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Agentes Químicos_ Aerodispersoides e Equipamentos de Proteção Respiratória

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Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
As caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides, as Fichas de Informações de Produtos Químicos
(FISPQ), as fontes dos aerodispersoides, as poeiras, os fumos, as fibras, as névoas e as neblinas, os efeitos
biológicos e as medidas de controle pertinentes.
PROPÓSITO
O estudo sobre aerodispersoides no dia a dia laboral, é de grande importância de forma que se possa
determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva concentração, bem como estabelecer
recomendações de controle de risco, já que os processos industriais, de máquinas e de equipamentos podem
produzir quantidades de aerodispersoides potencialmente nocivas ao trabalhador.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta, uma calculadora científica ou use a calculadora de
seu smartphone/computador para a realização das tarefas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides
MÓDULO 2
Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
(FISPQ)
MÓDULO 3
Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides
MÓDULO 4
Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às montagens para os
aerodispersoides
O QUE SÃO AGENTES QUÍMICOS?
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
 Reconhecer os conceitos gerais e as caracterizações técnicas dos diversos aerodispersoides
javascript:void(0)
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que são agentes químicos? Conhece as suas tipologias? Conseguiria identificar uma aplicação
prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos
agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos
analisar o case da empresa Automecânica do Chicó:
A Automecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com
área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas
com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de
riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém inicialmente, serão avaliados apenas os
agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as
atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a
limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica
e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas
de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção
individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de
proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica,
protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, segundo os requisitos da NR 9 –
Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram
detectadas situações insalubres. Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente,
emitido pelos engenheiros de segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi
observada na AutoMecânica do Chicó.
Para chegar a esse resultado, foram consideradas as informações presentes no Relatório em questão, sobre as
concentrações avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter
individual e coletiva, observadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. PARA PEIXOTO E FERREIRA (2012), SÃO PRODUZIDOS APROXIMADAMENTE 70 MIL
PRODUTOS QUÍMICOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE UMA VASTA GAMA DE
PRODUTOS. LOGO, É DE GRANDE IMPORTÂNCIA O ESTUDO DESSES AGENTES PARA
DETERMINAR, EM CADA AMBIENTE LABORAL, A TIPOLOGIA E RESPECTIVA
CONCENTRAÇÃO E, COM ISSO, ESTABELECER AS RECOMENDAÇÕES DE CONTROLE
DOS RISCOS. CONSIDERANDO O DETALHAMENTO SOBRE O AMBIENTE NO SETOR
DE CHAPEAMENTO E PINTURA, SOBRE AS ATIVIDADES ALI DESENVOLVIDAS, SOBRE
AS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS E, AINDA, SOBRE AS PROTEÇÕES DE
ORDEM COLETIVA E DE ORDEM INDIVIDUAL EMPREGADAS, ASSINALE A AFIRMATIVA
CORRETA QUE RELACIONA A ATIVIDADE DE PINTURA AO TIPO DE CLASSIFICAÇÃO
DO AGENTE QUÍMICO, ENVOLVIDO NA ATIVIDADE.
A) Aerodispersoides
B) Gases
C) Vapores
D) Fumos
E) Fibras
2. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER RELATIVAS AO AMBIENTE E,
AINDA, AO HOMEM. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS
CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES SÃO INDICADAS DIVERSAS MEDIDAS DE
CONTROLE, INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI). DE
ACORDO COM O TEXTO, NO CASO DA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ SÃO
EMPREGADAS TÉCNICAS DE PROTEÇÃO COLETIVA, CONSIDERADAS BASTANTE
EFICAZES PELOS PROFISSIONAIS DO SETOR. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE
APRESENTA UMA MEDIDA DE CONTROLE DE ORDEM COLETIVA NÃO MENCIONADA
NO TEXTO.
A) Ordem e limpeza
B) Óculos de segurança com lentes filtrantes
C) Protetor auricular tipo concha
D) Limitação do tempo de exposição
E) Avental e luvas de raspa de couro
GABARITO
1. Para Peixoto e Ferreira (2012), são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos usados na
fabricação de uma vasta gama de produtos. Logo, é de grande importância o estudo desses agentes para
determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e respectiva concentração e, com isso, estabelecer as
recomendações de controle dos riscos. Considerando o detalhamento sobre o ambiente no setor de
Chapeamento e pintura, sobre as atividades ali desenvolvidas, sobre as máquinas e equipamentos
utilizados e, ainda, sobre as proteções de ordem coletiva e de ordem individual empregadas, assinale a
afirmativa correta que relaciona a atividade de pintura ao tipo de classificação do agente químico,
envolvido na atividade.
A alternativa "A " está correta.
A atividade de pintura está relacionada diretamente à classificação aerodispersoides, visto que, no processo de
pintura, ocorre a desagregação mecânica de um líquido, gerando o particulado líquido.
2. As medidas de controle do risco podem ser relativas ao ambiente e, ainda, ao homem. Para os
trabalhos em ambientes com altas concentrações de poluentes são indicadas diversas medidas de
controle, incluindo os equipamentos de proteção individual (EPI). De acordo com o texto, no caso da
AutoMecânica do Chicó são empregadas técnicas de proteção coletiva, consideradas bastante eficazes
pelos profissionais do setor. Assinale a afirmativa que apresenta uma medida de controle de ordem
coletiva não mencionada no texto.
A alternativa "A " está correta.
As principais medidas de controle relativas ao ambiente são as seguintes: substituição do produto tóxico;
mudança ou alteração do processo ou operação; encerramento ou enclausuramento da operação; segregação
da operação ou processo; umidificação; ventilação geral diluidora; ventilação local exaustora, e ordem e limpeza.
3. VOCÊ JÁ SABE QUE NO SETOR DE CHAPEAMENTO E
PINTURA DA AUTOMECÂNICADO CHICÓ NÃO FOI OBSERVADA
A CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA AGENTES QUÍMICOS. A
NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13, ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM
ALGUMAS SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO
PERTINENTES. QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS DE ANÁLISES A
SEREM PROCEDIDAS PELOS ENGENHEIROS DE SEGURANÇA
DO TRABALHO EM FUNÇÃO DA ALOCAÇÃO DOS AGENTES EM
CADA UM DESSES ANEXOS?
RESPOSTA
Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – são as seguintes as
condições para a caracterização da insalubridade:
Acima dos limites de exposição do Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12
(Poeiras minerais).
javascript:void(0)
Atividades e operações envolvendo agentes químicos consideradas insalubres em
decorrência de inspeção realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação
qualitativa, excluídos desta relação as atividades ou operações com os agentes
químicos constantes dos Anexos 11 e 12).
O QUE SIGNIFICA AERODISPERSOIDE?
CONCEITOS INICIAIS
Imagem: © kurgu128 - stock.adobe.com
AERODISPERSOIDES SÃO AGENTES QUÍMICOS
CONSIDERADOS DE RISCO, POIS AS SUBSTÂNCIAS,
COMPOSTOS OU PRODUTOS AERODISPERSOS PODEM
PENETRAR NO ORGANISMO PELA VIA RESPIRATÓRIA, NAS
FORMAS DE POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, NEBLINAS, GASES OU
VAPORES, OU QUE, PELA NATUREZA DA ATIVIDADE DE
EXPOSIÇÃO, POSSAM TER CONTATO OU SER ABSORVIDOS
PELO ORGANISMO ATRAVÉS DA PELE OU POR INGESTÃO.
Cabe aqui ressaltar que a grande maioria das intoxicações originadas nas atividades laborais resulta da
aspiração de substâncias dispersas no ar. Tais substâncias podem ser retidas no sistema respiratório superior,
nos pulmões, ou ainda passar para a corrente sanguínea, atingindo outras áreas do organismo. Adicionalmente,
as normas brasileiras recomendam um teor mínimo de 18% de oxigênio em volume para garantir um ar para a
respiração que seja isento de substâncias agressivas.
 SAIBA MAIS
Para Peixoto e Ferreira (2012), são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos, sendo alguns deles
padronizados e usados na fabricação de uma vasta gama de produtos. Devido à quantidade de substâncias
existentes nas indústrias que podem apresentar algum efeito tóxico, os procedimentos e critérios para análise e
avaliação dos agentes químicos podem variar de acordo com a sua classificação, funções orgânicas ou
inorgânicas e, até mesmo, métodos diferenciados para produtos específicos.
Ainda segundo os autores, isso resulta em uma dificuldade maior para o reconhecimento dos produtos, na
medida em que cada um tem suas próprias características químicas, como solubilidade (na água ou ar), pH
(indicação de acidez), concentração, propriedades de alerta (com ou sem odor, por exemplo), estado físico,
volatilidade, reatividade e níveis de toxicidade.
Os níveis de toxicidade apresentam diferenças de acordo com os diversos órgãos do organismo, variando de
acordo com via de penetração (respiratória, pele ou ingestão) e o tempo de exposição a que o trabalhador está
submetido ao agente. Adicionalmente, os autores alertam para o fato de que a avaliação de um agente químico
pode ser prejudicada pelas condições do clima (um dia de chuva ou dias frios).
Em uma primeira análise, os agentes químicos são classificados de acordo com o estado físico, resultando em
duas famílias:
Foto: Shutterstock.com
AERODISPERSOIDES

