-se do Construtivismo, Método Científico e Trabalho em grupo. No manual de 
Didáctica das Ciências Naturais, dar-se-á continuidade ao Ensino-aprendizagem orientado para a 
prática e Sugestões Metodológicas. 
Ensino-aprendizagem orientado para a prática
A participação do aluno nas actividades é muito importante. O mérito desse método está no pro-
cesso e não no resultado, pois, há informações e conhecimentos que não podem ser adquiridos por 
meio de pesquisas pelo aluno na situação escolar. Há que realçar que a adopção de métodos e meios 
de ensino não deve ser tomada como universal, pois, cada professor, aluno e sala de aulas são únicos 
ou específicos.
Sugestões Metodológicas
O programa apresenta sugestões metodológicas para todas as unidades. Estas sugestões são apenas 
pontos de reflexão, estando o professor livre de segui-las ou elaborar outras, que julgar mais adequa-
das à realidade, da sua sala de aulas e escola, para o desenvolvimento das competências prescritas nos 
programas de ensino. A criatividade e iniciativa no exercício do processo de ensino e aprendizagem 
são características que se exigem de um bom professor. A Tabela 2 indica um exemplo de sugestões 
metodológicas. 
 
18 19
Tabela 2: Metodologias sugeridas para a 4a classe “Plantas” no Programa do Ensino Primário
Sugestões Metodológicas
A técnica de descoberta de pré-conhecimentos é um dos métodos mais aconselháveis para o tra-
tamento destes assuntos. A tarefa do professor é, essencialmente, de ajudar o aluno a sistematizar 
as informações e conhecimentos. O professor pode levar para a aula um quadro mural, organizar 
uma excursão a um jardim botânico ou outro local onde se pode observar vegetação diversifica-
da. Recomenda-se que o aluno registe as funções das diferentes partes de uma planta que são: 
absorção de água e sais minerais pela raiz, condução de água e sais minerais pelo caule, respiração 
e transpiração pelas folhas, formação do fruto e da semente pela flor, protecção da semente pelo 
fruto e reprodução pela semente.
Nesta unidade a turma deve organizar-se para discutir a necessidade do reflorestamento e conser-
vação das espécies de plantas. Em casa, o aluno pode preparar um viveiro e levar para a aula plantas 
para o estudo das partes que as constituem e as respectivas funções.
As actividades recomendadas nesta unidade temática são o desenho, a pintura, a modelagem e a legenda 
das plantas observadas. O professor pode orientar a colecção e conservação de plantas ou partes de 
plantas ( fazer um herbário).
Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem
O sistema de avaliação em Ciências Naturais estará direccionado para a verificação de aquisição de 
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores especificados nas competências parciais definidas nos 
programas de ensino. Os resultados obtidos a partir desta avaliação deverão também ser usados para 
outros fins importantes como:
• Informar ao aluno e pais ou encarregados de educação sobre os progressos alcançados no 
processo de aprendizagem;
• Informar ao professor sobre eventuais problemas de aprendizagem do aluno;
• Orientar o professor na recuperação do aluno com problemas de aprendizagem;
• Informar ao professor sobre o aluno que não está preparado para progredir para o ciclo seguinte.
Para alcançar estes objectivos, é preciso que:
• A avaliação seja contínua;
• A avaliação seja orientada para determinar em que medida as competências pré-determinadas 
têm sido alcançadas,de modo a assistir ao aluno na progressão nos níveis subsequentes de 
aprendizagem;
• O professor deve avaliar ao aluno, auto-avaliar-se e ajudar o aluno a auto-avaliar-se.
Para cada unidade temática, em cada fase, é necessário adequar o carácter da avaliação às necessida-
des de sua aplicação. Assim:
I. A avaliação inicial deve ser marcadamente diagnóstica (para perceber o que o aluno já sabe 
sobre um determinado assunto ou tema);
II. Na fase intermédia deverá predominar a avaliação formativa (para ajudar ao professor a moni-
torar e melhorar o processo de ensino);
III. No fim de cada unidade temática, pela necessidade de se representar quantitativamente o de-
sempenho do aluno, a avaliação sumativa assume papel preponderante.
20 21
As fases inicial, intermédia e final de avaliação são relativas a uma unidade temática.
Visão geral dos conteúdos do 2º ciclo do Programa do Ensino Primário e Distri-
buição da Carga Horária
“Visão geral dos conteúdos do 2º ciclo da Disciplina das Ciências Naturais” indica o conteúdo de 
cada unidade na 4a e 5a classes. “Distribuição da Carga Horária” indica a ordem de ensino e alocação 
de tempo de cada unidade. A Tabela 3 indica a combinação destes, a alocação de tempo anual para 
cada unidade em Ciências Naturais da 4a classe combinada com os conteúdos. Esta tabela é útil (Ta-
bela 3) para compreender o conteúdo de aprendizagem e o cronograma durante todo o ano.
Tabela 3: Atribuição de tempo anual para cada unidade temática em Ciências Naturais da 4ª classe 
combinada com conteúdos (com base nos Programas do Ensino Primário 2º Ciclo, 2015)
UNIDADE TEMÁTICA CONTEÚDOS SEMANAS CH
1 OBSERVAÇÃO • Observação de objectos em diferentes meios;
• Descrição de objectos no seu meio.
2 4
2 SERES VIVOS E SERES 
NÃO VIVOS
• Seres vivos (homem, animais e plantas);
• Seres não vivos (pedra, madeira, água, ar, etc.).
2 4
3 PLANTAS • Constituição de uma planta (raiz, caule, folhas, 
flores, frutos e sementes);
• Funções das partes da planta.
2,5 5
4 ANIMAIS • Constituição de um animal (cabeça, tronco e 
membros);
• Funções das diferentes partes de um animal.
2 4
5 ANIMAIS DA MINHA 
COMUNIDADE
• Animais domésticos e selvagens;
• Importância dos animais;
• Problemas causados pelos animais;
• Formas de protecção dos animais.
1,5 3
6 CAÇA • Introdução à caça;
• Os animais de caça;
• Instrumentos de caça;
• Importância da caça.
1,5 3
7 PESCA • Introdução à pesca;
• Os animais de pesca;
• Instrumentos de pesca;
• Importância da pesca.
1,5 3
8 ÁGUA • Fontes de água na comunidade (poços, fonta-
nários, rios e lagos);
• Formas de tratamento da água;
• Importância da água para o Homem e animais.
2 4
9 SOLO • Propriedades do solo (cor e permeabilidade);
• Factores de destruição do solo, erosão (chuva, 
vento, queimadas e cultivo);
• Cuidados a ter com o solo.
2 4
20 21
10 HIGIENE E AMBIENTE • Uso das latrinas e casas de banho;
• Cuidados a ter com o lixo;
• Doenças associadas ao lixo.
