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ATUAÇÃO SOCIAL NA REDE DE SAÚDE: INVESTIGAÇÃO SOBRE O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL A origem do Serviço Social está intrinsecamente ligada à necessidade social da profissão diante das demandas emergentes da questão social. Foi somente a partir da década de 1980 que o Serviço Social começou a ser reconhecido como uma especialização dentro do contexto do trabalho coletivo, integrando a divisão social e técnica do trabalho e desempenhando um papel crucial no processo de produção e reprodução das relações sociais da sociedade capitalista. No contexto da divisão sociotécnica do trabalho, o Serviço Social é oficialmente regulamentado como uma profissão liberal, conferindo assim ao assistente social uma certa autonomia na condução de suas atividades profissionais. A integração entre assistência social e serviços de saúde exerce um papel crucial no fortalecimento do sistema de bem-estar e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Essa colaboração estratégica reconhece a interconexão entre as condições sociais e de saúde, compreendendo que fatores sociais, econômicos e culturais desempenham um papel significativo na saúde geral de uma comunidade. Ao unir essas duas esferas, é possível criar abordagens mais abrangentes e eficazes para enfrentar questões complexas, como a pobreza, a falta de moradia e as disparidades de acesso aos serviços de saúde. A assistência social desempenha um papel fundamental na identificação e no atendimento das necessidades sociais dos indivíduos, muitas vezes agindo como uma ponte entre as comunidades e os serviços de saúde. Ao abordar os determinantes sociais da saúde, como educação, habitação e emprego, a assistência social contribui para a prevenção de doenças e promoção do bem- estar. A integração eficaz entre assistência social e serviços de saúde permite uma abordagem holística que não apenas trata as condições médicas, mas também aborda as raízes sociais que as influenciam. Além disso, a colaboração entre essas duas áreas possibilita uma alocação mais eficiente de recursos, evitando a duplicidade de esforços e promovendo a eficácia dos programas. A criação de equipes multidisciplinares, envolvendo profissionais de assistência social e saúde, facilita a troca de conhecimento e a implementação de estratégias mais abrangentes e centradas no paciente. Em última análise, a integração entre assistência social e serviços de saúde não apenas fortalece os sistemas de suporte, mas também contribui para uma abordagem mais inclusiva e compassiva em relação à saúde e ao bem- estar da sociedade. Além do mais, os assistentes sociais atuam como elo essencial entre os usuários dos serviços de saúde e os profissionais médicos, facilitando a comunicação e promovendo uma abordagem mais humanizada no atendimento. Sua expertise em questões sociais, como acesso a recursos, apoio familiar e redes de suporte, complementa as práticas médicas, resultando em tratamentos mais eficazes e abrangentes. O assistente social preenche, assim, um papel integrador, garantindo que a complexidade das necessidades sociais seja considerada no planejamento e na execução de estratégias de cuidados de saúde. O profissional de Serviço Social A regulamentação da profissão de Serviço Social ocorreu no Brasil em 1957, embora as primeiras instituições de formação profissional tenham surgido a partir de 1936. Trata-se de uma profissão de nível superior, e para exercê-la, é imperativo que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social – Cress – do Estado em que pretende atuar profissionalmente. A legislação que rege a profissão é a Lei 8662/93. Desde sua origem até os dias atuais, a profissão tem passado por redefinições, levando em consideração sua integração na realidade social brasileira. Reconhece-se que seu significado social se manifesta na necessidade de lidar com as consequências da questão social no Brasil, que, em outras palavras, revela-se nas desigualdades sociais e econômicas. Essas desigualdades são o foco da atuação profissional e se manifestam em fenômenos como pobreza, violência, fome, desemprego e carências materiais e existenciais. Exploração das diversas funções do assistente social Da mesma forma que as interações que se formam com base na singularidade, universalidade e particularidade, a instrumentalidade deve fundamentar-se na realidade social. Ao buscar uma compreensão mais aprofundada da teoria e construção de conhecimento sobre o assunto, torna-se evidente a importância de examinar o papel do assistente social no processo de produção e reprodução da sociedade capitalista, pois esse papel exerce uma influência direta nas relações de trabalho. Considerando que o Serviço Social representa uma especialização do trabalho inserida em vários setores que abrangem a vida social, a profissão não escapa dos fatores determinantes que impactam outras especializações no trabalho coletivo. O profissional de Serviço Social desempenha uma função fundamentalmente voltada para a educação social e está apto a atuar em diversas esferas relacionadas à implementação de políticas sociais, tanto públicas quanto privadas. Suas responsabilidades englobam planejamento, organização, execução, avaliação, gestão, pesquisa e assessoria. O objetivo principal de seu trabalho é atender às demandas dos usuários dos serviços, garantindo o acesso aos direitos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e pela legislação complementar. Para alcançar esse propósito, o assistente social utiliza uma variedade de instrumentos, como entrevistas, análises sociais, relatórios, levantamento de recursos, encaminhamentos, visitas domiciliares, dinâmicas de grupo, pareceres sociais, contatos institucionais, entre outros. O assistente social é encarregado de analisar a realidade social e institucional, intervindo para melhorar as condições de vida dos usuários. O uso eficaz desses instrumentos demanda uma constante atualização profissional, visando aprimorar conhecimentos e habilidades nas diversas áreas de atuação. Sua atuação inclui o desenvolvimento ou a proposição de políticas públicas que buscam assegurar o acesso dos diversos segmentos da população aos serviços e benefícios socialmente construídos e conquistados, especialmente na área da Seguridade Social. De maneira geral, as instituições que demandam o trabalho do profissional de Serviço Social lidam com questões relacionadas a crianças em situação de rua, envolvidas em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem acesso à educação, em risco social, com deficiências, sem família, com problemas relacionados a drogas, internadas ou doentes; adultos desempregados, enfrentando conflitos familiares ou conjugais, aprisionados, em conflitos nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, ou organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, assim como portadores de deficiências; e idosos em asilos, isolados, participantes de centros de convivência, hospitalizados ou doentes, e minorias étnicas, entre outras expressões da questão social. Mesmo com o avanço da tecnologia, o ser humano continua sendo a peça central quando se trata de atenção nas diferentes áreas de atuação, incluindo a saúde. Isso se aplica especialmente no atendimento a pacientes, onde são necessários cuidado, empatia e reflexão ao buscar um diagnóstico, prescrever medicamentos ou administrá-los. Para garantir um trabalho de qualidade, é essencial manter o cuidado contínuo, algo que não poderia ser fornecido por uma estrutura metálica com inteligência artificial. Tanto na promoção da saúde quanto na prevenção de doenças, é essencial adotar estratégias, incluindo aquelas relacionadas à informação. Utilizar estratégias para chamar a atenção de um grupo de indivíduos e facilitar a transferência de informações, incorporando elementosculturais dessa sociedade, é apropriado. Contudo, é necessário compreender predisposições e processos internos, como mudança de atitude, dissonância cognitiva ou expectativas sociais e culturais complexas. No âmbito das estratégias comunicacionais, as informacionais são construídas com base em conceitos e modelos teóricos da Comunicação, visando a transferência de informações do emissor para o receptor. A persuasão destaca-se como uma estratégia amplamente utilizada em projetos de intervenção social, buscando alterar o comportamento dos espectadores ao enfatizar a necessidade de cuidado pessoal.
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