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Pmsus 4 - Saúde da mulher

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Disciplina: PMSUS 4 (Reflexão)
SÍNTESE OFICINA 2
objetivos
1. Diferenças de gênero e suas implicações no adoecimento
2. Compreender o perfil epidemiológico, os indicadores de saúde da mulher e as principais afecções que demandam cuidados para atenção básica
3. Compreender os objetivos da política nacional de atenção integral à saúde da mulher – o que mudou do PAISM para PNAISM e em quais aspectos ainda precisamos evoluir. 
4. Compreender o papel da rede cegonha na redução da mortalidade materna.
5. Indicar os componentes da RAS
6. Aprender o foco central do previne da atenção primaria e identificar seus indicadores.
0- DIFERENÇAS DE GENERO E SUAS IMPLICAÇÕES NO ADOECIMENTO
O gênero é uma construção social e histórica sobreposta a um corpo sexuado. Se refere ao conjunto de relações, atributos, papéis, crenças e atitudes que definem o que significa ser homem ou ser mulher. Na maioria das sociedades, as relações de gênero são desiguais
É construído e alimentado com base em símbolos, normas e instituições que definem modelos de masculinidade e feminilidade e padrões de comportamento aceitáveis ou não para homens e mulheres. 
O gênero delimita campos de atuação para cada sexo, dá suporte à elaboração de leis e suas formas de aplicação. Os desequilíbrios de gênero se refletem nas leis, políticas e práticas sociais, assim como nas identidades, atitudes e comportamentos das pessoas. 
Mulheres e homens estão expostas a variados tipos e graus de risco, em função da organização social das relações de gênero, se expondo a padrões distintos de sofrimento, adoecimento e morte. Por isso, a importância de incluir o gênero na análise do perfil epidemiológico e no planejamento de ações de saúde, que tenham como objetivo promover a melhoria das condições de vida, a igualdade e os direitos de cidadania da mulher.
1- compreender o perfil epidemiologico, os indicadores de saúde da mulher e as principais afecções que demandam cuidados para atenção básica
perfil epidemiológico
Os indicadores epidemiológicos do Brasil mostram uma realidade na qual convivem doenças dos países desenvolvidos (cardiovasculares e crônico-degenerativas) com aquelas típicas do mundo subdesenvolvido (mortalidade materna e desnutrição). 
De acordo com os indicadores de saúde, as populações expostas a precárias condições de vida estão mais vulneráveis e vivem menos. O relatório sobre a situação da População Mundial (2002) constatou: que o número de mulheres que vivem em situação de pobreza é superior ao de homens, que as mulheres trabalham durante mais horas do que os homens e, pelo menos, metade do seu tempo é gasto em atividades não remuneradas.
No Brasil, em 2018, foram registrados 13 óbitos maternos de meninas com idade entre 10 e 14 anos e 17 óbitos maternos de mulheres com idade entre 45 e 49 anos, faixas etárias consideradas extremas para a fecundidade.
Mulheres de raça/cor preta e parda totalizaram 65% dos óbitos maternos, enquanto mulheres que não vivem em união conjugal representaram 50% dessas mortes. Apesar de a escolaridade ter sido ignorada em 13% dos registros de óbitos maternos do SIM, mulheres de baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo) corresponderam a 33% dos casos.
principais causas de morte em mulheres
1- MORTALIDADE MATERNA
Causas obstétricas indiretas
doenças do aparelho circulatório (2.848), 
doenças do aparelho respiratório (1.748), 
AIDS (1.108 óbitos) 
doenças infecciosas e parasitárias maternas (839)
De 1996 a 2018, as CAUSAS OBSTÉTRICAS: 
1- hipertensão (8.186 óbitos), 
2- hemorragia (5.160 óbitos), 
3- infecção puerperal (2.624 óbitos) 
4- aborto (1.896 óbitos). 
