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ED 4_PERÍODO

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Caro(a) Estudante! 
Os Estudos Disciplinares são unidades de estudos de caráter obrigatório nos cursos de 
graduação e tecnológicos das nossas instituições, constituindo um eixo estruturante de 
formação inter e multidisciplinar que perpassa todos os períodos dos cursos. Procure 
aproveitar esses momentos para ampliar seus conhecimentos e promover ganhos em sua 
aprendizagem. Espero que os Estudos Disciplinares cumpram seu papel e oportunizem a você 
melhor desempenho nas questões que envolvam raciocínio lógico e interpretação, como 
forma também de resgatar conteúdos da Educação Básica. Neste semestre trabalharemos com 
linguagens e seus códigos. As questões deste caderno foram retiradas das provas de Enem, 
Concursos Públicos e Enade de anos anteriores. 
Bom trabalho! 
Coordenação Pedagógica 
 
QUESTÃO 1 - DISCURSIVA Sobre a implantação de “políticas 
afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos 
de Lei em tramitação no Congresso Nacional, leia os dois textos a seguir. Texto 
I “Representantes do Movimento Negro Socialista entregaram ontem no 
Congresso um manifesto contra a votação dos projetos que propõem o 
estabelecimento de cotas para negros em Universidades Federais e a criação 
do Estatuto de Igualdade Racial. As duas propostas estão prontas para serem 
votadas na Câmara, mas o movimento quer que os projetos sejam retirados da 
pauta. (...) Entre os integrantes do movimento estava a professora titular de 
Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Yvonne Maggie. ‘É 
preciso fazer o debate. Por isso ter vindo aqui já foi um avanço’, disse.” (Folha 
de S.Paulo – Cotidiano, 30 jun. 2006 com adaptação.) Texto II “Desde a última 
quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional 
um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi 
reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de 
Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, 
acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende a adoção 
do sistema de cotas.” (Agência Estado-Brasil, 03 jul. 2006.) Ampliando ainda 
mais o debate sobre todas essas políticas afirmativas, há também os que 
adotam a posição de que o critério para cotas nas Universidades Públicas não 
deva ser restritivo, mas que considere também a condição social dos 
candidatos ao ingresso. Analisando a polêmica sobre o sistema de cotas 
“raciais”, identifique, no atual debate social, a) um argumento coerente utilizado 
por aqueles que o criticam; b) um argumento coerente utilizado por aqueles 
que o defendem. Disserte sobre o assunto. 
R: Item a) Um dos principais argumentos relacionados à crítica dos 
indivíduos ao sistema de política de cotas tem a ver com o entendimento de 
que essas pessoas teriam maiores “facilidades” para ingressar nas 
universidades, gerando certo desequilíbrio social. 
 
Outro argumento contra a política de reserva de vagas é que a lei é 
inconstitucional, pois de acordo com o artigo 5º da Constituição Federal 
brasileira, somos todos iguais e não há diferença. Desta forma, as reservas de 
cotas podem apenas confirmar a existência social e de racial do país. 
Item b) Por outro lado, um dos principais argumentos para os conflitos 
com defensores está baseado na noção de que o Brasil tem uma desigualdade 
social histórica e deve ser eliminado por meio da efetivação de políticas 
afirmativas como as de cotas. Desigualdade. 
As cotas sociais representam suas próprias razões de existência. A 
lacuna entre escolas públicas e privadas obviamente oferece oportunidades 
diferentes para alunos de diferentes classes sociais. Se não houver vagas para 
alunos de classes sociais desfavorecidas, os candidatos com melhor 
estabilidade financeira continuarão ganhando vagas nas melhores 
universidades. 
 
