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08 - Metais para concreto armado

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METAIS PARA 
CONCRETO 
ARMADO
Conteúdo:
Edir dos 
Santos Alves
© SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016
Colaboraram nesta edição:
Coordenador técnico: Edir dos Santos Alves
Capa e projeto gráfico: Equipe SAGAH
Imagem da capa: Shutterstock
Editoração: Kaka Silocchi
Reservados todos os direitos de publicação à
SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, gravação, fotocópia, 
distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa.
EDIR DOS SANTOS ALVES
2016
METAIS PARA 
CONCRETO ARMADO
SUMÁRIO
METAIS PARA CONCRETO ARMADO ...................................... 7
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................8
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ...............................................................................8
CONTEXTUALIZAÇÃO .....................................................................................................8
METAIS PARA CONCRETO ARMADO ..................................................................... 11
PROPRIEDADES IMPORTANTES DO AÇO PARA USAR COM CONCRETO 
ARMADO ......................................................................................................................... 13
AÇOS PARA CONCRETO ARMADO DISPONÍVEIS NO MERCADO 
BRASILEIRO ................................................................................................................... 20
METAIS PARA 
CONCRETO 
ARMADO
8
INTRODUÇÃO
O concreto é um material com ótima resistência à compressão, o que 
não acontece para a tração. Aproximadamente dez vezes menor, a baixa 
resistência à tração do concreto acaba fazendo com que ele fissure e não 
possa resistir sozinho a alguns tipos de solicitações como a flexão. Para que 
ele seja usado com material de construção, faz-se o uso de reforços com 
barras ou fio de aço. Esses metais têm propriedades bem específicas e por 
isso devemos conhecê-los.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta aula unidade, você deverá ser capaz de:
• Explicar o que é um produto metálico para concreto armado.
• Identificar as propriedades mais importantes.
• Reconhecer os principais tipos existentes no Brasil.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O concreto é um composto que apresenta ótima resistência à compressão, 
mas pouca resistência à tração. Para melhorar sua propriedade de resistência 
à tração faz-se uso de barras de aço (armadura) ao interior da mistura. 
Nas estruturas de concreto armado, o comportamento estrutural depende 
da aderência entre o concreto e a armadura. Essa capacidade é obtida 
principalmente usando barras nervuradas.
Outra alternativa para melhorar a resistência à tração do concreto é utilizar 
barras de aço submetidas a um alongamento prévio, aplicando um esforço de 
compressão inicial no concreto sendo ele denominado de concreto protendido.
Historicamente, conforme citado pelo Instituto Aço Brasil1, a fronteira entre 
o ferro e o aço foi definida na Revolução Industrial, com a invenção de fornos 
que permitiam não só corrigir as impurezas do ferro, como adicionar-lhes 
propriedades como resistência ao desgaste, ao impacto, à corrosão, etc. Por 
 
1 Processo Siderúrgico. 2015. Instituto Aço Brasil. Disponível em: <http://www.acobrasil.
org.br/site2015/processo.html>. Acesso em: 18 jul. 2016.
9
causa dessas propriedades e do seu baixo custo, o aço passou a representar 
cerca de 90% de todos os metais consumidos pela civilização industrial.
O aço é percentualmente mais representado pela ligação do ferro ao carbono. 
O minério de ferro é um óxido de ferro que se encontra misturado com a areia 
fina. O carbono mais empregado é proveniente do carvão mineral e em alguns 
casos do carvão vegetal.
O carvão tem grande importância no processo por ter dupla função: a de 
combustível (ajuda a atingir temperaturas de até 1500ºC) e também como 
redutor (retira oxigênio do minério) para liberar o ferro no equipamento 
chamado alto-forno.
Tanto o minério de ferro quanto o carvão são preparados visando tornar o 
processo mais eficiente, assim o minério é pelotizado e o carvão em coque. 
Essa é a primeira fase do processo de fabricação do aço chamada de redução.
O ferro na forma líquida é chamado de ferro-gusa ou ferro de primeira 
fusão o qual fará parte do processo de fabricação do aço cujo refinamento 
é realizado em fornos a oxigênio ou a elétricos, caracterizando uma segunda 
fase do processo de fabricação do aço. São adicionadas sucatas, o que traz 
ao processo um papel de reciclagem dos produtos de ferro e de aço. A maior 
parte do aço líquido é solidificada em equipamentos de lingotamento contínuo 
para produzir semiacabados, lingotes e blocos.
