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SOBRE O GUIAS RÁPIDOS: Olá, Seja muito bem-vindo. Este Ebook faz parte do Projeto Guias Rápidos, o Portal para quem quer dar o Próximo Passo! Você pode acessar nosso Portal que é atualizado semanalmente com temas sobre Empreendedorismo e Desenvolvimento pessoal por aqui. Para agradecer a oportunidade de contar com você como nosso leitor, convidamos você a se cadastrar AGORA em nossa lista para assim ganhar, gratuitamente, o GUIA RÁPIDO DA PRODUTIVIDADE. Assim, logo de cara, você já vai poder levar mais um Guia Rápido para casa, bastando assim se cadastrar por aqui: CADASTRE-SE! É isto! Muito Obrigado mais uma vez, e fique agora com “Como Vender Artesanato”! http://www.guiasrapidos.com http://guiasrapidoslistavip.gr8.com INTRODUÇÃO: Fazer eventos é para quem tem muita disposição e força de vontade. Coisa de quem está na pegada mesmo, querendo ver a coisa acontecer. São muitas horas de pé, seja com sol ou com chuva, seja no frio ou no calor, seja aonde for. Pode ser um evento perto de casa, pode ser do outro lado da cidade. Pode até ser em outra cidade que, ainda assim, estão todos lá, prontos para mais um dia de correria. Pode ser que o local do evento já seja conhecido, logo você tem um mínimo de segurança que o resultado vá acontecer (mínimo mesmo, porque sempre pode ter alguma surpresa). E pode ser também que seja em um local onde você está indo pela primeira vez, sem nenhuma garantia de que vá dar certo, e torcendo muito para que tudo saia bem. Isso porque os custos para estar em eventos hoje são muito mais salgados do que antes, e essa grana que é investida ali pode fazer muita falta caso as vendas não sejam lá essas coisas na hora que o evento acaba. O Vitrine360, empresa parceira deste Guia Rápido, já trabalha há quase quatro anos com eventos de Marcas Independente. Nesse período, já passaram pela sua curadoria mais de 1000 marcas e, por isso, aprendemos a lidar diariamente com todas as objeções que elas têm na hora de fechar um evento. Quem trabalha com eventos sabe: a hora de extrair o relatório da maquininha é sempre um momento de suspense. Obviamente você tem uma idéia durante o dia de como está o movimento, mas, mesmo assim, na hora do relatório sempre pode surgir uma surpresa, para o bem ou para mal. E, com o resultado em mãos, você já começa a fazer as contas de cabeça de como vai ser sua próxima semana. Nós sabemos como seu caixa funciona, nós sabemos que você precisa acima de tudo de vendas, da maquininha funcionando a todo vapor e das compras aprovadas. E, de preferência, no débito, claro, pois o seu financeiro está sempre a risco, suas contas sempre perto do vencimento. E a hora do dinheiro entrar é agora, no evento. Claro que dinheiro não é tudo. Quando as vendas estão acontecendo, você fica feliz por outros motivos também. São mais pessoas conhecendo a sua marca, mais pessoas usando seus produtos, mais clientes andando por aí transmitindo sua mensagem para o mundo. Então, quando não há vendas, tem tudo isso que deixa de acontecer também, e que ninguém merece. Afinal, quem gosta de passar horas a fio de pé para ir embora triste e emburrado. Ou então chegar em casa e ter que falar para os parentes, para os pais, para a esposa, para o marido, que as vendas não foram lá essas coisas e que o final de semana foi perdido. Fala sério, já é tão difícil conseguir o reconhecimento das pessoas próximas de que você é de fato um empreendedor e que seu negócio é sério. A última coisa que você precisa é de um final de semana ruim de vendas, para aquele parente chato esfregar na sua cara: “Tá, vendo, isso não leva a nada”. Por mais duro que seja ouvir essas palavras, há que se admitir que há um pingo de razão ali. Trabalhar sem resultado não leva a nada mesmo, oras. No final de semana então, pior ainda, já que eles servem, pelo menos em tese, para se descansar. Por mais workaholic que você seja (nós no Vitrine360 somos workaholics assumidos, trabalhamos sete dias por semana há anos rs...), é inegável que, quando o trabalho é no fim de semana, na hora em que as pessoas “normais” estão descansando, fica sim um sentimento de que você deveria estar sendo recompensado por isso. Mas, as coisas não são bem assim. A partir do momento que você resolveu empreender, a vida se torna mais preto no branco do que era antes. Você troca o certo pelo duvidoso. Não existe hora extra, não existem benefícios, não existe tapinha nas costas, não existe o dinheiro cair na sua conta independente de se ter vendas ou não. Quando estamos falando do seu negócio, o que vale é o resultado. Ou teve vendas ou não. E, baseado nelas, você vai conseguir programar as contas a pagar da semana. É por tudo isso que um evento deve ser aproveitado ao máximo, e você não se pode dar ao luxo de deixar nenhum detalhe passe despercebido. Nestes anos promovendo eventos com o Vitrine360, nós já tivemos a oportunidade de conhecer mais de mil marcas que, de alguma maneira, já foram nossas parceiras, seja através de nosso site, seja através de eventos ou de nossas lojas físicas. São muitas marcas e muitas histórias interessantes por trás. Pessoas brilhantes que tomaram a corajosa atitude de exercer sua vocação criativa como negócio e viver dela. Vimos e vemos uma infinidade de produtos diferentes, todos feitos com muito carinho, e neles estampado logomarcas carregadas de histórias de superação, criatividade, coragem e empreendedorismo. E vimos e vemos também boa parte dessas marcas demonstrando muita raça e força de vontade em eventos por São Paulo, cumprindo todo o ritual de sempre: chegar cedinho, montar seu stand, passar o dia em pé vendendo, depois desmontar tudo e voltar para casa tarde da noite para descansar. Se todas as histórias são tão boas, e se todas têm marcas e produtos tão legais, porque então que umas se destacam e vendem mais, enquanto outras e tem resultados mais fracos? Foi por esse motivo que decidimos ir atrás de uma resposta, que acabou motivando a criação deste Ebook. Para fazê-lo, fizemos um mapeamento de todas as marcas que se destacavam, e começamos a compará-las com as outras, tanto as que tinham resultados medianos, como aquelas que tinham um resultado mais fraco do que o geral. Essa análise foi feita através de observação em eventos, tanto os que nós organizamos quanto outros eventos por São Paulo, e foi seguido também de algumas pesquisas sobre as marcas na Internet, para tentar entender como a presença delas online influenciava em alguma coisa os resultados dos eventos físicos. Além disso, como já temos algum know-how quando falamos em varejo, procuramos também mapear aprendizados nossos que poderiam fazer a diferença para as marcas. Nossa conclusão foi de que há uma série de detalhes que diferenciam uma marca que vende muito de uma marca que vende pouco. Uma série muito grande, diga-se de passagem. E uma coisa é uma marca fazer tudo certo, mas deixar um detalhezinho escapar. Outra, completamente diferente, é quando a marca deixar passagem dez, vinte, trinta detalhes ao mesmo tempo. Seja por desleixo, seja por falta de conhecimento, não importa, fato é que isso acaba fazendo um estrago muito grande nos resultados. Os clientes, mesmo que de forma inconsciente, são cruéis e impiedosos. Eles podem até deixar passar um detalhe que não está correto, talvez nem percebam. Mas quando há uma série de detalhes que precisam ser consertados, não tem como ele não perceber. Quando ele começa a identificar muitas coisas estranhas, ou a sentir que há muitas coisas faltando ali, o cérebro dele já troca de foco de atenção na hora. Como você vai ver mais pra frente, é uma questão de segundos para um cliente olhar seu stand e gostar, ou olhar para o seu stand e passar batido por ele. Em resumo, então, é isso: a diferença entre chegar em casa frustrado porque não vendeu nada, ou com um sorriso no rosto porque vendeu muito, está numa sequência de detalhes que você anda negligenciando, ou que você nem sabia que devia estar prestando atenção e por isso não faz. Tudo bem. Que bomque você está aqui, lendo este Ebook então, pois é a prova de que está preocupado em melhorar. Nada mais justo, pois, como empreendedor, conforme vimos acima, a responsabilidade está em suas mãos. Ou você faz a sua marca melhorar, ou ela simplesmente fica pelo caminho. E afinal, aonde você quer chegar? Esperamos que seja longe. Existem algumas marcas muito famosas hoje, como a Chilli Beans, como a Farm, como A Mulher do Padre, que começaram do mesmo jeito que você: fazendo eventos. O que elas fizeram de diferente então para serem do tamanho que são hoje? Claro que não podemos generalizar, nem mesmo dizer que foi por causa de um motivo só, mas, com toda certeza, foi o sucesso nos eventos que deu a motivação que elas precisavam para crescer. No caso da Chilli Beans, em especial, é famosa a história de que, nos primeiros eventos que fez, quando a marca atual ainda nem existia, os resultados não foram lá essas coisas. Pelo contrário, as vendas tinham sido bem fracas. Interessado em melhorar os resultados, o dono da marca começou a agir e a ter idéias, até que, uma delas fez toda a diferença. Foi graças ao fracasso nos primeiros eventos que ele resolveu criar a marca Chilli Beans e o famoso logo, hoje icônico, da pimenta vermelha, para colocar em todos os seus produtos. O resultado é que, depois dessa mudança de identidade, as vendas estouraram. A marca começou a crescer, e hoje é uma grande rede com lojas no Brasil e ao redor do mundo. Viu o que um evento fraco em vendas pode fazer com a sua marca? Mas Afinal, conforme perguntei acima: aonde você quer chegar? É fundamental que você saiba responder a essa pergunta, pois ela mostra também o grau de comprometimento que você terá com todos os ensinamentos que verá por aqui. Você vai poder encarar o conteúdo deste livro de duas formas: A primeira, é tratar tudo que for escrito aqui como as palavras de “um povo chato que quer ficar dando pitaco na minha marca e no meu stand”. E depois