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PODER JUDICIÁRIO
JURISDIÇÃO
• O Brasil sendo um Estado Democrático de 
Direito exerce seus poderes na forma da 
Constituição Federal.
• Com fundamento da República Federativa do 
Brasil, está o exercício de um dos Poderes, o 
Poder Judiciário é quem detém o monopólio da 
jurisdição.
• Jurisdição consiste na atividade de aplicar a lei 
aos casos concretos e essa função só pode ser 
desempenhada pelo Poder Judiciário, por isso 
fala-se em monopólio.
• Fundamentos constitucionais:
• Art. 2° São Poderes da União, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
• Art. 5°XXXV – A Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito. (justamente por ter ele o monopólio da 
jurisdição).
• Mesmo na Justiça Desportiva (art. 217) a decisão final, não 
satisfeita uma das partes, será sempre do Poder Judiciário.
• Há autores que afirmam termos hoje um Estado Fornecedor, um 
prestador de serviço público, no caso do Poder Judiciário, presta 
serviços jurisdicionais.
• Busca-se através da tutela jurisdicional, uma definição para as 
questões litigiosas, com força de “Coisa Julgada”.
ESTATUTO DA MAGISTRATURA
• Art. 93 – Lei Complementar, de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da 
Magistratura, observados os seguintes princípios:
• Os princípios estabelecem critérios objetivos referentes 
ao ingresso na magistratura e ao desenrolar da carreira 
jurídica até a aposentadoria.
• O artigo 93 estabelece as diretrizes de observância 
obrigatória pelo legislador infraconstitucional.
• Hoje a vigora os dispositivos da Lei Complementar 
35/79 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional).
GARANTIAS
• Garantias constitucionais são atribuídas aos 
magistrados, para bem cumprirem sua importante 
função jurisdicional, e se apresentam, no Texto Maior, 
tripartites, a saber: irredutibilidade de vencimentos, 
vitaliciedade e inamovibilidade. Vêm acompanhadas de 
restrições, também figurantes no mesmo artigo 95, 
agora em seu parágrafo único, de três espécies: I -
exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou 
função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer 
título ou pretexto, custas ou participação em processo; e 
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
Vitaliciedade
• O Juiz só pode ser demitido após uma 
decisão judicial transitada em julgado, em 
processo judicial (cível tratando-se de 
exclusivamente sobre a demissão do 
magistrado ou penal).
• A vitaliciedade só é adquirida após 2 anos 
de estágio probatório. No segundo grau 
pode ocorrer a nomeação pelo quinto 
constitucional (com a posse).
Inamovibilidade
• Inamovibilidade constitui-se na garantia de o 
magistrado não ser removido de sua unidade 
judiciária, exceto por vontade própria ou 
interesse público, este decidido por dois terços 
do tribunal a que estiver vinculado. Fácil é de 
ver a aplicação da regra para o juiz titular, em 
primeiro, segundo ou terceiro grau, que não 
pode ser removido de sua Vara, de seu cargo 
no regional ou no tribunal superior, contra sua 
vontade. 
• Décio Cretton a conceitua como “garantia 
constitucional dos magistrados que consiste em 
não poderem sofrer remoção, transferência e 
até promoção sem seu pedido e seu 
consentimento, exceto em questão de 
excepcional interesse público” 3. Entre as 
possibilidades de supressão da referida garantia 
por interesse público, encontra-se a punição do 
magistrado, prevista no artigo 42, III da Lei 
Complementar 35 de 1979, a Lei Orgânica da 
Magistratura, evidentemente assegurado o 
direito de ampla defesa.
• Bem caracterizando a finalidade protetiva do instituto, Francisco 
Cavalcanti Pontes de Miranda: leciona que “inamovíveis e vitalícios, 
ficam os juízes a coberto dos prejuízos materiais e morais, que lhes 
infligiriam os dirigentes e os legisladores”. É elemento de garantia 
da “imparcialidade do juiz no julgamento”, segundo Nélson Nery 
Júnior 5. Michel Temer aborda o tema, assegurando que a 
“inamovibilidade é outra faceta da independência. Objetiva permitir 
livre atuação do magistrado na sua jurisdição sem temor de 
eventual remoção por haver desagradado quem quer que seja”. E 
remata ser o meio de garantia de “decisões sobranceiras”. O caráter 
fundamental do instituto fica claro na lição de Pimenta Bueno: “o 
magistrado temporário ou amovível é antes um comissionado para 
julgar, do que um verdadeiro julgador, a independência desaparece 
perante a amovibilidade”.
