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102 PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA SAÚDE DA MULHER

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PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA SAÚDE DA MULHER 
De acordo com o Ministério da Saúde, a saúde da mulher envolve não 
apenas o estado físico, mas também aspectos emocionais, sociais e culturais. 
Nesse sentido, é fundamental que as políticas de saúde abordem essa 
complexidade e reforço em serviços integrados que atendam às necessidades 
específicas das mulheres. 
O Brasil tem como política de saúde prioritária ações direcionadas a 
prevenção, promoção e proteção da saúde nas diferentes faixas etárias. A 
assistência em saúde, nessa perspectiva, deve ser implementada de maneira 
abrangente, considerando determinantes sociais de saúde e condições 
biopsicossociais dos indivíduos. 
Para tanto, configura-se em mecanismo utilizado pelo governo, para atender 
os pressupostos exposto, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), já que se 
configura em espago oportuno para os profissionais de saúde acompanharem a 
população, considerando o espago vida e peculiaridades regionais e culturais. No 
cenário nacional, o acompanhamento da criança está entre as ações que devem 
ser implementadas na ESF, conforme preconiza a Política Nacional da Atenção 
Básica. 
Nessa perspectiva, apresenta-se como estratégia para proteção e promoção 
da saúde, a avaliação da criança em sua primeira semana de vida, período propicio 
para profissionais de saúde orientarem as famílias sobre imunização, triagem 
neonatal, estabelecerem rede de apoio, diagnosticarem precocemente alterações 
fisiológicas, identificarem e atuarem nas dificuldades relacionadas a amamentação 
e cuidados gerais. 
As unidades de saúde desempenham importante papel na rede de proteção 
da criança e no manejo dos casos de violência. Os enfermeiros que atuam nesses 
locais devem notificar os casos suspeitos ou confirmados e encaminhá-los as 
delegacias de polícia ou Conselho Tutelar. Ao direcionar as vítimas aos serviços de 
proteção, os profissionais de saúde contribuem para assegurar integridade física e 
seus direitos, e exercem não apenas suas responsabilidades, como também 
contribuem para o despertar de noções de cidadania e igualdade de direitos em 
nossa sociedade. 
Os enfermeiros também podem desempenhar um papel fundamental na 
prevenção e tratamento de doenças crônicas, como o câncer de mama e 
ginecológico. Eles podem educar as mulheres sobre a importância da triagem e 
detecção precoce, além de fornecer informações sobre opções de tratamento e 
apoio emocional para pacientes e familiares. Os enfermeiros podem trabalhar em 
estreita colaboração com médicos e outros profissionais de saúde para desenvolver 
planos de tratamento personalizados e garantir que os pacientes recebam o melhor 
cuidado possível. 
A prevenção de doenças é uma das principais atividades de cuidado de 
enfermagem para a saúde da mulher. Para isso, é necessário conhecer as 
principais patologias que passaram pela saúde feminina, bem como os fatores de 
risco associados a essas doenças. Entre as principais doenças que morreram as 
mulheres, destacam-se o câncer de mama, o câncer de colo do útero, as doenças 
sexualmente transmissíveis (ISTs) e as doenças cardiovasculares. 
No caso do câncer de mama, a enfermagem tem um papel fundamental na 
prevenção e detecção precoce da doença. A realização do autoexame das mamas 
e da mamografia são ações importantes para a prevenção e detecção precoce do 
câncer de mama. O enfermeiro(a) pode orientar as mulheres sobre a importância 
dessas ações e fornecer informações sobre a realização correta do autoexame das 
mães. 
No caso do câncer de colo do útero, a prevenção pode ser realizada por meio 
da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) e pelo rastreamento por meio 
do exame Papanicolau. O enfermeiro(a) pode orientar as mulheres sobre a 
importância dessas medidas e realizar a coleta de material para a realização do 
exame. 
Em relação à depressão pós-parto em puérperas, de acordo com Felix 
(2013): 
“.... Os profissionais de enfermagem precisam estar 
atentos para identificar os sintomas da depressão pós-
parto em puérperas, tanto nas maternidades como 
também na atenção primaria, onde é realizado o 
acompanhamento pré-natal e consultas subsequentes ao 
nascimento do bebé. Portanto, é necessário desenvolver 
estratégias envolvendo toda a equipe multiprofissional 
para 0 acolhimento e cuidado continuado da mulher, 
através das visitas domiciliares, participação em grupos 
nas unidades de saúde e acompanhamento e suporte dos 
setores secundário e terciários...” Felix (2013). 
 