A terceira fase de produção do aço é genericamente chamada de laminação, 
quando o aço solidificado após o lingotamento sofre gradativas deformações 
mecânicas de sua seção transversal sendo transformados em produtos 
siderúrgicos que são utilizados pela indústria de transformação como chapas 
grossas e finas, bobinas, vergalhões, arames, perfilados, barras etc.
A figura 1 representa de forma simplificada as fases de redução, refino e 
laminação, os tempos de ciclo de processamento de cada uma dessas fases 
que estão se reduzindo em função das evoluções tecnológicas e garantia de 
boa qualidade.
10
Gusa 
Sólido
Sintetização 
Coqueria
Aciaria LD 
Laminação 
Produtos laminados 
Aciaria elétrica 
Sucata
Preparação da carga Redução
FLUXO SIMPLIFICADO DE PRODUÇÃO
Refino Lingotamento Laminação
Monério 
de ferro
Carvão
Outros
Figura 1: processo simplificado de produção do aço
Conhecimentos sobre a propriedade dos aços empregados para concreto 
também são fundamentais para o seu melhor emprego e para a compreensão 
dos fenômenos relacionados com sua utilização.
As boas práticas exigem tais conhecimentos para auxiliar na tomada de 
decisão.
Essas regras são traduzidas em normas, especificações e métodos de ensaio 
que fornecem o mínimo indispensável para a correta utilização do material.
No Brasil, atualmente, é a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, 
quem se encarrega da normalização de aços para estruturas de concreto 
armado e protendido.
O presente material irá abordar sobre aços empregados para fabricação de 
concreto armado.
11
METAIS PARA CONCRETO ARMADO
Os aços fabricados para concreto armado mais empregados no Brasil são 
CA - 50 e CA – 60 sendo as letras “CA” indicando ser para “concreto armado” 
e os números a sua resistência ao escoamento recomendado por norma na 
unidade de medida de kgf/mm2, ou seja, para os casos anteriores de 50 e 
60 kgf/mm2 sua tensão de escoamento no gráfico tensão pela deformação. 
O CA-50 soldável é um dos mais empregados nas construções, cujas bitolas 
comerciais variam de 6,3mm a 32,0mm em forma de barra reta e inicialmente 
em forma de rolos, apenas algumas bitolas estavam disponíveis por serem as 
mais empregadas, ou seja, de 6,3mm, 8,0mm, 10,0mm e 12,5mm.
O processo para fabricação do CA-50 soldável, resumidamente, consiste 
no resfriamento controlado da superfície da peça durante o processo de 
laminação através de água, e no último passo do processo de produção deve 
ocorrer um subsequente processo para alívio das tensões internas chamado 
de revenimento. Para CA-50 não soldável, faz-se uso do resfriamento por ar.
O carbono é um dos principais elementos que compõem os aços e sua 
concentração serve para fazer a sua classificação. O CA-50 não soldável 
contém 2/3 da quantidade de carbono do CA-50 soldável.
O CA-50 soldável, algumas vezes é identificado por CA-50 S, vindo muitas 
vezes gravado nas barras para orientar o usuário que ele tem características 
de soldabilidade. Além disso, ele possui uma destacada capacidade de ser 
dobrável (elevada ductilidade garantida) o qual é bastanteimportante para 
evitar a formação de trincas ou de fissuras nas barras ao se executar as 
dobras.
As armaduras soldadas não são recomendadas para serem realizadas no 
ambiente de obra, pois é necessário aplicar metodologias de controle das 
soldas que exigem um ambiente de fábrica em que são comuns as instalações 
de corte e de dobra. Os parâmetros importantes são: limpeza superficial, 
umidade das barras, temperatura ambiente, correntes de ar e qualidade 
da mão de obra na execução da soldagem. Assim, passam a ser condições 
especiais para um ambiente de obra civil.
12
Os processos recomendados para a fabricação de armaduras soldadas é o 
processo MIG (para bitolas pequenas) ou caldeamento por resistência elétrica 
(em geral com emprego de automação).