Foto: Shutterstock.com
GASES E VAPORES
É importante destacar que gases e evapores pertencem a um mesmo agrupamento, no entanto existem
diferenças entre seus conceitos. Deve-se ter claro o entendimento da diferença entre os conceitos de gases e
vapores, a fim de facilitar o reconhecimento e a avaliação de suas concentrações em um espaço laboral. Assim
temos que:
GASES
Substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, estão em estado gasoso.
VAPORES
Fase gasosa de substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, é líquida ou sólida (vapores
de água e vapores de gasolina).
AERODISPERSOIDES
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Foto: Shutterstock.com
SEGUNDO A NHO (NHO: NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL) –
3 (2001) – AERODISPERSOIDE É A REUNIÃO DE PARTÍCULAS
SÓLIDAS E/OU LÍQUIDAS SUSPENSAS EM UM MEIO GASOSO
POR TEMPO SUFICIENTE PARA PERMITIR SUA OBSERVAÇÃO
OU MEDIÇÃO. ESTÃO INCLUÍDAS NESSA CATEGORIA AS
PARTÍCULAS MENORES QUE 100ΜM.
Os aerodispersoides podem ser classificados em:
POEIRAS

FIBRAS

FUMOS

NÉVOAS E NEBLINAS
A seguir, conheça melhor cada um deles:
POEIRAS
Formadas por partículas sólidas, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um material
original sólido, suspensa ou capaz de se manter suspensa no ar. Essas partículas geralmente possuem formas
irregulares e são maiores que 0,5μm.
FIBRAS
Partículas sólidas produzidas por ruptura de sólidos, que se diferenciam das poeiras porque apresentam forma
alongada. As fibras podem ser de origem animal, vegetal e mineral.
Cabe nesse ponto destacar que segundo a NHO – 4 (2001) – Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais
de Trabalho Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase, entende-se por fibra respirável aquela com
diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro
igual ou superior a 3:1.
São exemplos de fibras de origem animal:
Lã
Seda
Pelo de cabra
Pelo de camelo
São exemplos de fibras de origem vegetal:
Algodão
Linho
Coco
São exemplos de fibras de origem mineral:
Asbesto
Vidro
Cerâmica
As fibras podem ainda ser classificadas como:
Naturais – orgânicas (algodão, linho, cânhamo, sisal, seda, lã) ou inorgânicas (amianto).
Artificiais – fibras de vidro, poliamida, poliéster, polipropileno etc.
A fibra mineral de maior importância na Higiene do trabalho é o amianto, também conhecido como asbesto.
FUMOS
Partículas sólidas, menores que 1μm, resultantes da condensação de vapores ou reação química.
NÉVOAS E NEBLINAS
São as partículas líquidas de diâmetro entre 0,1 e 100μm produzidas a partir da ruptura mecânica de líquido ou
por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente (nebulização,
borbulhamento e respingo).
MATERIAL PARTICULADO
Foto: Shutterstock.com
SÃO AS PARTÍCULAS SÓLIDAS, PRODUZIDAS POR RUPTURA
DE UM MATERIAL ORIGINALMENTE SÓLIDO, SUSPENSAS OU
CAPAZES DE SE MANTEREM SUSPENSAS NO AR.
A seguir, veja como essas partículas são classificadas:
PARTICULADO INALÁVEL
PARTICULADO TORÁCICO
PARTICULADO RESPIRÁVEL
PARTICULADO TOTAL
PARTICULADO INALÁVEL
É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que
100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a inalação. É
apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que exercem efeito adverso quando
depositadas no trato respiratório como um todo.
PARTICULADO TORÁCICO
É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que
25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias aéreas dos pulmões.
É apropriada para avaliação do risco ocupacional associado às partículas que exercem efeito adverso quando
depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases.
PARTICULADO RESPIRÁVEL
É a fração de material particulado suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que
10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca de gases dos
pulmões, causando efeito adverso nesse local.
PARTICULADO TOTAL
É o material particulado suspenso no ar coletado em porta-filtro de poliestireno de 37mm de diâmetro, de três
peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, conhecido como cassete. A coleta
de particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação específica para coleta de
particulado inalável, torácico ou respirável.
PARTÍCULAS NÃO ESPECIFICADAS DE OUTRA
MANEIRA (PNOS)
Foto: Shutterstock.com
SÃO PARTÍCULASAS QUAIS NÃO SE CONHECE AO CERTO, SE
CAUSAM EFEITOS MALÉFICOS À SAÚDE HUMANA, MESMO EM
CONCENTRAÇÕES EXISTENTES, NATURALMENTE, NO AR DOS
LOCAIS DE TRABALHO.
Por conta disso, não existe, ainda, um limite de exposição do trabalhador a tais partículas, estabelecido por
normas ou legislações. Em geral, as partículas não especificadas apresentam pouca ou completa insolubilidade
em água ou fluidos aquosos dos pulmões.
 ATENÇÃO
As partículas não especificadas não podem ser citotóxicas, genotóxicas, nem quimicamente reativa ao tecido
pulmonar. Essas partículas também não podem emitir radiações ionizantes, não podem causar
imunossensibilização, ou algum efeito tóxico para o corpo humano.
EFEITOS SOBRE A SAÚDE
A seguir, estão listadas as classificações dos agentes químicos a partir dos efeitos sobre a saúde dos
trabalhadores:
AERODISPERSOIDES
Carcinogênicos – causam câncer (amianto).
Fibrogênicos – produzem nódulos e causam fibroses dos tecidos pulmonares (sílica e amianto).
Irritantes – causam ulcerações e inflamações no trato respiratório (névoas de ácidos e bases).
javascript:void(0)
Mutagênicos – causam modificações celulares e alterações genéticas (chumbo, mercúrio).
Ativadores da febre – podem provocar calafrios e febre (fumos metálicos).
Sistêmicos – afetam o funcionamento de órgãos e sistemas (manganês e cádmio).
GASES E VAPORES
Anestésicos – agem sobre o sistema nervoso central (éteres e cetonas).
Asfixiantes simples – atuam substituindo o oxigênio do ar (sem ação bioquímica).
Asfixiantes químicos – têm ação bioquímica na célula, dificultando a agregação do oxigênio com a
hemoglobina (nitrogênio e monóxido de carbono).
Carcinogênicos – causam câncer (benzeno).
Irritantes – causam irritação e ulcerações no trato respiratório (gás sulfídrico).
Tóxicos – afetam órgãos e sistemas (hidrocarbonetos).
javascript:void(0)
CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE
Foto: Shutterstock.com
Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, as condições para a caracterização da insalubridade
são as seguintes:
Acima dos limites de exposição dos Anexo 11 (Lista de agentes) e Anexo 12 (Poeiras minerais).
Atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho – Anexo 13 (Avaliação qualitativa).
Foram excluídos dessa relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11
e 12.
UNIDADES DE MEDIDA
A unidade de medida, normalmente empregada para representar a concentração de aerodispersoides, assim
como os respectivos limites de exposição padronizados, é mg/m³ (miligrama por metro cúbico). A
concentração, nesse caso, é obtida pela seguinte fórmula:
Em que:
 – Concentração.
 – Massa da amostra em mg.
 – Volume amostrado em m³.
 SAIBA MAIS
C =  m
Va
C
m
Va
Cabe ressaltar, por exemplo, que 10 mg/m³ significa que em 1 metro cúbico de ar amostrado existem 10
miligramas do agente que se quer avaliar.
A outra unidade de medida é o ppm (partes por milhão). A concentração , nesse caso, é expressa em:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Cabe ressaltar, por exemplo, que 5ppm significa que, em 1 milhão de litros de ar amostrado, existem 5
litros do agente que se quer avaliar.
 VOCÊ SABIA
A Concentração IPVS (imediatamente perigosa para a vida e saúde) ou IDLH (Imediatelly Dangerous for Life and
Health) significa a exposição respiratória aguda ao agente que pode causar a morte ou consequências
irreversíveis à saúde (instantâneas ou retardadas), ou ainda a exposição dos olhos que impeça a fuga do local.
(C)
C = Volume
Volume
1ppm = = =1 cm3
1m3
1 cm3
1.000.000 cm3
1
1.000.000
Concentração IPVS pode ainda ser entendida como a concentração máxima para a exposição, por 30 minutos,
que permite ao trabalhador escapar de um ambiente se houver falha do protetor respiratório.
AVALIAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS
Foto: Shutterstock.com
Para avaliar de forma adequada a concentração dos agentes químicos, é necessário ter em mãos as
informações sobre os processos de trabalho executados e as informações caracterizadas sobre os agentes
químicos presentes no meio ambiente de trabalho, além da probabilidade das reações com o corpo humano. É
necessário também ter em mãos informações das medidas de:
controle existentes.
condições de manuseio de substâncias e operação.
condições ambientais, dentre algumas outras variáveis envolvidas.
A partir daqui, vamos apresentar as principais ações de planejamento necessárias, tratadas como boas práticas,
para garantir boa performance na avaliação.
DIMENSIONAMENTO DO TAMANHO DA AMOSTRA E INDICAÇÃO
DO LOCAL DE COLETA
O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a exposição tem uma
grande variabilidade ao longo da jornada, pode ser necessário um número elevado de amostras espaçadas ao
longo da jornada. As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador
(amostragem pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental ou estática).
DIMENSIONAMENTO DA DURAÇÃO DA COLETA DA AMOSTRA
A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar adequado, de
acordo com o método de coleta padronizado utilizado.
DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRAGEM
Existem dois tipos de classificação para amostragem: contínuas ou instantâneas. As continuas apresentam um
tempo de coleta de informação superior a 30 minutos, enquanto as instantâneas possuem tempo de coleta de
informação inferior a 5 minutos. Com o tipo de amostragem instantânea, é possível determinar concentrações
mais elevadas (picos de concentração). Cabe salientar que a amostragem contínua pode ainda ser classificada
em: amostra única de período completo, amostras consecutivas de período completo e amostras de período
parcial.
Na amostragem completa da jornada com várias amostras consecutivas (melhor forma de amostragem), a
precisão cresce com o número de amostras. Oito amostragens de uma hora cada são mais precisas do que duas
amostragens de quatro horas cada. Na amostragem completa da jornada com uma única amostra, ela deve ser
coletada de forma contínua por, pelo menos, 70% da jornada. Amostra integral da jornada de trabalho se faz
recomendada para jornadas em que a exposição ocorre de forma contínua e uniforme, ou seja, quando não há
atividades que exponham os trabalhadores a concentrações significativamente mais elevadas.
DEFINIÇÃO DO TIPO DE AMOSTRADOR
Foto: Shutterstock.com
Os instrumentos para amostragem dos agentes químicos podem ser divididos em dois grupos:
AMOSTRADORES ATIVOS

