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Maconha e apetite
O uso da maconha é amplamente conhecido por estimular o apetite, 
fenômeno conhecido como "fome de maconha" ou "munchies". Esse 
efeito se deve principalmente à interação dos compostos da cannabis, 
como o THC, com o sistema endocanabinoide do cérebro, que regula 
diversas funções fisiológicas, incluindo o apetite e o metabolismo.
Quando uma pessoa consome maconha, o THC se liga aos receptores 
canabinoides presentes no hipotálamo, uma região do cérebro 
responsável pelo controle do apetite. Isso leva a um aumento da 
produção de hormônios como a grelina, que estimula a sensação de 
fome, e uma redução da liberação de leptina, que normalmente inibe 
o apetite. Consequentemente, o indivíduo sente uma vontade 
incontrolável de comer, especialmente alimentos saborosos e ricos 
em calorias.
Além dos efeitos diretos no cérebro, a maconha também pode 
influenciar indiretamente o apetite, por exemplo, potencializando os 
sentidos do olfato e paladar, o que torna os alimentos mais tentadores 
e saborosos. Estudos sugerem ainda que a cannabis pode alterar a 
microbiota intestinal, afetando o metabolismo e a sensação de 
saciedade.
Maconha e sono
A relação entre o uso da maconha e o sono é um tópico amplamente 
estudado na área da psicologia. Estudos mostram que o consumo de 
maconha pode ter tanto efeitos positivos quanto negativos no sono, 
dependendo da dose, frequência de uso e características individuais.
Em doses moderadas, a maconha pode ajudar algumas pessoas a 
adormecer mais rapidamente e melhorar a qualidade do sono. Isso se 
deve ao efeito sedativo de alguns compostos presentes na planta, 
como o THC, que podem diminuir o tempo de latência do sono e 
aumentar a quantidade de sono REM. No entanto, o uso prolongado e 
em altas doses pode levar a distúrbios do sono, como dificuldade em 
adormecer, sono fragmentado e menor tempo de sono total.
Além disso, a abstinência de maconha após uso crônico pode causar 
insônia, pesadelos e outros transtornos do sono, resultando em uma 
qualidade de sono prejudicada a longo prazo. Portanto, é importante 
entender os efeitos complexos da maconha no sono e buscar 
orientação médica para um uso seguro e saudável.

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