2,5 5
11 ALIMENTOS • Tipos de alimentos (origem animal e vegetal);
• Importância dos alimentos mais comuns na 
comunidade;
• Alimentação equilibrada.
2,5 5
12 SENTIDOS E ÓRGÃOS 
DOS SENTIDOS
• Órgãos dos sentidos: olhos, nariz, ouvidos, 
língua e pele;
• Sentidos: visão (vista), olfacto (cheiro), audi-
ção (ouvido), paladar (sabor ou gosto) e tacto 
(sensação);
• Importância dos sentidos e dos órgãos dos 
sentidos.
2,5 5
13 SAÚDE • Micróbios/microrganismos como causadores 
de doenças;
• Higiene dos alimentos e do ambiente.
2 4
14 CORPO HUMANO • Partes do corpo humano (cabeça, tronco e 
membros);
• Importância do esqueleto;
• Importância dos exercícios físicos;
• Importância do convívio, lazer e repouso;
• Higiene do corpo.
2,5 5
15 AUTO- DESCOBRIMEN-
TO
• Etapas do desenvolvimento do ser humano 
(infância, adolescência e fase adulta).
1,5 3
Unidade Temática
Os objectivos específicos, conteúdos e competências para cada unidade são descritos em forma de 
tabela. As Sugestões metodológicas também são acompanhadas de tabela. A Tabela 4 indica um 
exemplo de tabela para Unidade Temática “Plantas” na 4a classe. Existem 4 objectivos específicos, 2 
conteúdos e 1 competência. Estes devem ser utilizados para a planificação da unidade e planificação 
de aulas.
22 23
Tabela 4: Objectivos específicos, conteúdos e competências parciais da Unidade Temática “Plantas” 
na 4ª classe
UNIDADE 
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS 
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS 
O aluno: CH
PLANTAS
• Indicar as partes de uma 
planta;
• Desenhar uma planta com-
pleta;
• Descrever as funções das par-
tes da planta;
• Reconhecer a importância 
das plantas para os seres vi-
vos.
• Constituição 
de uma planta 
(raiz, caule, 
folhas, flores, 
frutos e se-
mentes);
• Funções das 
partes da 
planta.
Relaciona as partes de uma 
planta com as suas funções.
5 tempos
Outro Material
O manual de “Ciências Naturais” é muito útil para compreender o conteúdo de base das unidades. 
Para encontrar actividades para as aulas, pode-se utilizar os seguintes materiais: manuais de Ciências 
Naturais, Didáctica das Ciências Naturais, Livro do aluno de Ciências Naturais para o ensino primá-
rio, entre outros.
22 23
Lição 3: Planificação anual e Plano de ensino da Unidade Temática
Nesta lição, o procedimento para fazer o plano de ensino da unidade é explicado usando a Unidade 
Temática “Plantas” da 4ª classe.
Em primeiro lugar, deve-se considerar o cronograma anual de ensino. Pode-se consultar a visão geral 
dos conteúdos e a distribuição de tempo das unidades temáticas descritas no Programa do Ensino 
Primário de 2015. A Tabela 3, na lição 2, ilustra um exemplo de alocação anual de tempo combinado 
com o conteúdo da 4ª classe. Deve-se verificar o conteúdo e preparar materiais de ensino e aprendi-
zagem com antecedência, especialmente aqueles relacionados com Biologia. Na Unidade Temática 
“Plantas”, irá orientar uma aula que mostra a função da raiz e do caule da planta. Uma das plantas 
apropriadas para a experiência é o tomateiro. Deve-se fazer um canteiro dentro do recinto escolar 
para plantar algumas árvores ou semear e observar-se quando for necessário.
Em segundo lugar, irá elaborar o plano da unidade. Primeiro, deve-se considerar os conhecimentos 
prévios do aluno. Ao aprender as Ciências Naturais, o aluno obtém conhecimentos e habilidades pas-
so a passo. De acordo com o plano de aula, o aluno aprende a Unidade Temática “Plantas”. Deve-se 
confirmar que tipo de conhecimentos e habilidades o aluno possui.
Depois, deve-se considerar os objectivos, conteúdos e competências para a unidade. Pode-se consul-
tar as tabelas de unidades temáticas para confirmar os objectivos específicos, conteúdos e competên-
cias atribuídas nas unidades. A Tabela 4, na lição 2, ilustra um exemplo de tabela da unidade temática. 
Na unidade “Plantas” na 4ª classe, “o aluno poderá listar as partes de uma planta e suas funções no fi-
nal da unidade. Para alcançar esse objectivo, o aluno é exposto às actividades descritas nos objectivos 
específicos, indica as partes de uma planta, desenha uma planta completa, descreve as funções das 
partes da planta e reconhece a importância das plantas para os seres vivos. O aluno também aprende 
os conteúdos descritos, constituição de uma planta (raiz, caule, folha, flor, fruto e semente) e funções 
das partes das plantas. O número de aulas alocadas é de 5 tempos, portanto, deverá considerar o ob-
jectivo e o conteúdo de cada aula para cumprir com objectivos e conteúdos específicos.
A Tabela 5 ilustra um exemplo de plano de ensino da unidade. O plano de ensino da unidade inclui a 
ordem da aula, tema da aula, objectivos da aula, estratégias de ensino e perguntas-chave. A pergunta 
-chave será apresentada na aula e o aluno alcançará o objectivo respondendo-a. A resposta da pergun-
ta-chave deve estar directamente relacionada ao objectivo da aula.
A Tabela 6 indica a relação entre os objectivos específicos, conteúdosdo Programa do Ensino Pri-
mário e plano de ensino da unidade. Os dois objectivos específicos cobertos pela primeira aula são: 
“Indicar as partes de uma planta” e “Desenhar uma planta completa”. A primeira aula cobre um con-
teúdo, “Constituição de uma planta (raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes)”. O objectivo espe-
cífico, “Descrever as funções das partes da planta”, e o conteúdo, “Funções das partes da planta”, não 
podem ser abordados numa única aula, pois são necessárias diferentes experiências ou observações 
para compreendê-los. Portanto, para cobrir os conteúdos foram planificadas três aulas: a segunda 
aula aborda a “Função da raiz e do caule”, a terceira aula aborda “Função das folhas” e a quarta aula 
aborda “Função da flor”, semente e do fruto. A quinta aula abrange o objectivo específico, “Reconhe-
cer a importância das plantas para os seres vivos”.
24
Tabela 5: Exemplo de plano de ensino da unidade 
Plano de ensino da unidade "Plantas" 4a classe
Número total de horas lectivas alocadas à unidade: 5 horas
Ordem Tema da aula Objectivos da aula Estratégias de ensino Perguntas-chave
1a Constituição 
de uma planta 
completa
Desenhar uma planta com 
raízes, caule, folhas e flores;
Fazer a legenda das partes da 
planta.
