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são seus pais. Em algumas partes da Malásia, se você come arroz com uma pessoa, ela se torna parente sua. Caçadores-coletores modernos vivem em bandos de poucas famílias, totalizando não mais que uma dezena de indivíduos. As diferentes famílias são ligadas via casamento, amizade, ascendência comum e interesses comuns. Os bandos são igualitários e não hierárquicos, embora determinados indivíduos possam ter uma situação superior devido ao gênero ou à idade. É provável que nossos ancestrais caçadores-coletores tivessem sistemas semelhantes de parentesco. Quando as sociedades ficam mais complexas, surge uma variedade maior de sistemas de parentesco. A ideia de ascendência, por exemplo, tende a uma variação enorme. Algumas sociedades definem sua ancestralidade por meio da mãe (descendência matrilinear), algumas por meio do pai (patrilinear), algumas por ambos, enquanto em outras o indivíduo pode optar por definir-se como sendo de linhagem paterna ou materna. Grupos maiores em que cada indivíduo alega o mesmo ancestral comum são conhecidos como clãs (do gaélico clann, “progênie”). Às vezes, não é um ancestral comum que une o clã, mas um sentido de parentesco comum com um totem, um ser espiritual associado a uma planta ou animal específico. Em algumas partes do mundo, membros de um clã não podem se casar entre si. Os clãs são considerados tribos ou, com mais frequência, subgrupos de tribos. As tribos eram os maiores grupos sociais antes do desenvolvimento dos Estados, e, mesmo hoje (por exemplo, em partes da África), elas se identificam como independentes ou não pertencentes ao Estado. O que as une são as relações de parentesco e, às vezes, uma noção de ancestralidade comum. Em geral, são enraizadas em um lugar específico (mesmo se forem nômades) e, com frequência, possuem um idioma ou dialeto próprio.
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