Buscar

Experimentação Contextualizada em Química

Prévia do material em texto

ATIVIDADE RESUMO DE ARTIGOS 
ARTIGO: EXPERIMENTAÇÃO CONTEXTUALIZADA SOBRE EQUILÍBRIO 
QUÍMICO PARA TURMA DE ENSINO MÉDIO 
Nas últimas décadas, com o avanço da globalização e da automação, vários 
países têm repensou seu modelo de educação diante de um mundo cada vez mais 
competitivo e diferentes realidades económicas. Esses problemas afetam, sobretudo, 
o Ensino de Química, que é considerado tedioso por muitos alunos, pois para muitos 
não proporciona uma compreensão significativa. Portanto, é essencial uma mudança 
verdadeira e democrática nos métodos de ensino. Segundo os Parâmetros 
Curriculares Nacionais + (PCN+), ter acesso aos conceitos e conhecimentos 
químicos. Nesse sentido, no intuito de mudar o método de ensino atualmente utilizado 
nas escolas e de despertar o interesse dos estudantes pela Química é indispensável 
fazer uso de metodologias diversificadas e atrativas, uma delas é a experimentação 
contextualizada, tendo em vista que esta Ciência é puramente experimental. 
A história do sistema educacional brasileiro é um grande desafio, não 
pretendido neste trabalhar. Contudo, basta olhar para o passado histórico da Lei de 
Diretrizes e Bases Nacionais da Educação – LBD, que regulamenta a educação no 
Brasil, para que a compreensão dos desafios encontrados possa ser melhor 
elucidada. Foi então, neste contexto, que surgiu a maior referência política para essa 
discussão surgiu, a saber, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Segundo 
a LDB, a educação escolar está estruturada em dois grandes níveis: básico e superior. 
No ensino básico, de acordo com o artigo 4º, o Estado garante 'ensino básico 
obrigatório e gratuito de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos de idade” (BRASIL, 1996). 
Tais medidas também se devem ao não cumprimento das metas estabelecido pelo 
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). 
Portanto, uma ampla discussão e implementação de medidas didáticas 
técnicas pedagógicas, como o uso da experimentação, que possibilitam a 
permanência e o sucesso de alunos do ensino médio na escola, bem como despertar 
seu interesse pelo assunto químico. Para realizar um experimento na prática é 
necessário considerar variáveis como: Infraestrutura escolar (observe se a instituição 
escolar possui laboratório adequado ou algum lugar passivo para a realização de 
experimentos, como afirma Nardi (1998): ‘Podemos mencionar, por exemplo, a falta 
de laboratórios e equipamentos na escola, [...] o que impede uma preparação 
adequada das aulas práticas...’, portanto, muitas vezes é necessário ‘improvisação’ 
de um laboratório temporário (preparação da sala de aula ou outro espaço 
previamente pelo professor, além do material e reagentes aplicáveis ao experimento 
e, principalmente, a seleção do experimento. Tais experimentos realizados precisam 
ser cotidiano dos alunos e perfeitamente visíveis a olho nu, para que causem grande 
impacto visual, despertando curiosidade até nos alunos mais desconectados em 
relação ao conteúdo e matéria. 
Particularmente no ensino de Química no Brasil, nota-se que os alunos na 
maioria ás vezes, eles não conseguem assimilar o conteúdo abordado em sala de 
aula com os seus próprio experiência, portanto, a abordagem adotada pelo professor 
é caracterizada como descontextualizado, causando grande dificuldade na 
aprendizagem dos alunos, tornando o conteúdo desta disciplina um 'obstáculo' no 
desenvolvimento intelectual do aluno. aula com a experiência do aluno, não se 
restringindo à área de atuação da disciplina ministrada, mas aplicação de conteúdo 
interdisciplinar. Segundo Freire (2005), contextualização é a unificação do conteúdo 
demonstrado em sala de aula. 
Esta pesquisa foi realizada com 20 (vinte) alunos de uma turma do 3º ano do 
ensino Médio, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Baptista de 
Mello, localizada no bairro da Mangabeira, na cidade de João Pessoa, Paraíba-Brasil. 
A metodologia utilizada baseou-se nos pressupostos da pesquisa qualitativa, pois é 
necessária uma maior proximidade entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa, a 
fim de inferência de aspectos qualitativos (CALEFFE; MOREIRA, 2008). Além disso, 
a metodologia características de uma pesquisa participante, que segundo Severino 
(2008, p. 120), é definida como “aquele em que o pesquisador, para observar os 
fenômenos, compartilha experiência dos sujeitos pesquisados, participando, de forma 
sistemática e permanente, ao longo de tempo de pesquisa”. 
