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117 POR QUE É ESSENCIAL A PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

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POR QUE É ESSENCIAL A PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
O que é biodiversidade? 
Para entendermos a importância de mantermos a biodiversidade preservada, 
primeiro, temos que entender o que ela é. A biodiversidade, também conhecida como 
diversidade biológica, é descrita como a variedade de seres e organismos existentes 
no mundo natural. 
Estão inclusos neste “pacote” os microrganismos, as plantas e os animais. 
Dentro desta classificação existem subdivisões que facilitam seu estudo como, por 
exemplo, a biodiversidade marinha com foco nos componentes marinhos ou ainda a 
biodiversidade terrestre, focando em seus respectivos componentes. 
Função da biodiversidade 
A natureza funciona semelhantemente a um relógio, para que funcione com 
100% da sua capacidade, todas as suas engrenagens devem estar cumprindo seu 
papel em harmonia, ou seja, devem estar em equilíbrio. 
Sendo assim, todos os seres que integram a biodiversidade, desde o menor 
organismo até o maior, se tornam essenciais seja: na produção de oxigênio, produção 
de alimentos, integrando interações ecológicas como a cadeia alimentar, eliminando 
possíveis causadores e transmissores de agentes patogênicos ou na produção de 
insumos e matéria prima. 
Vale ressaltar que a natureza tem a capacidade de se organizar sem que haja 
qualquer tipo de interferência antrópica (ação humana), sendo assim, capaz de 
regenerar e equilibrar suas interações 
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Por que preservar a biodiversidade ? 
É de conhecimento geral que as ações antrópicas, unidas ao avanço 
tecnológico e econômico , vem acarretando diversas alterações ambientais na 
paisagem, estrutura e/ou nos componentes. 
 
 
Como exemplo podemos citar a expansão agrícola que traz consigo a 
derrubada de florestas nativas, desencadeando uma série de impactos negativos 
como: aumento da erosão do solo, diminuição da cobertura vegetal, alterações 
climáticas, além da alteração dos ecossistemas com o sumiço de espécies vegetais e 
animais. 
 
 
E como dito anteriormente, a natureza em si é uma fonte de recursos que tem 
a capacidade de se regenerar e continuar em sua plenitude. Entretanto, tudo isso 
requer um tempo determinado. 
Atualmente, o que vem acontecendo é a exploração de recursos naturais de 
forma acelerada, sem que esse tempo seja respeitado. Desta forma os recursos que 
outrora se encontravam em abundância, agora estão desaparecendo. 
A ideia de preservar a biodiversidade é essencial também à vida humana, não 
significando ir na contramão do avanço socioeconômico , mas sim na utilização 
moderada e eficiente dos recursos encontrados nela. 
Quais as diferenças entre recursos renováveis e não renováveis? 
Preservar a biodiversidade também significa preservar os ecossistemas 
(habitats). Pois a manutenção da biodiversidade impacta sobre a resiliência dos 
ecossistemas perante mudanças ambientais (naturais ou antrópicas). 
Ou seja, ao ser perturbado, por exemplo, por um incêndio, um ecossistema 
biodiverso tende a naturalmente retornar para um estado similar ou próximo antes 
desta perturbação. Já um ambiente pobre em biodiversidade, tende a se degradar 
com maior facilidade quando passa por uma perturbação ambiental. 
Mediante as mudanças climáticas que vivenciamos atualmente, a resiliência 
dos ambientes se torna de suma importância para se garantir a disponibilidade de 
recursos naturais e sobrevivência das espécies, inclusive a humana! 
Consequências do desequilíbrio da biodiversidade 
 