Orientar o aluno a:
Levar uma planta completa (tomateiro), para a sala de aulas;
Desenhar uma planta completa;
Fazer a legenda da planta desenhada.
Como se chamam as princi-
pais partes da planta? 
2a Funções da 
raiz e do caule
Descrever as funções da raiz 
e do caule.
Orientar o aluno a realizar uma experiência ligada à função da 
raiz, introduzindo as raízes da planta na água com corante;
Solicitar o aluno para descrever a função de absorção e condução 
da água colorida pelas raízes e caule.
* O professor deve preparar a experiência no dia anterior ao da 
realização da experiência na sala de aulas.
Que funções desempenham 
a raiz e o caule na planta?
3a Funções da 
folha
Descrever as funções da fo-
lha.
Orientar o aluno a realizar uma experiência introduzindo as 
folhas da planta num saco plástico para confirmar a função de 
transpiração na folha;
Para onde vai a água que a 
planta absorve?
4a Funções da 
flor, do fruto e 
da semente 
Descrever as funções da flor, 
do fruto e da semente.
Questionar ao aluno sobre as funções da flor, do fruto e da se-
mente;
Questionar ao aluno sobre a importância da flor na reprodução 
sexuada da planta;
Orientar o aluno a abrir a semente (depois de mergulhada para 
facilitar a separação dos cotilédones e observação) e mostrar que 
o embrião da semente é uma planta no estado de vida latente.
Que funções desempenham 
a flor, a semente e o fruto na 
planta?
5a Importância 
das plantas 
Mencionar a importância das 
plantas para os seres vivos.
Orientar o aluno a usar plantas locais para explicar a importância 
das plantas para a saúde, economia, alimentação e ambiente.
Qual é o benefício que as plan-
tas têm para os seres vivos?
PB 25
Tabela 6: Relação entre os objectivos específicos, conteúdos e plano de ensino da unidade temática
Ordem Objectivos específi-
cos da Unidade Te-
mática
Conteúdos na 
Unidade Temática
Objectivos da aula Perguntas-chave
1a Indicar as partes de 
uma planta;
Desenhar uma planta 
completa.
Constituição da 
planta (raiz, caule, 
folhas, flores, fru-
tos e sementes)
Desenhar planta 
com raízes, caule, 
folhas e flores;
Fazer a legenda das 
partes da planta.
Como se chamam 
as principais par-
tes da planta? 
2a
Descrever as funções 
das partes da planta.
Funções das partes 
da planta
Descrever as fun-
ções da raiz e do 
caule.
Que funções de-
sempenham a raiz 
e o caule na plan-
ta?
3a Descrever as fun-
ções da folha.
Para onde vai a 
água que a planta 
absorve?
4a Descrever as fun-
ções da flor, semen-
te e do fruto.
Que funções de-
sempenham a flor, 
semente e o fruto 
na planta?
5a Reconhecer a im-
portância das plantas 
para os seres vivos.
Mencionar a im-
portância das plan-
tas para os seres 
vivos.
Qual é o benefí-
cio que as plantas 
têm para os seres 
vivos?
26 27
Lição 4: Metodologia da introdução e questionamento da aula de 
Ciências Naturais
APRENDIZAGEM DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NAS CIÊNCIAS NATURAIS
1. Identificar o tema de estudo da aula;
2. Fazer a previsão/dedução do que vai acontecer, durante a experiência; 
3. Pensar (conhecer) na forma da realização da experiência;
4. Realizar a experiência;
5. Apresentar o resultado da experiência;
6. Fazer a conclusão da experiência;
7. Fazer o resumo da aula.
Processo de resolução 
de problemas 
Processo de aquisição de 
conhecimento científico
DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Introdução da aula 
“Por que é assim?” “Eu gostaria de saber.”
A aprendizagem das Ciências Naturais começa por sentimentos como esses. Durante a in-
trodução, é necessário preparar os «materiais» e outras coisas "particulares" que au-
mentarão o desejo de aprender no aluno. É necessário que o aluno assuma a tarefa dada 
como sua e se interesse pela actividade de aprendizagem.
 Por exemplo, mostre ao aluno uma semente de formato estranho e pergunte-lhe: “Por 
que acha que tem esta forma?” Depois de lhe dar tempo para pensar sobre isso, diga: “Procu-
re outras sementes estranhas fora da escola”.
É importante motivar, no início da aula, o aluno a aprender. Na aula de Ciências Naturais, o professor 
deve fazer com que o aluno faça perguntas, apresentando alguns materiais interessantes ou introdu-
zindo algumas actividades interessantes relacionadas com o tema.
Pistas 
(1) Usar ilustrações ou fotos do livro do aluno de Ciências Naturais
O livro do aluno de Ciências Naturais do Ensino Primário tem várias ilustrações e fotos. Pode utilizá-
-las na introdução. É especialmente útil para objectos que não possam ser levados para a sala de aula 
facilmente; ex. “Animais” e “Animais da minha comunidade” da 4ª classe, entre outros.
(2) Mostrar objectos reais e orientar o aluno que os toque
O aluno fica muito interessado num tema quando observa e toca objectos reais. Na Unidade Temática 
“Plantas” da 4ª classe, o professor deve apresentar ao aluno uma amostra de planta com flores e orientá-lo 
a observar. Na Unidade Temática “Som” da 6ª classe, o professor deve preparar instrumentos musicais e 
orientar o aluno a tocar livremente e a produzir vários sons. O aluno achará que pode produzir um som 
26 27
forte ao tocar a timbila com força. Também pode achar que produzirá sons de tom alto no lado es-
querdo onde as cabeças de ressonância são as maiores. O aluno que toca timbila terá várias perguntas 
das quais quererá resposta.
(3) Utilizar experiências e pensamentos do aluno
O professor pode introduzir as aulas sem problemas se perguntar ao aluno a sua ideia sobre o con-
teúdo que aprenderá. Na Unidade Temática “Higiene e Ambiente” da 5ª classe, o aluno aprenderá 
sobre doenças comuns. A aula deve ser introduzida alistando as doenças comuns que ele conhece ou 
já teve.
Nota
• Quando o professor orienta o aluno a brincar com alguns materiais, é importante que estejam 
relacionados com o tema que deve aprender. O jogo como actividade não tem sentido se o 
aluno apenas brincar e não descobrir algo.
• É importante que o aluno faça perguntas por si, porque terá interesse em responder às suas 
perguntas. O professor deve facilitar a categorização e focalizar as opiniões do aluno.