Promoção da saúde da mulher 
A promoção da saúde da mulher é uma responsabilidade coletiva que 
envolve governo, profissionais de saúde e sociedade em geral. A implementação 
de políticas e programas que atendam às necessidades específicas das mulheres 
é fundamental para garantir o bem-estar feminino. Além disso, é importante investir 
em prevenção e educação em saúde, a fim de conscientizar a população sobre a 
importância de hábitos saudáveis e prevenção de doenças. A garantia da saúde da 
mulher é um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa e 
igualitária. 
A promoção da saúde da mulher é um processo que busca capacitar as 
mulheres para que sejam agentes ativos na manutenção da sua saúde. Essa 
promoção pode ocorrer em diferentes níveis, desde o nível individual o comunitário, 
e envolver ações que visam melhorar a qualidade de vida da mulher. Algumas 
ações que podem ser realizadas incluem: a promoção da alimentação saudável, a 
prática regular de exercícios físicos, o combate ao tabagismo e ao consumo 
excessivo de álcool, além de ações que buscam melhorar a autoestima e o 
autocuidado. 
No contexto da enfermagem, a promoção da saúde da mulher é realizada 
por meio de ações educativas que visam conscientizar as mulheres sobre a 
importância do autocuidado e da prevenção de doenças. Dessa forma, o 
enfermeiro(a) pode atuar como um agente facilitador, promovendo ações que visem 
o empoderamento da mulher e sua autonomia no cuidado com a saúde. 
A enfermagem da mulher é uma área importante e abrangente que se 
concentra na saúde e bem-estar das mulheres. Através da atenção aos cuidados e 
direcionados às necessidades específicas das mulheres, incluindo a saúde 
reprodutiva, a enfermagem da mulher ajuda a melhorar a qualidade de vida e a 
promover a prevenção de doenças e cuidados contínuos. As enfermeiras da mulher 
desempenham um papel fundamental na educação e apoio às mulheres em todas 
as fases da vida, desde a adolescência até a menopausa, oferecendo suporte 
emocional e psicológico, bem como orientação e aconselhamento para um estilo 
de vida saudável. Com a evolução das práticas de enfermagem e avanços na 
tecnologia médica, a enfermagem da mulher continuará a evoluir e alcançará um 
papel vital na saúde e bem-estar das mulheres em todo o mundo. 
Apesar dos avanços observados nas últimas décadas, as mulheres ainda 
enfrentam desafios relacionados à saúde sexual e reprodutiva. Ainda é comum o 
acesso limitado aos serviços de planejamento familiar, o que acarreta altas taxas 
de gravidez na adolescência e abortos inseguros. Além disso, a violência doméstica 
e sexual é uma questão que afeta a saúde física e emocional das mulheres e deve 
ser abordada de forma mais ampla pelos serviços de saúde. 
O Ministério da Saúde tem implementado diversas políticas e programas 
para promover a saúde da mulher no país. Dentre elas, podemos destacar o 
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, que busca garantir o 
atendimento humanizado e integral às mulheres durante a gestação e o parto. O 
Programa Saúde da Mulher oferece serviços de atenção ginecológica e obstétrica, 
prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e aconselhamento 
sobre contracepção. 
A enfermagem desempenha um papel fundamental na saúde pública no 
Brasil, oferecendo cuidado, orientação e suporte emocional às pessoas e 
comunidades.Estudos recentes destacaram a importância da enfermeira na 
prevenção e controle de doenças infecciosas e crônicas, e na promoção da saúde 
e bem-estar das comunidades. É essencial que o papel da enfermagem na saúde 
pública seja reconhecido e valorizado, de modo a garantir uma atenção integral à 
saúde da população brasileira.

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