O processo automatizado e/ou robotizado traz as evoluções necessárias para 
qualidade, flexibilidade e rapidez na fabricação de armaduras soldadas. 
A grande maioria das obras de pequeno porte faz uso de armaduras amarradas 
com arame recozido, em função de baixo custo envolvido, porém é importante 
fazer algumas observações sobre os dois métodos para analisar vantagens e 
desvantagens na tomada de decisão sobre emprego de armaduras soldadas:
 
Vantagens:
• Maior produtividade da mão de obra;
• Custos menores dos insumos de soldagem em relação ao custo do 
arame recozido;
• Maior rigidez das peças para facilidade de manuseio;
• Melhor controle do espaçamento dos estribos;
• Racionalização do canteiro de obras, entregas programadas conforme 
avanço no cronograma da obra; 
• Maior rapidez na execução da obra.
Desvantagens:
• Necessidade, em algumas obras, de equipamentos especiais, gruas, 
guinchos, etc. para descarregamento e/ou içamento das armaduras;
• Por estratégias, alguns calculistas não recomendam o uso de solda 
quando a estrutura está sujeita a cargas dinâmicas, pois pode levar o aço 
à fratura na região da solda.
• Baixa densidade de carga no transporte, ou seja, não aproveitamento da 
capacidade total do veículo de transporte (em peso).
Empresas nacionais de aço fornecem várias possibilidades para o 
planejamento e a execução de grandes obras oferecendo até mesmo 
13
os estribos e as soluções em centrais de corte e de dobra, os quais estão 
gradativamente empregados para as soluções nas construções.
O aço para concreto protendido é usado em cordoalhas e em fios a partir do 
fio-máquina o qual é produzido de forma especial e sendo extremamente 
cuidadoso o controle das impurezas. Na sua composição química a presença 
do carbono fica entre 0,80 a 0,85%, o que significa grande concentração desse 
elemento principal do aço.
É empregado o processo de laminação a quente para obtenção do fio-máquina 
com resistência de 1.100 Mpa. O fio-máquina tem diversas dimensões. Os 
maiores são usados na fabricação de fios e de cordoalhas para concreto 
protendido cujo diâmetro de 12mm são comumente empregados. Em aços 
ao carbono sem adição e controle de materiais nobres a máxima resistência 
que se obtém em processos industriais contínuos por trefilação é de 2.100 
Mpa.
Para o produto final do fio-máquina ser destinado a pistas de proteção ou 
para tirantes em solos ou em rochas, esse fio recebe ao final da trefilação 
um entalhe que serve para aumentar a aderência do aço ao concreto. Essa 
aderência é aumentada em 4 vezes em relação ao fio liso.
Quando o produto de interesse for uma cordoalha, ela pode ser formada por 
três ou sete fios. Nos EUA, o mesmo fio também pode ser entalhado o que 
não é uma prática comum no Brasil.
Para proporcionar na própria obra a execução de dobra e de corte de vergalhões 
para dimensões especiais, muitos fabricantes globais e máquinas oferecem 
as mais diversas opções para proporcionar rapidez e segurança sendo viável 
até mesmo para obras de pequeno porte.
PROPRIEDADES IMPORTANTES DO AÇO 
PARA USAR COM CONCRETO ARMADO
Os materiais metálicos para suas várias finalidades precisam apresentar 
propriedades mecânicas que demonstrem resistir aos esforços que serão 
submetidos. Uma série de termos técnicos sobre os ensaios de resistência 
14
mecânica são necessários para compreender a correta avaliação da qualidade 
do aço a ser empregado nas obras civis.
Uma das informações sobre resistência dos materiais é a compreensão do 
equipamento para ensaio de tração e de compressão que geram os gráficos 
de tensão pela deformação e a partir desses dados são apresentadas as 
principais terminologias referentes à resistência dos materiais metálicos.
Quando uma peça metálica é submetida a uma força de tração uniaxial, ocorre 
deformação. Se este material retorna às dimensões iniciais ao se retirar a 
força, costuma-se chamar este efeito de deformação elástica. 