AMOSTRADORES PASSIVOS
No grupo dos amostradores ativos estão todos os dispositivos que succionam determinado volume de ar, por
efeito de uma bomba de amostragem, fazendo-o passar através de um suporte de retenção para reter o agente.
Os amostradores passivos se utilizam apenas da difusão molecular, ou seja, dispensam o emprego de
dispositivos de sucção.
OS AMOSTRADORES PODEM SER DE LEITURA DIRETA QUANDO
FORNECEM A CONCENTRAÇÃO DO CONTAMINANTE POR
LEITURA DIRETA, EM SUPERFÍCIES GRADUADAS, OU DISPLAY
DE EQUIPAMENTOS OU DE LEITURA INDIRETA QUE ATUAM
RETENDO O CONTAMINANTE PARA POSTERIOR ANÁLISE EM
LABORATÓRIO.
INDICAÇÃO DO MÉTODO DE COLETA
A metodologia de coleta consiste na separação ou não dos contaminantes. Um dos métodos de coleta de
amostras do ar ambiente se chama “Ar total”, que corresponde à obtenção de uma amostra do ar recolhida no
ambiente de execução do trabalho e encaminhá-la ao laboratório. Outro método muito utilizado, considerado
alternativo, é o método em que se obtém a “Separação dos contaminantes através de retentores”. Nesse
método, os retentores fazem uma separação dos contaminantes, que são enviados posteriormente para análise
em laboratório.
INDICAÇÃO DO TIPO DE RETENTOR
De forma geral, os retentores são classificados em três grupos: filtros de membrana, sólidos adsorventes (tubos
adsorventescom retenção na superfície) e líquidos absorventes (impingers com retenção no interior).
Imagem: Peixoto e Ferreira, 2012, p 30-32.
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO
Imagem: © thodonal - stock.adobe.com
As medidas de controle do risco podem ser relativas ao ambiente ou ao homem. Isso é o que você vai conferir a
seguir.
Principais medidas de controle relativas ao ambiente
a) Substituição do produto tóxico (quando possível).
b) Mudança ou alteração do processo ou operação (pintura por imersão x pistola).
c) Encerramento ou enclausuramento da operação (confinamento da operação, objetivando-se, assim, a
impedir a dispersão do contaminante para todo o ambiente de trabalho).
Principais medidas de controle relativas ao ambiente
d) Segregação da operação ou processo (isolamento da operação, limitando seu espaço físico fora da área
de produção).
e) Umidificação.
f) Ventilação geral diluidora (insuflação e exaustão de ar em um ambiente de trabalho – promove a redução
da concentração de poluente).
g) Ventilação local exaustora (captação dos poluentes de uma fonte antes que eles se dispersem no ar do
ambiente de trabalho).
h) Ordem e limpeza.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Principais medidas de controle relativas ao homem
a) Limitação do tempo de exposição (redução dos períodos de trabalho quando todas as outras medidas
possíveis forem impraticáveis ou insuficientes no controle de um agente).
Principais medidas de controle relativas ao homem
b) Educação e treinamento (conscientização quanto aos riscos inerentes às operações, riscos ambientais e
formas operacionais adequadas).
c) Equipamentos de proteção individual (segunda linha de defesa nas operações em que as concentrações
de poluentes são superiores ao limite de tolerância): respiradores de filtro químico (gases e vapores);
mecânico (fumos, poeira) e filtro combinado em ambientes onde há a presença e gases e poeiras.
d) Controle médico.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEGUNDO A NHO - 3 (2001) – ANÁLISE GRAVIMÉTRICA DE AERODISPERSOIDES
SÓLIDOS COLETADOS SOBRE FILTROS DE MEMBRANA, AERODISPERSOIDE É A
REUNIÃO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS E/OU LÍQUIDAS SUSPENSAS EM UM MEIO
GASOSO POR TEMPO SUFICIENTE PARA PERMITIR SUA OBSERVAÇÃO OU MEDIÇÃO.
ESTÃO INCLUÍDAS NESSA CATEGORIA AS PARTÍCULAS MENORES QUE 100ΜM.
ASSINALE A AFIRMATIVA QUE CORRESPONDE A CARACTERIZAÇÃO DAS POEIRAS.
A) Partículas sólidas, menores que 1μm, resultantes da condensação de vapores ou reação química.
B) Partículas sólidas produzidas por ruptura de sólidos, que se diferenciam das poeiras porque têm forma
alongada.
C) Partículas líquidas de diâmetro entre 0,1 e 100μm produzidas da ruptura mecânica de líquido ou por
condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente (nebulização, borbulhamento
e respingo).
D) Partículas sólidas produzidas por ruptura de sólidos, que se diferenciam dos fumos porque têm forma
alongada.
E) Partícula sólida que tem origem pela ruptura de um material, suspensa ou capaz de se manter suspensa no
ar.
2. OS AERODISPERSOIDES PODEM SER CLASSIFICADOS EM: POEIRAS, FIBRAS,
FUMOS, NÉVOAS E NEBLINAS. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER
CLASSIFICADAS EM RELATIVAS AO AMBIENTE E RELATIVAS AO HOMEM. ASSINALE A
AFIRMATIVA QUE APRESENTA UMA MEDIDA DE CONTROLE DO RISCO RELATIVA AO
HOMEM.
A) Substituição do produto tóxico.
B) Encerramento ou enclausuramento da operação.
C) Ventilação geral diluidora.
D) Ordem e limpeza.
E) Limitação do tempo de exposição.
GABARITO
1. Segundo a NHO - 3 (2001) – Análise Gravimétrica de Aerodispersoides Sólidos Coletados Sobre Filtros
de Membrana, aerodispersoide é a reunião de partículas sólidas e/ou líquidas suspensas em um meio
gasoso por tempo suficiente para permitir sua observação ou medição.
Estão incluídas nessa categoria as partículas menores que 100μm. Assinale a afirmativa que corresponde
a caracterização das poeiras.
A alternativa "E " está correta.
Poeira é toda partícula sólida, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um material
original sólido, suspenso ou capaz de se manter suspensa no ar. Essas partículas geralmente possuem formas
irregulares e são maiores que 0,5μm.
2. Os aerodispersoides podem ser classificados em: poeiras, fibras, fumos, névoas e neblinas. As
medidas de controle do risco podem ser classificadas em relativas ao ambiente e relativas ao homem.
Assinale a afirmativa que apresenta uma medida de controle do risco relativa ao homem.
A alternativa "E " está correta.
Redução dos períodos de trabalho quando todas as outras medidas possíveis forem impraticáveis ou
insuficientes para o controle de um agente.
MÓDULO 2
 Reconhecer os diversos preceitos relacionados à Ficha de Informações de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ)
LIGANDO OS PONTOS
Foto: stock.adobe.com
Você sabe o que são agentes químicos? Conhece a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
(FISPQ)? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer
a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos,
tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó. Veja a
seguir:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com
área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas
com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de
riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados apenas os
agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as
atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a
limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica
e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas
de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção
individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de
proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica,
protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva, thiner e
primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e Controle das
Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas situações insalubres.
Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos engenheiros de
segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó,
pois foram respeitadas as considerações apresentadas no Relatório em questão, sobre as concentrações
avaliadas, os períodos de exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter individual e
coletivo.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. PEIXOTO E FERREIRA (2012) INFORMAM QUE SÃO PRODUZIDOS
APROXIMADAMENTE 70 MIL PRODUTOS QUÍMICOS, QUE SÃO USADOS NA
FABRICAÇÃO DE UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS. PORTANTO, É DE GRANDE
IMPORTÂNCIA O ESTUDO DESSES AGENTES PARA DETERMINAR, EM CADA
AMBIENTE LABORAL, A TIPOLOGIA E A RESPECTIVACONCENTRAÇÃO E, COM ISSO,
ESTABELECER AS RECOMENDAÇÕES DE CONTROLE DOS RISCOS.
CONSIDERANDO O DETALHAMENTO SOBRE O AMBIENTE NO SETOR DE
CHAPEAMENTO E PINTURA, SOBRE AS ATIVIDADES ALI DESENVOLVIDAS, SOBRE AS
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS, PERFEITAMENTE
IDENTIFICADOS POR SUAS RESPECTIVAS FISPQ, ASSIM COMO SOBRE AS
PROTEÇÕES DE ORDEM COLETIVA E DE ORDEM INDIVIDUAL EMPREGADAS,
ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA QUE RELACIONA O PAPEL DO USUÁRIO COM O
CONTEÚDO DA FISPQ.
A) O usuário da FISPQ é responsável por informar e treinar os trabalhadores, atendendo ao conteúdo mínimo
estabelecido por norma, baseado nas principais partes da FISPQ.
B) O usuário da FISPQ é responsável por informar e treinar os trabalhadores, atendendo a um conteúdo mínimo
a ser estabelecido localmente.
C) Quando formular as instruções para o local de trabalho, o receptor pode levar em consideração as
recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto.
D) Quando formular as instruções para o local de trabalho, o receptor deve levar em consideração as
recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto.