Actividades de jogo que estimulam a consciência
“Vamos jogar colocando ar num saco plástico ou balão”. O que acontece com o balão?
• Fica esponjoso.
• O ar fica confinado no balão.
☑ Coloque o balão ao sol. O que acontece?
 O jogo permite a comprovação da dilatação dos gases.
Pontos de vista que estimulam a consciência
1- “Quando a época chuvosa vem, os brotos aparecem em muitas plantas. Em que condições apa-
recerão os brotos?”
ESCOLA
• Quando há solo.
• Quando é fornecida água à planta.
2- “O que é necessário para uma semente germinar?”
• Eu acho que a germinação (brotação) ocorre depois da 
sementeser aquecida pelo sol.
• As plantas brotam depois de respirar.
 ☑ Ligue o tópico às experiências do dia-a-dia do aluno.
Questionamento que aumenta o pensamento científico do aluno
O questionamento é um apoio eficaz no aumento da habilidade e da atitude de resolução de proble-
mas do aluno. O aluno também pode substituir suas ideias intuitivas por ideias científicas razoáveis 
durante a resposta às perguntas do professor. É importante considerar as competências que o alu-
no obtém respondendo a perguntas-chave. O professor deve escolher cuidadosamente as perguntas 
para mudar o pensamento e a habilidade do aluno durante a aula.
28 29
Pistas
(1) Perguntas para esclarecer os problemas a serem resolvidos
• “O que encontra quando observa algo?”
• “Porque pensa assim?”
Exemplo:
“É aceitável que as raízes desempenhem o papel de fixação da planta ao solo e o caule desempenhe 
o papel de apoio, porque sem raízes e caule muitas plantas não podem ficar na posição vertical. Mas 
será verdade que as “raízes absorvem” e o “caule conduz” a água e nutrientes?” 
(2) Perguntas para esclarecer como testar previsões (hipóteses) por experiência ou observação
• “Que tipo de observação e resultado experimental apoiará a sua hipótese?”
• “Qual é a condição variável? Qual é a condição de controle?”
Exemplo:
“Se as raízes absorvem água e nutrientes e o caule conduzi-los para outras partes, o que acha que 
acontecerá quando eu colocar uma planta com raízes e caule nessa água com corante vermelho?”
(3) Perguntas que incentivam a discussão para tirar uma conclusão a partir do resultado da experiência 
ou observação
• “A que conclusão chegou ao comparar a sua previsão com o resultado da experiência ou 
observação?”
Exemplo:
“Quais são os resultados da observação?” “A sua previsão sobre a função das raízes e caules está cor-
recta?” “O que conclui com os resultados?”
Nota
• O papel do questionamento é expandir e aprofundar o pensamento do aluno. É diferente das 
instruções onde apenas se orienta que o aluno faça alguma coisa. O professor deve distingui-los 
e usá-los correctamente.
• É importante planificar as perguntas que o professor faz. O número de perguntas deve ser 
mínimo.
28 29
 Processo de resolução de problemas
 
Encontrar um fenómeno natural 
 
 
Ter dúvidas
 
Fazer previsão e criar planos de 
experiência ou observação
Conduzir a experiência ou ob-
servação
Obter resultados
Comparar, verificar e analisar 
previsões e resultados da expe-
riência
 
Ter um novo problema
Exemplos de perguntas para resolução de problemas na sala de aulas
Exemplos de perguntas para esclarecer 
o problema:
 “Olhe para o X e conte-nos o que per-
cebe.” 
“Diga-nos porque pensou assim.” 
“Descreva a aparência do local onde 
descobriu o rebento.” 
“Preveja algumas condições relaciona-
das com a germinação.”
Exemplo de perguntas para esclarecer 
o método usado para resolver o pro-
blema: 
“É possível confirmar se o que acha que 
vai acontecer realmente acontecerá?” 
“Para investigar e confirmar as condi-
ções necessárias para a germinação, 
que preparações e experiências são ne-
cessárias?”
“Que condições mudarão? Que condi-
ções não mudarão?”
Faça perguntas de acordo com as habi-
lidades de cada nível que deseja.
Exemplo de perguntas para apoiar a 
discussão de conclusões extraídas dos 
resultados experimentais: 
"Comparando os resultados da previ-
são e da experiência, podemos dizer 
algo de forma conclusiva?"
"Comparando os resultados da previ-
são e da experiência, que condições po-
demos dizer que são necessárias para 
que as sementes germinem?"
30 31
Lição 5: Metodologia para a realização de experiências e 
observações nas aulas de Ciências Naturais 
Experiências
Uma experiência deve ser uma actividade que garante a resolução de problemas para o aluno. 
É importante que cada aluno tenha um sentido de propósito e envolva-se em actividades que 
aprofundem os seus pensamentos. Fornecer suporte para experiências que permitam ao aluno 
fazer previsões (hipóteses), informar-se sobre a Natureza e fazer descobertas. 
Para melhorar a capacidade do aluno de realizar experiências, assegure-se que haja tempo de 
actividade suficiente de acordo com a finalidade e conteúdo das experiências, e realize de forma 
sistemática as experiências de acordo com as habilidades do aluno e as condições das instala-
ções e equipamentos. Além disso, deve-se dar atenção às normas de higiene e segurança.
Pontos-chave de realização de experiências
(1) Antes da experiência
• Definir os objectivos da experiência e os respectivos procedimentos;
• Fazer previsões utilizando os pensamentos e ideias do aluno. Orientar o aluno que se concentre 
no problema, discuta e preveja os tipos de resultados que podem ser obtidos;
• Esclarecer estes dois itens: o conteúdo a ser Resolvido, “O que investigar?”, e o método de 
resolução, “Que método usar para investigar?”
(2) Durante a experiência
• Certifique-se de que há tempo suficiente para fazer a experiência e confirmar os padrões 
descobertos. Deixe a aula evoluir sem ser apressada.
• Às vezes, o aluno pode ser influenciado por uma previsão tornando-se negligente nas suas 
observações ou não organizar adequadamente os dados obtidos a partir de medidas. É 
importante ter uma atitude de prontidão para registar com precisão o que foi observado.
 
(3) Após a experiência
• Quando emergem dados de medição muito diferentes ou quando os resultados das medidas são 
muito diferentes dos obtidos por outro grupo, oriente o aluno que reflicta sobre a possível causa.
• Ao fazer com que o aluno pense em como ligar os resultados observados ou descobertos durante 
a experiência, ele realiza uma análise mais profunda.
Sugestões de experiência
Quando a previsão e o resultado diferem, considera como uma “experiência errada”?
Mesmo que a realização da experiência pareça ter sido um fracasso, pode fazer com que o aluno des-
cubra o problema, reduzindo o foco e fazendo perguntas. É importante abordar o problema que foi 
descoberto a partir do “fracasso” e torná-lo um problema de todos.