A quantidade de deformação elástica que um material metálico pode sofrer é 
pequena, já que neste tipo de deformação os átomos se afastam das posições 
originais, sem, no entanto, ocuparem novas posições. Assim, quando se retira 
a força aplicada de um metal deformado elasticamente, os átomos voltam às 
posições originais e o material retoma a forma original. 
Caso o material seja deformado de tal modo que não consiga retornar às 
dimensões originais, então denomina-se efeito de deformação plástica. 
Durante esse processo, os átomos do material metálico são deslocados 
permanentemente das posições originais e passam a ocupar novas posições. 
A capacidade que alguns metais apresentam de permitir grandes deformações 
plásticas sem que ocorra quebra é uma das mais importantes propriedades 
de engenharia dos metais.
Para interpretar a deformação e a tensão em um componente metálico, 
considera-se uma barra cilíndrica de comprimento inicial (antes da 
deformação) l0 e área transversal inicial A0 submetida a uma força de tração 
uniaxial F, conforme figura 2. 
15
l0 l0
l
A0
A
(a) (b)
�l
F
F
�l � l � l0
Figura 2: Alongamento de uma barra cilíndrica de um material metálico2, sendo (a) sem 
qualquer força aplicada; (b) submetida a uma força de tração uniaxial F, que provoca o 
alongamento da barra cilíndrica desde o comprimento l0 até l.
A chamada tensão normal σ é representada pela expressão matemática que 
representa a chamada tensão de engenharia:
σ=F/A0 
Quando se aplica uma força de tração uniaxial a uma barra cilíndrica, ela 
se alonga segundo a direção de aplicação da força. Este deslocamento é 
denominado deformação de engenharia, representado pela variável ε, que 
pode ser expresso matematicamente por:
ε = (l-l0)/l0 = ∆l/l0 
O ensaio de tração é utilizado para avaliar a resistência mecânica de metais 
e de ligas. Neste ensaio, um corpo de prova do material é tracionado até 
romper em um intervalo de tempo relativamente curto e com uma velocidade 
constante.
No caso de materiais metálicos espessos, tais como chapas grossas, 
utilizam-se geralmente corpos de prova redondos com 12,7mm de diâmetro. 
O comprimento de referência mais utilizado é de 51mm na parte central do 
corpo de prova.
2 Fonte: SMITH, WILLIAM F., HASHEMI, Javad. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos 
Materiais, 5. ed. AMGH, 01/2012. Página 159, figura 6.13
16
12,7 mm�0,25 mm
50,8 mm�0,13 mm
Comprimento de referência (útil)
203,20 mm
50,8 mm
T 
Seção
reduzida
57,15 mm
Seção
reduzida
57,15 mm
Raio 19,5 mm
Rad. 12,7 mm
Aprox. 19 mm
(b)(a)
12,7 mm�0,25 mm
50,8 mm�0,13 mm
Comprimento de referência (útil)
Figura 3: Exemplo3 da forma geométrica mais utilizada para corpos de prova de tração 
redondo normalizado, com comprimento de referência de 51mm.
As propriedades mecânicas dos metais e das ligas importantes em engenharia 
e projetos de estruturas, que podem ser obtidas a partir do ensaio de tração 
são: 
• Módulo de elasticidade; 
• Tensão de escoamento a 0,2%; 
• Limite de resistência à tração ou última tensão de tração ou de tensão 
máxima; 
• Alongamento percentual até a fratura; 
• Porcentagem de redução de área à fratura. Seção reduzida 57,15mm, 
50,8mm.
Módulo de elasticidade: é o fenômeno verificado na primeira partedo ensaio 
da tração. O material metálico se deforma elasticamente, isto é, se for 
descarregado, o corpo de prova retorna ao seu comprimento inicial. No caso 
desse tipo de material, a deformação elástica máxima é geralmente inferior 
a 0,5%. Em geral, metais e ligas apresentam uma relação linear entre tensão 
e deformação na região elástica do diagrama de tensão-deformação de 
engenharia, a qual é descrita pela lei de Hooke, que está representada pela 
expressão a seguir:
σ=E×ε
E=σ/ε
3 Fonte: SMITH, WILLIAM F., HASHEMI, Javad. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos 
Materiais, 5. ed. AMGH, 01/2012. Página 162, figura 6.19
17
Sendo E o módulo de elasticidade ou módulo de Young. Os aços, por exemplo, 
têm módulos de elasticidade elevados, em média valem 207 GPa ligas de 
alumínio de valor inferior cerca de 70 GPa.