E) Quando formular as instruções específicas para o local de trabalho, o receptor pode levar em consideração as
recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto.
2. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER RELATIVAS AO AMBIENTE E,
AINDA, RELATIVAS AO HOMEM. PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS
CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES SÃO INDICADAS DIVERSAS MEDIDAS DE
CONTROLE, INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. DE ACORDO
COM O TEXTO, NO CASO DA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ, SÃO EMPREGADAS
TÉCNICAS DE PROTEÇÃO COLETIVA, CONSIDERADAS PELOS PROFISSIONAIS DO
SETOR COMO BASTANTE EFICAZES. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE APRESENTA UMA
MEDIDA DE CONTROLE DE ORDEM COLETIVA COERENTE COM O SEGUINTE TEXTO
DA FISPQ, DE UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS:
“MEDIDAS DE CONTROLE DE ENGENHARIA - MANUSEAR APENAS COM VENTILAÇÃO
ADEQUADA. UTILIZE PROCESSOS FECHADOS, VENTILAÇÃO LOCAL OU OUTRO
CONTROLE DE ENGENHARIA PARA MANTER OS NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO DOS
TRABALHADORES ABAIXO DOS LIMITES DE EXPOSIÇÃO RECOMENDADOS. OS
CONTROLES DE ENGENHARIA TAMBÉM PRECISAM MANTER GASES, VAPORES OU
CONCENTRAÇÕES DE PÓ ABAIXO DE QUALQUER LIMITE DE EXPLOSÃO. UTILIZAR
EQUIPAMENTO À PROVA DE EXPLOSÕES”.
A) Ventilação local exaustora.
B) Óculos de segurança com lentes filtrantes.
C) Protetor auricular tipo concha.
D) Limitação do tempo de exposição.
E) Avental e luvas de raspa de couro.
GABARITO
1. Peixoto e Ferreira (2012) informam que são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos,
que são usados na fabricação de uma vasta gama de produtos. Portanto, é de grande importância o
estudo desses agentes para determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva
concentração e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos riscos.
Considerando o detalhamento sobre o ambiente no setor de Chapeamento e pintura, sobre as atividades
ali desenvolvidas, sobre as máquinas, equipamentos e produtos químicos utilizados, perfeitamente
identificados por suas respectivas FISPQ, assim como sobre as proteções de ordem coletiva e de ordem
individual empregadas, assinale a afirmativa correta que relaciona o papel do usuário com o conteúdo da
FISPQ.
A alternativa "A " está correta.
A atividade de pintura está relacionada diretamente à classificação aerodispersoides, visto que, no processo de
pintura, ocorre a desagregação mecânica de um líquido, gerando o particulado líquido.
2. As medidas de controle do risco podem ser relativas ao ambiente e, ainda, relativas ao homem. Para os
trabalhos em ambientes com altas concentrações de poluentes são indicadas diversas medidas de
controle, incluindo os equipamentos de proteção individual. De acordo com o texto, no caso da
AutoMecânica do Chicó, são empregadas técnicas de proteção coletiva, consideradas pelos profissionais
do setor como bastante eficazes. Assinale a afirmativa que apresenta uma medida de controle de ordem
coletiva coerente com o seguinte texto da FISPQ, de uma das tintas automotivas utilizadas:
“Medidas de controle de engenharia - Manusear apenas com ventilação adequada. Utilize processos
fechados, ventilação local ou outro controle de engenharia para manter os níveis de exposição dos
trabalhadores abaixo dos limites de exposição recomendados. Os controles de engenharia também
precisam manter gases, vapores ou concentrações de pó abaixo de qualquer limite de explosão. Utilizar
equipamento à prova de explosões”.
A alternativa "A " está correta.
As principais medidas de controle relativas ao ambiente são as seguintes: substituição do produto tóxico;
mudança ou alteração do processo ou operação; encerramento ou enclausuramento da operação; segregação
da operação ou processo; umidificação; ventilação geral diluidora; ventilação local exaustora, e ordem e limpeza.
A ventilação local exaustora foi apresentada no texto da FISPQ.
3. AS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO PODEM SER
RELATIVAS AO AMBIENTE E, AINDA, RELATIVAS AO HOMEM.
PARA OS TRABALHOS EM AMBIENTES COM ALTAS
CONCENTRAÇÕES DE POLUENTES, SÃO INDICADAS DIVERSAS
MEDIDAS DE CONTROLE, INCLUINDO OS EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL. A AUTOMECÂNICA DO CHICÓ ATENDE
AO REQUISITO DE PROTEÇÃO DE ORDEM INDIVIDUAL NO
SETOR DE PINTURA, COERENTE COM O TEXTO DA FISPQ, DE
UMA DAS TINTAS AUTOMOTIVAS UTILIZADAS? JUSTIFIQUE.
“Usar óculos de segurança que obedecem aos padrões estabelecidos sempre que uma avaliação de risco indicar
que existe risco de exposição respingos, gases, vapores ou pós”.
RESPOSTA
javascript:void(0)
Sim. Na lista de EPI do texto existe a previsão de óculos de segurança.
O QUE SIGNIFICA FISPQ?
FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA
DE PRODUTOS QUÍMICOS
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A ABNT NBR 14725
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) emitiu a Norma brasileira NBR 14725, sob o título geral
“Produtos Químicos – Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente”, que tem amparo legal no Decreto
2657, de 03/07/1998, promulgando a Convenção 170, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e está
subdividida nas seguintes partes:
NBR14725-1 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 1: Terminologia, que trata da terminologia a
ser utilizada.
NBR14725-2 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 2: Sistema de classificação de perigo, que
trata do sistema de classificação de perigo.
NBR 14725-3 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 3: Rotulagem, que tem como foco o
alinhamento das empresas brasileiras em relação ao Sistema globalmente harmonizado (GHS), com
informações de segurança para produtos químicos perigosos, a serem incluídas na rotulagem.
NBR14725-4 | Produtos químicos
Informações Sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente – Parte 4: Ficha de Informações de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ), que se refere à ficha de informações de segurança de produtos químicos
(FISPQ).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Segundo a NBR 14725, a FISPQ fornece informações sobre aspectos de produtos químicos (substâncias ou
misturas) em relação à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses
aspectos, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e
ações em situação de emergência. Em alguns países, essa ficha é chamada safety data sheet (SDS).
 SAIBA MAIS
Ainda segundo a NBR 14725, a FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais sobre os
perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de
emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele tomar as medidas necessárias relativas à segurança, à saúde
e ao meio ambiente. A FISPQ também pode ser usada para transferir essas informações para trabalhadores,
empregadores, profissionaisda saúde e segurança, pessoal de emergência, agências governamentais, assim
como membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com o produto químico.
A elaboração da ABNT NBR 14725 foi embasada pelas seguintes premissas básicas do sistema globalmente
harmonizado de classificação e rotulagem de produtos químicos (GHS (Globally Harmonized System of
Classification and Labelling of Chemicals) ):
A necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativas à segurança, à saúde e ao
meio ambiente.
O direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos químicos perigosos que utilizam e os perigos
que eles oferecem.
A utilização de um sistema simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação, nos diferentes locais onde
os produtos químicos perigosos são utilizados.
A necessidade de compatibilização deste sistema com o critério de classificação para todos os perigos previstos
pelo GHS.
A necessidade de facilitar acordos internacionais e de proteger o segredo industrial e as informações
confidenciais.
A capacitação e o treinamento dos trabalhadores.
A educação e a conscientização dos consumidores.
A NR 26
NESTE PONTO, CABE RESSALTAR A RECOMENDAÇÃO DA NR
26 (2015) – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA, NO SENTIDO DE QUE
O PRODUTO QUÍMICO UTILIZADO NO LOCAL DE TRABALHO
DEVE SER CLASSIFICADO QUANTO AOS PERIGOS PARA A
SEGURANÇA E PARA A SAÚDE DOS TRABALHADORES, DE
ACORDO COM OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELO SISTEMA
GLOBALMENTE HARMONIZADO DE CLASSIFICAÇÃO E
ROTULAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS (GHS), DA
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS.
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Ainda segundo a NR 26 (2015), a classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de
classificação harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação. Na ausência
de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas, pode ser utilizada lista internacional. Os
aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.
A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a
um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. A NR 26
(2015) prevê que a rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:

