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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-141-230-píginas-42

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OS	PRIMÓRDIOS	DA	CIÊNCIA
Há	 muito	 tempo	 os	 humanos	 buscam	 explicações	 para	 o	 mundo	 físico.	 A
princípio,	 cabia	aos	mitos	e	às	 religiões	o	papel	de	 fornecer	essas	explicações.
Quase	 todas	as	culturas	 têm	mitos	de	criação,	que	contam	como	o	mundo	e	as
primeiras	pessoas	surgiram.	Outros	mitos	são	responsáveis	por	explicar	todos	os
tipos	de	fenômenos	naturais.
As	 observações	 sistemáticas	 de	 eventos	 astronômicos,	 como	 equinócios,
solstícios	 e	 ciclos	 lunares,	 feitas	por	muitas	 culturas,	 tinham	um	objetivo	mais
prático:	 relacionavam-se	 com	 as	 mudanças	 das	 estações,	 vitais	 tanto	 para	 os
caçadores	 quanto	 para	 os	 agricultores.	Um	exemplo	 notável	 é	 o	 grande	monte
cerimonial	 neolítico	 em	Newgrange,	 na	 Irlanda,	 construído	 em	 torno	 de	 3200
a.C.,	 cuja	 câmara	 interna	 é	 iluminada	 apenas	pelo	Sol	 no	 solstício	 de	 inverno.
Para	construir	tal	estrutura,	que	poderia	marcar	precisamente	a	passagem	de	mais
um	ano,	 foram	necessárias	medidas	precisas	 e	observação	cuidadosa:	duas	das
características	distintivas	do	que	hoje	chamamos	de	ciência.
Por	volta	da	mesma	época,	os	sumérios	desenvolveram	um	calendário	 lunar
básico,	 enquanto,	 mais	 ou	 menos	 em	 2500	 a.C.,	 os	 egípcios	 usavam	 um
calendário	 solar,	 essencial	 para	 prever	 a	 enchente	 anual	 do	Nilo.	Os	 sumérios
introduziram	 um	 sistema	 numérico	 sexagesimal	 (usando	 como	 base	 60,
provavelmente	 porque	 60	 possui	 12	 fatores;	 nosso	 sistema	 usa	 a	 base	 10,	 que
tem	apenas	quatro	fatores,	1,	2,	5	e	10).	Os	babilônios	os	seguiram	e	instituíram
a	hora	como	unidade	de	tempo,	dividida	em	60	minutos,	o	que	significa	que	ela	é
divisível	de	modo	uniforme	por	60,	30,	20,	15,	12,	10,	6,	5,	4,	3,	2	e	1	minutos.
Os	 babilônios	 eram	 grandes	 astrônomos	 e,	 por	 volta	 de	 1500	 a.C.,	 usavam	 a

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