Tensão de escoamento: na engenharia e no projeto de estruturas, o limite de 
escoamento é uma propriedade muito importante, que caracteriza a tensão 
a partir da qual a deformação plástica passa a ser significativa. No campo de 
projeto de estruturas, a tensão de escoamento é geralmente definida como 
a tensão para a qual já ocorreu uma deformação plástica de 0,2%, conforme 
se indica no diagrama de tensão-deformação de engenharia. A tensão de 
escoamento a 0,2% também denominada tensão-limite convencional de 
elasticidade a 0,2%.
Limite de Resistência à Tração (LRT) é a máxima resistência alcançada na 
curva de tensão-deformação de engenharia. Se ocorrer no corpo de prova 
um decréscimo localizado da área da seção (frequentemente denominado 
estricção), um aumento posterior do alongamento provoca uma diminuição da 
tensão de engenharia até que ocorre a fratura, já que a tensão de engenharia 
é determinada em relação à área original da seção reta do corpo de prova. 
Quanto mais dúctil for o metal, maior será a estricção que precede a fratura 
e, por isso, maior será o decréscimo da própria tensão após o seu máximo.
Alongamento percentual: o alongamento que um corpo de prova de tração 
sofre durante o ensaio fornece um valor para a ductilidade de um material 
metálico. A ductilidade dos metais é geralmente expressa pelo alongamento 
percentual, tomando como comprimento de referência (útil), em geral de 
51mm . Com frequência, observa-se que quanto maior for a ductilidade 
(quanto maior for a conformabilidade do material metálico), maior será o 
alongamento percentual e ele pode ser expresso matematicamente pela 
expressão a seguir:
% alongamento=(l-l0)/l0 ×100%
Porcentagem de redução de área: a ductilidade de um metal ou liga pode 
também ser expressa através da porcentagem de redução da área. Esta 
grandeza é geralmente obtida a partir do ensaio de tração de um corpo de 
prova com 12,7mm de diâmetro. Depois do ensaio, mede-se o diâmetro 
da seção reta do corpo de prova na zona de fratura. Usando os valores dos 
18
diâmetros inicial e final, pode-se determinar o percentual de redução de área 
a partir da expressão matemática a seguir:
% redução de área=(A0-Af)/A0 ×100%
Te
ns
ão
 d
e 
en
ge
nh
ar
ia
 (1
.0
00
 p
si
)
Deformação de engenharia (mm/mm)
Te
ns
ão
 d
e 
en
ge
nh
ar
ia
 (M
Pa
)
80
70
60
50
40
30
20
10
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
0
500
400
300
200
100
0,2% Tensão de
escoamento
Desvio de 0,2% na
construção da linha
0,002 � 100% � 0,2% desvio
pol
pol
Te
ns
ão
 d
e 
en
ge
nh
ar
ia
 (1
.0
00
 p
si
)
Deformação de engenharia (mm/mm)
(a) (b)
Te
ns
ão
 d
e 
en
ge
nh
ar
ia
 (M
Pa
)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100
0
600
500
400
300
200
100
Limite de resistência à tração
� 87.000 psi (600 MPa)
Figura 4: Exemplo4 dos diagramas tensão-deformação (a) representa uma liga de alumínio 
de alta resistência (7075- T6) e (b) procedimento para uma determinação mais apurada nos 
0,02% de desvio da tensão de escoamento, empregado quando o material não apresenta 
um patamar de escoamento.
A partir desse diagrama tensão-deformação manifestam-se três tipos de 
materiais:
• Frágil: não se deforma plasticamente antes da ruptura. A pouca deformação 
elástica que o material sofre é diretamente proporcional à tensão, obedece a 
lei de Hooke até a ruptura. Exemplos: ferro fundido, concreto e vidro plano.
• Dúctil com patamar de escoamento: apresenta um patamar de escoamento 
definido que caracteriza a tensão denominada resistência de escoamento 
do aço à tração. Exemplos: aços de baixo carbono como aço para concreto 
armado classe A (CA-50 A e CA-60 A).