I. Identificação e composição do produto químico.
II. Pictograma(s) de perigo.


III. Palavra de advertência.
IV. Frase(s) de perigo.


V. Frase(s) de precaução.
VI. Informações suplementares.

Já o produto químico não classificado como perigoso à segurança e à saúde dos trabalhadores, conforme o
GHS, deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a
informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de precaução.
CONTEÚDO E MODELO GERAL DE UMA FISPQ
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As informações que devem constar da FISPQ são:
Identificação do produto e da empresa
. Nome do produto expresso no rótulo.
. Código interno da empresa para o produto.
. Nome da empresa.
. Endereço.
. Telefone/fax/e-mail.
Composição e informações sobre os ingredientes
. Nome químico/sinônimo.
. Número de registro do produto no Chemical Abstract Service, da Chemical Society.
. Número da ONU.
. Natureza química/ingredientes: (faixas de concentração).
. Classificação e rotulagem.
Identificação de perigos
. Perigos e os efeitos adversos para a saúde e meio ambiente.
Medidas de primeiros socorros
. Ações que devem ser tomadas e, também, aquelas que não devem ser praticadas.
. Dividir as informações por via de penetração no organismo (inalação, contato com a pele, contato com
os olhos e ingestão).
. Recomendações para a proteção do socorrista e para o médico.
. Sinais e sintomas de exposição: (pele, olhos, via respiratória, ingestão).
Medidas de combate a incêndio
. Meios de extinção apropriados e os não recomendados.
. Necessidade de equipamentos especiais para combate às chamas.
. Métodos especiais de extinção.
Medidas de controle para derramamento ou vazamento
. Precauções pessoais (inalação, contato com a pele e olhos).
. Necessidade de manter afastadas as fontes de ignição.
. Ações e precauções relativas ao meio ambiente.
. Métodos de recuperação, limpeza e disposição.
Manuseio e armazenamento
. Medidas técnicas para a prevenção da exposição humana e do meio ambiente.
. Embalagem apropriada e imprópria.
. Prevenção de incêndio e explosão.
. Necessidade de ventilação.
. Materiais incompatíveis.
Controle de exposição e proteção individual
. Medidas técnicas para a proteção e controle na fonte e na trajetória.
. Procedimento para monitoramento.
. Tipo de proteção para inalação, mãos, olhos e pele.
. Equipamentos especiais.
Propriedades físico-químicas
. Aspecto, estado físico, forma, cor e odor.
. Ponto de fulgor.
. Pressão de vapor.
. Densidade em água.
. Limiar do odor.
. Ponto de ignição.
. Peso molecular.
. Densidade no ar.
. Limites de exposição: TLV-TWA, STEL.
. Ponto de ebulição.
. Limites de inflamabilidade: LIE, LSE.
. Solubilidade em água.
. Incompatibilidades.
Estabilidade e reatividade
. Condições específicas que tornam o produto instável ou que possa reagir perigosamente.
. Materiais ou produtos incompatíveis.
. Necessidade de inibidores ou de aditivos para evitar reação perigosa.
. Produtos que podem ser formados se houver decomposição.
Informações toxicológicas
. Efeitos agudos, crônicos, local, sensibilização.
. Característica cancerígena, mutagênica, teratogênica.
. Produtos que causam efeito aditivo ou sinérgico.
Informações ecológicas
. Mobilidade.
. Persistência/degradabilidade.
. Bioacumulação.
. Impacto ambiental esperado.
Considerações sobre tratamento e disposição
. Métodos para tratamento e disposição segura e ambientalmente aprovado (produto e embalagem).
. Regulamentação para tratamento e disposição.
Informações sobre transporte
. Número da ONU (produtos perigosos).
. Código e classificação para o meio de transporte que será usado (terrestre, fluvial, marítimo, aéreo).
. Regulamentações nacionais e internacionais – terrestres, hidroviário e aéreo.
Regulamentações
. Riscos e medidas de segurança conforme descrição no rótulo.
Outras informações
. Outras características importantes não citadas nos itens anteriores.
. Treinamentos especiais e restrições ao uso do produto.
. Bibliografia.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Cabe salientar que o usuário da FISPQ é responsável por escolher a melhor maneira de informar e treinar os
trabalhadores sobre identificação do produto, composição, identificação dos perigos, medidas de primeiros-
socorros, medidas de combate a incêndio, medidas de controle para derramamento ou vazamento, instruções
para manuseio e armazenamento, medidas de controle de exposição e proteção individual, as informações sobre
estabilidade e reatividade, as informações toxicológicas e as considerações sobre tratamento e disposição.
Quando formular as instruções específicas para o local de trabalho, o receptor deve levar em consideração as
recomendações pertinentes da FISPQ de cada produto. Cabe ainda ressaltar que as informações quantitativas
contidas na FISPQ devem ser expressas pelo Sistema Internacional de Unidades (SI). A FISPQ é uma excelente
ferramenta para o profissional da área de saúde e segurança do trabalho determinar os riscos envolvidos na
utilização de produtos químicos na organização.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SEGUNDO A NBR 1475, A FISPQ É UM MEIO DE O FORNECEDOR TRANSFERIR
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE OS PERIGOS DE UM PRODUTO QUÍMICO
(INCLUINDO INFORMAÇÕES SOBRE O TRANSPORTE, MANUSEIO, ARMAZENAGEM E
AÇÕES DE EMERGÊNCIA) AO SEU USUÁRIO, POSSIBILITANDO A ELE TOMAR AS
MEDIDAS NECESSÁRIAS RELATIVAS À SEGURANÇA, À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE.
ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETARELACIONADA AO CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E
PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
A) Bioacumulação.
B) Código e classificação para o meio de transporte que será usado.
C) Efeitos agudos, crônicos, local, sensibilização.
D) Ponto de fulgor.
E) Procedimento para monitoramento.
2. A NR 26 (2015) – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA PREVÊ QUE A ROTULAGEM
PREVENTIVA DEVE CONTER UMA SÉRIE DE ELEMENTOS. ASSINALE A AFIRMATIVA
QUE APRESENTA, DE FORMA CORRETA, UM DESSES ELEMENTOS.
A) Identificação e composição da equipe.
B) Palavra de organização.
C) Medidas de premiação.
D) Frase(s) de incentivo.
E) Pictograma(s) de perigo.
GABARITO
1. Segundo a NBR 1475, a FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais sobre os
perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e
ações de emergência) ao seu usuário, possibilitando a ele tomar as medidas necessárias relativas à
segurança, à saúde e ao meio ambiente. Assinale a afirmativa correta relacionada ao controle de
exposição e proteção individual.
A alternativa "E " está correta.
Segundo a NBR 1475, a FISPQ, no tocante ao controle de exposição e proteção individual, deve apresentar:
medidas técnicas para a proteção e controle na fonte e na trajetória; procedimento para monitoramento; tipos de
proteção para inalação, mãos, olhos e pele e, ainda, equipamentos especiais.
2. A NR 26 (2015) – Sinalização de Segurança prevê que a rotulagem preventiva deve conter uma série de
elementos. Assinale a afirmativa que apresenta, de forma correta, um desses elementos.
A alternativa "E " está correta.
A NR 26 (2015) prevê que a rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos: identificação e
composição do produto químico; pictograma(s) de perigo; palavra de advertência; frase(s) de perigo; frase(s) de
precaução e informações suplementares.
MÓDULO 3