Irredutibilidade de Subsídios
• O membro do Poder Judiciário não pode 
ter seus vencimentos reduzidos. Tal 
garantia é estendida aos servidores 
públicos (art. 37, XV). 
• Significa que juiz não pode ter diminuído 
nominalmente seus vencimentos.
Independência Hierarquica
• De forma implícita, a Constituição deixa clara a 
existência da denominada Independência 
Hierárquica no desempenho de suas atividades 
funcionais.
• O juiz tem a livre convicção, isto é, a liberdade 
na formação de seu convencimento. Ele estará 
subordinado somente à lei. A hierarquia no 
Poder Judiciário está relacionada a competência 
existentes entre as instâncias (superior e 
inferior).
• A independência do juiz não impede a 
existência de órgãos disciplinares como as 
Corregedorias que atuam sobre certos aspectos 
da conduta do juiz.
• Exceção à regra é a ação declaratória de 
constitucionalidade e hoje a súmula vinculante, 
que vincula todos órgãos do Poder Judiciário.
• Para que essa liberdade de convencimento 
motivada seja efetiva a constituição veda que o 
magistrado dedique-se a atividades político-
partidária ou exercício de outra função pública.
• A Constituição também outorgou algumas 
garantidas institucionais para assegurar a 
autonomia deste órgão em relação aos 
demais Poderes, assegurando 
observância ao princípio da Tripartição de 
Poderes.
Art. 96 CF/88
• As garantias são:
• Capacidade auto-governo: (eleição de órgão diretivos, 
organização de secretarias, provimento de cargo de 
carreira e serviços auxiliares, concessão de férias 
afastamentos etc.).
• Capacidade normativa interna: elaboração de regimento 
interno.
• Autonomia administrativa – os atos internos de 
administração ordinária independem de manifestação 
dos outros Poderes.
• Autonomia financeira – Proposta para a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias elaboradas pelo Judiciário.
• A E.C. n° 45 - restringiu em parte essa 
autonomia financeira, eis que conferiu ao 
Chefe do P. Executivo poderes para 
adaptar as propostas orçamentárias dos 
tribunais se estiverem em desacordo com 
o determinado na lei de diretrizes 
orçamentárias, permitindo alteração pelo 
Executivo quando entender adequadas.
VEDAÇÕES
• Art. 95§ único
• Para que a independência do Poder Judiciário seja efetiva o 
Constituinte não conferiu apenas garantias, mas também vedações.
• - Exercer ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, 
salvo uma de magistério;
• - receber a qualquer título ou pretexto, custas ou participações em 
processo;
• - dedicar-se a atividade político partidária;
• - receber a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas ou jurídicas, entidades públicas ou privadas, salvo 
exceções previstas em lei.
• - exercer advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração.
ÓRGÃOS DO PODER 
JUDICIÁRIO
• A Constituição fixou os órgãos do 
Judiciário traçando a divisão de sua 
competência.
• A primeira divisão é a Justiça 
Especializada (matérias específicas) e a 
Justiça Comum (matéria residual).
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Superior Tribunal 
de Justiça
Tribunal 
Superior 
do 
Trabalho
Superior 
Tribunal 
Militar
TSE
Tribunal 
de 
Justiça 
Tribunal 
Regional 
Federal 
Tribunal 
Regional 
do 
Trabalho 
Tribunal 
de 
Justiça 
Militar 
Tribunal 
Regional 
Eleitoral
Juízes 
Estaduais 
Juízes 
Federais 
Varas do 
Trabalho
Conselhosde Justiça 
(Militar)
Juízes 
eleitorais
CNJ
• Uma das principais novidades trazidas 
pela chamada reforma do Poder Judiciário 
sem dúvida nenhuma é a criação de um 
órgão de controle externo do Poder 
Judiciário.