4 Fonte: SMITH, WILLIAM F., HASHEMI, Javad. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos 
Materiais, 5. ed. AMGH, 01/2012. Página 163, figura 6.20 (a) e 6.21 (b).
19
• Dúctil sem patamar de escoamento: não apresenta um patamar de 
escoamento definido. A deformação plástica que se segue à elástica 
não é reversível. A tensão de resistência de escoamento do aço à tração 
corresponde a uma deformação plástica irreversível de 0,2% (conforme figura 
4 (b)). Exemplos: aços para concreto protendido ou para armado classe B (CA-
60B).
A ductilidade é a capacidade do material de se deformar plasticamente 
sem ruptura. Pode ser medida por meio do alongamento (ε) ou da estricção 
(empescoçamento) representado pela redução da área transversal do corpo de 
prova. Quanto mais dúctil o aço, maior é a redução de área ou o alongamento 
antes da ruptura. Um material não dúctil, como por exemplo, o ferro fundido 
não se deforma plasticamente antes da ruptura. Diz-se, então, que o material 
possui comportamento frágil (conforme figura 4 (b)).O aço para armadura 
passiva tem massa específica de 7.850 kg/m3, coeficiente de dilatação 
térmica α = 10-5 /°C para -20°C < T < 150°C e módulo de elasticidade de 
210 GPa.
O perigo maior é o caso de ocorrer uma fratura, ou seja, a separação de um 
sólido sob tensão em duas ou mais partes. Em geral, as fraturas em materiais 
metálicos podem ser classificadas em dúcteis ou frágeis, mas também podem 
ser uma mistura dos dois tipos. A fratura dúctil ocorre após uma deformação 
plástica significativa e se caracteriza por lenta propagação das fissuras.
A fratura dúctil é menos frequente que as fraturas frágeis, sendo que é 
possível identificar como principal causa para essa ocorrência a sobrecarga 
dos componentes, que pode ocorrer como resultado de:
• Projeto inadequado, incluindo a também inadequada seleção de materiais; 
• Fabricação incorreta;
• Sobrecarga (componente utilizado sob níveis de carga acima do permitido 
pelo projeto).
A fratura frágil, pelo contrário, apresenta rápida propagação das fissuras. 
Devido a essa rapidez, fraturas frágeis conduzem, geralmente, a súbitas 
e inesperadas falhas catastróficas, enquanto a deformação plástica que 
acompanha a fratura dúctil pode ser detectada antes que a própria fratura 
ocorra. Isso favorece as rotinas de inspeção para detectar em tempo a 
degradação de uma estrutura.
20
A tenacidade é uma medida da quantidade de energia que um material 
pode absorver antes de fraturar. É relevante para aplicações de engenharia 
nas quais se considera a capacidade de um material resistir a uma carga 
de impacto sem se romper. Um dos métodos mais simples para medir a 
tenacidade é o ensaio de resistência ao impacto.
Um material dúctil com a mesma tensão de ruptura que um frágil é mais 
tenaz, porque irá requerer maior energia para romper-se. Essa característica 
é verificada na curva tensão-deformação pela área dessa curva, sendo menor 
para um material frágil.
Importante também destacar a propriedade de aderência do concreto, ou 
seja, a “solidariedade” existente entre o concreto simples e as barras de aço. 
Pode ocorrer por adesão resultante das ligações físico-químicas que se 
estabelece na interface dos dois materiais, durante as reações de pega do 
cimento.
O atrito entre o aço e o concreto possibilita a sua adesão em função de uma 
pressão transversal, exercida pelo concreto sobre a barra.
Outra forma é a aderência mecânica que é decorrente da existênciade 
nervuras ou entalhes na superfície da barra. Este efeito também é encontrado 
nas barras lisas, em razão da existência de irregularidades próprias originadas 
no processo de laminação das barras, a chamada rugosidade superficial. As 
nervuras e os entalhes têm como função aumentar a aderência da barra ao 
concreto, proporcionando a atuação conjunta do aço e do concreto.
AÇOS PARA CONCRETO ARMADO 
DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO
O mercado brasileiro está com uma numerosa quantidade de empresas 
de conceituada competência na produção de aço que atendem ao setor 
da construção civil, desde o fornecimento de um simples estribo para a 
confecção das colunas até a própria coluna para a elaboração das vigas de 
concreto armado, por exemplo, figura 5 das colunas de aço.