achar que está tudo ok com o que faz hoje e que nada precisa melhorar. Você pode achar que tem muita coisa aqui nesse livro que você não precisa seguir à risca, e continuar vivendo no que um amigo meu chama de “marketing da esperança”, que nada mais é do que sentar no seu stand e ficar esperando que as vendas venham. Caso não venham, você joga a culpa nos organizadores e segue o jogo, já que você está muito corrido e não tem tempo para “detalhes”. Ou então, pode encarar este material com algo que te faça refletir, raciocinar, dar uma pausa naquela correria do dia-a-dia que não está te levando a lugar nenhum e perceber que fazer mais do mesmo só vai te trazer... Os mesmos resultados de sempre. Não existe milagre em vendas. Se você sempre leva a mesma estrutura para os eventos e age da mesma maneira neles, não tem como esperar que, do nada, seu resultado irá dobrar. A mudança de resultado vem da mudança de comportamento. Se não há mudança de comportamento, aí o que vai restar é trabalhar com o “marketing da esperança” mesmo. Mas eu sei que esse não é o seu caso. Eu sei que você é daqueles que quer se destacar. É daqueles que quer ser estudado pelo Vitrine360 como exemplo a ser seguido. É para você então, que pergunto: - Por acaso, você já passou a semana inteira em produção, correndo para lá e para cá, e, no dia do evento, nem sabia dizer exatamente o que ia ter por lá? - Ou então, nem parou para checar o tempo, não percebeu que a previsão era de chuva, e que podia ter evitado a perda de tempo de ir até um local que estaria vazio? - Alguma vez, por acaso, já se esqueceu que o evento seria no dia de uma data sazonal importante, e que por isso poderia ter feito uma promoção ou uma decoração especial? E daí, teve que ver aquele stand do seu lado, que se preocupou com isso, chamando muito mais atenção que o seu? Bom, se você está respondendo sim para todas essas perguntas, tenho uma má notícia: você está perdendo muitas vendas. Aliás, falando em vendas, você gosta de vender? Se sente “em casa” quando está em contato com seus clientes ou preferia fugir de lá o mais rápido possível? Talvez você seja daqueles que ache vender chato, e que tenha até um pouco de preconceito com isso. Afinal, acha que vender é “empurrar as coisas goela abaixo do cliente”. Bom, outra má notícia: esse mal entendido sobre o que é “ser um bom vendedor”, também está impedindo você de ter muitas vendas. Mais que isso, está fazendo com que uma oportunidade única, a de estar cara-a-cara com seu cliente e assim criar empatia com ele, seja perdida por besteira. Por sinal, já que estamos falando dos seus clientes, você sabe dizer quem é seu público-alvo? Alguma vez já parou para fazer essa análise? Se sim, saiba que as palavras certas para as pessoas certas alavancam as vendas de qualquer marca. Se não, saiba que ir a eventos nos quais seu público não vai estar, é uma grande perda de tempo e dinheiro. Quando você conhece seu público-alvo a fundo, passa a entender melhor o que ele gosta, o que ele odeia, como ele prefere ser tratado, e prepara seu stand com um pensamento focado exclusivamente em agradá-lo. Muitas vezes, quando o assunto é preparar o stand, vemos marcas que esquecem detalhes simples, como não deixar o nome da marca visível, ou então pecam de forma grotesca na iluminação e na exposição dos produtos, e assim a apresentação do Stand fica muito prejudicada. É simples: se as pessoas olharem sua marca de longe e virem uma identidade ali, elas vão querer se aproximar. E assim o seu evento valerá a pena. Ou melhor, para saber mesmo se o evento valeu a pena, você precisa ter as métricas certas para fazer esta conta. Assim, você saberá exatamente quais pontos devem ser melhorados nas próximas oportunidades, e o que deve ser mantido e ampliado. Seu stand deve ser um local em constante mudança e aperfeiçoamento, e você vai aprender aqui como fazer testes no ponto de venda para alavancar seus resultados muito mais rápido do que você imagina. A esta altura, pode ser que você esteja se perguntando: “tá, então quer dizer que em hipótese alguma a culpa de um evento fracassado vai ser do local, dos organizadores, ou de qualquer outro motivo que não seja minha marca ou meu stand?” Claro que vai. Mas é importante que você vá para casa de consciência limpa, ciente que fez tudo que estava ao seu alcance para que o evento fosse um sucesso. Há algum tempo atrás, estávamos como curador de Moda em um evento que tinham muitas outras atrações: música, arte, gastronomia, e cuja organização geral não era nossa. Nunca tínhamos trabalhado com aquela empresa organizadora antes, e resolvemos correr o risco. Infelizmente, conforme o evento foi se aproximando, fomos vendo alguns erros acontecerem, como problemas na organização e falta de divulgação adequada. Como já tínhamos contratos assinados, e já estávamos no meio do trabalho, decidimos encarar o desafio e fizemos tudo que estava ao nosso alcance para que o evento fosse um sucesso. O resultado é que tanto nossa estrutura quanto a divulgação da nossa área de moda foram muito bem sucedidas. O restante do evento, porém, não seguiu o mesmo nível de excelência e, por causa disso, os resultados foram bem fracos. Foi uma pena, mas levamos para casa um aprendizado e um prêmio de consolação. O aprendizado foi que tínhamos que escolher melhor nossos parceiros. O prêmio de consolação foi que, constrangidos pelo trabalho que havíamos feito e o trabalho que eles deixaram de fazer, os organizadores acabaram abrindo mão da parte deles no acordo comercial, o que nos livrou de ir para casa com um prejuízo. E essa é uma prova de que fazer a sua parte bem feita sempre vale a pena. Se o evento for ruim, que não seja por sua causa, e que seja você quem eleva o padrão de excelência do local. A excelência é um hábito. Algo que é conquistado dia-a-dia. Então não se preocupe nem se cobre por não estar hoje exatamente do jeito que queria estar. O que importa é o sentimento de crescimento contínuo, de um processo de melhorar consistente, tema que tambémabordaremos neste Ebook. Ninguém nasce sabendo. Nós mesmos, do Vitrine360, começamos apanhando muito. Hoje, quem vê nossa loja no Vila Butantan, com aquela cara de loja de Shopping, não imagina como foi nossa primeira experiência com loja física. Também, pudera, a gente não tinha muito tempo para planejar, nossa vida também era uma correria grande. Para ter uma noção, entre a idéia de fazer uma loja colaborativa e o início das operações, foram apenas 15 dias. Daí você já imagina o que foi nosso primeiro final de semana na ativa. Não foi um fracasso não. Pelo contrário, tivemos vendas, um número razoável até. Mas é claro que faltava muita coisa. Não tínhamos logo na parede, cada arara era de um jeito, a vendedora tinha sido treinada às pressas, mal sabia passar cartão. Foi uma bagunça. Meu avô sempre dizia que não dá para trocar pneu com o carro andando. Mas era exatamente isso que fazíamos. Como a oportunidade de abrir a loja era única e não podíamos recusar nem adiar o início da operação, partimos para o desafio de começar a operação com o mínimo necessário para funcionar, e fomos melhorando semana a semana, mês a mês. Aos poucos, fomos colocando nossa loja em ordem. Os móveis foram trocados e passaram a ter uma identidade visual. Aprendemos a decorar cada arara, cada prateleira e cada parede de um jeito que atraísse mais as pessoas. Tudo depois de muitas horas assistindo ao comportamento do cliente. Passamos a treinar vendedores, colocar comissão, meta, TUDO. De modo que hoje temos uma operação sólida, consolidada, e podemos nos dar ao luxo de partir para outras aventuras e saltos maiores para o Vitrine360. Apanhamos tanto (e, claro, continuamos a aprender a cada semana), que achamos que seria legal compartilhar muito do que aprendemos. Queremos passar nesse Ebook o que fazemos para nossa loja ser todo dia 1% melhor do que era no dia anterior, e tenho certeza que você vai poder botar muitas coisas em prática já no seu próximo evento. Você vai ver aqui como o planejamento do evento influi diretamente nas suas vendas. Pensar em qual o público, quais são os outros expositores, qual a data do evento, se está perto de alguma data comemorativa, qual o motivo do evento. Tudo isso vai influir no resultado. Vai ver a importância de estudar a fundo seu público-alvo, e ser o mais específico possível nisso, para saber exatamente quem ele é, o que ele gosta e, já que o tema aqui é eventos, em quais locais deles vai estar. Vai saber por que TEM que ser um bom vendedor ou uma boa vendedora, pois vendas é o setor mais importante de uma empresa. Sem dinheiro no caixa, sua marca simplesmente quebra. E para isso, é preciso saber como trazer mais resultado para casa. Vai ver que vender é mais fácil do que imagina. Parte de ser um bom vendedor é esquecer um pouco o mundo lá fora, e se concentrar única e exclusivamente no seu cliente, em como melhor atendê-lo. Vai ver a importância de aprimorar suas habilidades no networking, já que, como dono da marca, você deve tratar um evento como oportunidade para se conectar e criar laços com todos os tipos de parceiros que estejam no local. Vai Aprender como arrumar melhor seu espaço e que TODOS os detalhes importam. Não existe nenhuma desculpa para seu stand não estar impecável, e nós vamos te dar dicas sobre como fazer isso acontecer. Vamos também te dar toques sobre sua identidade visual. Será que você está expondo seu logo do jeito certo (você tem logo né?). Será que as pessoas olham seu stand de longe e tem vontade de se aproximar? Se não se aproximarem por bem, que seja na marra. Você está fazendo promoções, colocando chamadas, dando destaque ao que merece destaque? Se a resposta é não, fique tranquilo, nós vamos te ensinar a fazer isso. Você vai saber a importância de se preparar nos pequenos detalhes. Sua maquininha está funcionando direito? Você tem troco? Tem embalagens? Cartão de visitas? Pois não adianta fazer tudo certo e falhar na hora de fechar o negócio. Queremos que você aprenda que um evento não acaba quando você vai para casa. É preciso fechar as contas utilizando as métricas corretas. É preciso entender o que deu errado e o que deu certo. Fazer melhorias e testes para os próximos eventos. E nunca, em hipótese alguma, parar de tentar melhorar sempre. Queremos que você se torne uma máquina de melhorias. E vamos te mostrar também a como montar um plano de ação para colocar essas melhorias em prática aos poucos, sem deixar que você se perca com o grande número de informações que será passado aqui. Assim, colocando todas essas medidas em prática, não tem jeito, você vai vender MUITO mais. Fique com a gente e aproveite esta jornada. Com vocês: Como Vender até 10x mais em Eventos de Marcas Independentes. 