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POR QUE É ESSENCIAL A PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE O que é biodiversidade? Para entendermos a importância de mantermos a biodiversidade preservada, primeiro, temos que entender o que ela é. A biodiversidade, também conhecida como diversidade biológica, é descrita como a variedade de seres e organismos existentes no mundo natural. Estão inclusos neste “pacote” os microrganismos, as plantas e os animais. Dentro desta classificação existem subdivisões que facilitam seu estudo como, por exemplo, a biodiversidade marinha com foco nos componentes marinhos ou ainda a biodiversidade terrestre, focando em seus respectivos componentes. Função da biodiversidade A natureza funciona semelhantemente a um relógio, para que funcione com 100% da sua capacidade, todas as suas engrenagens devem estar cumprindo seu papel em harmonia, ou seja, devem estar em equilíbrio. Sendo assim, todos os seres que integram a biodiversidade, desde o menor organismo até o maior, se tornam essenciais seja: na produção de oxigênio, produção de alimentos, integrando interações ecológicas como a cadeia alimentar, eliminando possíveis causadores e transmissores de agentes patogênicos ou na produção de insumos e matéria prima. Vale ressaltar que a natureza tem a capacidade de se organizar sem que haja qualquer tipo de interferência antrópica (ação humana), sendo assim, capaz de regenerar e equilibrar suas interações Fizemos para você um kit de slides gratuito que deixarão as suas aulas ainda mais interessantes. Aproveite! Por que preservar a biodiversidade ? É de conhecimento geral que as ações antrópicas, unidas ao avanço tecnológico e econômico , vem acarretando diversas alterações ambientais na paisagem, estrutura e/ou nos componentes. Como exemplo podemos citar a expansão agrícola que traz consigo a derrubada de florestas nativas, desencadeando uma série de impactos negativos como: aumento da erosão do solo, diminuição da cobertura vegetal, alterações climáticas, além da alteração dos ecossistemas com o sumiço de espécies vegetais e animais. E como dito anteriormente, a natureza em si é uma fonte de recursos que tem a capacidade de se regenerar e continuar em sua plenitude. Entretanto, tudo isso requer um tempo determinado. Atualmente, o que vem acontecendo é a exploração de recursos naturais de forma acelerada, sem que esse tempo seja respeitado. Desta forma os recursos que outrora se encontravam em abundância, agora estão desaparecendo. A ideia de preservar a biodiversidade é essencial também à vida humana, não significando ir na contramão do avanço socioeconômico , mas sim na utilização moderada e eficiente dos recursos encontrados nela. Quais as diferenças entre recursos renováveis e não renováveis? Preservar a biodiversidade também significa preservar os ecossistemas (habitats). Pois a manutenção da biodiversidade impacta sobre a resiliência dos ecossistemas perante mudanças ambientais (naturais ou antrópicas). Ou seja, ao ser perturbado, por exemplo, por um incêndio, um ecossistema biodiverso tende a naturalmente retornar para um estado similar ou próximo antes desta perturbação. Já um ambiente pobre em biodiversidade, tende a se degradar com maior facilidade quando passa por uma perturbação ambiental. Mediante as mudanças climáticas que vivenciamos atualmente, a resiliência dos ambientes se torna de suma importância para se garantir a disponibilidade de recursos naturais e sobrevivência das espécies, inclusive a humana! Consequências do desequilíbrio da biodiversidade Partindo do princípio que a natureza funciona em semelhança a um relógio, se uma (ou várias) peças que compõem a biodiversidade não estiver em equilíbrio, todo o restante acaba sofrendo com as consequências, gerando-se um efeito bola de neve. Podemos exemplificar de maneira bem simples. Pense no seguinte: uma área contendo uma lagoa cercada por uma floresta. A lagoa é soterrada e as árvores derrubadas. Quais poderiam ser as consequências? Pois bem, aquela lagoa funcionava como habitat e local de reprodução de anfíbios e peixes, além de reservatório de água para diversas espécies. Os anfíbios são predadores de insetos, inclusive aqueles que trazem doenças para humanos como a malária, por exemplo. Se não tem mais anfíbios naquela região a chance de haver uma proliferação destes insetos é grande, entretanto os anfíbios também são alimentos de outros predadores, entre eles as serpentes As serpentes deixando de encontrar alimentos em seu local natural precisam se movimentar mais e esse, normalmente, é um dos motivos da aproximação de serpentes de áreas urbanas, podendo ou não ocorrer acidentes. As consequências não param por aí, mas já deu para ter uma pequena ideia do que o desequilíbrio pode causar? Se pensarmos em uma escala global, nos últimos anos a temperatura do planeta Terra tem aumentado e isso é sentido nas áreas mais frias do planeta, que já registram dias mais quentes. Acarretando no derretimento de geleiras e, consequentemente, no aumento do nível dos oceanos. Este aumento se dá devido ao aumento da produção industrial, ou seja, na quantidade de CO2 que é lançado na atmosfera, mas também está ligada com a diminuição da vegetação que faz a retirada desse gás da atmosfera e o utiliza nas suas atividades fisiológicas. A perda da biodiversidade afeta a economia? O meio ambiente é uma fonte de recursos naturais e matérias primas essenciais para a sobrevivência no planeta Terra, entretanto, tais recursos são explorados de maneira desenfreada sem que haja qualquer tipo de reposição ou cuidado. Como num gradiente de acontecimentos, a destruição em massa das fontes de recursos, bem como a alteração nos ecossistemas, vem causando o desaparecimento de várias espécies que realizam serviços ambientais de suma importância para a manutenção ecossistêmica, vide as abelhas e sua polinização. Embora não se tenha uma causa única para o sumiço das abelhas em diversas partes do globo , em sua maioria são decorrentes de ações antrópicas como: más práticas agrícolas, uso exagerado de pesticidas, alterações climáticas, perda de habitat entre outros. Essas alterações afetam diretamente a biodiversidade causando uma diminuição na diversidade vegetal e animal, alterando uma série de interações ecológicas como: cadeia alimentar, polinização e dispersão de sementes, importantes para manutenção do ecossistema. Além disso, animais e vegetais ficam mais expostos e vulneráveis a pragas e doenças, por conta da proliferação de vetores de patógenos que perderam parte de seus predadores naturais. A perda de predadores naturais implica em um maior uso de pesticidas e agrotóxicos para o controle de pragas. O que implica em danos ambientais como poluição de corpos d’água e perda de polinizadores, e danos à saúde. Atualmente, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil utiliza mais de um milhão de toneladas, sendo o país que mais utiliza agrotóxicos em seu volume total. O Brasil é conhecido por sua grande biodiversidade e também por ser um grande produtor agrícola, sendo o 4° maior produtor de grãos a nível global. Todavia, as práticas agrícolas quando executadas de maneira errônea se traduzem numa diminuição da produção, a perda da qualidade e/ou aumento dos preços de importação e exportação, visto que, a maior parte do produtos agrícolas produzidos no país possuem finalidade de exportação. Vale ressaltar que este manejo inadequado está intimamente ligado com a perda da biodiversidade por conta da alteração de habitat, redução de agentes polinizadores entre outros fatores que interferem nas relações ecológicas.
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