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PALIATIVOS: CUIDADOS AO FINAL DA VIDA 2 Tomada de Decisões, Planejamento Antecipado dos Cuidados e Diretrizes Antecipadas: • Autonomia do Paciente: • Pacientes têm o direito de recusar intervenções médicas mesmo que isso aumente a probabilidade de morte. • Muitos estão dispostos a sacrificar tempo de vida em troca de qualidade de vida. • Informação e Consentimento: • Médicos devem informar pacientes sobre riscos, benefícios, alternativas e resultados esperados de intervenções médicas no final da vida. • Diretrizes antecipadas são determinações feitas pelo paciente, enquanto competente, para fazer valer sua vontade futura. • Planejamento Antecipado dos Cuidados (PAC): • Médicos auxiliam pacientes na comparação de tratamentos com objetivos e valores pessoais. • Discussões sobre PAC melhoram a qualidade de vida no final da existência e reduzem a depressão nos familiares durante o luto. • Durable Power of Attorney for Health Care (DPOA-HC): • Documenta as preferências de cuidado e nomeia um procurador para tomar decisões em nome do paciente. • O procurador deve decidir conforme a vontade do paciente, não a própria. • Formulários POLST: • Acompanham pacientes em qualquer ambiente de cuidado e complementam diretrizes antecipadas. • Orientações médicas específicas para situações de vida ou morte. Determinação para não Tentar Reanimar: • Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): • Pacientes devem ser informados sobre a natureza e os baixos índices de sucesso da RCP. • Discussões sobre não tentar reanimar evitam esperanças vãs e promovem qualidade de vida no final. • Cuidados Paliativos em Instituições: • Prioridade é lidar com necessidades físicas e emocionais de pacientes terminais. • Cuidados paliativos podem ser administrados em casa, hospitais e residências institucionais. • Benefícios dos Cuidados Paliativos: • Reduzem custos e mortalidade entre cuidadores familiares. • Ênfase na atenção individualizada e abordagem interdisciplinar. Questões Culturais: • Influência das Tradições: • Diversas tradições religiosas, étnicas e culturais afetam a experiência individual da morte. • Sensibilidade às crenças culturais e respeito às tradições são essenciais no cuidado de pacientes terminais. • Comunicação Sensível: • Médicos devem estar atentos às diferenças culturais e adaptar sua abordagem de acordo. • Importância de perguntar ao paciente sobre suas crenças e necessidades para fornecer um cuidado adequado. Nutrição e Hidratação: • Síndrome de Anorexia-Caquexia: • Comum em pacientes com câncer avançado e mau prognóstico em insuficiência cardíaca. • Diminuição do apetite e ingestão de alimentos e líquidos. • Abordagem para Alívio do Desconforto: • Sensação de sede pode ser aliviada com umedecimento da boca. • Alternativas como pedaços de gelo, doces, algodões ou picolés podem ser eficazes. • Dilema entre Nutrição Artificial e Recusa Alimentar: • Oferta de alimentação frequentemente associada a compaixão, mas nutrição artificial raramente atinge objetivos dos pacientes. • Alimentação forçada pode causar náuseas, vômitos e outros desconfortos. • Direito à Recusa de Nutrição e Hidratação: • Pacientes têm direito de recusar qualquer forma de nutrição e hidratação. • Decisões devem considerar significados sociais, culturais e médicos. Suspensão dos Esforços Curativos: • Respeito às Decisões do Paciente: • Pedido informado de suspensão das intervenções de suporte à vida deve ser respeitado. • Limitação do suporte à vida é prática comum em pacientes terminais em UTIs. • Retirada de Intervenções de Suporte à Vida: • Deve ser feita com cuidado para evitar sofrimento ao paciente e angústia aos familiares. • Administração de sedativos e analgésicos para garantir conforto. • Controle das Secreções das Vias Aéreas: • Utilização de medicamentos como escopolamina, glicopirrolato ou atropina. • Diretrizes para retirada de ventilação mecânica devem ser seguidas. Questões Psicológicas, Sociais e Espirituais: A. Desafios Psicológicos: • Elisabeth Kübler-Ross identificou cinco estágios psicológicos pelos quais os pacientes podem passar: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. • O enfrentamento da morte pode gerar ansiedade e medo do desconhecido. • Apoio emocional, psicoterapia e grupos de apoio são benéficos para lidar com esses desafios. B. Desafios Sociais: • Pacientes devem finalizar obrigações pessoais e profissionais, fazer testamento e tomar providências para o funeral. • Avaliação da qualidade das relações pessoais e início do processo de despedida são comuns. • Importância de expressar perdão, gratidão, amor e despedida em relações interpessoais. C. Desafios Espirituais: • Espiritualidade como tentativa de compreender o sentido da vida e suas relações. • Diferente dos problemas físicos, questões espirituais requerem principalmente escuta e atenção do médico. • Terapia da dignidade e revisão existencial podem melhorar a qualidade de vida e o bem-estar espiritual. TAREFAS APÓS A MORTE Declaração de Morte e Certificado de Óbito: • O médico é responsável por confirmar a morte do paciente através de uma declaração formal. • É essencial evitar tentativas de ressuscitação em pacientes falecidos, demonstrando respeito. • O médico deve preencher o atestado de óbito de forma precisa e detalhada, especificando a causa da morte. Necropsia e Doação de Órgãos: • Discutir e obter consentimento para necropsia e doação de órgãos com o paciente é ideal. • Equipes especializadas abordam a família para doação de órgãos em casos de morte cerebral. • Considerações culturais e étnicas devem ser respeitadas ao abordar esses procedimentos. • O resultado da necropsia pode ajudar a família a compreender a causa da morte e facilitar o processo de luto. Acompanhamento e Luto: • Médicos devem oferecer suporte emocional às famílias após a morte do paciente, através de contatos telefônicos e recomendações de grupos de apoio. • É importante que os médicos reconheçam e processem seus próprios sentimentos de luto. • Comparecer ao funeral do paciente pode ser uma experiência gratificante para o médico e reconfortante para a família. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Tomada de Decisões, Planejamento Antecipado dos Cuidados e Diretrizes Antecipadas: Nutrição e Hidratação: Suspensão dos Esforços Curativos: Questões Psicológicas, Sociais e Espirituais: Declaração de Morte e Certificado de Óbito: Necropsia e Doação de Órgãos: Acompanhamento e Luto:
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