QUESTÃO 2 - DISCURSIVA Leia com atenção os textos abaixo. Duas 
das feridas do Brasil de hoje, sobretudo nos grandes centros urbanos, são a 
banalidade do crime e a violência praticada no trânsito. Ao se clamar por 
solução, surge a pergunta: de quem é a responsabilidade? São cerca de 50 mil 
brasileiros assassinados a cada ano, número muito superior ao de civis mortos 
em países atravessados por guerras. Por que se mata tanto? Por que os 
governantes não se sensibilizam e só no discurso tratam a segurança como 
prioridade? Por que recorrer a chavões como endurecer as leis, quando já 
existe legislação contra a impunidade? Por que deixar tantos jovens morrerem, 
tantas mães chorarem a falta dos filhos? (O Globo. Caderno Especial. 2 set. 
2006.) Diante de uma tragédia urbana, qualquer reação das pessoas 
diretamente envolvidas é permitida. Podem sofrer, revoltar-se, chorar, não 
fazer nada. Cabe a quem está de fora a atitude. Cabe à sociedade perceber 
que o drama que naquela hora é de três ou cinco famílias é, na verdade, de 
todos nós. E a nós não é reservado o direito da omissão. Não podemos seguir 
vendo a vida dos nossos jovens escorrer pelas mãos. Não podemos achar que 
evoluir é aceitar crianças de 11 anos consumindo bebidas alcoólicas e, mais 
tarde, juntando esse hábito ao de dirigir, sem a menor noção de 
responsabilidade. (...) Queremos diálogo com nossos meninos. Queremos 
campanhas que os alertem. Queremos leis que os protejam. Queremos mantê-
los no mundo para o qual os trouxemos. Queremos – e precisamos – ficar vivos 
para que eles fiquem vivos. (O Dia, Caderno Especial, Rio de Janeiro, 10 set. 
2006.) Com base nas idéias contidas nos textos acima, responda à seguinte 
pergunta, fundamentando o seu ponto de vista com argumentos. Como o Brasil 
pode enfrentar a violência social e a violência no trânsito? (valor: 10,0 pontos) 
Observações: • Seu texto deve ser dissertativo-argumentativo (não deve, 
portanto, ser escrito em forma de poema ou de narração). • O seu ponto de 
vista deve estar apoiado em argumentos. • Seu texto deve ser redigido na 
modalidade escrita padrão da Língua Portuguesa. 
 
R: Para aliviar a violência social e também a violência no trânsito, 
precisamos entender que a principal causa da violência, seja ela qual for, é a 
falta de respeito ao próximo. 
Não há dúvida de que a violência no trânsito brasileiro é um grave 
problema social. O número de mortes diárias por este problema está 
aumentando a cada dia. Como o assunto é considerado irrelevante por grande 
parte da sociedade, junto com os problemas de fiscalização de trânsito, esse 
tipo de violência se generalizou, se tornando comum nas ruas e estradas do 
país. Não saber as consequências torna a situação natural e não é vista como 
um obstáculo para um trânsito saudável. 
 Além disso, também faz parte do problema, de forma ainda mais 
agravante, a pouca e ineficaz fiscalização, cuja qual é realizada de forma 
inadequada nas ruas e estradas brasileiras. Diante disso, os casos de violência 
só aumentam cada vez mais, pois a falta de controle sobre a impunidade dos 
criminosos torna-se insignificante, o que indiretamente promove a recorrência 
de erros. Esse erro pode aparecer de diferentes maneiras, como por meio de 
ataques verbais ou físicos. 
Conclui-se então a necessidade imediata de que os órgãos 
responsáveis pelo Sistema nacional de Trânsito faça o uso de cartazes, 
slogans, e outdoors nas ruas e estradas para alertar ainda mais as 
consequências da violência no trânsito, a fim de evitar a ocorrência de violência 
por meio da conscientização. 
Além disso, as polícias municipal e federal devem intensificar as 
fiscalizações, como por meio de câmeras de vigilância, a fim de tomar as 
medidas punitivas cabíveis para todos os casos observados, como um exemplo 
para possíveis infratores no futuro, ademais, torna indispensável que haja 
punições mais severas para o descumprimento do código de trânsito. 
 
