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OS PRIMÓRDIOS DA CIÊNCIA Há muito tempo os humanos buscam explicações para o mundo físico. A princípio, cabia aos mitos e às religiões o papel de fornecer essas explicações. Quase todas as culturas têm mitos de criação, que contam como o mundo e as primeiras pessoas surgiram. Outros mitos são responsáveis por explicar todos os tipos de fenômenos naturais. As observações sistemáticas de eventos astronômicos, como equinócios, solstícios e ciclos lunares, feitas por muitas culturas, tinham um objetivo mais prático: relacionavam-se com as mudanças das estações, vitais tanto para os caçadores quanto para os agricultores. Um exemplo notável é o grande monte cerimonial neolítico em Newgrange, na Irlanda, construído em torno de 3200 a.C., cuja câmara interna é iluminada apenas pelo Sol no solstício de inverno. Para construir tal estrutura, que poderia marcar precisamente a passagem de mais um ano, foram necessárias medidas precisas e observação cuidadosa: duas das características distintivas do que hoje chamamos de ciência. Por volta da mesma época, os sumérios desenvolveram um calendário lunar básico, enquanto, mais ou menos em 2500 a.C., os egípcios usavam um calendário solar, essencial para prever a enchente anual do Nilo. Os sumérios introduziram um sistema numérico sexagesimal (usando como base 60, provavelmente porque 60 possui 12 fatores; nosso sistema usa a base 10, que tem apenas quatro fatores, 1, 2, 5 e 10). Os babilônios os seguiram e instituíram a hora como unidade de tempo, dividida em 60 minutos, o que significa que ela é divisível de modo uniforme por 60, 30, 20, 15, 12, 10, 6, 5, 4, 3, 2 e 1 minutos. Os babilônios eram grandes astrônomos e, por volta de 1500 a.C., usavam a
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