Em média, por ano, ocorreram 1.176 óbitos maternos diretos e 465 óbitos maternos indiretos. (https://aps.saude.gov.br/noticia/8736 - 2019)
2- MORTALIDADE DOENÇAS NO GERAL
	ÓBITOS MULHERES IDADE FÉRTIL POR REGIÃO 2019
	região
	Circulatório
	externas
	Infecciosas/parasitarias
	Respiratórias
	 N classificada
	Endori/nutri/metabolica
	digestivo
	SN
	Materno
	Genitourinrio
	Norte
	762
	1096
	502
	341
	343
	257
	248
	172
	250
	150
	Nordeste
	3159
	3082
	1196
	1010
	1059
	891
	859
	571
	542
	455
	Sudeste 
	5093
	3875
	1758
	1654
	1719
	1287
	1321
	831
	627
	703
	Sul
	1186
	1625
	438
	438
	326
	391
	372
	281
	159
	184
	Centro-oeste
	836
	1036
	294
	268
	179
	228
	238
	136
	148
	103
	total
	11036
	10714
	4428
	3711
	3626
	3054
	3038
	1991
	1726
	1595
	Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Lembrar: região sudeste mais populosa, e maiores recursos diagnósticos. 
INDICADORES DE SAÚDE DA MULHER
A saúde da mulher é uma prioridade no mundo e uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é reduzir a razão de mortalidade materna global para menos de 70 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos até 2030.
1- Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de gestação
A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. A privação desse cuidado pode causar gestações prematuras, retardo do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e óbitos maternos e infantis por afecções no período peri e pós-natal.
O objetivo desse indicador é mensurar quantas gestantes realizam o atendimento correto em relação a quantidade de gestantes estimadas que o município possui, no intuito de ampliar o acesso ao acompanhamento pré-natal, subsidiar o processo de planejamento, gestão e avaliação da assistência ao pré-natal e incentivar a captação de gestantes para início oportuno do pré-natal, essencial para o diagnóstico precoce de alterações e intervenção adequada sobre condições que vulnerabilizam a saúde da gestante e da criança. As gestantes devem ser incentivadas a cumprir ao menos 6 consultas pré-natal e cada consulta deve oferecer à mulher gestante informações, apoio e cuidado de qualidade, ampliando os resultados positivos na gravidez.
2- Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV
A realização de sorologias e testes rápidos para sífilis e HIV, durante o pré-natal, mostra-se um fator decisivo para a prevenção da infecção, diagnóstico e o tratamento precoces da gestante e para a adoção de medidas de intervenção que impactem na redução da transmissão vertical dessas doenças. O objetivo desse indicador é mensurar quantas gestantes realizam esse exame, em relação à quantidade estimada de gestantes que o município possui, no intuito de incentivar o cumprimento de diretrizes e normas para a realização de um pré¿natal de qualidade na APS e incentivar a realização dos exames de sífilis e HIV. Visa triar gestantes com essas patologias para que seja assegurado tratamento adequado com vistas a minimizar danos à mulher e ao feto.
3- Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado
O estado da saúde bucal ao longo da gestação relaciona-se diretamente com a saúde geral da mãe, podendo influenciar tanto na saúde geral quanto bucal do bebê. Alguns estudos correlacionam a saúde periodontal de gestantes com partos prematuros e/ou nascimento de bebês com baixo peso. Alterações hormonais nas mulheres no período gestacional, como aumento dos hormônios estrogênio e progesterona, podem agravar doenças orais pré-existentes. Além disso, mudanças no padrão alimentar e de higiene podem aumentar o risco de cáries, que consequentemente podem acarretar em dor e perda dentária.
O objetivo desse indicador é, portanto, mensurar quantas gestantes realizam o atendimento odontológico, em relação a quantidade estimada de gestantes que o município possui, no intuito de incentivar o cuidado odontológico à gestante por meio da realização de avaliação diagnóstica e tratamento dentário. Espera-se a ocorrência de, no mínimo, uma avaliação odontológica a cada trimestre de gestação.