QUESTÃO 3- DISCURSIVA. “DOCE DE ABÓBORA É BOM. Porém, de 
jerimum é melhor. A diferença tá na pitada cultural.Tendo em vista a 
construção da idéia de nação no Brasil, o argumento da personagem expressa 
a afirmação da identidade regional. Sobre essa afirmativa disserte sobre: a)o 
que é a identidade regional, b)o que é o multiculturalismo global e c) discussão 
sobre o separatismo, d) ressurgimento do fundamentalismo. Disserte sobre. 
R: a) Identidade regional é um conjunto único e específico das 
características de uma região, confere-lhe exclusividade. Essa é sua 
identidade. 
b) O multiculturalismo é a convivência pacífica de várias culturas em um 
mesmo ambiente. É um fenômeno social diretamente relacionado com a 
globalização e as sociedades pós-modernas. 
C) O separatismo pode ser definido como um movimento de pessoas 
que buscam a independência, ou seja, a separação do Estado a qual 
 
pertencem. As motivações desses movimentos podem ser religiosas, políticas, 
culturais ou econômicas. 
Muitos dos movimentos separatistas, sobretudo de colônias africanas, 
se basearam no princípio de autodeterminação dos povos, segundo o qual todo 
povo tem o direito de se autogovernar e decidir sua condição política, sem 
interferências externas - desde que seja de forma democrática, por meio de 
consulta popular. 
D) termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros 
sagrados. Fundamentalistas são encontrados entre religiosos diversos e 
pregam que os dogmas de seus livros sagrados sejam seguidos. 
Tal expressão, nascida nesse contexto de acalorados debates 
teológicos, acabou migrando, sobretudo via imprensa, para campos 
diretamente relacionados à intolerância e ações violentas praticadas por 
pessoas que, mais do que propriamente preocupadas com os fundamentos de 
determinada religião, seguiam preceitos sectários e ideológicos. Por isso, é 
preciso diferenciar a defesa de doutrinas e dogmas religiosos, que 
permanecem no campo do debate, de ações violentas. 
 
QUESTÃO 4- DISCURSIVA. A legislação de trânsito brasileira considera 
que o condutor de um veículo está dirigindo alcoolizado quando o teor alcoólico 
de seu sangue excede 0,6 gramas de álcool por litro de sangue. Considere as 
afirmativas a seguir: I - Uma pessoa que vá dirigir imediatamente após a 
ingestão da bebida pode consumir, no máximo, duas latas de cerveja. II - Se 
uma pessoa toma rapidamente quatro latas de cerveja, o álcool contido na 
bebida só é completamente eliminado após se passarem cerca de 7 horas da 
ingestão. Considerando a legislação penal sobre culpabilidade, disserte sobre a 
embriaguez, considerando as devidas responsabilizações penais nas causas 
de embriaguez voluntária e acidental. 
R: A embriaguez é a perda total ou parcial da capacidade de 
autodeterminação em razão do uso de droga lícita ou ilícita. De acordo com o 
Código, somente a embriaguez involuntária completa exclui a culpabilidade. 
Nos demais casos, o agente é, em princípio, culpável e punível. 
No caso de embriaguez voluntária (dolosa ou culposa), completa ou 
incompleta, o agente responderá por crime, ainda que ao tempo da ação fosse 
inteiramente incapaz de autodeterminação, uma vez que, de acordo com o 
Código, não exclui a imputabilidade penal “a embriaguez, voluntária ou 
culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos” (art. 28, II). Enfim, a 
embriaguez voluntária é, em princípio, penalmente irrelevante, uma vez que 
não isenta o réu de pena, nem a atenua. 
A embriaguez acidental pode ocorrer por caso fortuito ou força maior, 
se dá quando o agente ignora a natureza tóxica do que está ingerindo, ou não 
tem condições de prever que determinada substância, na quantidade ingerida, 
 