• O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição 
pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema 
judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito 
ao controle e à transparência administrativa e 
processual.
• Missão do CNJ - Contribuir para que a prestação 
jurisdicional seja realizada com moralidade, eficiência e 
efetividade em benefício da Sociedade
• Visão do CNJ - Ser um instrumento efetivo do Poder 
Judiciário
Transparência e controle: o que CNJ faz?
• • Na Política Judiciária: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo 
cumprimento do Estatuto da Magistratura, expedindo atos normativos e 
recomendações.
• • Na Gestão: definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os 
programas de avaliação institucional do Poder Judiciário.
• • Na Prestação de Serviços ao Cidadão: receber reclamações, petições 
eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, 
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores 
de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder 
público ou oficializado.
• • Na Moralidade: julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, 
podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com 
subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras 
sanções administrativas.
• • Na Eficiência dos Serviços Judiciais: melhores práticas e celeridade: 
elaborar e publicar semestralmente relatório estatístico sobre 
movimentação processual e outros indicadores pertinentes à atividade 
jurisdicional em todo o País.
• Art. 103-B
• § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres 
funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que 
lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
• I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do 
Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no 
âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
• II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou 
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos 
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo 
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo 
da competência do Tribunal de Contas da União;
• III - receber e conhecer das reclamações contra 
membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra 
seus serviços auxiliares, serventias e órgãos 
prestadores de serviços notariais e de registro que 
atuem por delegação do poder público ou oficializados, 
sem prejuízo da competência disciplinar e correicional 
dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares 
em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a 
aposentadoria com subsídios ou proventos 
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras 
sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
• IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a 
administração pública ou de abuso de autoridade;
• V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos 
disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos 
de um ano;
• VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e 
sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes 
órgãos do Poder Judiciário;
• VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar 
necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as 
atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do 
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao 
Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.
• A composição do Conselho está descrita no rol do artigo 103 B da 
CF. 
Composição 
• 15 Membros
• Mais de 35 e menos de 66 anos
• Mandato de 02 anos com uma 
recondução,
• O Presidente do Supremo Tribunal Federal (redação dada pela EC n. 61, 
de 2009);
• Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que será o Corregedor 
Nacional de Justiça;
• Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;
• Um Desembargador de Tribunal de Justiça;
• Um Juiz Estadual;
• Um Juiz do Tribunal Regional Federal;
• Um Juiz Federal;
• Um Juiz de Tribunal Regional do Trabalho;
• Um Juiz do trabalho;
• Um Membro do Ministério Público da União;
• Um Membro do Ministério Público Estadual;
• Dois advogados;
• Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
• Composição:
• 11 Ministros nomeados pelo Presidente 
após aprovação pelo Senado. (com 
notável saber jurídico, reputação ilibada e 
idade entre 35 até 65 anos)
• Objetivo Constitucional foi caracterizar o STF como órgão guardião 
da Constituição.
• Competência Originária: 
• - Ação direta de inconstitucionalidade;
• - Ação declaratória de constitucionalidade;
• - Julgar nos crimes comuns e de responsabilidade: 
• o Presidente, Vice-Presidente, Deputados Federais, Senadores, 
Ministros de Estados, os Comandantes da Marinha, Exército e 
Aeronáutica, os membros do Superior Tribunal de Justiça, do 
Tribunal Superior Eleitoral, do Superior Tribunal Militar, TST, TCU e 
chefes de missão diplomática de caráter permanente.
