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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-1-70-píginas-2

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NO	INÍCIO
Antes	do	advento	da	ciência	moderna,	havia	uma	série	de	crenças	sobre	a	idade
da	Terra	e	do	Universo.	Alguns	cristãos	acreditavam	que	Deus	havia	criado	os
dois	há	apenas	6	mil	anos.	Textos	hindus	antigos,	ao	contrário,	falam	de	um	ciclo
infinito	de	criação	e	destruição.
Por	volta	do	 fim	do	século	18,	geólogos	começaram	a	perceber	que	a	Terra
devia	ser	mais	antiga	do	que	se	pensava	(ao	menos,	na	Europa)	–	talvez	tivesse
milhões,	 se	 não	 bilhões	 de	 anos.	 No	 início	 do	 século	 20,	 chegou-se	 a	 um
consenso	 científico:	 o	 Universo	 em	 si	 era	 eterno	 e	 estava	 em	 um	 “estado
estacionário”.	 As	 estrelas	 podiam	 nascer	 e	 morrer,	 mas	 as	 dimensões	 do
Universo	eram	fixas	e	imutáveis.
Houve	 uma	 ruptura	 nessa	 teoria	 nos	 anos	 1920,	 quando	 o	 astrônomo
americano	Edwin	Hubble	 observou	que,	 quanto	mais	 distante	 de	 nós	 fica	 uma
galáxia,	mais	rápido	ela	se	afasta.	Concluiu	que	o	Universo	está	se	expandindo,	e
que	 essa	 expansão	 teve	 início	 em	 uma	 única	 grande	 explosão,	 que	 ficou
conhecida	como	“Big	Bang”.
As	discussões	continuaram	entre	os	proponentes	do	estado	estacionário	e	os
do	 Big	 Bang.	 Então,	 em	 1964,	 Arno	 Penzias	 e	 Robert	 Wilson,	 dois
radioastrônomos	que	trabalhavam	em	Nova	Jersey,	observaram	que	seu	receptor
de	micro-ondas	 sensível	estava	 sofrendo	uma	 interferência	constante,	 a	mesma
em	 todas	 as	 direções,	 com	 um	 comprimento	 de	 onda	 que	 representava	 uma
temperatura	 2,7	 graus	 acima	 do	 zero	 absoluto.	 No	 início,	 pensaram	 que	 o
fenômeno	podia	 estar	 sendo	 causado	 pela	 proximidade	 com	a	 cidade	 de	Nova
York	ou	pelos	pombos	que	defecavam	em	seu	instrumento.	Por	fim,	perceberam

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