Os resultados obtidos por meio desse instrumento mostraram que 70% dos 
estudantes não souberam responder às questões propostas, que versavam sobre o 
Equilíbrio Químico, com foco no Princípio de Le Chatelier, embora eles já tivessem 
visto e estudado esse conteúdo anteriormente. Sendo assim, por intermédio da trilogia 
CTS iniciaram-se as atividades dessa pesquisa com os discentes, abordando tal 
princípio (HOFSTEIN, 1998). Fazendo uso dessa fala, infere-se que até então não se 
podia definir corretamente esse princípio fundamental no estudo do Equilíbrio 
Químico. 
Esse estudo buscou auxiliar o método tradicional (quadro e giz) de ensino 
utilizando-se de instrumentos metodológicos que pudessem atribuir uma abordagem 
Química desmitificada, a qual pudesse respeitar a autonomia de cada discente em 
sala de aula, bem como utilizar de suas opiniões e vivências, para exemplificar e 
denotar esta ciência presente no nosso dia a dia. 
ARTIGO: JOGANDO COM A QUÍMICA: UM INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM 
NO ENSINO DE ELETROQUÍMICA. 
O processo educacional segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais deve 
ser trabalhado em sala de aula de forma mais dinâmica e divertida, assim, quebrando 
o hábito escolar da aula tradicional e, dessa forma, despertando a atenção do aluno 
(BRASIL, 2002). Consequentemente, por meio das alternativas mais diversificadas 
para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem será possível fomentar um 
aumento da concentração, do estímulo e de bons resultados dos alunos em relação 
ao ensino da Química. Quando tratamos dos artefatos didáticos no ensino de química, 
especificamente os jogos pedagógicos, eles tem ganhado um forte espaço para a 
dinâmica em sala de aula, considerando sua característica de mesclar a diversão com 
a aprendizagem. 
Como prescrito nos PCNs, os conceitos químicos são imprescindíveis para uma 
eficaz compreensão das Ciências Naturais, pelo qual o Ensino da Química nas 
escolas deve oferecer aos alunos muito mais do que simplesmente a memorização 
dos conteúdos (BRASIL, 2002). Na seção sobre o sentido do aprendizado na área, 
uma proposta para o Ensino Médio que, sem ser profissionalizante, efetivamente 
propicie um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual as informações, o 
conhecimento, as competências, as habilidades e os valores desenvolvidos sejam 
instrumentos reais de percepção, satisfação, interpretação, julgamento, atuação, 
desenvolvimento ou de aprendizado permanente, evitando tópicos cujos sentidos só 
possam ser compreendidos em outra etapa de escolaridade (BRASIL, 2002, p. O 
entendimento que é necessário para a compreensão das Ciências da Natureza 
(Química, Física e Biologia), como citado nos PCNs, está na busca de alternativas 
para o desenvolvimento do currículo de forma diversificada, com abordagem de 
conhecimentos científicos e espontâneos, considerando que todos possuem algum 
conhecimento prévio. 
O ensino da Eletroquímica se remete aos fenômenos que envolvem o nosso 
dia a dia, como a corrosão dos metais e a compreensão da relação entre energia 
elétrica produzida e consumida na transformação química a partir das ideias de 
estrutura da matéria (ESPÍRITO SANTO, 2009). Por isso, a contribuição através da 
ludicidade - sendo esses jogos, dinâmicas, entre outros - na construção do ensino e 
aprendizagem favorece e enriquece os conhecimentos preexistentes e os adquiridos 
durante as aulas. Utilizar jogos como instrumento pedagógico não se restringe a 
trabalhar com jogos prontos, nos quais as regras e os procedimentos jáestão 
determinados; mas, principalmente, estimular a criação, pelos alunos, de jogos 
relacionados com os temas discutidos no contexto da sala de aula. 