 Reconhecer os conceitos gerais e as fases da avaliação ocupacional dos aerodispersoides
LIGANDO OS PONTOS
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Você sabe o que são aerodispersoides? Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a
dia, assim como estabelecer a situação da exposição ocupacional aos agentes químicos “névoas e neblinas”?
Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da
empresa AutoMecânica do Chicó, a seguir:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com
área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas
com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de
riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados apenas os
agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as
atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a
limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica
e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas
de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção
individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de
proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica,
protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção respiratória pertinentes.
Realizados os trabalhos de análise e avaliação para os agentes químicos, tais como tinta automotiva, thiner e
primer, a partir das FISPQ correspondentes, seguindo os requisitos da NR 9 – Avaliação e Controle das
Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos, não foram detectadas situações insalubres.
Segundo o Relatório de Avaliação da Exposição Ocupacional correspondente, emitido pelos engenheiros de
segurança responsáveis pelo serviço, a condição de insalubridade não foi observada na AutoMecânica do Chicó,
considerando os itens apresentados no relatório em questão sobre as concentrações avaliadas, os períodos de
exposição medidos e as utilizações de proteções eficazes, de caráter individual e coletiva observadas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. PEIXOTO E FERREIRA (2012) INFORMAM QUE SÃO PRODUZIDOS
APROXIMADAMENTE 70 MIL PRODUTOS QUÍMICOS, QUE SÃO USADOS NA
FABRICAÇÃO DE UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS. PORTANTO, É DE GRANDE
IMPORTÂNCIA O ESTUDO DESSES AGENTES PARA DETERMINAR, EM CADA
AMBIENTE LABORAL, A TIPOLOGIA E A RESPECTIVA CONCENTRAÇÃO E, COM ISSO,
ESTABELECER AS RECOMENDAÇÕES DE CONTROLE DOS RISCOS. CONSIDERANDO
O DETALHAMENTO SOBRE O AMBIENTE NO SETOR DE CHAPEAMENTO E PINTURA,
SOBRE AS ATIVIDADES ALI DESENVOLVIDAS, SOBRE AS MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS E, AINDA, SOBRE AS PROTEÇÕES DE ORDEM
COLETIVA E DE ORDEM INDIVIDUAL EMPREGADAS, ASSINALE A AFIRMATIVA
CORRETA QUE INDICA EM QUE ATIVIDADE EXISTE A POSSIBILIDADE DE EXPOSIÇÃO
AO AGENTE QUÍMICO “NÉVOA”.
A) Pintar
B) Emassar
C) Desamassar
D) Polir
E) Limpeza geral
2. SEGUNDO A NHO 8 (2009) – COLETA DE MATERIAL PARTICULADO SÓLIDO
SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES DE TRABALHO, SÃO UTILIZADOS
PRIORITARIAMENTE OS TRABALHADORES DE MAIOR RISCO NO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL. NO ENTANTO, QUANDO NÃO FOR
POSSÍVEL CARACTERIZAR E SELECIONAR UM TRABALHADOR DE MAIOR RISCO
PARA CADA ATIVIDADE, DEFINE-SE, ESTATISTICAMENTE, UM SUBGRUPO DE
TAMANHO ADEQUADO, DE TAL MANEIRA QUE ESSA AMOSTRA ALEATÓRIA TENHA
ELEVADA PROBABILIDADE DE INCLUIR PELO MENOS UM TRABALHADOR COM ALTA
EXPOSIÇÃO. TOMANDO POR BASE O SETOR DE PINTURA DA AUTOMECÂNICA DO
CHICÓ PARA A AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO, ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA
RELATIVA A UMA DAS CONSIDERAÇÕES PARA A IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHADOR
DE MAIOR RISCO.
A) Proximidade com relação à pistola de pintura.
B) Semelhanças em hábitos operacionais.
C) Proximidade com relação ao compressor.
D) Menor tempo de exposição.
E) A temperatura no ambiente de trabalho.
GABARITO
1. Peixoto e Ferreira (2012) informam que são produzidos aproximadamente 70 mil produtos químicos,
que são usados na fabricação de uma vasta gama de produtos. Portanto, é de grande importância o
estudo desses agentes para determinar, em cada ambiente laboral, a tipologia e a respectiva
concentração e, com isso, estabelecer as recomendações de controle dos riscos. Considerando o
detalhamento sobre o ambiente no setor de Chapeamento e pintura, sobre as atividades ali
desenvolvidas, sobre as máquinas e equipamentos utilizados e, ainda, sobre as proteções de ordem
coletiva e de ordem individual empregadas, assinale a afirmativa correta que indica em que atividade
existe a possibilidade de exposição ao agente químico “névoa”.
A alternativa "A " está correta.
Na atividade de chapeamento (funilaria ou lanternagem), normalmente são empregadas pistolas de pintura que
produzem névoas, que são geradas por ruptura mecânica de líquidos.
2. Segundo a NHO 8 (2009) – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de
Trabalho, são utilizados prioritariamente os trabalhadores de maior risco no processo de avaliação da
exposição ocupacional. No entanto, quando não for possível caracterizar e selecionar um trabalhador de
maior risco para cada atividade, define-se, estatisticamente, um subgrupo de tamanho adequado, de tal
maneira que essa amostra aleatória tenha elevada probabilidade de incluir pelo menos um trabalhador
com alta exposição. Tomando por base o setor de pintura da AutoMecânica do Chicó para a avaliaçãoda
exposição, assinale a afirmativa correta relativa a uma das considerações para a identificação do
trabalhador de maior risco.
A alternativa "A " está correta.
Para a identificação dos trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade em relação à
fonte geradora de material particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças em hábitos
operacionais e a movimentação do ar no ambiente de trabalho.
3. VOCÊ JÁ SABE QUE NA AUTOMECÂNICA DO CHICÓ, NO
SETOR DE CHAPEAMENTO E PINTURA, NÃO FOI OBSERVADA A
CONDIÇÃO DE INSALUBRIDADE PARA AGENTES QUÍMICOS. A
NR 15, ANEXOS 11, 12 E 13, ESTABELECE OS REQUISITOS E, EM
ALGUMAS SITUAÇÕES, OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO
PERTINENTES. JÁ A NHO 8 (2009) – COLETA DE MATERIAL
PARTICULADO SÓLIDO SUSPENSO NO AR DE AMBIENTES DE
TRABALHO, DENTRE OUTRAS RECOMENDAÇÕES,
ESTABELECE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM
RELATÓRIO TÉCNICO DAS AVALIAÇÕES EXECUTADAS. QUAIS
SÃO AS RECOMENDAÇÕES QUE DEVEM SER ATENDIDAS PARA
A FORMATAÇÃO PADRÃO, DO RELATÓRIO, SEGUNDO A NHO 8?
RESPOSTA
O relatório técnico deve abordar, no mínimo: introdução, incluindo objetivos do trabalho,
justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações
quantitativas; materiais e equipamentos utilizados; metodologias utilizadas; descrição
das situações de exposição avaliadas; resultados obtidos; conclusões e
recomendações, além de referências bibliográficas.
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QUAIS SÃO AS ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO
PARTICULADO SÓLIDO EM SUSPENSÃO?
AVALIAÇÃO DE AERODISPERSOIDES
Foto: Shutterstock.com
MUITAS OCUPAÇÕES EXPÕEM TRABALHADORES AO RISCO DE
INALAÇÃO DE POEIRAS CAUSADORAS DE PNEUMOCONIOSES
(ASBESTOSE, SILICOSE ETC.) E ESTÃO RELACIONADAS A
DIVERSOS RAMOS DE ATIVIDADES, TAIS COMO MINERAÇÃO,
CONSTRUÇÃO CIVIL, METALURGIA, CERÂMICA, VIDROS,
ACABAMENTO DE PEDRAS ETC.
As poeiras podem ser classificadas em dois tipos, dependendo da sua composição química:
ORGÂNICAS