21
Figura 5: Movimentação na obra de coluna com estrutura de aço.5
As soluções comerciais para treliças metálicas nervuradas em forma de telas 
para estruturas de concreto armado destinadas tanto para lajes de edifícios, 
pisos, pontes, quanto para tubos de seções circulares ou retangulares.
O projeto de alvenarias também conta com soluções através de treliças planas 
tanto para argamassas de assentamento quanto para melhorar a capacidade 
de revestimento para maior aderência ao chapisco minimizando os efeitos de 
cisalhamento nos revestimentos.
Comercialmente é possível obter-se prontas as colunas pré-montadas 
soldadas para construção de pilares (por exemplo), eliminando-se o uso de 
arame recozido e as perdas de aços na obra.
Tabela 1: As dimensões padronizadas típicas de colunas comerciais. São:
DIMENSÕES EM "CM"
Coluna
Espessura Bloco (e)
Largura (A) Comprimento (B)
7 20 10
12 27 15
17 17 20
As espessuras dos blocos podem variar em algumas regiões do Brasil.
5 Fonte: www.shutterstock.com
22
Nas obras civis está cada vez mais difundido o emprego de treliças metálicas 
para a solução de lajes treliçadas e para emprego em pavimentos. Dentre as 
opções de projeto dessas lajes são possíveis formatações em vigotas ou em 
painéis, maciços ou nervurados, unidirecionais ou bidirecionais.
As armações treliçadas são estruturas formadas por eletrofusão formando 
duas treliças unidas por um vértice. As diagonais favorecem transporte 
e manuseio, confeccionadas por CA-60 ou CA-50 a partir de diâmetros de 
12,5mm, trefilado ou laminado a frio, soldável, sendo o fio nervurado o mais 
empregado.
Os tamanhos padronizados são para comprimentos de 8m, 10m e 12m com 
alturas que variam de 80mm a 300mm.
A Armação Treliçada (TR) geralmente é codificada em função das dimensões 
da bitola do banzo superior (fio superior: ØS), das diagonais (ØD) e da bitola 
do banzo inferior (fio inferior: ØI). Cada empresa pode estabelecer padrões 
de codificação diferentes, ver exemplo figura 6. O exemplo da empresa 
AcelorMittal pode servir como referência e fornece uma série de documentos 
técnicos de apoio para elaboração do projeto, inclusive software para uso 
gratuito.
Figura 6: Construção típica de uma armação treliçada.6 
As lajes treliçadas metálicas ou simplesmente lajes treliçadas, são estruturas 
monolíticas que cumprem a mesma função de uma laje convencional, porém 
os elementos pré-moldados proporcionam uma racionalização na execução 
da obra pela rapidez e economia que proporcionam.
 
6 Fonte: http://longos.arcelormittal.com/pdf/produtos/construcao-civil/trelicas-
nervuradas/catalogo-trelicas-nervuradas.pdf
23
Quando necessário fazer a união de armações treliçadas em uma vigota ou 
painel, geralmente são empregadas duas soluções para executar o transpasse:
• Sobreposição das treliças (uma sobre a outra);
• Superposição de barras isoladas para ligar duas treliças.
As soluções para pisos industriais em que o rigor com a capacidade de suporte, 
planicidade, nivelamento e resistência ao desgaste se fazem fundamentais, o 
emprego de treliças metálicas como espaçadores estão consolidados. 
A garantia do sucesso dos pisos industriais está ligada ao correto 
posicionamento das armaduras, evitando problemas de uso e a facilidade 
na fase de concretagem. A figura 7 apresenta uma solução comumente 
empregada para construção de pisos.
 
Figura 7: O espaçamento típico7 (e) para as entrelinhas vai de 0,80 a 1,20m, dependendo do 
diâmetro do fio e, portanto, da armadura. Os espaçamentos de 40cm devem ser alternados 
entre as linhas dos espaçadores.
Para as lajes maciças de concreto armado empregadas nas edificações, as 
soluções convencionais que demandavam perda de produtividade, estão 
sendo substituídas por espaçadores treliçados.