• O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional 
e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
• f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a 
União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as 
respectivas entidades da administração indireta;
• g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
• h) (Revogada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
08.12.2004, DOU 31.12.2004)
• j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
• l) a reclamação para a preservação de sua competência e 
garantia da autoridade de suas decisões;
• i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou 
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário, 
cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do 
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à 
mesma jurisdição em uma única instância; (NR) (Redação 
dada à alínea pela Emenda Constitucional nº 22/99, DOU 
19.03.1999)
• m) a execução de sentença nas causas de sua competência 
originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de 
atos processuais;
• n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta 
ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade 
dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam 
direta ou indiretamente interessados;
• o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça 
e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre eles e 
qualquer outro tribunal;
• p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de 
inconstitucionalidade;
• q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do 
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, das Mesas de uma dessas Casas legislativas, do Tribunal 
de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio 
Supremo Tribunal Federal;
• r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e 
contra o Conselho Nacional do Ministério Público; 
(Alínea acrescentada pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 08.12.2004, DOU 31.12.2004)
• II - julgar, em recurso ordinário:
• a) o habeas-corpus, o mandado de segurança, o 
habeas-data e o mandado de injunção decididos em 
única instância pelos Tribunais Superiores, se 
denegatória a decisão;
• b) o crime político;
• III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a 
decisão recorrida:
• a) contrariar dispositivodesta Constituição;
• b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei 
federal;
• c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em 
face desta Constituição;
• d) julgar válida lei local contestada em face de lei 
federal. (Alínea acrescentada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 08.12.2004, DOU 31.12.2004)
• § 1º. A argüição de descumprimento de preceito 
fundamental, decorrente desta Constituição, será 
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da 
lei. 
• § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo 
Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de 
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de 
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e 
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
(Redação dada ao parágrafo pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 08.12.2004, DOU 31.12.2004) 
• § 3º No recurso extraordinário o recorrente 
deverá demonstrar a repercussão geral 
das questões constitucionais discutidas no 
caso, nos termos da lei, a fim de que o 
Tribunal examine a admissão do recurso, 
somente podendo recusá-lo pela 
manifestação de dois terços de seus 
membros. (NR) (Parágrafo acrescentado 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 
08.12.2004, DOU 31.12.2004)
SÚMULA VINCULANTE
• Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, 
de ofício ou por provocação, mediante decisão 
de dois terços dos seus membros, após 
reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de 
sua publicação na imprensa oficial, terá efeito 
vinculante em relação aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e à administração pública direta 
e indireta, nas esferas federal, estadual e 
municipal, bem como proceder à sua revisão ou 
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
• § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a 
interpretação e a eficácia de normas determinadas, 
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos 
judiciários ou entre esses e a administração pública que 
acarrete grave insegurança jurídica e relevante 
multiplicação de processos sobre questão idêntica.
• § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, 
a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula 
poderá ser provocada por aqueles que podem propor a 
ação direta de inconstitucionalidade.
• Doutrina Vinculada
• § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que 
contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a 
aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal 
Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato 
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, 
e determinará que outra seja proferida com ou sem a 
aplicação da súmula, conforme o caso.
• Embora a maioria da Doutrina entenda inconstitucional a 
Súmula Vinculante, por violar o devido processo legal e 
o princípio do juiz natural, o STF já declarou sua 
constitucionalidade.
SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA
• Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, 
no mínimo, trinta e três Ministros.
• Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, 
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de 
sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela 
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação 
dada ao caput do parágrafo pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 08.12.2004, DOU 31.12.2004)
• I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais 
Federais e um terço dentre desembargadores dos 
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice 
elaborada pelo próprio Tribunal;
• II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e 
membros do Ministério Público Federal, Estadual, do 
Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados 
na forma do artigo 94.
• Nota: A Lei nº 7.746, de 30.03.1989, dispõe sobre a 
composição e instalação do Superior Tribunal de 
Justiça, cria o respectivo Quadro de Pessoal e disciplina 
o funcionamento do Conselho da Justiça Federal. 
• Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
• I - processar e julgar, originariamente:
• a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito 
Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores 
dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os 
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito 
Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais 
Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou 
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da 
União que oficiem perante tribunais;
• b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (NR) (Redação dada à alínea 
pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999, DOU 03.09.1999)
• c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das 
pessoas mencionadas na alínea a, ou quando o coator for tribunal 
sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência 
da Justiça Eleitoral; (NR) (Redação dada à alínea pela Emenda 
Constitucional nº 23, de 1999, DOU 03.09.1999)
• d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado 
o disposto no artigo 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele 
não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
• e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
• Jurisprudência Vinculada
• f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia 
da autoridade de suas decisões;
• g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e 
judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado 
e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste 
e da União;
• h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade 
federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de 
competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça 
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça 
Federal;
• i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de 
exequatur às cartas rogatórias; (Alínea acrescentada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 08.12.2004, DOU 31.12.2004) 
• II - julgar, em recurso ordinário:
• a) os habeas-corpus decididos em única ou última 
instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando a decisão for denegatória;
• b) os mandados de segurança decididos em única 
instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando denegatória a decisão;
• c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou 
organismo internacional, de um lado, e, do outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
• III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em 
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
• a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes 
vigência;
• b) julgar válido ato de governo local contestado em face 
de lei federal; (Redação dada à alínea pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 08.12.2004, DOU 31.12.2004) 
• c) der à lei federal interpretação divergente da que lhe 
haja atribuído outro tribunal.
• Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal 
de Justiça:
• I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento 
de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, 
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e 
promoção na carreira;
• II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, 
na forma da lei, a supervisão administrativa e 
orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus,como órgão central do sistema e com poderes 
correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
(NR) (Redação dada ao parágrafo pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 08.12.2004, DOU 31.12.2004)
Emenda 45
• Podemos destacar as principais novidades:
• 1 - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração 
do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação (art. 5º, 
LXXVIII, e art. 7º da EC 45/04).
• 2 - A previsão do real cumprimento do princípio de acesso à ordem jurídica justa, 
estabelecendo-se a Justiça itinerante e a sua descentralização, como a autonomia 
funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública Estadual (arts. 107, §§ 2º 
e 3º; 115, §§ 1º e 2º; 125, §§ 6º e 7º; 134, § 2º; 168 e art. 7º da EC 45/04).
• 3 - A possibilidade de se criar varas especializadas para a solução das questões 
agrárias. Nessa linha de especialização em prol da efetividade, sugerimos também 
varas especializadas para as áreas do consumidor, ambiental, coletiva etc. (art. 126, 
caput).
• 4 - A “constitucionalização” dos tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos, desde que aprovados pelo quorum qualificado das emendas 
constitucionais (art. 5º, § 3º).
• 5 - A submissão do Brasil à jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI), cuja 
criação tenha manifestado adesão (art. 5º, § 4º).
• 6 - A federalização de crimes contra direitos humanos, por exemplo, tortura e 
homicídio praticados por grupos de extermínio, mediante incidente suscitado pelo 
Procurador-Geral da República (PGR) no STJ, objetivando o deslocamento da 
competência para a Justiça Federal. Busca-se, acima de tudo, adequar o 
funcionamento do Judiciário brasileiro ao sistema de proteção internacional dos 
direitos humanos (art. 109, V-A e § 5º).
• 7 - Previsão do controle externo da Magistratura por meio do Conselho Nacional de Justiça, como 
a criação de ouvidorias para o recebimento de reclamações (arts. 52, II; 92, I-A e § 1º; 102, I, r; 
103-B e art. 5º da EC 45/04).
• 8 - Previsão do controle externo do MP por meio do Conselho Nacional do Ministério Público, 
como a criação de ouvidorias para o recebimento de reclamações (arts. 52, II; 102, I, r; 130-A e 
art. 5º da EC 45/04).
• 9 - A ampliação de algumas regras mínimas a serem observadas na elaboração do Estatuto da 
Magistratura, todas no sentido de se dar maior produtividade e transparência à prestação 
jurisdicional, na busca da efetividade do processo, destacando-se:
• a) previsão da exigência de três anos de atividade jurídica para o bacharel em Direito como 
requisito para o ingresso na carreira da Magistratura;
• b) aferição do merecimento para a promoção conforme o desempenho, levando-se em conta 
critérios objetivos de produtividade;
• c) maior garantia ao magistrado para recusar a promoção por antigüidade somente pelo voto 
fundamentado de 2/3 de seus membros, conforme procedimento próprio e assegurada a ampla 
defesa;
• d) impossibilidade de promoção do magistrado que, injustificadamente, retiver autos em seu 
poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão;
• e) previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, 
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento;
• f) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do 
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em 
decisão por voto da maioria absoluta (e não mais 2/3) do 
respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, 
assegurada ampla defesa;
• g) previsão de serem as decisões administrativas dos 
tribunais tomadas em sessão pública;
• h) o fim das férias coletivas do Poder Judiciário, 
tornando a atividade jurisdicional ininterrupta;
• i) a previsão de número de juízes compatíveis com a 
população;
• j) a distribuição imediata dos processos em todos os 
graus de jurisdição (art. 93).