1: COMO NÃO SER UMA VÍTIMA DAS CIRCUNSTÂNCIAS A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO Como diz o ditado, não há mudança se não há mudança de hábito. E, infelizmente, o ser humano não nasceu com o hábito de planejar. Quando falamos de empreendedores então, eles não fogem à regra. Para se ter uma idéia, de acordo com uma pesquisa de 2015 do SEBRAE, a falta de planejamento é um dos seis principais motivos que levam pequenas empresas à falência. O pequeno empreendedor, na sede por colocar o novo produto e a nova empresa na ativa, acaba focando nas coisas mais urgentes, e esquece a parte mais estratégica do negócio. Parte esta que poderia fazer com que o empreendedor ganhasse horas, dias, meses, apenas porque parou para pensar antes de sair executando. Isso me lembra duma frase de Abraham Lincoln, ex-presidente dos Estados Unidos, na qual ele dizia: “Se eu tivesse 8 horas para cortar uma árvore, gastaria seis afiando meu machado”. Claro que não estamos aqui defendendo aquele planejamento eterno, procrastinador, que nunca sai do papel, mas existe um meio termo que deve ser levado em conta, e que é fundamental para sua marca crescer de forma organizada e estruturada. Como, neste Ebook, tratamos especificamente de eventos, talvez você esteja se perguntando o que uma falta de planejamento do seu negócio tem a ver com você vender mais em eventos. A resposta é, basicamente, TUDO. Para abordar aqui apenas parte de todo, o fato de você não se planejar inicialmente, na hora de criar o seu negócio, influi muito numa falta de cultura de planejamento dentro da sua vida e do seu negócio. E assim, você pode pensar: “se já não me planejei para começar a empresa, não é agora, para um evento, que vou parar para me planejar”. Só que, os próprios números que as marcas parceiras do Vitrine360 nos fornecem, já são suficientes para mostrar a importância dos eventos na vida das marcas. Em nossa pesquisa de newsletter, que já foi respondida por mais de 500 marcas em poucos meses, as respostas mostram que, em média, os eventos representam 40% do faturamento total das marcas no mês. Ainda, de acordo com a mesma pesquisa, 15% das marcas dizem ter eventos como ÚNICA fonte de faturamento. Então, em muitos casos planejar um evento é o único caminho para o sucesso de sua marca em curto prazo. Indo além, planejar um evento pode ser o início de um planejamento do seu negócio como um todo. Como então, negligenciar este tema? Ao conversar com algumas marcas, reparamos que há alguns motivos para isto acontecer. Um deles é um sentimento, quase que geral, de que o sucesso de um evento não é responsabilidade da marca, e sim do próprio evento. É muito normal ouvirmos frases como: “Não vendi porque o evento não lotou” ou então “Vendi pouco porque o público não era comprador”. Repare como, nas duas frases, a responsabilidade pelo sucesso de um evento é de terceiros. No primeiro caso, a culpa é do evento que não estava cheio o suficiente. No segundo, a culpa era do público. Mas nunca da marca. Isso me lembra duma história contada por Jordan Belfort, um famoso vendedor que ficou conhecido por ser o tema do filme “O LOBO DE WALL STREET”. Após o período que passou na prisão, Jordan saiu sem nenhum dinheiro, sem nenhumpatrimônio, e precisava desesperadamente recomeçar sua vida. Junto com um amigo, eles decidiram que iriam vender seguro de vida no método mais simples possível: batendo de porta em porta na casa das pessoas. Pois bem, lá foram então os dois amigos andar pela mesma vizinhança na busca das primeiras vendas. Ambos partiram do mesmo ponto e seguiram em direções opostos, tocando a campainha de cada uma das casas pelas quais passavam. Horas depois, já no fim do dia, os dois se encontraram e sentaram para fazer um balanço do dia. O amigo de Jordan reclama, dizendo: “Que dia horrível, só falei com gente chata, mal educada, ninguém tinha interesse, esse bairro é horrível, não dá pra vender nada aqui”. Já Jordan, surpreso com o comentário do amigo, pega sua pasta, mostra todas as vendas que fez no dia, mais de 100, e diz: “Como assim? Você não tem idéia de quantos amigos fiz hoje, quase não consegui te encontrar, pois tive que entrar para tomar café em várias casas, eles quase me obrigavam a entrar, e agora querem me indicar para vários amigos”. A diferença entre o resultado de um e de outro era gritante, só que ambos haviam andado pelo mesmo bairro e conversado com pessoas de mesmo perfil. Assim, ficava-se claro que, ou houve uma coincidência incrível e metade daquele bairro era chata e a outra metade legal, ou, a diferença estava na forma como cada um dos vendedores abordou seus clientes. Este exemplo distante confirma uma constatação que nós do Vitrine360 fizemos por aqui: muitas vezes, as marcas que diziam que não venderam por algum agente externo, como o “público fraco e não comprador”, tinham, como vizinhas, marcas que haviam vendido muito, em alguns casos, até 10 vezes. Então, existe uma diferença grande entre um público que não quer comprar, e um público que não comprar os seus produtos. Isso pode soar um pouco rude, mas a intenção é apenas que você veja que jogar a responsabilidade do sucesso do evento para terceiros é um vício, uma desculpa, que pode impedir você de se tornar uma marca de sucesso. E a primeira etapa para você tomar controle dos resultados de um evento, é passar a planejar cada etapa dele. Outra desculpa que as marcas dão para não se planejar é a correria do dia-a-dia. Para isto, elas falam a frase mais famosa do mundo moderno: “Eu não tenho tempo”. Como todo pequeno empreendedor, as marcas sofrem por terem uma equipe enxuta, ou às vezes nem equipe terem. Graças a isso, passam a semana fazendo diversas atividades diferentes, desde coisas que gostam, como o trabalho criativo, até muitas coisas que odeiam, como lidar com financeiro e fazer tarefas operacionais. Esta é uma situação que todos passam, mas que, todo empreendedor de sucesso entendeu que não era o correto e aprendeu a como sair dessa armadilha. Como dono de empresa, você precisa se concentrar no que é importante, e nas atividades que mais agregam para a sua marca. Existe uma mística, segundo a qual o empreendedor de verdade é aquele que faz de tudo e que sabe “colocar a mão na massa”. Ok, não há nada de errado nisso, mas há um limite, que é quando a mão na massa começa a atrapalhar a evolução da marca. Quando você se perde em atividades que qualquer outra pessoa poderia estar fazendo, você negligencia outra que ninguém pode fazer por você: PENSAR NO SEU NEGÓCIO. O papel de um dono de empresa é ser um estrategista, estudar cada passo a ser tomado, e isso inclui estar a par de tudo a respeito do próximo evento. Esses dias mesmo, enquanto escrevíamos esse Ebook, vimos um caso de uma marca que trouxe biquínis para vender num evento cuja máxima na temperatura foi de 15º C. E não era saldão, não era promoção... Ela simplesmente trouxe para um evento de inverno uma arara de biquínis com banners que tinham imagens de verão. Desculpe, mas é querer contar muito com a sorte. E daí não adianta querer culpar o público porque não teve vendas. Mas Afinal, como então você pode livrar parte do seu tempo para poder se dedicar ao planejamento do seu evento? Um exercício que você pode aplicar para analisar como você anda gastando seu tempo é o chamado Princípio de Pareto. A lógica por trás do Princípio é que o tempo que você dedica a certa tarefa não está relacionado ao resultado que obtém dela. Ou seja, explicando de forma mais simples, colocar esforços em tarefas não trazem resultado não tem utilidade nenhuma, é apenas uma perda de tempo. Segundo o Princípio de Pareto, você gasta 20% do seu tempo com atividades que trazem 80% do seu resultado. Enquanto isso, o oposto também é verdadeiro: 80% das atividades que consomem seu tempo trazem apenas 20% dos resultados. Isso quer dizer que, se você listar as atividades que exerce na sua empresa, é certo que a maioria delas, 80%, traz muito pouco resultado para o seu negócio. Assim como, se quiser levar esse princípio para mais partes da sua empresa, esteja certo que 20% dos produtos que você produz são os que mais vendem, como provavelmente 20% dos pontos de venda que você está trazem a maior parte dos seus resultados, e 20% dos seus clientes trazem 80% do seu faturamento. Este Princípio serve para que você pare de dedicar o mesmo tempo para atividades e pessoas que geram resultados diferentes, focando sua atenção nas atividades cujos resultados são mais relevantes. Como o intuito neste caso é utilizar Pareto para te fazer ganhar mais tempo no seu dia, podemos fazer um exercício: Pegue um papel e caneta e responda: quais são as atividades as quais você se dedica durante seus dias para sua Marca? Seja sincero e realista. Descreva todas as atividades mesmo, não apenas as mais “nobres”, como criar novas coleções. Se você precisa todos os dias ir ao Correios postar encomenda, cite isso. Se tem que fazer contabilidade, pagar contas, etiquetar produtos, coloque também. Quanto mais real e detalhada a lista, mais fácil será aplicar Pareto nela. Terminada a lista, pergunte-se novamente: Em quais dessas atividades você é realmente indispensável? Por indispensável, entenda algo que apenas você, com