4- Cobertura de exame citopatológico
No Brasil, o método de rastreamento de câncer do colo do útero éo exame citopatológico (Papanicolau), que pode identificar o câncer de colo do útero antes de seu desenvolvimento. O acesso ao diagnóstico precoce permite o tratamento efetivo às mulheres, de forma que as lesões sejam passíveis de serem tratadas a fim de que não evoluam para o câncer. Espera-se que as equipes se empenhem na busca ativa às mulheres que se encaixem na faixa etária preconizada e no acompanhamento dos seus exames.
O objetivo deste indicador é avaliar a adequação do acesso ao exame de prevenção para câncer do colo do útero. Expressa a realização de exame de forma regular, segundo as Diretrizes Nacionais.
Percebe-se que o Brasil tem implementado políticas para fortalecer e qualificar as ações no atendimento às gestantes, na melhoria da atenção ao pré-natal, ao parto,  ao nascimento e ao  puerpério. Entre as estratégicas adotadas destacam-se: a Rede Cegonha, a implantação e implementação do PREMMICE (Plano de Redução da Mortalidade Materna e na Infância por Causas Evitáveis) e a Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia, desenvolvida em parceria com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). 
3- compreender os objetivos da Politica Nacional de Atenção Integral à saude da mulher – o que mudou do PAISM para PNAISM e em quais aspectos ainda precisamos evoluir. 
PAISM
Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando, sobretudo, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres.
Incorporou como princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a eqüidade da atenção (período antes do SUS).
O programa para a saúde da mulher incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres (BRASIL, 1984).
O PAISM de 1984 foi reformulado e consagrado no ano de 2004, como Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM).
pnaism
Lançada em 2004 para nortear as ações de atenção à saúde da mulher entre os anos de 2004 a 2007, a PNAISM consolidou no âmbito legal um conjunto de princípios e diretrizes que estabeleceram como objetivos gerais a promoção da saúde da mulher em sua integralidade.
Como proposta mais abrangente, a PNAISM traz um breve diagnóstico quanto à situação de saúde da mulher brasileira e suas principais causas de morbidade e mortalidade. Este diagnóstico serviu para que fosse firmado um compromisso, para que na implantação das ações de saúde, as reais necessidades das mulheres tenham como garantia as proposições dos direitos humanos, com vistas a reduzir os índices de morbidade e mortalidade por causas prevenireis e evitáveis.
A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, dentre outras).
A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher deverão nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e da saúde reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher.
A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade). – O SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, no contexto da descentralização, hierarquização e integração das ações e serviços. Sendo responsabilidade dos três níveis gestores, de acordo com as competências de cada um, garantir as condições para a execução da Política de Atenção à Saúde da Mulher.
A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a partir de uma percepção ampliada de seu contexto de vida, do momento em que apresenta determinada demanda, assim como de sua singularidade e de suas condições enquanto sujeito capaz e responsável por suas escolhas.
OBJETIVOS
· Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. 
· Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie. 
· Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
· Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras DST:
· Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde:
· Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes:
· Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual:
· Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na população feminina:
· Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina:
· Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero:
· Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério:
· Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade:
· Promover a atenção à saúde da mulher negra:
· Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade:
· Promover a atenção à saúde da mulher indígena:
· Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids nessa população:
· Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres.
reflexao
O PAISM, não conseguiu romper com o paradigma clínico-ginecológico estruturado historicamente, marca um processo de continuidade, no qual ações educativas voltadas à promoção em saúde não foram implementadas.
Com a implantação da PNAISM em 2004, a atenção em saúde como conjunto de atividades intra e extra-setor saúde aparecem como proposta à promoção da integralidade, com vistas a superar as lacunas deixadas pelo PAISM.