30 31
Observação
Neste contexto, a “observação” não é simplesmente o acto de assistir algo, mas é uma actividade 
usada para resolver um problema de classe, usando os vários sentidos do aluno. É uma actividade 
usada para descobrir princípios científicos da Natureza comparando e relacionando coisas que 
foram encontradas. Por esse motivo, esse tipo de observação não é realizado de forma distraída, 
deve ser deliberado e ter um objectivo. Em suma, é importante observar com uma perspectiva.
 
Pontos-chave de observação
(1) Antes da observação
• Instruir o aluno que observe os detalhes, usando os seus cinco sentidos. 
No quadro, prenda cartazes de olho, ouvido, nariz e mão, por exemplo, para consciencializá-lo 
constantemente.
• Discutir o objectivo e a perspectiva da observação e esclarecer o que será observado. Pode ser 
útil confirmar o que deve ser observado ao discutir as previsões.
• Fornecer orientação firme sobre como fazer registos das fichas de observação, como usar 
equipamento de observação e pontos a serem lembrados ao observar.
 
(2) Durante a observação
• Monitorar o estado de observação do aluno e elogiar o que está a observar correctamente. Isso 
pode melhorar suas técnicas de observação geral e aumentar o seu entusiasmo.
• Fornecer orientação individual ao aluno que não tem experiência no uso de materiais e escrever 
cartões de observação.
 
(3) Depois da observação
• Discutir coisas que o aluno descobriu ou notou. Além disso, discutir questões ou coisas que o 
surpreenderam e o que ele pensa que vai acontecer no futuro (previsão). Conecte isso com a 
observação seguinte.
• Resumir os resultados que foram obtidos através da observação. Também é importante exibir os 
resultados, em tabelas ou gráficos.• No final da aula, pode ser uma boa ideia mandar organizar as fichas de observação e resumir seus 
resultados de observação para uso numa apresentação ou outra actividade de expressão.
Sugestões de observações
• As fichas de observação não precisam ser lindamente escritas. É importante para o aluno tratar 
o que vê como um facto e registar o que vê e sente de forma bruta.
• Respeite a sensação de admiração e amor do aluno pela Natureza e nutra uma atitude atenciosa 
em relação à Natureza.
32 33
Exemplo de ficha de observação
1- Crescimento de tomateiro
Data: ( )
Nome: ( )
2- Duas folhas de cerca de 1cm.
☑ Ficha de observação (Tomateiro 4a classe)
1- Escreva seu nome, data e o que investigou.
2- Indique o tamanho e a quantidade em valores 
numéricos.
3- Olhe atentamente o que observou, e tire cuida-
dosamente uma imagem ampla.
Não desenhe objectos desnecessários como vasos 
de flores.
4- Ao escrever concentre-se em coisas que muda-
ram da época anterior. Por exemplo: faça a previ-
são sobre o que provavelmente ocorrerá no futuro, 
e o que pensou que era fascinante ou estranho.
4- Depois que cresceu um pouco de altura, 
apareceram novas folhas. Acho que o nú-
mero de folhas aumentará a medida que a 
planta crescer. 
3
32 33
Lição 6: Plano de uso do quadro e Avaliação
Escrita que facilita a compreensão do aluno no quadro
Nas aulas de Ciências Naturais, o aluno realiza as seguintes actividades com base na escrita no qua-
dro: formular perguntas, fazer previsões, planificar experiência ou observação e analisar dados reco-
lhidos. 
Escrever no quadro é uma ferramenta visual importante que ajuda ao aluno a obter habilidades de 
resolução de problemas, alinhando o seu processo de raciocínio e compartilhando suas ideias.
Pistas
(1) Uso do quadro quando o aluno formula perguntas
• Pergunta-chave baseada nas ideias do aluno;
• Ideias do aluno para a pergunta-chave.
(2) Uso do quadro quando o aluno faz previsões
• Previsões do aluno que testam suas ideias sobre as perguntas-chave por experiência ou 
observação.
(3) Uso do quadro quando o aluno planifica a experiência ou a observação
• Planificar o método de experiência ou observação para testar a previsão do aluno;
• Resultado da experiência ou observação que ocorrerá se a previsão estiver correcta.
(4) Uso do quadro quando o aluno examina o resultado e responde à pergunta-chave
• Resultado da experiência ou observação;
• Conclusão alcançada por comparação entre a previsão e o resultado da experiência ou 
observação;
• O que podemos entender e o que não podemos entender com a experiência ou observação.
Nota
• É importante fazer um plano de uso do quadro antes da aula.
• Aplique o mesmo formato do uso do quadro todas as vezes porque o aluno se acostuma ao 
procedimento de pensamento científico.
Avaliação para melhorar as aulas
A avaliação tem em vista conhecer o nível de assimilação da matéria e o modo de actuação do profes-
sor podendo ser diagnóstica, sumativa e formativa. 
A avaliação formativa a ser utilizada imediatamente para ajustar a estratégia de ensino é uma forma 
básica de avaliação. O aluno passa a não gostar de Ciências Naturais se a avaliação for apenas para 
distinguir entre o aluno rápido e lento na aprendizagem. Para apoiar ao aluno, é importante que uma 
avaliação adequada, identifique positivamente o que o aluno pensa sobre os fenómenos naturais e o 
que ele quer fazer. O professor deve fazer um plano de avaliação que indique o tempo, o método e os 
critérios ao elaborar o plano de ensino da unidade.
34 35
Pistas
(1) Avaliação e apoio quando o aluno formula perguntas
• O professor avaliará se a experiência e o pensamento do aluno são suficientes para formular 
perguntas. O professor orienta o aluno a compartilhar suas experiências e a pensar sobre os 
fenómenos naturais. O professor pode realizar algumas actividades para familiarizar o aluno 
com fenómenos naturais.
(2) Avaliação e apoio quando o aluno faz previsões e planifica a experiência ou observação
• O professor avaliará como o aluno relaciona as suas experiências ou observações com as 
previsões. O professor orienta que o aluno faça previsões com base nas suas experiências do 
quotidiano. Se achar que a relação é fraca, pode orientá-lo a utilizar as suas experiências para 
fazer previsões e justificar.
(3) Avaliação e apoio quando o aluno realiza experiência ou observação
• O professor avaliará se o aluno está a realizar a experiência ou observação com intenção própria. O 
professor avaliará também se ele está a conduzir a experiência ou observação colaborativamente. 
Se achar que ele precisa de apoio, pode sugerir-lhe os pontos a observar. Exemplos de perguntas 
para melhorar a colaboração do aluno são: “Quem está fazer a experiência em colaboração com 
outros colegas?”, “Quem está a realizar bem a experiência?”