INORGÂNICAS
POEIRAS ORGÂNICAS
Constituem risco por provocarem doenças pulmonares ou intoxicações. Outro aspecto importante associado às
poeiras orgânicas é o risco de explosões pela combustão violenta de partículas suspensas no ar (excrementos
de aves, madeira, algodão etc.).
POEIRAS INORGÂNICAS
Que contêm sílica cristalina são as de maior interesse para a higiene do trabalho. Resultam de materiais
existentes em grande quantidade na crosta terrestre, como rochas, minérios e areias.
Já a sílica, apresenta-se geralmente como dióxido de silício ( ), nas formas cristalina e amorfa.
Sílica amorfa
Terra diatomácea, sílica gel, sílica precipitada.
SiO2

Sílica cristalina
Cristobalita, quartzo, tridimita.
A forma cristalina apresenta o maior risco, podendo causar uma grave pneumoconiose chamada de silicose, que
é a enfermidade pulmonar mais conhecida, relacionada ao trabalho. O quartzo é o tipo mais comum de sílica
cristalina. Classificado pela ACGIH como A2 (suspeito de provocar câncer). Avaliações da exposição são
realizadas através da coleta e mensuração das poeiras presentes na zona de respiração do trabalhador durante
a jornada de trabalho.
Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de sílica cristalina.
LIMITES DE EXPOSIÇÃO DA NR 15 (2019)
Imagem: © navee - stock.adobe.com
ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
A NR 15, em seu Anexo 12, apresenta os limites de tolerância para as poeiras minerais, a saber:
ASBESTO
O limite de tolerância para fibras respiráveis (diâmetro inferior a 3 micrometros, comprimento maior ou igual a 5
micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1) de asbesto crisotila é de 2,0 f/cm³
(fibras por centímetro cúbico). Já a NHO 04 (2001) – Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de
Trabalho, análise por microscopia ótica de contraste de fase, estabelece as metodologias para a avaliação de
fibras não orgânicas.
SÍLICA
Os limites de exposição para fumos metálicos poeira total e respirável, expressos em mg/m³, estão apresentados
respectivamente pelas seguintes expressões:
a) Poeira total
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
b) Poeira respirável
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observação: A norma define que o quartzo deverá sempre ser entendido como sílica livre cristalizada.
FUMOS METÁLICOS
Os fumos são, notadamente, resultantes das operações de soldagem e de fundição de metais. Nesses
processos, desprendem-se vapores e gases, que, após resfriamento e condensação, oxidam-se rapidamente e
formam os fumos metálicos. Dependendo do processo e das matérias-primas utilizadas, pode ocorrer a
exposição ao ferro, manganês, zinco, chumbo, cromo. A exposição a fumos metálicos pode produzir a “febre dos
fundidores”, pneumoconioses (doenças ocupacionais pulmonares), tais como: siderose (ferro), saturnismo
(chumbo) e manganismo (manganês).
LT = (mg /m3)24
(% SiO2+3)
LT = (mg /m3)8
(% SiO2+2)
Os limites de exposição fixados pela NR 15 (2019) são:
a) Manganês – anexo XII, NR 15.
Obs.: insalubridade máxima - 5,0 mg/m³ exposição à poeira (extração, moagem, transporte de minério);
1,0mg/m³ exposição a fumos (baterias, pilhas secas, vidros especiais, cerâmicas).
b) Chumbo – anexo XI, NR 15 - 0,1 mg/m³ exposição a fumos.
Obs.: os demais metais na forma de fumos não possuem limites fixados na NR 15, outros são citados para
avaliação qualitativa, no anexo XIII.
EFEITOS COMBINADOS
Principalmente na avaliação de fumos metálicos, devemos levar em consideração os efeitos independentes e os
efeitos combinados. Segundo a ACGIH, quando os componentes da mistura têm efeitos tóxicos similares, devem
ser considerados seus efeitos combinados, sendo o limite da mistura igual a:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
 - concentração do agente n.
 - limite de exposição do agente n.
+ +. . . . . . . . . . . . . + = 1C1
LE1
C2
LE2
Cn
LEn
Cn
LEn
MEIO DE COLETA PARA FUMOS METÁLICOS
Temos como meio de coleta para fumos metálicos o filtro de éster de celulose de 0,8μm de porosidade e 37mm
de diâmetro. Os fumos são coletados em particulado total, isto é, sem o separador de partículas. Em laboratório,
as amostras são tratadas com ácido nítrico, a fim de dissolver os metais presentes na amostra, para posterior
análise por espectrofotometria de absorção atômica (uma fonte de energia de radiação para cada metal).
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
Foto: Shutterstock.com
PARTICULADOS SÓLIDOS – NHO 8 (2009)
Segundo a NHO 8 (2009) – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho, as
principais medidas de planejamento para a avaliação da exposição ocupacional são as seguintes:
 Para uma avaliação adequada, são necessárias, além das informações sobre o processo de trabalho e
caracterização da exposição, as informações sobre os agentes presentes no ambiente e suas possíveis
interações, as medidas de controle existentes, as condições de manuseio e operação, e as condições
ambientais, dentre outras variáveis.
 O dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da exposição. Se a exposição tem
uma grande variabilidade ao longo da jornada, então, pode ser necessário um número elevado de amostras
espaçadas ao longo da jornada.
 As amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador (amostragem
pessoal) ou junto à fonte do poluente (amostragem ambiental ou estática).
 A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar adequado,
de acordo com o método de coleta padronizado a ser utilizado.
 Para a identificação dos trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade com relação
à fonte geradora de material particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças em hábitos
operacionais e a movimentação do ar no ambiente de trabalho.
Foto: FUNDACENTRO, NHO 8, anexo A, p. 28, 2009.
 Montagempara amostragem.
Imagem: FUNDACENTRO, NHO 8, anexo A, p. 29, 2009.
 Montagem para amostragem.
 Quando não for possível caracterizar e selecionar um trabalhador de maior risco para cada atividade, define-
se, estatisticamente, um subgrupo de tamanho adequado, de tal maneira que essa amostra aleatória tenha
elevada probabilidade de incluir pelo menos um trabalhador com alta exposição.
 O número de amostras a serem coletadas está relacionado com o dispositivo de coleta a ser utilizado e a
capacidade de retenção do filtro de membrana, variando conforme o tipo de amostra, podendo ser:
Amostra única de período completo.
Amostras consecutivas de período completo.
Amostras de período parcial.
 A seleção do filtro de membrana deve atender aos requisitos do método a ser aplicado para a análise do
material particulado. A seleção do porta-filtro depende da fração de material particulado a ser coletada.
Imagem: Peixoto e Ferreira, 2012, p. 70.
 Montagem do retentor.
 Para a coleta de material particulado inalável, utilizar um dispositivo de coleta projetado para selecionar
partículas com diâmetro aerodinâmico de até 100μm, com 50% de eficiência de coleta.
 Para a coleta de material particulado torácico, utilizar um separador projetado para selecionar partículas
menores que 25μm, com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro aerodinâmico de 10μm.
 Para a coleta de material particulado respirável, utilizar um separador, do tipo ciclone, projetado para
selecionar partículas menores que 10μm com 50% de eficiência de coleta em partículas com diâmetro
aerodinâmico de 4μm.
 Para a coleta de material particulado total, utilizar porta-filtro de 37mm de diâmetro, de três peças, com face
fechada e orifício para a entrada do ar de 4mm de diâmetro, até que outra recomendação seja especificada.
Foto: FUNDACENTRO, NHO 08, anexo E, páginas 35-36, 2009.
 Montagem do retentor.
 Selecionar uma bomba de amostragem que atenda às características técnicas definidas na NHO 08. A
calibração da bomba deve ser realizada a partir de um padrão primário de calibração ou um padrão secundário
devidamente calibrado conforme a norma NHO 07. A vazão da bomba deve ser ajustada de acordo com
orientações definidas para o desempenho correto do dispositivo de coleta utilizado.
 Utilizar mangueiras flexíveis de material plástico, de preferência inerte, tipo Tygon, com diâmetro e
comprimento adequados a fim de evitar a interrupção do fluxo de ar ou vazamentos.
PROCEDIMENTO DE COLETA
Os principais elementos a serem considerados na fase de coleta são os seguintes:
Antes de iniciar a coleta das amostras, deve-se consultar o laboratório que realizará a análise sobre: os
métodos analíticos utilizados, o fornecimento de dispositivos e filtros para a coleta, prazo de validade dos
filtros, acondicionamento e transporte das amostras, entre outros.
Utilizar métodos de análise específicos para determinar a concentração dos particulados no ambiente de
trabalho. Para tal, pode-se utilizar conhecimentos científicos produzidos ou recomendados por organismos
nacionais e/ou internacionais da área.
Calibrar a bomba de amostragem.
Montar o sistema de coleta acoplando o dispositivo de coleta à bomba de amostragem por meio da
mangueira.
Instalar o sistema de coleta no trabalhador ou posicioná-lo por meio de um tripé no local de trabalho a ser
avaliado.
Verificar se a entrada de ar do dispositivo de coleta está livre e ligar a bomba de amostragem.
Anotar data, horário do início da coleta, código do filtro, número da bomba e demais dados em um
formulário de registro.
Acompanhar e observar o processo e as atividades de trabalho, assim como as ocorrências que podem
interferir nos resultados durante o período de coleta.
Desligar a bomba de amostragem após concluído o período de coleta e anotar o horário.
Desconectar, cuidadosamente, a mangueira da bomba de amostragem e, posteriormente, do dispositivo de
coleta.
Retirar o porta-filtro do sistema de coleta, tampar o orifício de entrada do ar e, em seguida, o de saída do ar
com os plugues adequados.
Guardar o porta-filtro com a face amostrada voltada para cima, em caixa apropriada para transporte, de
maneira a evitar o desprendimento do material coletado.
Verificar a variação da vazão, considerando para análise somente as amostras coletadas com bombas que
apresentaram variação de vazão (∆Q) inferior a 5%.
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO
A seguir, estão apresentados os principais passos para a determinação da concentração:
O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte expressão:
Sendo:
 - Volume de ar amostrado em m³
 - Vazão média em l/min
V =
Qm . t
1000
V
Qm
 - Tempo total de coleta em minutos
A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra, de acordo com a
seguinte expressão:
Sendo:
 - Concentração da amostra em 
 - Massa da amostra em mg
 - Volume de ar mostrado em m³
Os resultados de concentração de material particulado de cada amostra são utilizados para o cálculo da
concentração média ponderada pelo tempo para a jornada de trabalho, conforme a seguinte expressão:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
t
C = m
V
C
mg
m3
m
V
CMPT =
(C1⋅t1+C2⋅t2+....+Cn⋅tn)
Ttotal
Sendo:
 - Concentração média ponderada pelo tempo
 - Concentração do particulado obtida na amostra 
 - Tempo de coleta da amostra 
 - Tempo total de coleta = 
RESULTADOS E RELATÓRIO CONCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO
Os resultados obtidos podem ser utilizados para: avaliar a exposição dos trabalhadores; subsidiar a tomada de
decisões quanto à implantação de medidas de controle preventivas e corretivas nos ambientes de trabalho;
estudos epidemiológicos e de análise de risco, entre outros.
Na interpretação dos resultados, além da comparação dos valores de concentração com os limites de exposição
ocupacional, deve-se levar em consideração as informações obtidas na literatura, o objetivo da avaliação
quantitativa, a variabilidade das concentrações, as características específicas do material avaliado e do processo
de trabalho, entre outras.
CMPT
Cn n
tn n
Ttotal t1 + t2+. . . tn
Foto: Shutterstock.com
O relatório técnico deve abordar, no mínimo, os aspectos:

Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as
avaliações quantitativas.
Materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo de bombas e dispositivos de coleta).