7 Fonte: http://longos.arcelormittal.com/pdf/produtos/construcao-civil/espacadores-
trelicados/catalogo-espacadores-trelicados.pdf
24
Outra armadura pré-fabricada que é muito empregada no segmento da 
construção civil são as telas soldadas nervuradas em função da confiabilidade 
que essas soluções proporcionam às suas aplicações.
Historicamente, as telas soldadas foram a opção viável para restauração 
da infraestrutura de pistas de aeroportos, estradas, indústrias que foram 
destruídas na Primeira Guerra Mundial. A evolução tecnológica nos materiais 
ampliou a aplicação nas estruturas de concreto armado.
As telas soldadas são produzidas a partir do fio-máquina com baixo teor de 
carbono, via processo de trefilação. 
Fios 
Longitudinais
Espaçamento 
Transversal
Comprimento
Direção de Fabricação
La
rg
ur
a
Franja 
Longitudinal
Espaçamento 
Longitudinal
Franja
Transversal 
Fios
Transversais
Malha
Figura 8: Representação8 simplificada para configuração das telas soldadas nervuradas.
As telas soldadas podem ser comercialmente apresentadas nas opções tipo 
Q (figura 8a), tipos R, M, L (figura 8b) e tipo T (figura 8c).
Para sua configuração dimensional, usa-se a designação de Ast para a área da 
seção dos fios transversais, por metro de tela e Asl para a área da seção dos 
fios longitudinais, por metro de tela, onde:
8 Fonte: http://longos.arcelormittal.com/pdf/produtos/construcao-civil/telas-soldadas-
nervuradas/catalogo-telas-soldadas-nervuradas.pdf
25
Figura 8a Tipo Q: Ast= Asl
Comprimento
La
rg
ur
a
Figura 8b
Tipos R: Ast=2/3 Asl
Tipos M: Ast=1/2 Asl
Tipos L: Ast ≤ 1/3 Asl
Comprimento
La
rg
ur
a
Figura 8c Tipo T : Ast ≥ 1/3 Asl
Comprimento
La
rg
ur
a
A utilização de telas soldadas representa uma solução prática e rápida 
na etapa de armação de lajes de edifícios, pisos, pontes, tubos de seções 
circulares e retangulares. Uma redução de até um dia no ciclo de concretagem 
é possível obter-se em lajes de edifícios, o que proporciona uma redução 
no prazo de entrega da obra oferecendo otimização dos custos diretos no 
canteiro de obra.
Treliças planas de aço possuem aplicações para reforçar as paredes de 
alvenaria e também reforçar o revestimento de argamassa, pois contribuem 
para a absorção das tensões provenientes da dilatação e da retração do 
26
revestimento de argamassa, evitando o seu fissuramento, garantindo 
maior aderência ao chapisco e contribuindo para minimizar os efeitos de 
cisalhamento nos revestimentos.
Telas eletrosoldadas são colocadas antes da distribuição do concreto como 
armadura negativa e assim evitar a formação de trincas superficiais na laje.
Outra presença do aço nas soluções para concreto é o emprego de chapas 
galvanizadas e nervuradas em que o concreto é depositado, constituindo as 
chamadas lajes mistas com fôrma metálica colaborante.
As aplicações são as mais diversas destacando-se lajes industriais, 
mezaninos para shopping centers, pisos de edifícios comerciais, coberturas 
impermeabilizadas para hipermercados e até mesmo helipontos.
O método de fixação e montagem das chapas com o concreto constitui a 
chamada laje mista com fôrma metálica e é comercialmente conhecida como 
“steel deck”. Uma vantagem importante é sua funcionalidade e sua segurança 
como plataforma de serviço e de proteção aos operários que trabalham nos 
andares inferiores.
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METAIS PARA 
CONCRETO 
ARMADO
Conteúdo:
Edir dos 
Santos AlvesMetais para 
concreto 
armado
	Introdução
	OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
	CONTEXTUALIZAÇÃO
	METAIS PARA CONCRETO ARMADO
	PROPRIEDADES IMPORTANTES DO AÇO 
PARA USAR COM CONCRETO ARMADO
	AÇOS PARA CONCRETO ARMADO 
DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO

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