(4) Avaliação e apoio quando o aluno examina o resultado e responde à pergunta-chave
• O professor avaliará se o aluno pode comparar a previsão e o resultado da experiência ou 
observação para responder à pergunta-chave. Se achar que ele precisa de apoio, pode sugerir que 
faça um resumo numa tabela e/ou desenho que seja fácil de comparar. Pode, também, orientar 
que ele compare os resultados dos grupos. Pode orientar que ele confirme se as descobertas dos 
resultados serviram como resposta à pergunta-chave.
Nota
A finalidade da avaliação não é encontrar respostas correctas ou erradas. Primeiro, o professor deve 
entender como o aluno pensa através das respostas erradas. Em seguida, deve utilizar esses equívocos 
como chave para encontrar a verdade.
34 35
Tabela 7: Vinculando a avaliação à orientação
Avaliação Orientação
A entender o problema Por vezes o aluno 
não sabe conectar 
uma lâmpada a uma 
pilha ou bateria.
Isso é devido à ine-
xperiência. Deixe-o 
tentar encontrar o 
problema por conta 
própria.
Vamos acender a 
lâmpada usando pi-
lhas
“Divirta-se tentando 
conectar de maneiras 
diferentes.”
Ao fazer previsões ou 
planear experiências 
ou observações
O aluno não conse-
gue prever como um 
objecto pesado pode 
ser levantado com 
pouca força.
O aluno pode obter 
uma pista para as 
previsões da sua ex-
periência, de levan-
tar algo pesado com 
apenas um pouco 
de força (brincando 
numa gangora).
Balanças e alavancas
“Lembre-se como se 
brinca numa gangora.”
Ao planear experiên-
cias ou observações
O aluno pode não 
se concentrar duran-
te uma experiência 
sobre dissolução de 
substâncias.
Os pontos-chave são 
a uniformidade no 
aspecto da solução 
após a junção das 
partes envolvidas. 
Incentive-o a usar 
plenamente os sen-
tidos de modo que 
ele perceba como um 
material se dissolve 
no outro.
Propriedade de dis-
solução
“Porque é que o sal 
desaparece e o óleo 
não quando mistura-
dos com água?”
Ao analisar Usando fichas de ob-
servação é difícil sa-
ber como cresce uma 
planta.
O aluno pensa como 
mostrar o crescimen-
to do caule e se o es-
tado de mudança é 
fácil de entender. 
Crescimento da plan-
ta
“Tente representar a 
relação entre a quanti-
dade de água e o com-
primento do caule.”
36 37
Lição 7: Planificação de pontos de uma aula de Ciências Naturais
Ensinar Ciências Naturais é munir o aluno de mecanismos que o permitam desenvolver activamente 
as diferentes áreas da sua personalidade na interacção com a Natureza. A principal ferramenta para 
este desenvolvimento da personalidade é o método científico. A correcta assimilação de conceitos, 
factos e fenómenos tem de ser resultado de um processo de investigação da Natureza que o aluno 
deve realizar activamente. 
No processo de investigação científica, que envolve diferentes actividades, o aluno adquire conhe-
cimentos, informação e valores, desenvolve habilidades motoras de análise, tomada de decisão, ex-
periência, medição, observação e descrição, categorização e sistematização de auto-aprendizagem, 
entre outras.
Os principais passos para a resolução de problemas do métodocientífico nas aulas de Ciências Na-
turais são os seguintes:
Passo 1 - Observação de algo interessante no ambiente circundante e formulação da pergunta a partir 
da observação;
Passo 2 - Formulação de uma previsão (hipótese) para responder à pergunta-chave (previsões dadas 
pelos alunos);
Passo 3 - Planificação de uma experiência ou observação para testar a hipótese;
Passo 4 - Realização da experiência ou observação e recolha de dados;
Passo 5 - Processamento de dados recolhidos;
Passo 6 - Análise de dados e testagem da hipótese;
Passo 7 - Formulação de uma conclusão e sua aplicação ao ambiente circunvizinho ou relacionamen-
to com o quotidiano.
Pontos importantes na planificação de aulas de Ciências Naturais
O professor deve planificar as aulas de Ciências Naturais considerando os seguintes pontos:
1. O professor deve esclarecer o que quer que o aluno aprenda na aula de uma hora.
É importante tornar claro o que será aprendido na aula de uma hora, de acordo com o 
planificado para a unidade. O conteúdo deve estar de acordo com o quotidiano do aluno.
(1) Tornar claro “Pergunta-chave (objectivo)” e “Resultado (o que foi entendido)” durante uma 
hora de aula.
(2) Imaginar o fluxo das aulas no decorrer de uma unidade.
(3) Esclarecer o que quer que o aluno aprenda através da unidade.
2. Tornar claros os meios para resolver a pergunta-chave.
Após identificar a pergunta-chave (objectivo), identificar um meio simples para resolvê-la. 
O meio deve ser identificado, pensando como o aluno pensaria.
(1) Pensar num meio simples e fácil de identificar o resultado para solucionar a pergunta-chave 
levantada numa hora de aula.
(2) Identificar um meio melhor para solucionar a pergunta-chave no decorrer das aulas de uma 
unidade.
36 37
3. Escolher o melhor material educativo e pensar como usá-lo.
O sucesso depende da escolha do material educativo e como este será aproveitado na aula. 
Não seria exagero dizer que a escolha do material educativo determina o grau do sucesso 
de uma aula.
(1) Deve ser algo familiar.
• Deve ser algo comum e conhecido pelo aluno. Por exemplo, na função da raiz e do caule pode-se 
usar a planta do milho ou tomateiro que são comuns.
• Fácil de adquirir. Por exemplo, Tipo de solo → Areia e argila, garrafa plástica → recipientes. 
• Pode ser adquirido em grande quantidade. (É possível arranjar pelo menos um por grupo.)
(2) Deve ser algo simples e que possa aprofundar o pensamento do aluno sem dificuldade.
• Deve ser um material educativo ideal para aprofundar o pensamento científico do aluno.
• Deve ser algo que ajude o aluno a descobrir por conta própria uma lei ou regra.
• Deve ser algo que facilite a aquisição de conhecimentos e conceitos pelo aluno.
(3) Deve ser um material educativo que possa ser utilizado no decorrer da unidade.
• Deve ser um material educativo que englobe o conteúdo a ser aprendido na unidade.
4. Reflectir sobre o levantamento de perguntas-chave do professor.
Qual seria a pergunta-chave ideal que estimula a capacidade de pensar do aluno? (Para 
evitar simples respostas às questões.)
(1) Levantar questões claras que possam extrair o fluxo de pensamento do aluno.
