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TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS - e INDUZIDOS POR SUBSTÂNCIAS - EFEITOS DA COCAÍNA E DA MACONHA

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TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS (DSM-5) 
DICIPLINA: PSIQUIATRIA
· Uso contínuo e recorrente de uma substância (que deve ser especificada no diagnóstico) mantido.
· Preconceito e estigma afastam as buscas de tratamento
· Dependência química (envolve fenômenos farmacológicos) X transtornos por uso de substâncias (DSM-5)
· Na dependência química o diagnóstico visa responder algumas questões:
1. Este paciente tem ou não problemas com uso de substancias?
2. Este uso é uma dependência?
3. Este paciente tem ou não um transtorno por uso de substâncias?
4. Este diagnostico requer tratamento?
5. Este diagnóstico tem repercussões/implicações no trabalho ou para a justiça?
6. Se ele tem um diagnóstico o sistema de saúde deve pagar pelo seu tratamento?
ADICÇÃO:
ADICTO: adjetivo – que se apega ou se afeiçoa, dedicado, devotado. – Dependente de – submisso.
ADICÇÃO: doença cerebral e não uma condição normal ou de falha de caráter.
A dependência de drogas é uma doença cerebral complexa, caracterizada por compulsão, as vezes incontrolável – “craving”- há a procura e uso apesar das consequências devastadoras
 – Os comportamentos decorrem de alterações tanto na estrutura quanto na função cerebral induzido por drogas.
Dipsomania= necessidade incontrolável de ingerir bebida alcoólica.
Benjamin rush (1791) = “beber começa como um ato de vontade, caminha para um hábito e finalmente afunda na necessidade” – ajudou a fundamentar o atual conceito de dependência química.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA:
· Existe continnum – ninguém fica dependente da noite para o dia.
· Existe diferença de gêneros.
· Existem diferenças culturais - Exercem influência no curso e prognóstico da doença.
EFEITOS AGUDOS E CRÔNICOS NO SNC E EM OUTROS SISTEMAS:
DROGAS DEPRESSORAS: álcool, benzodiazepínicos, solventes ou inalantes, opiáceos
DROGAS ESTIMULANTES: anfetaminas, cocaína, crack
DROGAS PERTUBADORAS: maconha, LSD, êxstase....
NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS: GABA, glutamato, acetilcolina, serotonina, noradrenalina, dopamina.
OS TRANSTORNOS RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS ABRANGEM 10 CLASSES DISTINTAS DE DROGAS: 
1. 
2. Álcool 
3. Cafeína 
4. Cannabis
5. Alucinógenos
6. Inalantes
7. Opioides
8. Sedativos, hipnóticos e ansiolíticos 
9. Estimulantes (anfetamina, cocaína e outros)
10. Tabaco
11. E outras substâncias desconhecidas
SISTEMA DE RECOMPENSA:
· Drogas consumidas em excesso fazem a ativação direta do sistema de recompensa do cérebro (envolvido no reforço de comportamentos e na produção de memórias.)
· A ativação do sistema de recompensa é tão intensa a ponto de fazer atividades normais serem negligenciadas 
· Amígdala e hipocampo – relacionados a memória: ajudam a lembrar o que foi feito que levou ao estado de prazer, registrando memórias de pessoas, lugares, objetos e situações que levaram àquela sensação.
· Diversos estímulos associados a estas memórias podem ativar o desejo de voltar a experimentar aquela situação prazerosaOs transtornos relacionados a substância são classificados em dois grandes grupos:
1.TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS 2. TRANSTORNOS INDUZIDOS POR sssssssssssssssssssssssssssssssssssSUBSTÂNCIAS
1. TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS (DSM-5)
 Tem-se o uso contínuo e recorrente de uma substância mantido apesar de problemas significativos que dele decorrem.
O indivíduo apresenta:
1. Dificuldade importante ou baixo controle sobre tal uso;
2. Prejuízos psicossociais e sociais evidentes
3. Riscos físicos e psicológicos;
4. Fenômenos farmacológicos como tolerância e abstinência 
BAIXO CONTROLE SOBRE O USO: 
· É um elemento básico desses transtornos;
· Se expressa pelo fracasso ao tentar reduzir/regular o consumo;
· O indivíduo pode gastar muito tempo para obter a droga e grande parte das atividades diárias gira em torno da droga.
· Há fissura (desejo forte ou necessidade intensa de usar a droga) pelo uso quando o indivíduo está em um ambiente onde a droga foi consumida/obtida anteriormente. (como um gatilho)
PREJUÍZO PSICOSSOCIAL:
· Se verifica pela dificuldades em cumprir as obrigações (estudo, trabalho, casa), bem como pelo abandono de importantes atividades sociais, profissionais, estudantis e recreacionais em virtude do uso.
RISCOS À INTEGRIDADE:
· Física ou psicológica. Pex: dirigir embriagado, ir para lugares perigosos para obter a droga.
FENÔMENOS FARMACOLOGICOS:
	TOLERÂNCIA
Necessidade de doses cada vez maiores da substância para produzir o mesmo efeito desejado OU o efeito nas mesmas doses é acentuadamente reduzido com o passar do tempo. 