o seu know-how, é capaz de fazer. Por exemplo, você pode argumentar que só você está disponível para levar seus produtos no correio. Mas isso não quer dizer que você seja indispensável para isso, já que qualquer pessoa conseguiria fazer esta atividade e é muito fácil delegar este tipo de tarefa para outra pessoa, ou mesmo contratar um serviço que faça a coleta. Uma atividade em que você seja indispensável é aquela que só o seu know-how é capaz de proporcionar para sua marca, e cujo resultado é extremamente benéfico para sua empresa. Pense assim: no que eu sou mais importante para minha marca, desenhando uma coleção, ou colocando preço nos produtos? Preparando meu stand para deixá-lo impecável ou passando roupa? Fazendo um curso de vendas ou resolvendo assuntos da contabilidade? Outra forma de analisar esta lista é, conforme brevemente citado acima, pensar quais destas atividades poderiam ser delegadas para alguém ou repassadas a uma empresa terceirizada. Mesmo que você não faça isso no momento, só de classificar uma tarefa como delegável, já mostra que você não é indispensável para que ela aconteça. Mais tarde, falaremos especificamente sobre a importância de se delegar, e de se ter uma equipe, já que o importante não é o quanto esta pessoa vai custar, e sim o quanto de retorno você vai ter ao ganhar mais tempo para pensar sobre a parte estratégica do seu negócio. Enquanto isso, um bom jeito de ganhar tempo é simplesmente eliminando as atividades que não trazem resultado nenhum para o seu negócio, mas que continuam na sua lista de tarefas simplesmente porque você não parou para pensar no assunto. Por exemplo, aqui no Vitrine360, teve uma época em que a gente alimentava seis redes sociais diferentes todos os dias. Começou como uma boa idéia, pois assim estaríamos presentes em todos os lugares. Porém, conforme o tempo foi passando, algumas redes sociais trouxeram retorno, enquanto outras não traziam nenhum. Fomos alimentando as seis redes sociais por um tempo,até o momento em que percebemos que alimentar algumas daquelas redes sociais era uma grande perda de tempo, que apenas impedia nosso pessoal de investir mais tempo nas redes que realmente traziam resultado. Pelo Princípio de Pareto, ficou claro para a gente que eliminar algumas das redes sociais era necessário, pois assim ganharíamos tempo para pensar e ampliar esforços naquelas que traziam retorno. Usando este mesmo raciocínio, analise sua lista de tarefas diárias e pense: quais atividades você pode parar de fazer hoje, que não fariam nenhuma diferença no resultado do seu negócio e, pelo contrário, livrariam sua agenda para se dedicar a outras atividades mais importantes. Não deixe de eliminar atividades simplesmente por questão de apego, já que você gosta de fazê-las, ou então por dó, por não querer desapontar alguém. Inclusive, vou além, um ótimo local para aplicar Pareto é nos custos da empresa. Com certeza, muitos gastos que você tem poderiam ser eliminados, pois não trazem o retorno devido. Espero que você tenha visto como um simples exercício como este, se feito com regularidade, pode fazer uma diferença enorme na sua empresa. E lembre-se que, para fazer esta análise sempre, você precisa de tempo livre para pensar. Caso você tenha feito o exercício de Pareto proposto acima e, ainda assim, não conseguiu encontrar tempo para Planejar seu evento, vamos te dar mais um força, e falar sobre Vilões da sua Produtividade. Vilões de Produtividade são algumas atividades que te atrapalham sem você perceber que estão atrapalhando, pois elas estão “camufladas” de trabalho, ou seja, você passa seu tempo fazendo estas tarefas e achando que está trabalhando, mas não se dá conta de que elas estão sugando sua energia sem trazer produtividade. Selecionamos alguns vilões que podem estar consumindo seu tempo de forma indevida: - EMAILS Checar email a toda hora do dia não é sinônimo de produtividade. Pelo contrário, é apenas uma forma de se manter ocupado e de não pensar nas coisas que você deveria estar fazendo. Ao receber um email, você recebe tarefas de outras pessoas que não estavam previstas na sua agenda e que, agora, farão você parar o que deveria estar fazendo para se dedicar a uma nova prioridade. Pior, quando você checa e-mails com frequência, se sente forçado a respondê-los com agilidade, dando um ar de urgência a diversos temas que não precisariam ser resolvidos naquele instante. Isso não é necessário. Diminua drasticamente a quantidade de vezes que checa sua caixa de entrada, e nunca faça isso logo que chega para trabalhar. Comece o dia fazendo suas atividades mais importantes e, depois, na hora do almoço, reserve um horário para abrir seu email e responder mensagens. Depois, ao fim do dia, faça isso novamente, e pronto. Não deixe que o email consuma todo o seu dia. - Redes Sociais Pode ser que você tenha a desculpa de entrar nas redes sociais para responder mensagens de trabalho, mas todos nós sabemos que não é bem assim. Por mais que seja verdade que você utiliza as redes Sociais para trabalhar, é impossível que seja APENAS para isso. A partir do momento em que seu Facebook está aberto, sempre vai acontecer de você entrar na rede só para ver uma coisinha e, quando ver, passar 30 minutos por lá. Um jeito que eu encontrei de parar de ver redes sociais em horas inoportunas foi baixando um aplicativo que bloqueia o acesso a sites e Apps que eu escolher, durante determinado horário a meu critério. Assim, por exemplo, eu não consigo acessar o Facebook do meu celular de segunda à sexta das 9h Às 18h. Parece estranho você criar um mecanismo para bloquear a si mesmo, mas funciona, pois a gente esquece as coisas. E sim, algumas vezes eu ainda clico no Facebook na hora “errada”, e o app me lembra que não é hora de acessá-lo. (Se você tiver interesse, o App é gratuito e chama-se AppBlocker). - Whatssap: Aqui vale o mesmo que foi falado sobre o Facebook: por mais que o Whatssap seja ferramenta para vendas e parcerias, ele também é um grande vilão da sua produtividade, pois é uma máquina de gerar distrações. Para cada conversa profissional que se tem ali, quantas conversas pessoais aparecem e te atrapalham? Eu considero bloquear o Whatssap uma atitude muito drástica, devido exatamente ao fato dele servir para o seu trabalho. Mas o que você pode fazer para amenizar a situação é silenciar grupos e pessoas que te procurem apenas com distrações. É aquela turma que manda GIFs, memes, ou simplesmente quer puxar assunto, e que você pode deixar para falar com eles fora do horário do trabalho. - Conversas Paralelas (Em excesso) Ninguém aqui está pedindo que você se transforme num robô. Todos sabemos que, quando várias pessoas estão em um mesmo ambiente, é normal e até saudável que elas conversem entre si, inclusive sobre temas que não tem relação com o trabalho. O único cuidado a se tomar é não deixar que a regra vire exceção. Lembro uma empresa em que trabalhei há muito tempo, em que o expediente começa em tese às 9h, mas, nesse horário, todos se encontravam na cozinha para tomar café e conversar. Quando ia ver, as pessoas começavam a trabalhar de fato uma hora depois de o expediente ter começado. É um exagero e, como empreendedor, você deve tomar cuidado com isso. - Itens do escritório que não estão funcionando adequadamente Pode parecer besteira, mas, muitas vezes, perde- se muito tempo com itens que você não costuma dar muita atenção, como um computador lento, uma impressora que sempre dá problema, ou, na sua produção, com alguma máquina que não está funcionando adequadamente. A cada 10 minutos aqui, mais 15 minutos ali, você perde algumas horas na semana, que podem resultar em muito tempo desperdiçado no fim do mês. Problemas como estes costumam consumir seu tempo de maneira silenciosa, por isso tome cuidado com eles. Veja como vilões da produtividade são bem mais comuns e usuais do que parece. Com medidas simples, é possível ganhar muito tempo no seu dia-a-dia. E, convenhamos, depois destes exemplos acima fica impossível você dizer que não tem 30 minutos na semana para planejar o seu próximo evento. Agora que encontramos tempo em sua agenda para planejar, vamos começar a tratar disso. Antes de falarmos do evento em si, porém, vamos fazer um exercício que servirá tanto para te auxiliar nos eventos como também para sua marca como um tudo, que é descobrir quem é a sua Persona. DEFINIÇÃO DE PERSONA Uma persona é uma pessoa, que pode existir de verdade ou não, que represente a média do seu público- alvo. Alguém que tenha os hábitos, os comportamentos e as atitudes que normalmente o seu cliente médio tem. Por que é importante você conhecer a sua persona? Para que os esforços de comunicação de sua marca sejam os mais assertivos possíveis. Quanto mais específica a sua persona, mais fácil fica entender que tipo de produto ela vai gostar e, falando em eventos, mais fácil fica saber aonde sua persona vai estar. A Persona é o seu cliente ideal, é a pessoa que você sabe que vai olhar o seu produto e gostar dele. Toda vez que você estiver produzindo suas peças, fazendo uma comunicação da sua empresa, ou mesmo conversando com o cliente no ponto de venda, você deve ter essa persona em mente, e para isso sempre deve pensar na personalidade dela, e nas coisas que ela gosta ou odeia. Isso serve para diversas escolhas da sua marca, desde as mais complexas, como qual produto produzir, até decisões do dia-a-dia, como aonde deixar o seu stand. Por exemplo, se sua marca é vegana e você está em um evento que não é restrito a veganos, nunca fique perto de uma barraca de hambúrguer, pois sua persona não vai querer chegar perto. Agora, se sua persona é homem e adora cerveja, peça para ficar do lado do Bar. E assim por diante. Cada detalhe desses pode fazer sua marca estourar de vender ou fracassar feio. Para identificar quem é a sua persona, fizemos um breve questionário que levará poucos minutos para ser preenchido. Responda às perguntas sempre identificando uma única pessoa nas respostas.Seja