(2) A descrição deve ser curta.
 Não parafraseie a explicação inúmeras vezes.
Ao planificar, pergunte-se: “Será que a explicação é longa? Não estou repetindo as mesmas palavras 
várias vezes?”
(3) O volume da voz do professor é adequado? A pergunta-chave foi bem seleccionada?
5. Prever o fluxo de pensamento do aluno e disponibilizar um espaço para uma actividade 
proactiva.
Como é que o aluno pensa e tenta resolver as questões? Existe um espaço em que a partir 
de actividades se possa resolver a pergunta-chave? Dar oportunidade a todos os alunos 
para expressarem a sua opinião e escrever no quadro. 
(1) Prever e montar a aula de acordo com o fluxo de pensamento do aluno.
(2) Reflectir sobre uma actividade em grupo, proveitosa.
(3) Disponibilizar mais espaço para que o aluno expresse as suas opiniões e desenvolva activi-
dades.
(4) Dar ao aluno mais oportunidades de escrever no quadro.
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6. Ponderar sobre o uso do quadro e dar orientações sobre como fazer anotações.
Escrever no quadro de maneira que fique claro o fluxo da aula. Ponderar sobre o uso do 
quadro e dar orientações sobre como fazer anotações no caderno.
(1) Deixar um terço do espaço do quadro, de preferência, a parte inferior, para o aluno ter o 
prazer de escrever no quadro.
(2) Ponderar sobre a melhor forma de dar orientações de como fazer anotações.
7. Aprimorar o modo de apresentação do aluno.
Pensar num modo de apresentação que facilita o entendimento de todos.
(1) Explicar usando um objecto real ou uma figura.
(2) Adquirir um padrão de apresentação que ajude a explicar de maneira fácil.
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Lição 8: Planificação de aula-Fluxo de aula
Os seguintes pontos são importantes na planificação de aulas de Ciências Naturais:
• Explicar o conteúdo que o aluno aprenderá em cada aula. É importante que a conclusão da aula 
seja a resposta da pergunta-chave (objectivo);
• Seleccionar uma actividade para resolver uma questão principal da aula;
• Escolher um bom material de aprendizagem e examiná-lo;
• Planificar as perguntas que o professor irá fazer ao aluno;
• Preparar as actividades para o aluno;
• Ter em conta a apresentação das ideias do aluno e suas descobertas;
• Fazer o plano de uso do quadro.
 Verifique os pontos no seguinte exemplo de fluxo da aula de Ciências Naturais.
Exemplo de fluxo de aula de Ciências Naturais
1. Unidade Temática “Plantas”
• Constituição de uma planta completa. 
2. Objectivo da aula
• Desenhar uma planta com raízes, caule, folhas e flores;
• Fazer a legenda das partes da planta.
3. Fluxo principal e pontos de atenção
Etapa de introdução
O professor apresenta um material educativo que cative o interesse e curiosidade do aluno.
Mostrar uma planta bem conhecida.
 Professor “Conhece esta planta (Deve ser uma planta completa)?”
Aluno “Eu vejo-a no caminho para a escola.”
“Eu vejo-a perto de casa.”
“Eu vejo-a em vários lugares.”
“Todos a chamam de ( ).”
Professor “Isso mesmo. Esta planta tem o nome de( ).”
Etapa para compreender o objectivo
O aluno compreende a“ pergunta-chave 
(objectivo).” Como se chamam as principais partes da planta?
O professor apresenta um bom material educativo e fácil de compreender.
40 41
Começar o diálogo com o material educativo.
Professor “Hoje, vamos estudar a estrutura desta planta ( ).”
Escrever a pergunta-chave (objectivo) no quadro.
“Eu preparei as plantas ( ) uma por grupo para que todos possam 
observar bem. Os representantes de cada grupo, venham buscar as plantas.”
(Aqueles que se sentam ao redor da mesma mesa formem um grupo).
Aluno Os representantes pegam na planta do grupo.
Todos a observam com interesse.
Etapa de observação
O professor permite com que o aluno observe a planta verdadeira.
Professor Orienta que o aluno faça um esboço da planta no caderno.
Faz esboço da planta no quadro. 
“Quais são as partes da planta que identificou?”
Aluno “A planta tem raízes, caule, folhas e flores.”
Professor “Que parte corresponde a raiz?”
Aluno Apontando, “é esta.”
Professor “Que parte corresponde ao caule?”
Aluno “É a parte que aparece logo depois da raiz.”
“É a parte que está antes de começarem as folhas.”
Professor “Onde se encontram as folhas?”
Aluno “As folhas estão nos ramos.” 
Professor “Onde se encontram as flores?”
Aluno “Estão no topo dos ramos.”
Verificar as raízes, caule, folhas e flores usando os órgãos dos sentidos.
Etapa para verificar e fixar o facto observado
Tentar fixar o conhecimento por palavras. Prazer em construir um novo conhecimento.
Professor Indica um aluno para escrever os nomes das partes da planta desenhada no 
quadro.
Aluno Escreve raiz, caule, folha e flor no caderno.
Professor “Eu trouxe outras plantas além da ( ). Vamos identificar a raiz,caule, 
folha e flor.”
“Cada grupo escolhe uma planta e verifica em conjunto a raiz, o caule, a folha 
e a flor .”
40 41
Etapa para generalizar o facto aprendido Prazer em aproveitar o conhecimento.
Aluno Verifica em grupo, que parte corresponde a raiz, o caule, a folha e a flor.
Professor “Agora cada grupo terá de explicar onde é a raiz, o caule, a folha e a flor da 
planta a sua frente.”
Aluno Explica sobre a sua planta, apontando a raiz, o caule, a folha e a flor.
O facto aprendido se aplica em todas as outras 
plantas (Generalização).
Prazer de descobrir um conheci-
mento por conta própria.
Etapa para resumir o facto aprendido Prazer de resumir e concluir por conta própria.
Professor “O que entendeu da aula de hoje?”
Aluno “Todas as plantas completas são compostas por raiz, caule, folhas e flor.”
Professor “Isso mesmo. Então, venham aqui a frente e escrevam isso no quadro.”
Aluno Escreve no quadro.
Faz a legenda da planta que desenhou no caderno e copia o resumo.
Etapa para aproveitar o facto aprendido Prazer de ensinar os outros.
Professor “Ao voltar para casa, ensine o que aprendeu aos membros da sua família. E, ama-
nhã, traga uma planta da sua casa e mostre ao professor a raiz, o caule, a folha e 
a flor .”