ou nas circunstâncias em que o faz, poderá provocar a embriaguez, sendo 
força maior algo que independe do controle ou da vontade do agente. Ele sabe 
o que está acontecendo, mas não consegue impedir. 
Questão 5- DISCURSIVA. Alguém publica em uma página pessoal na 
rede mundial de computadores, fotos de crianças e adolescentes (entre 8 e 16 
anos) nuas ou em situações que denotam atividade sexual. O Ministério 
Público não conseguiu, ainda, desvendar a identidade do autor, mas tem 
provas de que as fotos estão disponíveis em um site controlado por uma 
empresa estrangeira. Conseguiu provar, também, que foram disponibilizadas 
na rede mundial de computadores por meio de um computador situado no 
Brasil e que todos os acessos a tais fotos ocorreram por meio de computadores 
também situados no Brasil. Com base nos dados acima, é possível afirmar que 
o crime está sujeito à aplicação da lei brasileira, já que praticado no Brasil, 
independentemente da nacionalidade do agente. DISSERTE SOBRE A 
DIVULGAÇÃO DE FOTOS NA INTERNET ENVOLVENDO ADOLESCENTES. 
R: Infelizmente os casos de pornografia infantil são inúmeros, e com a 
modernização dos meios de comunicação como a internet, este crime 
conhecido como ciberpedofilia acabou aumentando ainda mais, facilitando 
assim o contato dos pedófilos com suas vítimas. 
A pedofilia é caracterizada pela perversão sexual, na qual a atração 
sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para 
crianças pré-púberes ou no início da puberdade. 
Os pedófilos se aproveitam da brecha que conseguem pela internet, na 
maioria das vezes se passando por pessoas da mesma idade que os menores, 
para então conseguirem manipular jovens e crianças, obtendo assim uma 
vantagem emocional sobre elas, afim, de conseguir vídeos e fotos íntimas, 
muitas vezes isso acaba sendo facilitado pela falta de supervisão dos pais. 
Para coibirem tais práticas o artigo 241-D do ECA, busca aplicar uma 
pena de reclusão de um a três anos e multa, para aquele que aliciar, assediar, 
instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim 
de praticar ato libidinoso. 
Questão 6- DISCURSIVA. A justiça é uma espécie de meio-termo, 
porém não no mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se relaciona 
com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se 
relaciona com os extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o 
homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo (...). Este trecho, 
extraído de uma obra clássica da filosofia ocidental, trata de uma discussão da 
justiça considerada como virtude, dentro do pensamento ético de Aristóteles. 
Tendo em vista a afirmativa desse texto, disserte sobre o A) que é justiça, B) o 
que é injustiça e C) o que é virtude , D) e o que é ética segundo argumentos 
jurídico- filosóficos. 
R: a) O conceito de justiça é para nós indefinidamente relativo e amplo. 
Pode-se dizer que justo seria aquele que cumpre o Direito, aquele que sempre 
 
busca fazer o certo. Segundo Aristóteles, justiça é a virtude que leva alguém a 
querer praticar e agir de modo justo. 
b) A injustiça é a ação que se opõe a justiça. Aristóteles descreve 
injustiça como o vício que leva alguém a querer praticar e agir de modo injusto. 
Há uma injustiça quando: não se respeita a lei; pega o que é do outro; não 
respeita a igualdade. 
c) Virtude se refere ao conceito de excelência, é o que forma o caráter 
de um indivíduo, é crucial para o desenvolvimento de uma pessoa, pois é uma 
forma de estar disposto a praticar o bem. 
d) O termo ética é de origem grega: êthos (que deriva de éthos). Passou 
a se identificar com a atitude do homem perante a sociedade. Segundo 
Aristóteles, a palavra passou a nominar o caráter de cada pessoa, seu modo 
derivado de vida social. 
 Sendo assim, a ética refere-se à reflexão sobre a vida moral, é como 
uma moral teórica, pensada. É construída com base nos valores históricos e 
culturais, estuda os valores e princípios morais de uma sociedade. 
 
