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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Disciplina: Intermediária Profa. Me. Maria Mesquita Campos Fonte: CPC 09 DVA – Demonstração do Valor Adicionado – CPC -09 Conceitos Gerais Objetivo: evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período. Obrigatoriedade: apenas as sociedades de capital aberto. Fontes dos dados: Elaborada a partir da DRE, ainda que existam algumas informações adicionais. Valor adicionado: representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas (item 1) e os insumos adquiridos de terceiros (item 2). Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade Estrutura da DVA Primeira parte, o Valor Adicionado a Distribuir. Segunda parte, a Distribuição de Riqueza. Uma informação muito importante que deve ser sempre lembrada em exercícios de DVA: Valor Adicionado a Distribuir = Distribuição de Riqueza Componentes da DVA A partir da estrutura da DVA podemos verificar que existem vários itens ali listados, alguns bem tranquilos, porém existem aqueles que sempre causam dúvidas Receitas (1) O primeiro dos itens é a Receita. • 1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços Aqui tem uma informação de suma importância, afinal é um procedimento diferente do que fazemos na DRE, as vendas de mercadorias, produtos e serviços incluem os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (Ex. ICMS, IPI, PIS e COFINS), atenção!!! Vendas de mercadorias, produtos e serviços = Vendas + Tributos (ou Receita bruta) • 1.2 – Outras receitas – Resultado das baixas por alienação de ativos não- circulantes (ex. venda de imobilizado, de investimentos, intangível) -> Aqui também se incluem os tributos! • 1.3 – Receitas relativas à construção de ativos próprios: Reconhece os ativos a partir do seu valor contábil e não do seu valor justo. Procedimentos para lançar os ativos construídos para uso próprio na DVA: 1 – Encontrar o valor contábil da máquina. O valor pelo qual ela vai para o ativo. 2 – Lançar o valor contábil no item 1.3 da DVA – Receitas. 3 – Lançar a mão-de-obra própria como distribuição da riqueza na DVA (pessoal). Isso vale para tributos pagos (governo) e juros ativados (remuneração de capital de terceiros). 4 – Lançar os gastos de serviços de terceiros e materiais como insumos adquiridos de terceiros. • 1.4 – Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa – (-) PDD/ + Reversão PDD Insumos adquiridos de terceiros (2) Quanto aos insumos adquiridos de terceiros temos que: • 2.1 – Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos – matérias- primas adquiridas de terceiros Assim como na receita, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. • 2.2 – Materiais, energia, serviços de terceiros e outros – despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. Salário: Salário de terceiros -> item 2.2 (Materiais, energia, serviços de terceiros e outros) Salários de funcionários -> item 8.1.1 (Remuneração direta) • 2.3 – Perda e recuperação de valores ativos -> (+) Perdas de ativo / (-) Reversão de Perdas Ativas Valor adicionado recebido em transferência (6) Agora vejamos sobre o Valor adicionado recebido em transferência. • 6.2 – Receitas financeiras – todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. • 6.3 – Outras receitas – dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia etc. Investimento: Resultado com equivalência patrimonial -> item 6.1 (Resultado com equivalência patrimonial) Dividendos recebidos (investimento avaliado ao custo) -> item 6.3 (outras) Pessoal (8.1) Agora já estamos na parte da distribuição de riqueza. Comecemos pela distribuição em “pessoal”. • 8.1.1 – Remuneração direta – salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados, etc. • 8.1.2 – Benefícios – assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc. • 8.1.3 – FGTS – valores depositados em conta vinculada dos empregados -> Atente- se, não é tributo Impostos, taxas e contribuições (8.2) Atenção, pois os impostos recuperáveis devem ser apresentados líquidos (deve-se subtrair o valor dos créditos) • 8.2.1 – Federal INSS: Patronal -> item 8.2.1 (Impostos, taxas e contribuições – Federal) Empregado -> item 8.1.1 (Remuneração direta) Remuneração de capitais de terceiros (8.3) Agora vejamos sobre a remuneração de capitais de terceiros. • 8.3.1 – Juros – despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, Variação cambial: Ativa -> item 6.2 (Receitas financeiras) Passiva -> item 8.3.1 (Juros) • 8.3.2 – Aluguéis – aluguéis (inclusive arrendamento operacional) Aluguel: Receita de aluguel -> item 6.3 (Valor recebido em transferência – Outras) Despesa com aluguel -> item 8.3.2 (aluguéis) • 8.3.3 – Outras – royalties, franquia, direitos autorais e etc. Remuneração de capitais próprios (8.4) Para finalizar o nosso estudo da Demonstração do Valor Adicionado, conhecemos as disposições da Remuneração de capitais próprios, • 8.4.1 – Juros sobre o capital próprio (JCP) – é uma distribuição do lucro para o sócio que investiu capital social na empresa, a partir de uma taxa definida pelo governo. -> Considera-se apenas os valores com base no resultado do exercício atual (afinal já foram tratados como lucros retidos no exercício anterior) • 8.4.2 – Dividendos • 8.4.3 – Lucros retidos e prejuízos do exercício – lucro destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo.
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