específico ao falar sobre ela, seja na idade, na profissão. Para facilitar a visualização desta Persona, dê um nome para ela, pois assim o exercício tende a ficar mais fácil. Dessa forma, por exemplo, ao invés de dizer de forma vaga que sua Persona tem entre 20 e 30 anos, diga, por exemplo, que ela se chama Manuela e tem 27 anos, e siga sendo específico assim em todas as demais perguntas. Recomendo fortemente que você tenha um papel e caneta às mãos, e escreva a resposta de cada pergunta de forma a se formar um texto sobre sua Persona ao Final do Exercício. Segue o questionário: - Qual o perfil demográfico dela? Qual o sexo? Qual a idade? Em que cidade ela mora? Em qual bairro? - Qual a profissão dela? Ela fez faculdade? Trabalha? Qual tipo de trabalho? Ela gosta do que faz? - Quais são os Hobbies dela? O que ela gosta de fazer nos tempos livres? Aos Finais de Semana? Ela assiste TV? Que tipo de programa? Que tipo de informação ela costuma consumir, seja na Internet, seja revista, o que for? Aonde mais ela busca informação? - O que ela acredita? Quais as crenças dela? É religiosa? O que ela crê como sociedade ideal? Que hábitos ela tem que refletem essas crenças? - O que ela pensa de si mesma? Ela se acha bonita? Ela liga para este tipo de coisa? Ela gosta de estar bem vestida? Ela se preocupa com a opinião dos outros? - Quais os sonhos dela? O que ela quer ser? O que ela deseja que aconteça, seja para ela ou para o mundo? Que tipo de transformação ela gostaria de ver nela? Que tipo de transformação ela gostaria de ver no mundo? - O que ela não tem? O que ela sente falta? O que ela gostaria de ter? O que ela precisa para conseguir isso? - O que ela já tem? Quais são os talentos e as habilidades dela? No que ela é útil? No que ela se sente útil? - Como a sua marca pode ajudá-la a ser mais feliz e conseguir o que ela quer? - Qual problema dela que a sua marca resolve? - Porque a sua Marca é única na resolução do Problema dela? -- Uma resposta ideal para este exercício deve ter pelo menos uma folha de caderno preenchida. Tome o tempo que for para responder de forma precisa a estas respostas, pois elas serão a base para tudo que veremos daqui a diante. Imagino que, só de fazer este exercício, já tenham surgido várias idéias de como se aproximar melhor da sua persona, seja na forma de se comunicar com ela, seja até mesmo em mudanças que você possa fazer nos seus produtos. Conforme citado no início deste exercício, esta persona pode e deve ser usada para todas as atividades que envolvam sua marca. Sempre que estiver em dúvida sobre qualquer próximo passo que sua marca precisa dar, releia estas anotações. Este é um documento que deve ser revisitado com frequência e também alterado e atualizado toda vez que você julgar necessário. O importante é que a definição de sua Persona esteja sempre em dia, para que ela seja sempre útil para sua marca. PLANEJAMENTO DO SEU EVENTO Após definida a sua Persona, agora começaremos a falar especificamente sobre eventos, a começar pelo planejamento dele. Fizemos um compilado de tudo que você deve levar em conta antes de fechar um evento e, após decidir que vai, mais uma série de itens para considerar para se preparar para ele da melhor forma possível. Estes são itens com os quais costumamos trabalhar diariamente, já que nossa rotina é tratar sobre eventos com as mais diversas marcas. Quais são então os fatores para se levar em conta? Vamos lá: QUE EVENTO É ESTE? Procure se informar sobre o evento levando em conta: qual empresa está organizando e qual a reputação deles; qual histórico da empresa e como foi o resultado dos últimos eventos que ela realizou; quais marcas que você conhece já foram em eventos organizados por esta empresa e o que eles têm a dizer sobre eles. Caso não conheça ninguém que tenha uma opinião a respeito, faça uma pesquisa nas redes sociais, encontre alguma marca que conhece os organizadores e mande uma mensagem perguntando a respeito. É importante saber não só se o evento foi bom ou ruim, mas também se a empresa é idônea e responsável. QUAL É O LOCAL? Neste caso, praticamente todas as perguntas feitas acima também servem. Procure informações a respeito da estrutura, segurança e histórico de eventos no local. Veja se a empresa organizadora costuma fazer eventos lá com frequência, e cheque edições anteriores para ver o que as pessoas falaram a respeito. Pode ser que a empresa organizadora também seja a dona do local. Neste caso, basta checar as informações todas de uma vez. QUAL É O TEMA E A PROGRAMAÇÃO? Às vezes, você já conhece a empresa organizadora, já expôs no local, mas justo naquela semana pode haver um evento que não combina com a sua marca. Este é um risco principalmente para quem fecha feiras com muita antecedência e não se atenta a estes detalhes. Outro problema é participar de eventos que não tenham o seu segmento como tema principal. Por exemplo, quanto mais destaque o evento dá para Moda, mais certeza pode- se ter de que as pessoas estarão indo por causa disso, e assim as chances de uma marca de moda vender aumentam. Agora, caso sua marca de Moda vá expor no Festival de Morangos, há um risco das pessoas irem até lá e não estarem nem aí para comprar roupas. Além disso, no caso de festas temáticas, como um Bazar de Festa Junina, por exemplo, você pode aproveitar o tema para fazer uma decoração apropriada. Não precisa mudar seu stand inteiro, bastam pequenos detalhes para que as pessoas vejam que sua marca é atenta a detalhes ganhe pontos. Quando há festas temáticas, o público costuma entrar no clima, e você deve fazer o mesmo. QUAL SERÁ O PÚBLICO? Assim como no item anterior, mesmo que você já conheça o local do evento, é importante checar a programação na data do evento para se certificar sobre qual o público que irá. Se for um dia mais família, isso significa mais pais e crianças. Se for um show de Rock, significa que o público será de pessoas mais jovens. Tudo isso interfere MUITO nas vendas, e, baseado nisso, você pode adequar seu Mix de Produtos e pensar em detalhes que chamem mais atenção do público daquele dia. ESTE PÚBLICO É O MEU PÚBLICO? Agora que você conhece sua persona, fica mais fácil de saber se determinado público de um evento combina ou não com a sua marca. Procure seguir seu público pela Internet para descobrir em quais locais eles costumam estar, ou então para ver se eles estarão em uma feira que você pretende expor. Caso você tenha feito sua análise de persona e descoberto que já tem agendado um evento no qual seu público-alvo não vai, aconselho você a cancelar sua participação. Reagende para uma data melhor ou simplesmente cancele mesmo. Ir só por ir é uma perda de tempo e de dinheiro. Antes, você tinha a desculpa de não ter lido este Ebook e de não conhecer essas dicas nem seu público-alvo. Agora, não tem mais. Ir numa feira sabendo que não vai vender é uma falha imperdoável. QUAL A DATA DO EVENTO? É começo ou final de mês? Salário das pessoas já caiu ou ainda está para cair? Se já caiu, dê destaque para pagamento do débito ou dinheiro. Se ainda vai cair, deixe claro que você aceita cartão de crédito. Leve em conta também o momento da economia do país. Saber como andam as finanças das pessoas pode te ajudar a pensar promoções, ou mesmo te mostrar que talvez não seja a melhor hora para expor. TEM ALGUMA DATA SAZONAL PRÓXIMA? Se você costuma frequentar shoppings, já deve ter reparado que o varejo é louco por datas sazonais. Quando uma acaba, eles já começam a divulgar a próxima. Quando não há uma data sazonal próxima, eles fazem questão de inventar uma, como o Black Friday, por exemplo. Isso porque as pessoas amam datas sazonais. É um ótimo motivo para fazer compras e você deve aproveitá-los. Aqui também vale a regra de que as pessoas gostam de saber que você está ligado nas datas sazonais. Se for dia das mães e você sinaliza isso no seu stand, as pessoas tendem a se aproximar mais. Indo mais além, falaremos mais a fundo sobreestratégias de marketing em eventos mais para frente, mas você pode inclusive pensar uma data sazonal só sua. Crie a sua Black Friday, a sua troca de coleção, o que for. Ao criar suas próprias regras, você consegue se destacar dos demais e chamar mais atenção do público. COMO VAI ESTAR O TEMPO NO(S) DIA(S)? Em locais onde a temperatura oscila muito, como São Paulo, checar a previsão do tempo deve ser uma rotina, e a temperatura deve ser um fator muito importante na decisão de se fazer um evento ou não. Os consumidores são muito sensíveis a isso, e a temperatura acaba sendo um fator decisivo tanto na escolha deles entre ir ou não ir a um evento, como no comportamento na hora de fazer uma compra. Tenha um mix de produtos adequado à temperatura e à estação. Lembre-se do exemplo que eu dei da marca que queria vender biquíni no inverno. Pode até ser que venda, mas não precisa contar tanto com a sorte assim. QUAL O PÚBLICO ESTIMADO? Este é um número que os organizadores devem te passar e que você deve checar por conta própria também. Pesquise sobre o evento nas redes sociais, pesquise sobre as edições anteriores e também se o evento está saindo na Mídia. Não tem como nós falarmos qual é a quantidade de público ideal, pois existem diversas outras variáveis, como espaço, perfil do público, data, etc... O que você deve fazer é juntar todas estas informações que coletou até aqui e sentir se haverá uma quantidade de público interessante para sua marca. QUAL A QUANTIDADE DE EXPOSITORES DO SEU SEGMENTO? HÁ CURADORIA? Eventos mais sérios costumam levar em conta o perfil dos expositores para que não haja várias marcas vendendo o mesmo tipo de produto. Por isso, vale perguntar aos organizadores quais as outras marcas que estarão, ou pelo menos saber se a curadoria está levando isso em conta na hora de fechar expositores. Exclusividade total na sua linha de produtos é difícil, pois o organizador está pensando no lado do público também, que quer ter mais de uma opção. E nem acho que você tenha que ficar muito preocupado com