• 10 - Ampliação da garantia de imparcialidade dos órgãos jurisdicionais 
pelas seguintes proibições:
• a) vedação aos juízes de receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 
ressalvadas as exceções previstas em lei;
• b) instituição da denominada quarentena, proibindo membros da 
Magistratura de exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastaram, por aposentadoria ou exoneração, pelo prazo de três anos. A 
quarentena também se aplica aos membros do MP (arts. 95, parágrafo 
único, IV e V, e 128, § 6º).
• 11 - Previsão de que as custas e os emolumentos sejam destinados 
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da 
Justiça, fortalecendo-a, portanto (art. 98, § 2º).
• 12 - Regulação do procedimento de encaminhamento da proposta 
orçamentária do Judiciário e solução em caso de inércia. Proibição de 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares 
ou especiais (§§ 3º, 4º e 5º do art. 99).
• 13 - A extinção dos Tribunais de Alçada, passando os seus 
membros a integrar os TJs dos respectivos Estados e 
uniformizando, assim, a nossa Justiça (art. 4º da EC 45/04).
• 14 - Transferência de competência do STF para o STJ no tocante à 
homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de 
exequatur às cartas rogatórias (art. 102, I, h (revogada); 105, I, i, e 
art. 9º da EC 45/04).
• 15 - A ampliação da competência do STF para o julgamento de 
recurso extraordinário quando se julgar válida lei local contestada 
em face de lei federal. Muito se questionou sobre essa previsão. 
Observa-se que ela está correta, já que, quando se questiona a 
aplicação de lei, acima de tudo, há um conflito de 
constitucionalidade, pois é a CF que fixa as regras sobre 
competência legislativa federativa. Por outro lado, quando se 
questiona a validade de ato de governo local em face de lei federal, 
acima de tudo, estamos diante de questão de legalidade a ser 
enfrentada pelo STJ, como mantido na Reforma (art. 102, III, d, e 
105, III, b).
• 16 - A criação do requisito da repercussão geral das questões 
constitucionais discutidas no caso para o conhecimento do recurso 
extraordinário. Essa importante regra vai evitar que o STF julgue 
brigas particulares de vizinhos, como algumas discussões sobre 
“assassinato” de papagaio ou “furto de galinha”, já examinadas pela 
mais alta Corte (art. 102, § 3º).
• 17 - A adequação da Constituição, no tocante ao controle de 
constitucionalidade, ao entendimento jurisprudencial já pacificado 
no STF, constitucionalizando o efeito dúplice ou ambivalente da 
ação direta de inconstitucionalidade (ADIn) e ação declaratória de 
constitucionalidade (ADC), como o seu efeito vinculante. Ampliação 
da legitimação para agir. Agora os legitimados da ADC são também 
da ADIn (e não mais somente os quatro que figuravam no art. 103, 
§ 4º, revogado). Apenas para se adequar ao entendimento do STF 
e à regra do art. 2º, IV e V, da Lei nº 9.868/99, fixou-se, 
expressamente, a legitimação da Câmara Legislativa e do 
Governador do DF para a propositura de ADIn, e, agora, ADC (art. 
102, § 2º; 103, IV e V; revogação do § 4º do art. 103 e art. 9º da EC 
45/04).
• 18 - Ampliação da hipótese de intervenção federal 
dependendo de provimento de representação do 
Procurador-Geral da República para, além da já 
existente ADIn interventiva (art. 36, III, c/c o art. 34, VII), 
agora, também, objetivando prover a execução de lei 
federal (pressupondo ter havido a sua recusa). A 
competência que era do STJ passa a ser do STF (art. 