 QUESTÃO 7- DISCURSIVA. A ação direta de inconstitucionalidade é 
instrumento de controle I - concentrado e produz efeitos erga omnes e 
vinculantes, por força de disciplina constitucional. II - concentrado e pode 
produzir efeitos ex nunc ou ex tunc, conformedisciplina legal. Partindo dessas 
afirmações disserte sobre o conceito de ação direta de inconstitucionalidade 
concentrado e seus efeitos. 
R: Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) é a ação que tem por 
finalidade declarar que uma lei ou parte dela é inconstitucional, ou seja, 
contraria a Constituição Federal. 
ADI é um dos instrumentos daquilo que os juristas chamam de “controle 
concentrado de constitucionalidade das leis”. 
A ação direta de inconstitucionalidade tem caráter dúplice, pois 
conforme estabelece o artigo 24 da Lei 9.868/99, proclamada a 
constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta a ação direta ou 
procedente eventual ação declaratória e, no mesmo passo, proclamada a 
inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente 
eventual ação declaratória. 
A decisão no controle concentrado produzirá efeitos contra todos (erga 
omnes), e também efeito retroativo, ex tunc, retirando do ordenamento jurídico 
o ato normativo ou lei incompatível com a Constituição. Trata-se, portanto de 
ato nulo. 
“As decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal 
Federal nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias 
de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-9868-1999.htm
 
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal” (art. 102, §2º da CF) 
. vinculante (observância obrigatória) 
. erga omnes (para todos) 
- Quando for declarada a constitucionalidade da lei ou ato normativo o 
efeito será ex tunc. 
Quando for declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, o 
efeito, em regra, será ex tunc. Contudo, em razão da segurança jurídica ou 
excepcional interesse social, poderá o STF por maioria de dois terços de seus 
membros decidir que só tenha eficácia a partir do trânsito em julgado ou de 
outro momento que venha a ser estabelecido pela corte. 
 
QUESTÃO 8. DISSERTATIVA: Verifique as seguintes afirmações: I - 
Quem comete dois crimes e é condenado por eles é reincidente. II - O 
infanticídio pode ser praticado pela mãe, ou pelo pai. III - O roubo, ainda que de 
coisa de menor valor, configura crime. DISSERTE SOBRE REINCIDÊNCIA, 
INFANTICÍDIO E ROUBO. MENCIONE OS CONCEITOS E OS ARTIGOS 
PENAIS. 
R: REINCDÊNCIA - Reincidência é, em termos comuns, repetir a prática 
do crime. 
O Código Penal, em seu artigo 63, define o que é reincidência, nos 
seguintes termos: "Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo 
crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no 
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior." 
O art. 63 do Código Penal despontam três requisitos imprescindíveis para a 
configuração da reincidência, ordenados cronologicamente: 
a) um crime, cometido no Brasil ou em outro país; 
b) condenação definitiva, isto é, com trânsito em julgado, por esse crime; 
c) prática de novo crime.” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado – 
Parte Geral. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2013. v. 1. p. 
666) 
INFANTICÍDIO - O infanticídio está previsto no artigo 123 do Código Penal, e é 
a eliminação da vida do próprio filho, recém-nascido (acabou de nascer) ou 
nascente (está nascendo), praticada pela mãe, durante o parto ou logo após, 
mas sob influência do estado puerperal. 
O referido artigo protege tanto a vida do recém-nascido (neonato) 
quanto do que está nascendo (nascente). 
Artigo 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante 
o parto ou logo após: 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625040/artigo-123-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
 