Ainda destacando Kishimoto (1996) existem dois sentidos para os jogos 
educativos, um sendo amplo, em que o jogo é um instrumento que possibilita a livre 
exploração pelo professor, com o propósito de desenvolver as habilidades e os 
conhecimentos gerais dos alunos; e outro de sentido restrito, pelo qual o jogo impõe 
atividades orientadas, visando à aprendizagem de conteúdos específicos ou de 
habilidades intelectuais, designado como jogo didático. Por meio desse viés, pode-se 
inferir que a aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de 
instrumentos e signos (VIGOTSKI, 2010), que por sua vez, classifica um signo como 
algo que significaria alguma coisa para o indivíduo, sendo a linguagem falada e 
escrita. Ao levar em consideração as citações já referenciadas, é importante destacar 
também Santana e Rezende (2008), pois em sua obra destacam alguns teóricos 
precursores de métodos ativos na educação, como Vigotski, Decroly, Piaget, Freinet, 
Froebel, Dewey, que salientam a importância da utilização de métodos lúdicos no 
processo de ensino e aprendizagem. 
A pesquisa realizada teve como metodologia uma abordagem descritiva, 
analítica e qualitativa da aplicação do artefato químico produzido. Construiu-se a 
pesquisa por meio das etapas: elaboração do jogo de tabuleiro, aplicação do jogo e a 
construção dos resultados, por meio da análise de conteúdo. Elaboração do jogo de 
tabuleiro A proposta desta pesquisa foi utilizar um jogo educativo para auxiliar o 
professor na construção de conceitos relacionados à Eletroquímica (pilhas e eletrólise) 
abordados na segunda série do Ensino Médio. 
É relevante que a aplicação da dinâmica dos três momentos pedagógicos 
oportunizou a expansão do tema Eletroquímica para outros contextos, considerando 
não só os conhecimentos científicos, mas também os espontâneos elencados pelos 
alunos, dando maior significado ao processo de ensino-aprendizagem. Assim, 
conforme Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2009), a problematização inicial se deu 
no momento em que o professor estimulou conceito “Eletroquímica”, com o intuito de 
descobrir os seus conhecimentos prévios, desafiando sua curiosidade sobre o assunto 
e tecendo novas oportunidades de aprendizagem. Nesse viés, a organização do 
conhecimento se deu por meio da revisão do conteúdo pelo professor aos alunos, 
para um melhor entendimento dos referidos conceitos. A aplicação do conhecimento 
se deu durante a aplicação do “Jogando com a Química”, no qual foi possível observar 
a compreensão da conceituação científica por parte dos alunos. Antes do início da 
atividade o professor explicou as regras do “Jogando com a Química”, dando 
sequência a organização dos alunos em grupos e assim iniciando o jogo. 
Dessa forma, ao término do jogo foi realizada uma avaliação da atividade 
aplicada, por meio das rodas de conversa e avaliação escrita, pelo qual, pôde-se 
constatar a importância da utilização do jogo didático no desenvolvimento do 
conteúdo, visto que de acordo com as falas dos alunos, essa estratégia foi muito 
enriquecedora para a compreensão dos conceitos abordados. A importância do jogo 
A utilização do jogo como instrumento na aprendizagem possibilitou um ambiente de 
troca de informações com um despertar mais favorável aos conhecimentos químicos, 
pois ocorreu uma melhor interação entre o professor-aluno e aluno-aluno, sendo 
assim, um ensino mais leve e descontraído. 
O jogo de tabuleiro intitulado “Jogando com a Química” é um instrumento lúdico 
que proporcionou o desenvolvimento e a aplicação de um artefato pedagógico para o 
ensino da Eletroquímica, no qual está em conformidade com o currículo proposto 
pelos Parâmetros Curriculares Nacionais no Ensino de Química. 
ARTIGO: ABORDAGEM DAS PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES 
NUMA PERSPECTIVA DE ENSINO POR SITUAÇÃO – PROBLEMA. 
Na literatura em Educação em Ciências, encontramos diversos trabalhos que 
apresentam propostas para o ensino com base em situação-problema (Meirieu, 1998; 
Pozo, 1998; Cachapuz, 1999; Perrenoud, 1999; Macedo, 2002). Isso significa que o 
professor deverá procurar meios para encaminhar a aprendizagem utilizando uma 
abordagem não “mecanicista”, ou seja, aquela que busca a resposta esperada e/ou 
segue apenas caminhos anteriormente por ele direcionados, mas principalmente, 
elaborando atividades com procedimentos que sejam capazes de estimular os 
estudantes na realização das tarefas e instigar a curiosidade dos mesmos, orientando-
os na compreensão do conhecimento científico, principalmente para inseri-los de 
forma ajustada na sociedade (Insausti, 1997). 