36, III, e revogação de seu inciso IV, e art. 9º da EC 
45/04).
• 19 - Criação da súmula vinculante do STF (art. 103-A e 
art. 8º da EC 45/04).
• 20 - A aprovação da nomeação de Ministro do STJ pelo 
quorum de maioria absoluta dos membros do SF, 
equiparando-se ao quorum de aprovação para a 
sabatina dos Ministros do STF, e não mais maioriasimples ou relativa como era antes da Reforma (art. 104, 
parágrafo único).
• 21 - Previsão de funcionamento no STJ:
• a) da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-
lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e a 
promoção na carreira;
• b) e do Conselho da Justiça Federal como órgão central do sistema e com poderes 
correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante (art. 105, parágrafo único, I e 
II).
• 22 - No âmbito trabalhista, dentre tantas modificações, podemos destacar:
• a) o aumento da composição do TST de 17 para 27 ministros, deixando-se de se ter 
de convocar juízes dos TRTs para atuar como substitutos;
• b) em relação ao sistema de composição, reduziram-se as vagas de Ministros do 
TST oriundos da advocacia e do Ministério Público do Trabalho. Dessa vez, eles 
ocupam somente 1/5, os outros 4/5 são preenchidos entre juízes dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, provenientes da Magistratura da carreira, indicados pelo 
próprio Tribunal Superior;
• c) fixação do número mínimo de sete juízes para os TRTs;
• d) modificação da competência da Justiça do Trabalho;
• e) previsão da criação da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, este último 
deverá ser instalado no prazo de 180 dias;
• f) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso 
para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho;
• g) previsão de criação, por lei, do Fundo de Garantia das Execuções 
Trabalhistas, integrado pelas multas decorrentes de condenações 
trabalhistas e administrativas oriundas da fiscalização do trabalho, além de 
outras receitas (arts. 111, §§ 1º, 2º e 3º (revogados); 111-A; 112; 114; 115 
e arts. 3º, 6º e 9º da EC 45/04).
• 23 - Fixação de novas regras para a Justiça Militar (art. 125, §§ 3º, 4º e 5º).
• 24 - Como fixado para a Magistratura (art. 99, §§ 3º ao 5º), regulação do 
procedimento de encaminhamento da proposta orçamentária do MP e 
solução em caso de inércia. Proibição de realização de despesas ou a 
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a 
abertura de créditos suplementares ou especiais (art. 127, §§ 4º, 5º e 6º).
• 25 - Nos mesmos termos da Magistratura, diminuição do quorum de 
votação para a perda da garantia da inamovibilidade de 2/3 para a maioria 
absoluta (art. 128, § 5º, I, b).
• 26 - Ampliação da garantia de imparcialidade dos 
membros do MP:
• a) vedação do exercício de atividade político-partidária, 
sem qualquer exceção;
• b) vedação do recebimento, a qualquer título ou 
pretexto, de auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei;
• c) instituição, conforme já vimos, e nos termos da 
Magistratura, da denominada quarentena, proibindo-os 
de exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastaram, por aposentadoria ou exoneração, pelo prazo 
de três anos (art. 128, § 5º, II, e, f, e § 6º).
• 27 - Conforme já vimos para a atividade jurisdicional, também no 
sentido de se dar maior produtividade e transparência no exercício 
da função, na busca da efetividade do processo, destacam-se, para 
o MP:
• a) a obrigatoriedade de as funções só poderem ser exercidas por 
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da 
respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição;
• b) a previsão da exigência de três anos de atividade jurídica para o 
bacharel em Direito como requisito para o ingresso na carreira do 
MP;
• c) a distribuição imediata dos processos;
• d) e, no que couber, as regras já apresentadas em relação ao art. 
93 para a Magistratura (art. 129, §§ 2º, 3º, 4º e 5º).
• 28 - A EC 45/04 entrou em vigor na data de sua publicação, em 31 
de dezembro de 2004, e foi promulgada em 8 de dezembro de 2004 
(art. 10 da EC 45/04).

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