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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-71-140-píginas-53

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NÔMADES
Nossos	 ancestrais	 caçadores-coletores	 levavam	 a	 vida	 perambulando.	 Quando
exauriam	uma	área	de	caça	e	outros	recursos	alimentícios,	seguiam	em	frente.	A
chegada	da	agricultura	incentivou	as	pessoas	a	se	fixarem	no	mesmo	lugar,	e	isso
levou	aos	assentamentos	permanentes.
Essa	é,	ao	menos,	a	 ideia	geral.	No	entanto,	depois	do	fim	da	última	era	do
gelo,	 quando	 a	 tundra	 deu	 lugar	 aos	 prados	 e	 às	 florestas,	 algumas	 áreas	 se
mostraram	 tão	 produtivas	 que	 grupos	 de	 caçadores-coletores	 puderam	 ficar	 no
mesmo	lugar	de	uma	estação	para	a	outra,	de	um	ano	para	outro.
Mesmo	 com	 o	 advento	 da	 agricultura,	 certos	 grupos	 de	 pastoralistas	 –
pastores	 de	 animais	 como	 gado	 bovino,	 ovelhas,	 bodes,	 camelos	 e	 renas	 –
descobriram	 que,	 nas	 áreas	 mais	 rústicas	 onde	 viviam,	 precisavam	 se	 mudar
constantemente	em	busca	de	novos	pastos.	Isso	ainda	acontece	em	várias	partes
do	mundo,	embora	o	número	de	nômades	seja	cada	vez	menor.
Em	 algumas	 áreas,	 o	 movimento	 não	 é	 contínuo,	 mas	 ditado	 por	 estações
(seca/chuvosa	 ou	 verão/inverno),	 durante	 as	 quais	 os	 pastores	 ficam	 em
diferentes	 lugares.	 Em	 áreas	 montanhosas,	 esse	 movimento	 pode	 se	 dar	 entre
duas	altitudes	distintas,	com	um	lar	permanente	no	vale	e	uma	casa	de	verão	nos
pastos	altos.
UMA	DESCRIÇÃO	MEDIEVAL	DOS	NÔMADES
Em	As	 viagens	 de	Marco	 Polo	 (1298),	 há	 um	 relato	 detalhado
sobre	o	estilo	de	vida	nômade	dos	mongóis:
Eles	 nunca	 se	 fixam,	 e	 com	 a	 aproximação	 do	 inverno	 se

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