isso. Concorrência sempre irá existir, e você deve encará-la de modo saudável. Se descobrir que no dia haverá concorrentes seus, pesquise quem são e pense em como se sobressair na hora do evento, mas pense em algo criativo, que vá além de simplesmente colocar preços mais baixos. Seja melhor que isso. Sobre a quantidade de expositores, é vital que os organizadores saibam fazer um equilíbrio entre oferta e demanda. Caso sinta que há expositores demais para o tamanho do local e quantidade de público, talvez não seja uma boa ir. QUANTO CUSTA PARA EXPOR? Normalmente, há duas formas como os organizadores costumam cobrar: um valor fixo ou comissão pelas vendas. Quando um espaço cobra por comissão, isso significa que ele está topando ir para o risco com você. Caso o evento seja ruim, ele sai perdendo junto, caso o evento seja bom, ele ganha junto. A vantagem é que você paga pouco se ir mal e a desvantagem é que, provavelmente, você pagará mais do que seria a diária fixa caso as vendas sejam boas. Já quando ele cobra um valor fixo, o jogo inverte. A desvantagem para você é que haverá um investimento independente do valor das vendas, e a vantagem é que, se as vendas forem boas, seu lucro vai ser bem maior do que se pagasse comissão. Não há modelo melhor ou pior. Este é um daqueles temas que gera bastante polêmica, pois tem a turma que prefere comissão, tem a turma que prefere diária, e daí a conversa vai longe. Nossa recomendação é que você tente trabalhar com porcentagens máximas entre 20 e 30%. Caso o local opte por cobrar diária fixa, faça uma estimativa, baseada em todos os fatores abordados até aqui, de quantas vendas você imagina fará. Caso o valor da diária seja menor que 30% da sua estimativa de vendas, começa a valer a pena . Exemplo: caso a diária do evento é de R$ 300,00, sua estimativa de vendas deve ser ao menos R$ 1000,00. Claro que esse número pode variar muito dependendo das suas margens. Assim como, obviamente, o ideal é que a diferença entre diária e estimativa de vendas deve ser a maior possível. O importante é sempre ter estes números no radar e brincar com eles. Pode ser que um determinado evento seja mais caro, porém seja interessante institucionalmente para sua marca estar lá, daí você tope o risco. Mas, em via de regra, evite eventos em que a diária é muito cara, e, nem que você venda muito, consiga ter uma operação lucrativa. Agora, uma observação importante: existem alguns eventos que cobram por comissão na base da confiança, ou seja, o expositor declara o quanto vendeu e a organização confia na palavra dela para calcular a comissão devida. Nunca, em hipótese nenhum, passe um número diferente do real para pagar menos comissão. Isso é ser desonesto. Se você concordou em pagar uma determinada comissão sobre o valor de vendas, mantenha sua palavra e pague o valor integral. Lembre-se também que o organizador vai ter os números de vendas de todos os expositores. Se o seu número for mais baixo que a média dos demais, não só acenderá suspeitas sobre sua postura, como também deixará de ser interessante para a organização contar com você em outras ocasiões, já que sua marca não rende tanto para o evento como as outras. Acredite, o mundo de eventos é menor do que você imagina, não cometa o erro de pensar no curto prazo e assim prejudicar relações que poderiam te levar longe no médio e longo prazo. Sobre a forma de pagamento, normalmente, quem cobra por diária, pede pagamento integral antes do evento, e os que trabalham por comissão cobram de duas formas: ou logo em seguida ao evento, no próprio local, ou na semana seguinte. Neste caso, vale outra observação: pague na data combinada. Isso demonstra profissionalismo e abre portas para sua marca expor mais vezes naquele local. HÁ CONTRATO PARA EXPOR? Especialmente quando for expor em locais novos, em que não conhece a empresa organizadora, peça um contrato e analise com bastante cuidado. Caso a empresa não forneça um, busque outras garantias de profissionalismo e integridade, como conversar com marcas que já tenham feito eventos com ele para se certificar de que eles cumprem o que prometem. -- Todos os itens vistos aqui devem ser estudados como forma de decidir se vale a pena ir ou não ao evento. Repare que estamos deixando claro que você não deve aceitar ir a qualquer evento. Muito pelo contrário, a decisão de ir deve ser feita com muita calma. O ideal é que o seu cronograma de eventos no ano seja feito de forma minuciosa, para que não se perca tempo, dinheiro e esforço à toa. Assim, para se vender 10 vezes mais em eventos de Moda Independente, o primeiro passo é saber escolher de forma estratégica quais eventos ir. Agora, caso você tenha feito toda a análise anterior, e chegado à conclusão de que vale encarar o desafio, começa então uma segunda etapa do planejamento, mais focada em nos detalhes operacionais da sua participação. Algumas empresas de eventos costumam trabalhar com o Manual do Expositor. Pode ser que alguns locais tenham um outro nome para este documento, mas ele nada mais é que um arquivo que contém informações sobre as normas do local para os expositores. Além destas informações do local, outra parte que exige um planejamento prévio é referente à sua operação, com detalhes para você chegar com sua marca preparada ao evento. Sendo assim, os itens a seguir resumem todas as informações que você deve levar em conta para se planejar, a começar por: LOCAL DO STAND Este é um item que poderia estar também na sessão anterior, pois este item também pode ser primordial para se decidir se um evento vale a pena ou não. O local onde seu stand vai ficar pode fazer TODA a diferença no resultado. Procure conhecer o local antes e converse com os expositores para conseguir o melhor lugar. Poucas marcas se preocupam com isso então há grandes chances de eles não se importarem em dar preferência para sua marca. Caso o evento já esteja cheio, e você não consiga um espaço legal, tente negociaralgum desconto no valor a pagar. O organizador vai saber que aquele ponto é mais fraco, e por isso vai ter mais flexibilidade para negociar, já que pouca gente vai querer estar lá. ESTRUTURA E DECORAÇÃO DO STAND A partir do momento que você identifica uma data sazonal próxima, pense com carinho na decoração do seu espaço. Não precisa mudar tudo, mas, como falamos antes, detalhes podem fazer a diferença para atrair o público. Uma vez pensado isso, cheque sua estrutura, e se certifique está tudo ok com ela. Evite sustos e imprevistos, como descobrir que sua arara ou mesa está quebrada no dia do evento. Esses imprevistos sempre acontecem, pois a estrutura está sempre indo de lá pra cá e no caminho peças se quebram sem você perceber. O único método de prevenção é checar tudo com antecedência. QUANTAS PEÇAS LEVAR? Baseado em todo o estudo feito para decidir se o evento vale a pena ou não, faça uma estimativa sobre quantas peças você deve levar. Não seja surpreendida na hora com estoque a mais ou a menos. Leve em conta seu histórico de vendas. Ao invés de levar uma quantidade igual de todos os itens, procure saber quais as peças que vendem mais e dê preferência para elas. Lembre sempre de Pareto. A quantidade de itens que você pode levar é finito, é o que cabe na mala ou no carro. Então, dê preferência para as que dão mais resultado. Já vimos algumas marcas que começavam o evento muito bem, e depois o desempenho ia diminuindo. E a razão disso era que os melhores produtos iam se esgotando, e daí só sobrava para as pessoas comprarem aqueles itens que ninguém quer. Não cometa esse erro. COMO SERÁ A MONTAGEM E DESMONTAGEM? Caso não haja um Manual do Expositor, vá atrás dessas informações junto à organização do evento. Tenha uma noção clara de quanto tempo você precisa para montar sua estrutura e calcule sua chegada com uma margem de folga para estar pronta no horário em que o evento abre. Preste atenção também no horário da desmontagem. Certifique-se que você conseguirá desmontar toda sua estrutura antes do horário máximo permitido pela organização, para evitar qualquer tipo de mal-estar. Não seja aquela marca chata que fica por último, atrasando os organizadores que estão tão cansados quanto você. Eles vão se lembrar disso na hora de fechar os expositores do próximo evento. COMO CHEGAR AO LOCAL? Procure ir ao local antes do evento para conhecer o trajeto. Ainda, cheque se no dia haverá algum evento nas redondezas que por ventura possa prejudicar o trânsito. Especialmente aos finais de semana, sempre pode haver ruas bloqueadas, outros eventos, protestos, ruas perto de rodovias com tráfego intenso, etc... Chegar atrasado faz você parecer pouco profissional, além da correria que é montar tudo às pressas. Cheque também como ir, se de carro, de táxi, se for de carona. Cheque sempre se está tudo ok um dia antes para evitar imprevistos. Caso vá de carro, procure ver com a organização se há local para estacionar perto. QUAL SERÁ MINHA EQUIPE? De acordo com a expectativa de vendas que você pesquisou, calcule a quantidade de vendedores necessária. Esta é uma decisão extremamente importante, pois qualquer erro pode ser fatal. Levar equipe a mais para um evento fraco significa mais prejuízo e vendedores ociosos no ponto de venda, o que não costuma gerar boa impressão. Levar equipe a menos em um evento com bastante público pode irritar os clientes por causa da demora no atendimento, além de, consequentemente, prejudicar muito suas vendas, já que muita gente irá embora sem comprar. Caso não tenha experiência em contratar equipe para eventos, peça indicações de vendedores para outras marcas, assim como cheque também qual valor de diária o pessoal está pagando. QUAL É A MINHA META DE VENDAS PARA ESTE EVENTO? Já citamos algumas vezes a sua estimativa de vendas, mas aqui estamos falando de meta, que deve ser um número maior que sua estimativa. Sua meta deve ser desafiadora, deve ser o número que te faça voltar para casa sendo a pessoa mais feliz do mundo. Caso tenha uma equipe de vendedores, divida essa meta com eles e dê algum tipo de bonificação caso o número seja atingido, seja comissão nas vendas ou um valor extra na diária. Tenha em mente também uma bonificação para você caso atinja o número esperado. Exemplo: “se eu vender R$ 5.000,00 no sábado, vou tirar uma manhã OFF da próxima semana para descansar... “ Por mais bobinho que pareça, este tipo de auto bonificação pode fazer um efeito poderoso na sua motivação. Uma vez que tenha o número em mente, trabalhe focado em cumpri-lo. Estes foram todos os itens a serem levados em conta para a decisão de ir ou não a um evento, assim como os principais detalhes operacionais que você deve considerar para sua participação. Fique tranquilo que, nós próximos capítulos, ainda falaremos sobre diversos fatores relevantes para o sucesso do seu evento. O mais importante é que você leve daqui a consciência de que a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso de um evento para a sua marca é 100% sua, pois, mesmo que a culpa pelo fracasso seja de falhas da organização, a decisão de participar foi sua e você deveria ter previsto isso antes através de planejamento. Leve também deste capítulo a importância de se ter tempo para pensar sua marca de maneira estratégica. Saia mais da operação e dedique tempo à estratégia para tomar decisões mais sólidas e fundamentadas. Isso fará toda a diferença nos seus resultados. 