Pena – detenção, de 2 a 6 anos. 
ROUBO - O roubo é crime mais grave, descrito na lei como subtração 
mediante grave ameaça ou violência. A pena prevista é de 4 a 10 anos e multa. 
A lei também prevê aumento de pena para o cometimento de crime sob certas 
circunstâncias como, utilização de arma, auxílio de mais uma pessoa, restrição 
de liberdade da vítima, entre outras. 
 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, 
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal 
circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para 
outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete 
a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta 
anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide 
Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 
QUESTÃO 9- DISSERTATIVA. Figueiredo Dias, ao tratar do direito 
processual constitucional, afirmou que as normas constitucionais de processo 
deixam de ser vistas como simples princípios programáticos, meras diretrizes 
dirigidas ao legislador ordinário que este pode afeiçoar a sua vontade, suposto 
que fosse formado pelo processo constitucionalmente prescrito [...] tende por 
quase toda parte a ver-se na Constituição verdadeiras normas jurídicas que 
proíbem a lei ordinária, sob pena de inconstitucionalidade material, que 
contenha uma regulamentação eliminadora do núcleo essencial daquele direito. 
(FIGUEIREDO DIAS, Jorge. Direito Processual Penal. Coimbra: Coimbra 
Editora, 1974. v. 1, p. 75) Com base na afirmativa acima, disserte sobre como 
os princípios constitucionais afetam o direito processual. (chamada 
constitucionalização do direito). 
 
R: A constitucionalização do Direito significa que os valores enraizados 
nos princípios e regras constitucionais são irradiados em todo o ordenamento 
jurídico, o que conduz à aplicação direta da constituição a diferentes situações, 
e, sobretudo, na interpretação das normas infraconstitucionais em 
conformidade no texto constitucional. Este fato reforça a importância de discutir 
sobre o equilíbrio que deve existir entre a interpretação judicial da Constituição 
e processo. 
No entanto a interpretação e a prática devem respeitar a existência da 
vontade normativa infraconstitucional legítima. 
 
QUESTÃO 10. DISCURSIVA. O terrorismo, em virtude de sua gravidade e de 
sua alta lesividade, é considerado pela Constituição como crime inafiançável e 
insuscetível de graça ou anistia (art. 5o , XLIII). De outro lado, o artigo 37, § 6o 
, da Constituição estabelece a responsabilidade do Estado por atos de seus 
agentes. Em determinado caso, um servidor público é investigado por ter, em 
contato com outros indivíduos, cometido ato de terrorismo, detonando 
explosivo em imóvel particular de grande circulação, e, por isso, causado lesão 
a pessoas e danificado bens. A alegada ação ilícita teria sido praticada no 
horário de expediente do servidor, que teria utilizado, como meio de facilitação 
do seu acesso ao local alvo do atentado, sua identidade funcional. Nessa 
hipótese, (D)o fato de o agente do suposto crime ser servidor público, agindo 
em horário do expediente, não é elemento suficiente por si para gerar a 
responsabilidade do Estado. DISSERTE SOBRE A RESPONSABILIDADECIVIL DO ESTADO EM RELAÇÃO AOS SEUS SERVIDORES. 
R: A responsabilidade civil é um ramo do Direito Civil, separado do 
direito das obrigações, que trata de estudar as situações em que a pessoa, 
seja ela física ou jurídica, deve reparar os danos causados à vítima em 
decorrência da ação ou omissão do agente. Dessa forma, o dano sofrido pela 
vítima deve ser de fato suportado, em ônus, pelo seu agente causador, uma 
vez que este contribuiu para que ocorresse a efetiva lesão e que, 
consequentemente, o prejuízo não deve ser suportado somente pela vítima 
O Estado deve ser civilmente responsabilizado pelos atos comissivos e 
omissivos de seus agentes que, nessa qualidade, causarem danos a terceiros, 
pois, além do tema ser matéria constitucionalmente resguardada, o 
administrado é uma pessoa que, na maioria dos casos, em nada contribuiu 
para ocasionar o evento. 
Dessa maneira, os atos praticados pelos agentes estatais, sejam 
comissivos ou omissivos, podem gerar a responsabilidade civil do Estado, 
bastando, que se concretize o dano.

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