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Caminho para a Guerra Mundial

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O	CAMINHO	PARA	A	GUERRA	MUNDIAL
Poucas	pessoas	em	1900	imaginavam	que	uma	grande	guerra	estava	por	vir,	que
duraria	 anos	 e	 devastaria	 a	 velha	 ordem	mundial.	 Havia,	 é	 claro,	 uma	 tensão
entre	as	grandes	potências,	e	uma	corrida	armamentista	internacional	estava	em
andamento,	mas	essas	tensões	não	eram	novas	e,	no	passado,	não	tinham	levado
a	grandes	guerras.
De	 forma	 geral,	 a	 Europa	 estava	 em	 paz	 desde	 o	 fim	 das	 Guerras
Napoleônicas	 de	 1815.	 Depois	 disso,	 os	 confrontos	 que	 ocorreram	 entre	 os
principais	países	–	Áustria	e	Prússia	em	1866,	França	e	Prússia	em	1870-1871	–
duraram	poucas	semanas	ou	meses.
No	início	do	século	20,	surgiu	um	novo	clima	de	agressão	beligerante	entre	as
elites	dominantes.	Nesse	momento,	o	conflito	entre	as	nações	era	frequentemente
visto	 em	 termos	 darwinianos,	 uma	 questão	 de	 “sobrevivência	 do	 mais	 apto”.
Acreditava-se,	de	modo	generalizado,	que	o	Estado	tinha	direito	sobre	a	vida	de
seus	cidadãos,	conforme	 incorporados	na	prática	do	 recrutamento	 (introduzido,
pela	 primeira	 vez,	 em	 escala	 maciça	 na	 França,	 cem	 anos	 antes).	 Em	muitos
países	 europeus,	 jovens	 adultos	 do	 sexo	masculino	 eram	 obrigados	 a	 servir	 o
exército,	 geralmente	 por	 dois	 anos,	 seguidos	 por	 um	 serviço	 anual	 de	 várias
semanas	 na	 reserva.	 Esse	 sistema	 criou	 condições	 para	 o	 surgimento	 dos
enormes	 exércitos	 que	 foram	 implantados	 quando	 eclodiu	 a	 Primeira	 Guerra
Mundial,	 em	 1914.	 Um	 hábito	 de	 obediência	 militar	 colaborou	 com	 o	 clima
febril	de	guerra	patriótica	para	que	não	houvesse	dúvidas	sobre	ir	à	guerra,	como
objeções	 religiosas	 ou	 crença	 na	 solidariedade	 internacional	 entre	 os
trabalhadores.	A	 industrialização	e	o	 ritmo	mais	acelerado	do	desenvolvimento

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