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ECIT BENJAMIM MARANHÃO - ECITBM AULA DE GEOGRAFIA APLICADA AO TURISMO – 2ª SÉRIE ESPAÇOS, CIDADES E TURISMO URBANO PROFESSOR; ANTONIO LUIS CRUZ 1º BIMESTRE ESPAÇO URBANO O que é “turismo urbano”? É o que acontece num espaço urbanizado. Mas o que é um espaço urbanizado? Já sabemos que o espaço geográfico é a natureza modificada pelo homem. Pode-se dizer que o turismo urbano é aquele realizado nas cidades. Nele estão inseridos o turismo cultural – e em muitos casos o religioso –, o de negócios, o de eventos e outros. ESPAÇO URBANO Espaços urbanos constituídos por núcleos urbanos grandes, médios ou pequenos, com muitos núcleos turísticos (polinucleares ou multiproduto), como é o caso de Paris, Londres, Nova York; ou mononucleares ou produto único, com um núcleo turístico, a exemplo de cidades de peregrinação como Lourdes, Fátima, entre outras. A CIDADE As cidades são o resultado da interferência do homem no espaço ao longo do tempo, revelando-se como o retrato de processos histórico-sociais que dialogam com o seu cotidiano e com sua estrutura física. Cabe ressaltar, aqui, que o tempo destas transformações não é estático, ou seja, as mudanças no espaço das cidades continuam no presente (CARLOS, 2004). A CIDADE A cidade surgiu quando se descobriu o uso dos metais (pelos pastores). Assim, quem possuía armas mais poderosas que as de pedra (no caso, de metal) dominou as populações agrícolas, pedindo tributos e subserviência em troca de segurança (cidades fortificadas) A cidade, ao mesmo tempo em que se constitui em uma nova técnica de dominação, dá à produção organização, através da divisão e especialização do trabalho. A CIDADE Antes de procurar diferenciar espaço urbano e espaço turístico, é preciso primeiramente distinguir os conceitos de espaço urbano e cidade. Segundo Santos (1988) e Lefébvre (1999), a cidade é a forma, é a materialização de determinadas relações sociais, enquanto que o espaço urbano é o conteúdo, é a materialização no espaço das próprias relações sociais. A CIDADE Entretanto, não se pode fazer uma separação absoluta entre espaço urbano e cidade. Souza (2003) faz referência a esta interdependência: para ele a cidade é o concreto, o conjunto de redes, enfim a materialidade visível do urbano, enquanto que este é o abstrato, porém o que dá sentido e natureza à cidade (SIVIERO, 2005, p. 53). A CIDADE A cidade, salienta Cavalcanti (2001) e Lynch (1997), é muito mais que simplesmente um arranjo de objetos tecnicamente orientado, ela expressa no lugar a existência das pessoas que ali vivem, moram, trabalham, se divertem, pensam, se locomovem, produzindo nos espaços urbanos identidades muitas vezes únicas. A identidade de uma cidade, sua originalidade, seus hábitos e costumes aguçam o interesse do visitante a interpretar e conhecer tal espaço. A CIDADE O espaço urbano é produto da interação entre agentes sociais, pertencentes à iniciativa privada, ao poder público e à sociedade civil. Segundo Carlos (1994), Lopes (1998), Souza (2005), tal interação ocorre para que a sociedade possa produzir um espaço que atenda suas necessidades, visando ao funcionamento do ciclo do capital e à produção humana. Desta feita também o turismo se beneficia, consolidando-se como uma atividade de promoção do desenvolvimento social e econômico. A CIDADE Segundo Ferrari (1991), as cidades crescem de duas maneiras: a) Por urbanização difusa da periferia: área urbana invade a zona rural de maneira desordenada, obedecendo em linhas gerais aos modelos orgânicos de crescimento. Exemplo: modelos de círculos. b) Por urbanização controlada: cidade cresce segundo uma estrutura regular, concebida de forma espontânea ou de forma planejada, artificial. A CIDADE Palhares (2008, p. 9) analisa os tipos de crescimento e observa que: No crescimento por urbanização difusa da periferia, a cidade é ampliada pelo aumento desordenado da região periférica, a área urbanizada invade a zona rural. Na urbanização controlada, a expansão pode ocorrer a partir de uma estrutura planejada; crescimento planejado ou artificial; ou controlada pelos traços urbanos (ruas ortogonais, por exemplo); crescimento espontâneo ou natural.. A CIDADE A maioria das cidades brasileiras tem o seu crescimento de forma espontânea, o centro delas é comercial e financeiro, e os subúrbios são formados com ausência de regras. Cada época contou com cidades com características próprias: a cidade da antiguidade; o burgo medieval europeu; a cidade industrial dos séculos XIX e XX; e para alguns autores, a cidade pós-industrial. A CIDADE Na Antiguidade, a cidade desempenhava três papéis principais: primeiro, um papel militar, uma vez que, no Império Romano, o recrutamento dos exércitos ocorria nas cidades. Segundo, uma função administrativa e política. E por fim, uma função econômica, restrita ao consumo e sem ligação com a produção, uma vez que esta estava restrita às grandes propriedades rurais. A CIDADE Na primeira metade da Idade Média, com o desenvolvimento do feudalismo, as cidades sofreram mutações. A antiga vocação militar declina, surgindo o castelo fortificado, cercado de muralhas e fossos, que se torna o centro do poder, implantado principalmente nos campos do norte da França. A CIDADE A partir do século XII, e, sobretudo no século XIII, período em que justamente ocorreu o que estamos chamando de ‘gênese do Estado moderno’, aquele status quo sofreu uma reviravolta. Primeiramente houve a integração das cidades no sistema monárquico nacional A CIDADE A principal mudança foi que as cidades se transformam, também, em centros de produção, coisa que não eram na Antiguidade. Foi assim que a Idade Média assistiu ao desenvolvimento do artesanato. Esta é uma das características da cidade medieval. Ainda que ele já existisse nas pequenas aglomerações, irá se difundir principalmente nas cidades e utilizar – A CIDADE para moer os grãos e prensar os fardos de lã – a primeira máquina desenvolvida no Ocidente: o moinho. Poderosos moinhos hidráulicos, os primeiros a movimentar riachos, rios e grandes cursos d’água. Só mais tarde, a partir do final do século XII, é que aparecem os moinhos de vento. (LE GOLF, 2005, p. 23). image1.jpeg
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