 
Partindo do princípio que a natureza funciona em semelhança a um relógio, se 
uma (ou várias) peças que compõem a biodiversidade não estiver em equilíbrio, todo 
o restante acaba sofrendo com as consequências, gerando-se um efeito bola de neve. 
Podemos exemplificar de maneira bem simples. Pense no seguinte: uma área 
contendo uma lagoa cercada por uma floresta. A lagoa é soterrada e as árvores 
derrubadas. Quais poderiam ser as consequências? 
Pois bem, aquela lagoa funcionava como habitat e local de reprodução de 
anfíbios e peixes, além de reservatório de água para diversas espécies. Os anfíbios 
são predadores de insetos, inclusive aqueles que trazem doenças para humanos 
como a malária, por exemplo. 
Se não tem mais anfíbios naquela região a chance de haver uma proliferação 
destes insetos é grande, entretanto os anfíbios também são alimentos de outros 
predadores, entre eles as serpentes 
As serpentes deixando de encontrar alimentos em seu local natural precisam 
se movimentar mais e esse, normalmente, é um dos motivos da aproximação de 
serpentes de áreas urbanas, podendo ou não ocorrer acidentes. As consequências 
não param por aí, mas já deu para ter uma pequena ideia do que o desequilíbrio pode 
causar? 
Se pensarmos em uma escala global, nos últimos anos a temperatura do 
planeta Terra tem aumentado e isso é sentido nas áreas mais frias do planeta, que já 
registram dias mais quentes. Acarretando no derretimento de geleiras e, 
consequentemente, no aumento do nível dos oceanos. 
 
Este aumento se dá devido ao aumento da produção industrial, ou seja, na 
quantidade de CO2 que é lançado na atmosfera, mas também está ligada com a 
diminuição da vegetação que faz a retirada desse gás da atmosfera e o utiliza nas 
suas atividades fisiológicas. 
A perda da biodiversidade afeta a economia? 
 
 
O meio ambiente é uma fonte de recursos naturais e matérias primas 
essenciais para a sobrevivência no planeta Terra, entretanto, tais recursos são 
explorados de maneira desenfreada sem que haja qualquer tipo de reposição ou 
cuidado. 
Como num gradiente de acontecimentos, a destruição em massa das fontes de 
recursos, bem como a alteração nos ecossistemas, vem causando o desaparecimento 
de várias espécies que realizam serviços ambientais de suma importância para a 
manutenção ecossistêmica, vide as abelhas e sua polinização. 
Embora não se tenha uma causa única para o sumiço das abelhas em diversas 
partes do globo , em sua maioria são decorrentes de ações antrópicas como: más 
práticas agrícolas, uso exagerado de pesticidas, alterações climáticas, perda de 
habitat entre outros. 
Essas alterações afetam diretamente a biodiversidade causando uma 
diminuição na diversidade vegetal e animal, alterando uma série de interações 
ecológicas como: cadeia alimentar, polinização e dispersão de sementes, importantes 
para manutenção do ecossistema. 
Além disso, animais e vegetais ficam mais expostos e vulneráveis a pragas e 
doenças, por conta da proliferação de vetores de patógenos que perderam parte de 
seus predadores naturais. 
A perda de predadores naturais implica em um maior uso de pesticidas e 
agrotóxicos para o controle de pragas. O que implica em danos ambientais como 
poluição de corpos d’água e perda de polinizadores, e danos à saúde. 
Atualmente, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o 
Brasil utiliza mais de um milhão de toneladas, sendo o país que mais utiliza 
agrotóxicos em seu volume total. 
O Brasil é conhecido por sua grande biodiversidade e também por ser um 
grande produtor agrícola, sendo o 4° maior produtor de grãos a nível global. 
Todavia, as práticas agrícolas quando executadas de maneira errônea se 
traduzem numa diminuição da produção, a perda da qualidade e/ou aumento dos 
 
 
preços de importação e exportação, visto que, a maior parte do produtos agrícolas 
produzidos no país possuem finalidade de exportação. 
Vale ressaltar que este manejo inadequado está intimamente ligado com a 
perda da biodiversidade por conta da alteração de habitat, redução de agentes 
polinizadores entre outros fatores que interferem nas relações ecológicas.

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