2: É PRECISO SABER VENDER. VENDAS É TUDO Tempos atrás, o Vitrine360 teve uma loja temporária em um pequeno espaço em Pinheiros, São Paulo. Ficamos lá por alguns meses, e as vendas nunca iam bem. Tentávamos de tudo: mudar os móveis, o mix de produtos, fazer promoções, ações de marketing, etc... Mesmo assim, as vendas não davam sinal de reação. Até o dia em que, um dos nossos vendedores de lá (a loja tinha um vendedor por turno) teve um problema particular e não pôde ir trabalhar. Como ele nos avisou no dia, cerca de uma hora antes da loja abrir, tivemos que encontrar um substituto às pressas. Por sorte, um amigo nos recomendou um conhecido que morava perto e, rapidamente, conseguiu chegar à loja a tempo dela abrir no horário. Para piorar, nesse dia estávamos com a agenda lotada no escritório, então ninguém conseguiu ir até a loja para dar o mínimo de orientação ao vendedor. O máximo que conseguimos foi falar com ele por telefone e dar apenas orientações básicas, mais sobre o operacional da loja mesmo, pois, não tinha como treinar um vendedor em uma ligação de 10 minutos com a loja já funcionando. Na nossa cabeça, o dia já estava meio perdido, se ele conseguisse fazer o básico, já seria mais que suficiente. Pois bem, ao final do dia, na hora de ir até a loja para fechar o caixa, levamos um susto. A loja havia vendido 10 vezes mais do que o dia anterior, cujas vendas haviam sido na média de todos os outros dias em que estávamos lá. Nossa primeira reação foi de espanto. Curioso, eu fui procurar o dono do Mall, para saber o que havia acontecido ali aquele dia para termos vendido tanto. Para minha surpresa, ele ficou tão assustado como eu, pois eles não haviam feito nada de especial naquele dia, e o público tinha sido o mesmo de sempre, fraco. Foi aí que minha ficha começou a cair: a culpa só podia ter sido do nosso vendedor. Fui até ele para descobrir o que havia acontecido e logo de cara percebi: ele era um ótimo vendedor. Ao perguntar como tinha sido o dia, ele começou a me explicar as estratégias que tinha usado para vender. “Hoje, como estava calor, coloquei todos os shorts na frente... E quando a cliente se interessava, eu logo mostrava uma blusa que combinasse para mostrar que fazia conjunto. E depois, eu apresentava tudo que era coleção nova, pois o povo ama novidade. Daí, quando diziam que iam comprar qualquer coisa, eu já fazia logo levar duas para aproveitar o passeio...”. Não parou por aí. Ele foi me explicando tudo que tinha feito naquele dia para vender mais, e assim ficou fácil para eu entender como que a loja tinha ido tãobem naquele dia. Obviamente, o vendedor foi contratado e passou a ficar direto no local. No capítulo anterior, começamos falando sobre o problema de se achar que o resultado de um evento tem a ver apenas com problemas externos, como falta de público ou de público comprador. E, quando falamos em vendas, é incrível como acontece exatamente o mesmo: muitas marcas tratam a questão de quem vai vender e como vai vender como algo em segundo plano, como se isso não tivesse interferência no resultado final. Já vi muitas marcas tratarem este assunto de forma tão negligente que, é como se, para elas, ter um cone no lugar do vendedor funcionasse igual, já que, na cabeça delas, o cliente vai comprar ou não independente da vontade do vendedor. Bom, não é bem assim. Não é nada assim. Especialmente num mercado como este, de moda, no qual boa parte das compras acontece no impulso, um bom vendedor consegue fazer toda a diferença. O que ocorre é que, por algum motivo que não conseguimos entender, muitas marcas não só negligenciam o papel do vendedor como até demonstram um preconceito quanto ao tema, como se o ato de vender fosse de alguma forma algo de menor qualificação. Ou então, por associar vendas com aquelas figuras clássicas do vendedor chato e insistente. Veja bem, sejamos pragmáticos: queira você ou não, sua empresa precisa muito de vendas, pois elas trazem faturamento, que traz fluxo de caixa, que traz fôlego e crescimento para sua empresa. O seu sonho de empreendedor só será realizado se sua empresa tiver vendas. Caso contrário, ele quebra e sua marca, feita com tanta dedicação, desaparece. Pode ser que você reconheça a importância de um bom vendedor no ponto de venda, apenas não se julgue qualificado para fazer isso. Neste caso, você pode sim delegar essa tarefa. Porém, existem duas considerações a se fazer: Independente de ser você quem fica no ponto de venda ou um vendedor contratado, você deve saber como um vendedor deve se comportar, para saber orientar seus subordinados e saber se eles estão fazendo o trabalho corretamente. Além disso, mesmo que você não seja o vendedor da sua marca, isso não significa que você pode se dar ao luxo de ficar escondido e recluso durante o evento, já que ali é uma oportunidade única de se fazer networking para encontrar novos parceiros e fazer novos negócios. Sim, não adianta tentar escapar das vendas, pois de alguma forma você terá que estar envolvido com esta parte do seu negócio. Aos poucos, conforme você vai frequentando mais eventos, você aprende que, caso você esteja com o seu “radar” ligado, é lá que vão surgir grandes oportunidades para sua marca. Olhando para trás, vendo a breve história do Vitrine360, posso afirmar que todas grandes mudanças começaram após conversas durante eventos. O sucesso de um evento acabou levando a outro, depois outro, depois outro, até que, quando vimos, tínhamos um cronograma anual de feiras nas mãos. E mesmo as lojas físicas, também aconteceram no meio disso tudo graças a contatos que foram surgindo ali no meio. Para sua marca, um evento pode significar conhecer marcas para parcerias, estreitar relações com os organizadores, fechar novos eventos e fazer novas amizades que podem render frutos no futuro. Por isso que, neste capítulo, trataremos destes dois temas: como ser um bom vendedor no ponto de venda e como aproveitar ao máximo um evento para se criar novos relacionamentos e fazer novos negócios. Você verá que muito do medo de vender, se deve apenas ao fato de não se conhecer técnicas simples que vão te trazer muito mais segurança para a hora da prática. A partir do momento em que uma pessoa se sente segura vendendo, a atividade se torna muito mais prazerosa do que você pode imaginar. COMO SE COMPORTAR NO PONTO DE VENDA Primeiro de tudo, vamos começar por quebrar um pré-conceito: ser vendedor não tem nada a ver com ser chato, insistente, intrusivo ou agressivo. Pode ser que você tenha esta impressão por causa de vendedores ruins que já cruzaram seu caminho. Mas é isso, eles nada mais são que vendedores ruins, e não representam a categoria de vendedores como um todo. Lembro uma vez em que um vendedor do banco me ligou oferecendo uma linha de crédito. Era um produto que eu não pedi, não queria e, por mais que eu falasse que não, ele não parava de insistir para conseguir fechar a venda. Depois de muita insistência, o último argumento dele foi um tanto quanto bizarro, ele me disse: “Fecha comigo que só falta essa venda para eu bater a minha meta do mês”. Isso mostra o quanto ele era despreparado para a função que ele exercia, pois, como argumento para eu comprar, ele falava da meta dele, da qual eu não tenho absolutamente nada a ver. Obviamente, eu não comprei nada daquele cara e, mais tarde, aproveitei para mandar uma mensagem ao gerente reclamando da postura do vendedor. Foi uma experiência ruim que eu tive com vendedor. Assim como eu imagino que você também tenha histórias de vendedores mal preparados para contar. Afinal, quem nunca sofreu com um péssimo vendedor de telemarketing? O erro que não se pode cometer é pegar um profissional ruim e achar que ele representa a categoria como um todo, ou seja, achar que, só porque você teve uma experiência ruim com vendedor, logo todos os vendedores são ruins e vender é chato. Experimente então fazer o inverso: pensar num exemplo de alguém que foi um bom vendedor para você. Alguém de quem você comprou algo e lembra com boas recordações. Parece mais difícil, correto? Talvez você não tenha boas referências de vendedores na sua cabeça porque os bons vendedores que já cruzaram seu caminho eram tão bons que você nem se deu conta de que eles estavam te vendendo algo. Tudo não passou de um bate-papo que resultou em você comprando algo da outra pessoa. É isso. Quando um bom vendedor está em ação, a conversa com o cliente flui, nem o vendedor parece estar vendendo nem o comprador parece estar comprando. Convenhamos, para você, não fica mais fácil vender sabendo que, para isso, você precisa apenas engatar um bom bate-papo com seu