Isso significa dizer que, os estudantes desenvolvem o trabalho experimental e, 
ao mesmo tempo, desconhecem o objeto de estudo desse trabalho, isto é, a 
experimentação é utilizada com o intuito de validar a reprodução dos conhecimentos 
científicos trabalhados. Em concordância com essa posição, ressaltamos a 
importância do professor planejar as atividades experimentais oportunizando aos 
educandos as condições necessárias de aprendizagem para o entendimento do 
conhecimento científico, não no intuito de responder o “por que desenvolver a 
atividade científica” e sim perguntar “para quê” desenvolvê- la. 
Sob essa perspectiva, selecionamos o conteúdo químico propriedades 
coligativas das soluções para abordá-lo em sala de aula numa perspectiva de ensino 
por situação-problema utilizando alguns instrumentos didáticos, dentre eles, 
atividades experimentais como etapa fundamental na intervenção didática. 
Este estudo é parte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida em uma 
dissertação de mestrado que investigou o uso de uma situação-problema como 
estratégia didática para o ensino do conteúdo propriedades coligativas das soluções. 
De um modo geral, os procedimentos metodológicos da pesquisa contemplaram: 1) 
elaboração de uma SP tomando como referencial teórico as orientações propostas 
por Meirieu (1998) (quadro 1), que os professores devem levar em consideração no 
processo de construção de uma SP. Nesse sentido, A SP foi elaborada e apresentada 
aos estudantes como segue: “É comum em países muito frios que as pessoas 
coloquem sal para ajudar a derreter a neve e impedir que se forme novamente nas 
estradas, a fim de que se evitem acidentes. Promover aprendizagem em relação aos 
conceitos científicos envolvidos no conteúdo das propriedades coligativas das 
soluções, bem como o desenvolvimento de procedimentos e atitudes nos estudantes. 
Para a resolução da SP proposta foram desenvolvidas atividades com os 
alunos considerando os três níveis do conhecimento químico, fenomenológico, tópicos 
do conhecimento passiveis de visualização concreta, bem como de análise ou 
determinação das propriedades dos materiais e de suas transformações; teórico, onde 
se encontram informações de natureza atômico-molecular, envolvendo, portanto, 
explicações baseadas em termos abstratos como átomo, molécula, íon, elétron; e 
representacional, envolvem os conteúdos químicos de natureza simbólica, que 
compreende informações inerentes à linguagem química, como fórmulas e equações 
químicas (Machado, 1999, p. 
O questionário foi elaborado e aplicado para que a professora/pesquisadora 
pudesse avaliar se a SP proposta era adequada às possibilidades cognitivas dos 
estudantes além de buscar identificar se os alunos apresentavam conhecimentos 
prévios relevantes em relação ao conteúdo abordado. 
Cada atividade experimental foi desenvolvida obedecendo as seguintes etapas: 
1) leitura e explicação dos procedimentos metodológicos da atividade experimental 
pela professora/pesquisadora; 2) realização da atividade experimental pelos grupos 
(G1, G2, G3); 3) discussão dos estudantes em seus grupos sobre questões propostas 
na atividade experimental que envolviam situações do dia-a-dia; e 4) discussão com 
o grande grupo comênfase nos aspectos representacional, microscópico e 
macroscópico do conteúdo abordado. 
A escolha para análise nesse momento da atividade experimental - 
Investigando a influência da adição do Soluto não volátil na temperatura de ebulição 
das soluções - justifica-se por sua relevância em subsidiar informações importantes 
que auxiliaram o entendimento dos estudantes acerca de temáticas que envolviam 
situações do dia-a-dia. No segundo momento, a professora/pesquisadora convidou 
cada grupo para apresentar as respostas para a questão proposta na ficha-tarefa: 
como você justifica o volume evaporado em cada sistema. 
Por conseguinte, eles buscavam continuamente superar tais conflitos tomando 
por base as informações obtidas das observações durante aDentre os instrumentos 
didáticos utilizados na intervenção didática, ressaltamos que o texto abordando a 
temática Água: soluções e propriedades possibilitou uma discussão ampla sobre 
problemas socioambientais e tecnológicos com ricas informações sobre os conceitos 
que envolvem o conteúdo de propriedades coligativas, os quais nortearam a 
compreensão da SP pelos estudantes. 
Dessa forma, tanto a estratégia didática de resolução da SP como a temática 
abordada no texto, contribuíram para inserir os estudantes em atividades 
experimentais investigativas, pois propiciaram uma participação ativa dos mesmos 
com oportunidades de levantamento de hipóteses e questionamentos em direção a 
resolução da situação-problema.

Continue navegando