42 43
Lição 9: Planificação da aula
Os principais passos para a resolução de problemas do método científico nas aulas de Ciências Natu-
rais são os seguintes, como aprendeu na lição 7:
Passo 1 - Observação de algo interessante no ambiente circundante e formulação da pergunta chave 
a partir da observação;
Passo 2 - Formulação de uma previsão (hipótese) para responder à pergunta-chave (previsões dadas 
 pelo aluno);
Passo 3 - Planificação de uma experiência ou observação para testar a hipótese;
Passo 4 - Realização da experiência ou observação e recolha de dados;
Passo 5 - Processamento de dados recolhidos;
Passo 6 - Análise de dados e testagem da hipótese;
Passo 7 - Formulação de uma conclusão e sua aplicação ao ambiente circunvizinho ou quotidiano.
Estes passos são encontrados em exemplos de planos de aula deste manual. Portanto, serão expli-
cados usando o exemplo de um plano de aula sobre a “Planta”. O tema da aula é a confirmação das 
“Funções da raiz e do caule” através da observação e o objectivo da aula é “Descrever as funções da 
raiz e do caule.” A aula é composta por quatro partes: introdução e motivação, mediação e assimila-
ção, domínio e consolidação e, controle a avaliação.
Introdução e motivação (5 minutos)
Na aula anterior, o aluno observou e desenhou plantas com raiz, caule, folhas e flores. O professor 
utiliza esta observação do aluno como Passo 1 “algo interessante no ambiente circundante” como 
está descrito a seguir no plano de aula.
Professor desenha a planta no quadro novamente.
P: Que figura é esta?
A: É o tomateiro.
P: São capazes de indicar as principais partes desta planta?
A: Sim.
Vários alunos vão para o quadro e escrevem as respostas, um de 
cada vez.
O professor usa o método de pergunta e resposta para confirmar o conhecimento anterior, conforme 
o descrito no plano de aula. Em seguida, o professor concentra a atenção do aluno no tema do dia, 
raiz e caule.
Pergunta-chave baseada nas ideias do aluno
O objectivo da aula de hoje é descrever a função da raiz e do caule. Para atingir este objectivo, temos 
a seguinte pergunta-chave “Que funções desempenham a raiz e o caule nas plantas?” A resposta desta 
pergunta-chave está directamente relacionada com o objectivo. Cada aluno, individualmente, tem 
ideias para responder às perguntas-chave como previsão. As ideias do aluno são partilhadas. É muito 
importante pedir uma justificação para as suas ideias, pois isso serve como uma boa oportunidade 
para ensiná-lo a pensar cientificamente.
42 43
Mediação e assimilação (30 minutos)
Previsão
A: As raízes fixam a planta ao solo. 
A: As raízes absorver água do solo, por isso, os agricultores as regam.
A: O caule serve para fazer a planta crescer para cima.
A: O caule suporta os ramos e as folhas.
O professor categoriza as ideias do aluno e capta as directamente relacionadas com a observação da 
aula, usando perguntas como: “Porque é que as plantas apresentam muitas raízes pequenas?”, “O que 
aconteceria com as plantas se não tivessem raízes?”, “Porque é que os caules de algumas plantas são 
muito fortes? ”
Experiência
Na aula de Ciências Naturais, o aluno recolhe dados necessários para responder, por si, à pergunta- 
chave. O professor deve preparar a experiência ou observação para que o aluno recolha os dados. 
Esta experiência ou observação deve ser cuidadosamente planificada e testada antes da aula. É muito 
importante captar a atenção do aluno antes da observação real. Fazendo perguntas como “Se as raízes 
absorvem água e o caule suporta os ramos e as folhas conforme a sua resposta, o que acontecerá se 
colocarmos uma planta com raízes e caule nesta água com corante? “Fixe seu ponto de vista sobre a 
observação da cor das raízes e do caule.” 
A observação é conduzida por um grupo de alunos. Deve-se alertar o aluno sobre a importância da 
segurança, caso use materiais perigosos.
Resultados
O resultado da experiência ou observação de cada grupo é partilhado na turma. Os desenhos, tabelas 
e gráficos podem ser usados para apresentar os resultados, de forma clara.
Planta Dentro da raiz Dentro do caule
Conclusão
A partir dos dados obtidos, tira-se uma conclusão.
É importante rever as previsões do aluno e relacioná-las com o resultado, dizendo o seguinte: “As 
suas previsões sobre a função da raiz e do caule estão correctas? O que se pode concluir com os re-
sultados?”
Domínio e consolidação (10 minutos)
Resumo
O professor orienta o resumo da aula relacionando com a aprendizagem da aula anterior, composi-
ção da planta (raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos), com a função da raiz e do caule.
44 PB
Exercícios
A consolidação também pode ser feita aplicando exercícios relacionados com os objectivos da aula 
para ajudar a fixar e aplicar os conteúdos abordados.
Controlo e avaliação (2 minutos)
TPC
O controlo e avaliação são actividades permanentes podendo ser feitas em grupo e individualmente 
dentro e fora da sala de aulas (realização do TPC).
Avaliação dos resultados da aprendizagem
O plano de aula inclui a avaliação que contém critérios e métodos. Os critérios estão directamente 
relacionados com o objectivo da aula.
Critérios Métodos
O aluno descreve as funções das raízes e do cau-
le.
Experiência.
Elaboração conjunta.
O plano de aula inclui um plano de uso do quadro. O quadro é uma ferramenta importante para o 
professor mostrar ao aluno o resumo da aula e apoiar a resolução de problemas.
45
Plano do uso do quadro
Data:
Unidade: 
Plantas
Tema:
Principais funções da raiz e do caule
Pergunta-chave: 
Que funções desempenham a raiz e 
o caule na planta?
Previsão: 
• As raízes fixam a planta ao solo. 
• As raízes absorvem água do solo, 
por isso, os agricultores as regam.
• O caule serve para fazer a planta 
crescer para cima.
• O caule suporta os ramos e as fo-
lhas.
Experiência: Funções da raiz e do caule
Procedimento:
Observe as raízes e o caule na parte exterior e inte-
rior e, registe os resultados no caderno.
Resultado:
Observação da parte exterior:
• A cor vermelha subiu pelas raízes e pelo caule. 
• A cor vermelha subiu até as folhas e flores.
Observação da parte interior:
• A cor vermelha é visível no centro da raiz. 
• A cor vermelha é visível em forma circular no 
interior do caule. 
Conclusão
A cor vermelha passa pelas raízes, caule e chega às folhas. Isso 
significa que as raízes têm a função de absorver água do solo e o 
caule transportá-la para outras partes da planta.
Resumo
Caule:
• Suporta os ramos, as folhas, as 
flores e os frutos da planta;
• Transporta água e sais minerais 
para as folhas.
Raiz: 
• Fixa a planta no solo;
• Absorve água e sais minerais.
Exercícios
1. Qual é a função da raiz? 
2. Qual é a função do

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