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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL O termo “Revolução Industrial” descreve um processo gradual de mudança que ocorreu principalmente na Europa e na América do Norte, nos séculos 18 e 19, e depois se espalhou para grande parte do mundo. A manufatura de uma forma ou de outra existia havia milênios, é claro, desde as fabricações dos machados de mão do período neolítico até os tijolos da Babilônia. No século 18, apenas duas regiões – o subcontinente indiano e a China – eram responsáveis por até três quartos da produção industrial mundial. Têxteis de alta qualidade e porcelanas eram exportados para a Europa. A maior parte dessa produção ocorria em pequenas oficinas, mais nas áreas rurais do que nas urbanas. Os europeus fizeram o mesmo por muitos séculos. Somente aos poucos, a oficina foi substituída pela mecanização e pelo sistema fabril – características-chave da Revolução Industrial –, no mesmo período em que se deu a urbanização em massa. O que se seguiu foi um aumento da produtividade e um enorme aumento da população, devido em parte à redução da idade em que as pessoas tinham filhos, graças à independência conferida pelo trabalho assalariado. Por que a Revolução Industrial começou na Grã-Bretanha? O país era politicamente unido e estável, livre de barreiras alfandegárias internas (ao contrário de grande parte da Europa) e tinha um sistema bancário avançado. A Grã-Bretanha também se beneficiava da sua posição geográfica no litoral do Atlântico e do uso agressivo de sua Marinha para se tornar, durante o século 18, a maior potência mercantil do mundo, superando de longe as economias asiáticas costeiras. O comércio de bens como algodão, tabaco, açúcar e escravos gerou