cliente? É claro, porém, que este bate-papo não é feito de forma aleatória. Existem diversos passos a se seguir, e dos quais falaremos agora. Afinal, espero que, após tudo que você já leu até aqui neste Ebook, já tenha ficado claro que todos as partes do seu negócios devem ser feitas de forma planejada e com estratégia. Como você vai ver a seguir, planejar esta conversa de vendas não faz com que ela pareça decorada e robotizada. Pelo contrário, quanto mais preparado você estiver, maiores as chances da conversa fluir melhor e terminar com uma venda e, quem sabe, um cliente fiel. Seguem então 10 medidas que você deve colocar em prática para melhorar suas habilidades como um vendedor. ESTEJA 100% PRESENTE A partir do momento que o evento se inicia, esqueça o mundo lá fora. Esqueça namorado, namorada, Facebook, Whatsapp, o stress da montagem, o trânsito, a discussão familiar... O que for. Seu foco único e exclusivo dali até o final do dia é o seu cliente e em como fazê-lo a pessoa mais feliz do mundo no seu stand. Essa presença de espírito é fundamental para o sucesso do seu evento. E, convenhamos, não tem nada pior para um cliente do que tentar falar com um vendedor e ver que ele está entretido com o celular. Como dono de marca, nunca faça isso. Caso esteja orientando um vendedor que vai vender para você, deixe claro que celulares só devem ser acionados para casos de emergência. Caso contrário, eles devem estar bem guardados. Também não vale, tanto para você quanto para seus vendedores, levar palavra-cruzada, livro, revista, o que for, pois aí vocês não farão bem nem uma coisa nem outra. Além disso, para se estar presente, é preciso também ter dormido também, se alimentado bem e estar com boa disposição e motivação. Assim, perceba que um evento começa no dia anterior, ao ir para cama cedo a tempo de descansar. Nunca vá para um evento doente, com sono ou com ressaca e exija o mesmo das pessoas que trabalham para você. O clientevai perceber isso de alguma forma, seja na sua postura, seja no seu mau humor, e isso interfere diretamente nas vendas. ESTEJA EM CONSTANTE MOVIMENTO Não se esconda atrás do stand, nem passe o dia inteiro sentado. Por mais tentador que seja sentar, pense que aquela é a hora da verdade, e que você deve estar preparada para tal. Quando você senta, a mensagem que o comprador recebe é que você não está com tanta vontade de falar com ele. Mesmo nas horas em que não há ninguém por perto, evite ficar parado olhando para o nada. Esteja sempre ativo, arrumando os produtos e a decoração. Além de manter o local sempre organizado, isso chama atenção de pessoas que podem estar observando seus produtos de longe, e assim ficarão mais propensas a se aproximar. O Ato de mexer nos produtos coloca vendedor e comprador no mesmo patamar, quebra a barreira entre os dois e facilita a conversa. Já vi muitas vezes clientes chegarem ao um stand no qual o vendedor está sentado distraído e perguntar: “posso dar uma olhada?” ou então “está aberto?”. Claro que o cliente pode dar uma olhada e claro que o stand está funcionando, mas o problema é que a postura do vendedor não passa essa impressão. Já quando o vendedor está de pé e em movimento, é mais comum que as pessoas já cheguem mexendo nos produtos e tirando dúvidas, pois a postura ativa do vendedor deixa claro que o espaço está aberto e o cliente pode ficar a vontade para mexer também. SORRIA Esta é a regra número 1 para se gerar empatia em qualquer situação: sorrir. Tem até uma frase bem bobinha que eu escutava em um comercial de TV e nunca esqueço: Quando você sorri, o mundo inteiro sorri de volta. É bobinha, mas é a pura verdade. E, como vendedor, deve ser sua primeira atitude ao ver um cliente se aproximando, para que ele se sinta bem vindo ali. Caso o sorriso inicial evolua para uma conversa, mantenha sempre o sorriso no rosto e uma postura amigável. Se possível, use o bom humor também, apenas tome cuidado com piadas, pois, dependendo de qual for, o cliente pode se sentir ofendido. Ser bem humorado tem muito mais a ver com ser uma pessoa agradável e gentil do que com ser um humorista. O sorriso comunica o seu estado de espírito. Mostra que você está disposto e feliz de estar ali, e também faz com que a sua empresa ganhe pontos com o cliente, que assimila sua postura gentil com a sua marca. Caso, por qualquer motivo, o seu cliente aparente estar mal humorado, ou mesmo que algo no seu stand tenha o feito ficar bravo, sempre responda com um sorriso e nunca, em hipótese nenhuma, entre em uma discussão com ele. Seja sempre você quem dita o tom da conversa, e faça questão que este tom seja amigável, pois essa é a essência que sua marca deve passar a todos. CONTE SUA HISTÓRIA Uma das coisas mais curiosas que vemos acontecer com frequência em eventos de moda são marcas que fazem seu produto com tanto carinho para vendê-los como se fosse um item qualquer, como se o cliente estivesse comprando uma blusinha na Zara ou na Forever 21. Pessoas não compram produtos, elas compram a sua marca e a história por trás de cada peça. Aproveite que essa é uma vantagem única que você tem em relação aos produtos de lojas grandes e tradicionais. Eles não têm história. São apenas vestidos, blusas, acessórios normais, que a vendedora não sabe a procedência. Já os seus produtos, ao contrário, são artesanais, e tem o seu processo de produção por trás que vale ser compartilhado com seus clientes. Essa é, inclusive, uma excelente forma de começar uma conversa. Ao ver o cliente se aproximar de determinado produto, conte como você o produz, de onde surgiu a idéia de fazê-lo, e porque aquele produto é especial. Quanto melhor a história que você contar, mais o cliente vai se sentir disposto a comprar seu produto. Isso porque ele vai passar a dar mais credibilidade para a sua marca e confiar mais em você. Saiba que, quando um cliente entre em uma loja tradicional, uma Zara, por exemplo, ele já conhece aquela marca, já sabe que pode confiar nela e que não terá problemas ao comprar lá. Já no seu stand, exceto no caso em que o cliente já te conhece, não. Uma das objeções que as pessoas vão ter para comprar de você é: será que posso confiar nessa pessoa? Será que os produtos dela são de qualidade? E é aí que o seu discurso fará toda a diferença. Ao contar dos seus produtos e da sua marca, você quebrará a objeção da falta de confiança, e assim o cliente se sentirá mais confortável em comprar. FAÇA PERGUNTAS ABERTAS PARA IDENTIFICAR INTERESSES Falar sobre sua marca é importante, mas nunca esqueça que o protagonista ali é o cliente. Por isso, tenha o bom senso de ser conciso nas suas falas para não parecer chato. Para evitar que isso aconteça e trazer o cliente para a conversa, o melhor jeito é através de perguntas para identificar interesses da pessoa. O que recomendamos é que, nesse caso, você evite perguntas fechadas, que são aquelas em que o cliente pode responder apenas um sim ou não e assim não dar prosseguimento ao papo. O que você pode fazer é explorar perguntas abertas. Dessa forma, ao invés de perguntar: “você gosta de X?”, pergunte: “do que você gosta?”. Isso tira seu cliente da zona de conforto, faz com que ele fale mais, e essa é uma ótima hora para se identificar interesses e passar a fazer recomendações mais personalizadas. Se você conhece a tecnologia por trás de lojas virtuais, já deve ter ouvido falar das vitrines personalizadas, que são telas que, graças a um algoritmo acionado pelos cliques do cliente, começam a mostrar uma seleção de produtos de acordo com o comportamento do dele na página. Dessa forma, se um cliente clica em um vestido vermelho, o algoritmo passa a mostrar para ele mais vestidos, e mais opções de cores próximas do vermelho. O que você deve fazer na venda física é basicamente a mesma coisa. A partir do que o cliente fala e demonstra interesse, você passa a recomendar peças semelhantes. Isso aumenta muito as chances de compra, pois caso um detalhe não agrade em um vestido, por exemplo, a cliente já terá em mãos várias outras opções para escolher. SAIBA TUDO SOBRE SEUS PRODUTOS Pode parecer meio estranho pedir para que você saiba tudo sobre seus produtos, já que eles são da sua marca e é óbvio que você os conhece. Mas este item vale especialmente para casos em que a marca começa a contratar vendedores para vender no lugar do dono. Uma vez, quando eu administrava um galpão de eventos em São Paulo, eu vi esse problema acontecer na minha frente. Uma moça vendia brigadeiros artesanais no local, e era muito boa fazendo isso já que, como era ela quem fazia os doces, ela sabia explicar tudo sobre eles de forma muito simpática. Até o dia em que ela decidiu expor em duas feiras ao mesmo tempo e, para isso, contratou uma pessoa para ficar no lugar dela. Por falta de experiência, ela acabou não treinando a vendedora o suficiente e assim, o que aconteceu ali naquela tarde foi um show de horrores. A mulher mal sabia responder à pergunta mais básica de todas, sobre quais eram os sabores disponíveis. Qualquer pergunta mais complexa, então, gerava uma resposta pior ainda. De forma que eu me senti obrigado a intervir. Telefonei para a dona da marca e pedi que ela fizesse algo a respeito, pois ela estava perdendo muitas vendas. Conforme falamos anteriormente, quando o cliente não conhece a sua marca, a conversa entre vocês deve servir para que ele ganhe confiança e se sinta mais seguro em comprar. Porém, quando ele faz uma pergunta e você não sabe a resposta, isso acende uma luz vermelha bem grande na cabeça dele. Pois ele pensa: se a responsável pela marca não sabe a resposta, como que eu vou confiar nesses produtos? Por isso que o treinamento do vendedor é um item primordial para quem quer estar em pontos diferentes ao mesmo tempo. Dedique o tempo que precisar para esta atividade, pois um vendedor bem treinado vale por dois. Explique a história da sua marca, o mix de produtos, como cada um deles é feito, tudo. Treine também as possíveis
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