No âmbito legal a proposta advinda com a PNAISM aponta para o rompimento com o processo biológico e medicalizador hegemônico nos serviços de saúde. Neste documento, a adoção do termo integralidade se aproximou de seu significado mais amplo conforme descrito linhas acima. Pois a proposta de integralidade que a PNAISM traz em seu texto parte do diagnostico social que buscou analisar a mulher em seu contexto social.
Apesar da proposta de universalidade e ntegralidade, percebe-se que o governo priorizou grupos específicos como forma de mostrar compromisso com o movimento feminista, que vinha lutando para que as lacunas deixadas pelo PAISM, no que se refere ao combate das discriminações sociais de gênero, raça e etnia, fossem preenchidas. 
Além disso, ainda não houve consolidação de ações propositivas que visassem superar os aspectos físicos da mulher como mãe e reprodutora. 
Para Costa e Silvestre (2004), “o forte apelo à fragmentação do cuidado à saúde, inspirado pelo modelo biológico hegemônico, é um dosmaiores desafi os para a integralidade” (p.66), visto que nos últimos anos os diversos programas direcionados para a saúde da mulher voltaram-se a cuidados específicos com o corpo ou agravo à saúde. 
Na PNAISM a humanização aparece junto à qualidade da atenção em saúde como princípios e é imprescindível considerar que humanizar é muito mais do que tratar bem, com delicadeza ou de forma amigável, devendo ser consideradas questões de acessibilidade ao serviço nos três níveis da assistência, provisão de insumos e tecnologias necessárias, formalização de sistemas de referência e contrareferência, disponibilidade de informações e orientação da clientela e a sua participação na avaliação dos serviços. 
Portanto, o que se observa é que a proposta de integralidade cada vez mais se torna fragilizada com a precariedade nos serviços de saúde. Com o Estado agindo de forma mínima no social, nas políticas estatais .
Dessa forma, para que o princípio da integralidade seja cumprido, faz-se necessária uma problematização da situação da saúde das mulheres, para que se possa intervir no modelo vigente, visando proporcionar um atendimento mais eficiente e eficaz, uma vez que na PNAISM está contido o compromisso com a implementação de ações e serviços que contribuam para a garantia dos direitos das mulheres. 
rede cegonha
1- compreender o papel da rede cegonha na redução da ortalidade materna.
A Rede Cegonha é uma rede temática que foi instituída em 2011, como uma inovadora estratégia do Ministério da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria nº 1.459 de 24 de junho de 2011.
Tem como base os princípios do SUS, de modo a garantir a universalidade, a equidade e a integralidade da atenção à saúde. 
Prioriza o acesso ao pré-natal de qualidade, a garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, a vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro, segurança na atenção ao parto e nascimento, atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade, além de acesso às ações do planejamento reprodutivo.
organização
· Plano de ação regional (PDR):
· 31 indicadores estratégicos (pactuações);
· Parâmetros para exames, consultas e suficiência de leitos (contratualizações).
objetivos
· Fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos 24 meses;
· Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil que garanta acesso, acolhimento e resolutividade e;
· Reduzir a mortalidade materna e infantil.
qual o papel na redução?
· Implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis. 
· Sistematiza e institucionaliza um modelo de atenção ao parto e ao nascimento, que garante às mulheres e às crianças uma assistência humanizada e de qualidade.
· Através da ampliação do acesso e da melhoria da qualidade do pré-natal, da vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro, da implementação de boas práticas na atenção ao parto e nascimento, incluindo o direito ao acompanhante de livre escolha da mulher no parto, da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses e do acesso às ações de planejamento reprodutivo.
quais os componentes?
2- indicar os componentes da ras
RAS consiste na organização do conjunto de serviços e ações de Saúde de distintas densidades tecnológicas que, integrados por meio de estruturas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado às populações de uma região de Saúde.
É uma estratégia para superar a fragmentação da atenção e da gestão nas Regiões de Saúde e aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do Sistema Único de Saúde (SUS) com vistas a assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços que necessita com efetividade e eficiência.