Metodologias utilizadas (estratégia de coleta, métodos de coleta e métodos analíticos).
Descrição das situações de exposição avaliadas.


Resultados obtidos.
Conclusões e recomendações.


Referências bibliográficas.
CÁLCULOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS
Imagem: © Freedomz - stock.adobe.com
 EXEMPLO
Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável em uma empresa de corte de rochas,
a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a seguir:
Tempo de amostragem - 300 min
Vazão da bomba - 1,7 l/min
Massa da amostra - 2,5mg
Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 4%
Observação: O tempo de amostragem e a vazão da bomba de amostragem pessoal utilizados foram aqueles
estabelecidos por metodologia NIOSH.
Cálculo do volume amostrado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Cálculo da concentração da poeira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Cálculo do limite de tolerância - poeira respirável:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Conclusão – a concentração de poeira respirável (4,9 mg/m³) superou o limite de tolerância calculado (1,33
mg/m³), caracterizando a exposição insalubre.
V = = = 0,51 m³Qm.t
1000
(1,7 l/min×300  min)
1000
C = = = 4,9  mg /m³m
V 
2,5  mg
0,51 m³
LT = = = 1,33  mg /m³8
(% SiO2+2)
8
(4+2) EXEMPLO
Verificar a ocorrência de insalubridade na amostragem de poeira respirável e para poeira total em uma empresa
de arte em pedras, a partir dos dados de campo e dos dados fornecidos pelo laboratório, a seguir:
a) Poeira total:
Tempo de amostragem - 300 min
Vazão da bomba - 2 l/min
Massa da amostra - 4mg
Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 3%
b) Poeira respirável:
Tempo de amostragem - 300 min
Vazão da bomba - 1,7 l/min
Massa da amostra - 1,5mg
Percentual de sílica livre cristalizada na amostra - 0,5%
a) Cálculos para a poeira total.
• Cálculo do volume amostrado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Concentração da poeira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Cálculo do limite de tolerância – poeira total:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
b) Cálculos para a poeira respirável.
• Cálculo do volume amostrado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Concentração da poeira:
V = = = 0,6 m³Qm⋅t
1000
(2 l/min×300  min)
1000
C = = = 6,6  mg /m³m
V
4  mg
0,6 m³
LT = = = 4  mg /m³24
(% SiO2+3)
24
(3+3)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Cálculo do limite de tolerância – poeira total:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Conclusão – a concentração obtida para a poeira total (6,6 𝑚𝑔/𝑚³) superou o limite de tolerância calculado (4
𝑚𝑔/𝑚³). A concentração obtida para a poeira respirável (2,9 𝑚𝑔/𝑚³) é inferior ao limite de tolerância calculado
(3,2 𝑚𝑔/𝑚³). Essa situação caracteriza uma exposição insalubre, na medida em que houve a superação de pelo
menos um dos limites.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A NHO 8 (2009) APRESENTA UMA SÉRIE DE MEDIDAS DE PLANEJAMENTO PARA A
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE
C = = = 2, 9  mg /mm
V
1,5  mg
0,51 m3
LT = = = 3, 2  mg /m³8
 (% SiO2+2)
8
(0,5+2)
APRESENTA, DE FORMA CORRETA, UMA DESSAS MEDIDAS ESTABELECIDAS NA NHO
8.
A) São necessárias exclusivamente as informações sobre o processo de trabalho.
B) O dimensionamento do tamanho da amostra independe do comportamento da exposição.
C) As amostras devem ser coletadas, exclusivamente, diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador.
D) A duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume de ar adequado,
independentemente, do método de coleta padronizado a ser utilizado.
E) Para a identificação dos trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade em relação à
fonte geradora de material particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças em hábitos
operacionais e a movimentação do ar no ambiente de trabalho.
2. OS DADOS DO RELATÓRIO CONCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO PODEM SER UTILIZADOS
PARA: AVALIAR A EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES; SUBSIDIAR A TOMADA DE
DECISÕES QUANTO À IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE PREVENTIVAS E
CORRETIVAS NOS AMBIENTES DE TRABALHO; REALIZAR ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS E DE ANÁLISE DE RISCO, ENTRE OUTROS. ASSINALE A
AFIRMATIVA CORRETA RELATIVA A UM DOS ASPECTOS QUE DEVEM COMPOR O
RELATÓRIO CONCLUSIVO DA EXPOSIÇÃO.
A) Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as
avaliações qualitativas.
B) Materiais utilizados (marca e o local da aquisição).
C) Metodologias utilizadas (exclusivamente, a estratégia de coleta).
D) Descrição das situações de emergência.
E) Resultados obtidos.
GABARITO
1. A NHO 8 (2009) apresenta uma série de medidas de planejamento para a avaliação da exposição
ocupacional. Assinale a afirmativa que apresenta, de forma correta, uma dessas medidas estabelecidas
na NHO 8.
A alternativa "E " está correta.
Segundo a NHO 8 (2009), as principais medidas de planejamento para a avaliação da exposição ocupacional
são as seguintes: para uma avaliação adequada são necessárias, além das informações sobre o processo de
trabalho e caracterização da exposição, as informações sobre os agentes presentes no ambiente e suas
possíveis interações, as medidas de controle existentes, as condições de manuseio e operação, e as condições
ambientais, dentre outras variáveis; o dimensionamento do tamanho da amostra depende do comportamento da
exposição; as amostras podem ser coletadas diretamente junto ao trato respiratório do trabalhador ou junto à
fonte do poluente; a duração da coleta de cada amostra de ar deve ser a necessária para amostrar um volume
de ar adequado, de acordo com o método de coleta padronizado a ser utilizado, e, para a identificação dos
trabalhadores de maior risco, é necessário observar a sua proximidade com relação à fonte geradora de material
particulado, o tempo de exposição, a sua mobilidade, as diferenças em hábitos operacionais e a movimentação
do ar no ambiente de trabalho.
2. Os dados do relatório conclusivo da exposição podem ser utilizados para: avaliar a exposição dos
trabalhadores; subsidiar a tomada de decisões quanto à implantação de medidas de controle preventivas
e corretivas nos ambientes de trabalho; realizar estudos epidemiológicos e de análise de risco, entre
outros. Assinale a afirmativa correta relativa a um dos aspectos que devem compor o relatório conclusivo
da exposição.
A alternativa "E " está correta.
O relatório técnico deve abordar, no mínimo, os aspectos: introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa
e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas; materiais e equipamentos
utilizados (tipo, marca e modelo de bombas e dispositivos de coleta); metodologias utilizadas (estratégia de
coleta, métodos de coleta e métodos analíticos); descrição das situações de exposição avaliadas; resultados
obtidos; conclusões e recomendações, e referências bibliográficas.
MÓDULO 4
 Identificar as diversas tipologias de equipamentos de proteção respiratória, notadamente, às
montagens para os aerodispersoides
LIGANDO OS PONTOS
Foto: © maho - stock.adobe.com
Você sabe o que significa EPR? Você sabe o que são medidas de controle de ordem coletiva e individual?
Conseguiria identificar uma aplicação prática, em uma atividade do dia a dia, assim como estabelecer a situação
da exposição ocupacional aos agentes químicos? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base
uma situação prática, vamos analisar o case da empresa AutoMecânica do Chicó:
A AutoMecânica do Chicó está legalmente estabelecida, na cidade do Rio de Janeiro, na atividade de
manutenção e reparação de automóveis. A sede da empresa é constituída de dois pavimentos em alvenaria, com
área de aproximadamente 600m², com pé-direito de 4,5m, iluminação em lâmpadas fluorescentes recobertas
com vidro, ventilação natural (portas e janelas) e piso em concreto.
Dentre os diversos setores na empresa, aquele que está por ser avaliado, sob o ponto de vista dos agentes de
riscos ocupacionais, é o setor de Chapeamento e pintura, porém, inicialmente, serão avaliados apenas os
agentes químicos. No setor de Chapeamento (funilaria ou lanternagem) e pintura são desenvolvidas as
atividades de lanternagem e pintura, envolvendo: desamassar, lixar, emassar, lavar, pintar e polir, assim como a
limpeza geral dos automóveis após os serviços.
Para tanto, são empregados os seguintes equipamentos: politriz, esmerilhadeira, pistola de pintura, solda elétrica
e solda oxiacetilênica, além de outras ferramentas em geral. Cabe ainda destacar que são empregadas técnicas
de proteção coletiva, como a ventilação local exaustora e a umidificação, e os equipamentos de proteção
individual pertinentes, sempre com certificados de aprovação (CA): protetor auricular tipo concha, escudo de
proteção, avental e luvas de raspa de couro, capa, luvas, aventais, botas, óculos de segurança oxiacetilênica,
protetor facial, óculos de segurança e equipamentos de proteção

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