Exemplos de drogas que frequentemente apresentam tolerância: álcool, opioides, benzodiazepínicos
	ABSTINÊNCIA
Ou síndrome de abstinência ocorre quando a concentração da droga no organismo da pessoa diminui e o indivíduo passa a apresentar sintomas , como tremores, ansiedade, sudorese, insônia ou sonolência
2. TRANSTORNOS INDUZIDOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS (DSM-5)
TRANSTORNOS INDUZIDOS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA SUBSTÂNCIA NO CÉREBRO.
Intoxicação, síndrome de abstinência, quadros psicopatológicos (psicoses, quadro de humor – depressão, mania- quadros ansiosos, delirium e transtorno neurocognitivo.
· Potencialmente graves, geralmente temporários, mas ás vezes podem gerar síndromes permanentes no SNC.
· 
· Transtornos psicóticos
· Transtornos bipolar e relacionados
· Transtornos depressivos 
· Transtornos de ansiedade
· Transtornos obsessivo-compulsivo
· Disfunções sexuais
· Delirium
· Transtornos neurocognitivos.
INTOXICAÇÃO:
Síndrome reversível específica com alterações comportamentais ou mentais, como: prejuízo do nível de consciência (embriaguez, sedação, torpor), perturbação da percepção, da atenção, do pensamento, do julgamento e do comportamento psicomotor, além da agressividade, beligerância ou humor instável, causados por uma substância recentemente ingerida.
Binge: episódios de consumo intenso, rápido e compulsivo, que se relaciona intimamente à intoxicação...
COCAÍNA/CRACK:
· princípio ativo extraídos das folhas de uma planta chamada Erythroxylon coca. 
 (Montanhas dos Andes) 
· Ação estimulante no sistema nervoso central, inibe a recaptação de dopamina na fenda sináptica.
· Segunda metade do século XIX um alcaloide foi estraído da cocaína e disseminado pela Europa e America do Norte. Foi descrito como um fármaco milagroso.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
· Folhas de coca: mastigadas. 
· Pasta de coca: fumada. Tem seu pico segundos e dura 5 a 10 minutos
· Pó: inalado, injetável
A droga se usada oral tem absorção lenta de apenas 25% da droga ingerida. 
A droga atravessa a placenta
Metabolismo é hepático e sanguíneo.
CRACK: mistura de cocaína em forma de pasta não refinada com bicarbonato de sódio. Se apresenta na forma de pequenas pedras é fumado e pode ser até 5 vezes mais potente do que a cocaína. Efeito dura em média 10 minutos.
CRACK É MAIS ADICTIVO QUE A COCAÍNA: o crack possui uma absorção muito maior e muito mais rápida (via pulmonar) seu início de ação ocorre entre 8 a 10 segundos com duração mais curta dos seus efeitos, entre 5 a 10 minutos enquanto o início de ação da cocaína é em torno de 20 a 30 minutos a depender da via de absorção com duração de 3 horas.
A fissura pelo crack é maior. E atinge picos plasmáticos maiores que o uso de cocaína endovascular. 
EFEITOS NA PSIQUE:
· 
· Euforia 
· Sensação de bem-esta
· Estimulação mental e motora
· Aumento da autoestima
· Agressividade
· Irritabilidade
· Inquietação 
· Anestesia 
EFEITOS PSÍQUICOS E SOCIAIS:
· Desconfiança e persecutoriedade
· “depressão”
· Isolamento
· Desinibição
· Taquilalia
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA/ CRASH:
· ↓ humor e energia = lentificação e fadiga. 
· Depleção da dopamina em nível sináptico. 
· Craving – humor depressivo, ansiedade e paranóia 
· 1 a 4 horas
Boas Práticas no Tratamento dos Usuários de Crack e Cocaína 
Capacidade de se organizar serviços que possam:
 1) oferecer ao cliente/paciente um atendimento que trabalhe a crise imediata 
 2) e ao mesmo tempo ofereça um plano de tratamento de longa duração. 
 3) dar ao cliente/pacientediferentes abordagens e opções de tratamento.
CANNABIS SATIVA:
· A planta Cannabis sativa tem suas folhas do terço superior e, principalmente, suas flores, das plantas femininas, recobertas por pêlos secretores.
· No topo desses pêlos, existe uma glândula, que concentra uma grande quantidade de substâncias, com uma estrutura terpeno fenol – recebe o nome de fitocanabinoides/ canabinoides, não detectada em outras plantas. 
· O rompimento dessas glândulas libera canabinoides ativos, que constituem a resina que as recobre
· ∆9-tetra-hidrocanabinol (∆9-THC), responsável pelos efeitos psicoativos da planta- um dos principais canabinoides
· São conhecidos cerca de cem canabinoides, com pouca ou nenhuma psicoatividade, porém com outros efeitos, muitos deles com potencial terapêutico.