3- aprender o foco central do previne da atenção primaria e identificar seus indicadores.
· Instituído pelo MInistério da Saúde do Brasil pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019;
· Novo modelo de financiamento misto da APS para repasse das transferências para os municípios.
· Objetivos: garantir um modelo de financiamento focado em aumentar o acesso das pessoas aos serviços da atenção primaria e o vinculo entre a população e a equipe (responsabilização dos gestores e das pessoas pelo autocuidado).
· Pilar: oferta de atenção de qualidade com equidade; inova ao premiar e reconhecer a eficiência e efetividade (quanto mais pessoas cadastradas, maior o repasse).
indicadores
Programa Previne Brasil indica que serão monitorados 21 indicadores da saúde da população, no contexto da APS. Eles precisarão ser informados regularmente para que os municípios possam receber os recursos federais. A proposta prevê que, em 2020, serão monitorados 7 indicadores, mais 7 em 2021 e mais 7 em 2022. O monitoramento de indicadores será feito a cada quatro meses, a partir de setembro de 2020.
Conjunto dos 7 indicadores para o pagamento por desempenho (2020)
1- proporção de gestantes com pelo menos 6 consultas pre-natal realizadas, sendo 1 até a 2-ª semana de gestação.
2- proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV
3- proporção de gestantes que passaram por atendimento odontológico
4- cobertura de exames citopatologicos
5- cobertura vacinal de poliomielite inativada e de pentavalente
6- percentual de pessoas hipertensas com PA aferida em cada semestre
7- percentual de diabéticos com solicitação de Hb glicada.
Os indicadores do pagamento por desempenho para os anos de 2021 e 2022 serão definidos após monitoramento, avaliação e pactuação tripartite durante o ano de 2020, e contemplarão as seguintes ações estratégicas:
I - ações multiprofissionais no âmbito da atenção primária à saúde;
II - ações no cuidado puerperal;
III -ações de puericultura (crianças até 12 meses);
IV - ações relacionadas ao HIV;
V - ações relacionadas ao cuidado de pessoas com tuberculose;
VI - ações odontológicas;
VII - ações relacionadas às hepatites;
VIII - ações em saúde mental;
IX - ações relacionadas ao câncer de mama; e
X - Indicadores Globais de avaliação da qualidade assistencial e experiência do paciente com reconhecimento e validação internacional e nacional.
	referencias
https://aps.saude.gov.br/noticia/7557 
http://bvsalud.org/ 
http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php?area=0401 
https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/sistema-de-informacao-do-cancer-siscan-colo-do-utero-e-mama/ 
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,incidencia-de-cancer-e-maior-em-paises-mais-pobres-diz-estudo,97305 
https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/noticias/participamos-de-um-importante-estudo-sobre-o-impacto-global-do-cancer-que 
https://mediacdns3.ulife.com.br/PAT/Upload/2748343/NOVASNTESEOFICINA01_20210309163836.pdf 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 1.459 de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. 
Coren. Rede Cegonha: princípios, objetivos e ações de atenção à saúde. 2016. Disponível em: http://www.corensc.gov.br/2016/03/16/rede-cegonha-principios-objetivos-e-acoes-de-atencao-a-saude/. Acesso em: 30 de mar de 2021.
Rede Cegonha : prática de atenção à saúde | Rede Humaniza SUS - O SUS QUE DÁ CERTO 
Saúde RJ - Subsecretaria de Gestão da Atenção Integral à Saúde - Atenção Primária à Saúde - Áreas Técnicas - Saúde da Mulher, Criança, Adolescente e Aleitamento Materno - Rede Cegonha (saude.rj.gov.br)
UNA-SUS/UFMA. Universidade Federal do Maranhão. Redes de atenção à saúde: a Rede Cegonha/Consuelo Penha Castro Marques (Org.). - São Luís, 2015. Brasília, Ministério da Saúde, 2011.

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