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Saúde do Recém-Nascido no Brasil

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A Saúde do Recém-
Nascido no Brasil
O cuidado com a saúde do recém-
nascido (RN) tem importância 
fundamental para a redução da 
mortalidade infantil, ainda elevada no 
Brasil.
No período neonatal, momento de 
grande vulnerabilidade na vida, 
concentram-se riscos biológicos, 
mbientais, socioeconômicos e culturais, 
havendo necessidade de cuidados 
especiais, com atuação oportuna, integral 
e qualificada de proteção social e de 
saúde, direitos reconhecidos pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA).
“É na primeira semana de vida, em especial 
no primeiro dia de vida (representando 
25%), que se concentram as mortes infantis 
no País”.
• As ações de promoção, prevenção e assistência à saúde dirigidas à gestante e ao RN têm 
grande importância, pois influenciam a condição de saúde dos indivíduos, desde o 
período neonatal até a vida adulta. Cada vez mais, vem sendo salientada a relação 
determinante entre a vida intrauterina, as condições de saúde no nascimento e no 
período neonatal e os problemas crônico-degenerativos na vida adulta, como obesidade, 
diabetes, doenças cardiovasculares, saúde mental, entre outros.
• A partir deste cenário, em que o estabelecimento de medidas para a melhoria da saúde 
da gestante e do RN se apresenta como grande desafio para a redução da mortalidade 
infantil no País e a promoção da qualidade de vida, torna-se necessária a conformação de 
redes regionalizadas e efetivas de atenção perinatal, nas quais a unidade hospitalar 
constitui-se em um dos pontos de atenção, uma vez que, isoladamente, não é suficiente 
para prover o cuidado integral.
• 1.1 Situação das condições de nascimento e mortalidade infantil no Brasil: fatores 
de risco e marcadores assistenciais
• A análise das condições de nascimento e de morte das crianças é necessária para orientar 
as ações dos serviços de saúde e alcançar patamares desejáveis de saúde para a 
população brasileira. Da mesma forma, a boa qualidade da atenção nos serviços de 
saúde é fundamental para o planejamento e a adequação da assistência.
• São essenciais o conhecimento e a análise, entre outros, do perfil dos nascimentos 
e das mortes, assim como de indicadores assistenciais como as frequências de:
•฀ Cesarianas.
•฀ Prematuridade.
•฀ Mães adolescentes.
•฀ Baixo peso ao nascer.
•฀ Mães com baixa escolaridade.
•฀ Asfixia ao nascer.
•฀ Mortalidade
• A avaliação da assistência, utilizando a informação, é importante para as mudanças na 
situação de saúde e doença da população e para a redução das disparidades sociais. No 
Brasil, as informações estão disponíveis em sistemas informatizados. Entretanto, há 
necessidade de melhorar a qualidade dos registros, desde as declarações de óbito e de 
nascidos vivos, o prontuário, a autorização de internação hospitalar (AIH) e outros 
sistemas de notificação de agravos, além de instrumentos importantes como o Cartão da 
Gestante e a Caderneta da Criança.
• 1.2 Perfil dos nascimentos no Brasil: velhas questões e novos desafios
• O sistema de informação sobre nascidos vivos (Sinasc)3 possibilita traçar o perfil dos 
nascimentos em cada hospital, município e estado para caracterizar a população, auxiliar 
no planejamento e calcular taxas de mortalidade, por exemplo, hospitalares. Tem como 
documento básico a Declaração de Nascido Vivo (DN).
• A DN deve ser fornecida pelo hospital a cada criança que nasce com vida, o que é 
definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS)4 como:
• O ECA estabelece que os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde da 
gestante são obrigados a fornecer a DN, com dados sobre o parto e o RN.
• A cobertura do Sinasc
• A cobertura do Sinasc abrange mais de 90% do total de nascimentos do País, e de forma 
geral seu preenchimento é adequado. A análise dos dados obtidos no 
MS/SVS/DASIS/CGIAE confirmam a tendência de queda do número de nascidos vivos no 
País, passando de 3.206.761em 2000 para 2.861.868 em 2010, representando uma 
redução de 10,8% dos nascimentos no período. Essa redução varia entre as regiões, 
sendo a queda mais acentuada nas regiões Sul (18%) e Sudeste (14%). Entretanto, a 
Região Norte apresenta aumento de 5,4%, possivelmente em decorrência da melhoria da 
cobertura do sistema de informação.
• Nas últimas três décadas houve grande queda da taxa de fecundidade (número médio de 
filhos nascidos vivos por mulher) no País, de 4,3 em 1980 para 2,4 em 2000, e para 1,8 em 
2010; nesse último ano os valores variam entre 2,4 filhos na Região Norte e 1,7 filhos na 
Sul. Outra situação de grave desigualdade no País: enquanto as mulheres com mais de 12 
anos de estudo têm, em média, um filho, as mães sem instrução têm 4,2 filhos.
• Nos extremos de idade materna, a proporção de mães adolescentes vem diminuindo no 
País, mas ainda é expressiva (19,3% em 2010), e continua sendo maior na Região Norte 
(26,3%) e menor na Sudeste (16,0%). Observa-se aumento da proporção de mães com 
mais de 35 anos de idade, de 8,1% em 1997, para 10,5% em 2010.
	Slide 1: A Saúde do Recém-Nascido no Brasil
	Slide 2

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