CANABIDIOL (CBD):
· Canabinoide que chega a constituir até 40% do extrato da maconha, apresenta vários efeitos opostos aos do ∆9-THC, como efeito ansiolítico e antipsicótico. Ele também reduz o efeito do ∆9-THC ao competir pelos mesmos receptores (já existem até aprimoramento genético para reduzir a concentração de canabinoide e aumentar a de ∆9-THC na droga ilegal)
· Os principais sistemas neurais regulados pelos endocanabinoides são o GABAérgico (inibitório) e o glutamatérgico (excitatório)
Maconha — é a mistura de flores, de folhas e de sementes secas, com aparência marrom-esverdeada, em um papel de cigarro. A concentração de THC nos anos 1960 era de 1%; hoje, de 4 até 20%. 
Haxixe — é uma preparação para aumentar a potência de THC de 2 a 20%. É uma resina concentrada em forma de blocos e tabletes de cor marrom-escura ou preta. É usado em cachimbo, cigarro ou consumo oral. 
Óleo de hash — é uma concentração com uso de solvente, aumentando a concentração de THC em 15 a 50%: algumas gotas com tabaco, cachimbo; também pode ser aquecido e inalado. 
Sinsemilla — o cultivo é feito sem fertilização. Ocorre o aumento da concentração de THC em 7 a 14% ou mais.
AÇÃO AGUDA DA MACONHA NO CÉREBRO:
· Alterações da velocidade psicomotora e perceptivas.
· Dificuldades na memória imediata. 
· Dificuldade na recuperação de dados depois de curto período. 
· Alteração da performance cognitiva complexa, englobando mudanças no foco atencional, inibição de respostas automáticas. 
· Alteração da capacidade de abstração.
· Respostas prematuras e impulsivas; 
· Dificuldade para inibir comportamentos inapropriados; 
· Diminuição da atenção voluntária (dificuldade para inibir estímulos); 
· Aumento do tempo para concluir tarefas cognitivas (e não diminuição do desempenho); 
· Produção de sintomas negativos e positivos semelhantes aos da esquizofrenia (ansiedade, alterações perceptivas, euforia, desatenção e falhas de memória) — ilusões e alucinações visuais e auditivas.
(obs: sintomas positivos: elementos normais que são prejudicados- p.ex: memória / sintomas negativos: elementos que não são normais em uma pessoa saudável – pex: alucinações)
AÇÃO CRÔNICA DA MACONHA NO CÉREBRO:
· Quanto mais cedo o início do uso/consumo, maior a possibilidade de prejuízos futuros. 
· O efeito deletério é cumulativo e parece ser dose-dependente, até atingir uma relevância clínica de prejuízos, principalmente, cognitivos. 
· Há maiores prejuízos na memória e na atenção, mesmo fora do período de intoxicação.
· Há dificuldade em filtrar informações irrelevantes.
· Ocorre diminuição na capacidade de aprendizado. 
· Há dificuldade de planejamento, de reconhecimento de estratégias, de funções executivas e de aprendizado com a própria experiência.
· Os usuários podem apresentar dificuldades de habilidades verbais novas. 
· Há uma provável recuperação apenas parcial após um período significativo de não uso.
SÍNDROME AMOTIVACIONAL CAUSADA PELO USO FREQUENTE DE MACONHA
· Isolamento social
· Retardo psicomotor
· Autonegligência 
· Passividade 
· Prejuízo acadêmico com abandono dos estudos e repetidas ausências às aulas.
· Diminuição da capacidade para resolver problemas 
· Prejuízo da capacidade de julgamento e dificuldades para tomar decisões
· Diminuição de interesse pela aparência pessoal, apatia
· Inércia, falta de objetivos na vida
· Diminuição da vontade: redução da produtividade; falta de motivação; diminuição dos impulsos 
· Fatigabilidade, perda do interesse pelas atividades sociais acadêmicas e ocupacionais ou qualquer atividade direcionada a um objetivo
O USO DE MACONHA RESULTA TAMBÉM EM: 
DEPENDÊNCIA: 
 Saliência do uso (passa a usar mais e em outros momentos que antes não usava),
Estreitamento do repertório (fuma em determinadas situações que antes não fumaria), reinstalação rápida de sintomas de dependência após o período sem uso, sinais e sintomas de abstinência e de tolerância. O risco de dependência aumenta com o consumo. O uso compulsivo é semelhante ao de outras drogas.
SÍNDROME DE ABSTEINÊNCIA:
 Fraqueza, hipersonia e retardo psicomotor; e ansiedade, inquietação, depressão e insônia. 
Os sintomas de abstinência iniciam, usualmente, 24 horas após o último uso e atingem o pico em 2 a 3 dias.
TÊM SIDO ENCONTRADAS EVIDÊNCIAS DE QUE : 
· O uso precoce de cannabis aumenta o risco de desenvolvimento de psicose;
· Uma relação de dose-efeito do uso de cannabis tem sido considerada para sintomas psicóticos; 
· Sendo identificada maior vulnerabilidade para indivíduos que fazem uso da droga durante a adolescência;
· Assim como aqueles que haviam apresentado sintomas psicóticos prévios; 
· Aqueles que tinham elevado risco genético para desenvolverem esquizofrenia.

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