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APG - Processo da morte e do morrer/Cuidados Paliativos/Fases do luto

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SOI V – APG Duda Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Falar sobre a morte é difícil, pois ao se 
depararem com a morte do outro, as pessoas 
percebem a sua própria finitude e 
inexorabilidade da morte 
• Mas evitar esse tema faz com que cada vez mais 
se tenha dificuldades em lidar com a situação 
• Os profissionais de saúde experimentam um 
nível de sobrecarga de suas obrigações durante 
os cuidados no final da vida 
• Precisam realizar tarefas médicas, comunicação 
com os familiares, tomadas de decisão e às vezes 
antecipar o luto da perda iminente 
• Durante a graduação é construída uma espécie 
de negação da morte 
• Muitos profissionais de saúde se sentem 
despreparados para fornecer cuidados de 
fim de vida ou se comunicar com pacientes e 
familiares sobre os tópicos complexos 
relacionados à morte e o morrer 
• Por conta do modelo curativista, os 
profissionais se sentem impotentes em 
relação ao processo de morte e morrer 
• Os profissionais de saúde que são treinados para 
salvar vidas sentem-se fracassados com a perda 
de seus pacientes e afastam-se do doente 
terminal 
• O despreparo para lidar com a morte é um dos 
principais motivos de frustração para os 
profissionais de saúde 
• É imprescindível que os pacientes e os familiares 
tenham acesso aos cuidados e suporte 
necessários quando entram em uma fase 
terminal da vida 
• Os profissionais precisam prestar cuidados e 
suporte de uma forma que respeite a 
dignidade e os desejos autônomos do 
paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A autonomia do paciente deve ser respeitada 
• Não é papel do médico transmitir seus valores e 
crenças aos pacientes 
• Manter os objetivos do paciente em primeiro 
plano 
• Ao coletar informações sobre uma situação, é 
importante criar um ambiente calmo e permitir 
que o paciente e sua família se sintam 
confortáveis 
• Dar tempo para responder às perguntas e se 
certificar que os objetivos de cada parte foram 
discutidos, do paciente, da família e da equipe 
médica 
DESAFIOS 
• Máquinas e medicamentos são muito 
importantes, mas a comunicação, o acolhimento 
e a sensibilidade com o paciente são 
indispensáveis, principalmente no processo de 
fim de vida 
• Os profissionais precisam se desprender de 
certas crenças e limitações imporás por padrões 
culturais contemporâneos sobre a finitude 
humana, para que possam encarar a morte como 
um processo natural, de forma que se envolvam 
sem banaliza-la 
• Os médicos não estão preparados para enfrentar 
a situação 
• A falta de preparo adequado e a inexperiência 
são aspectos que contribuem para a dificuldade 
no enfrentamento da morte 
• Alguns profissionais se sentem inseguros em 
prestar assistência a pacientes em fase terminal, 
devido à incerteza e à angústia em relação à 
passagem da vida para a morte 
CUIDADOS PALIATIVOS 
• O objetivo principal no tratamento é aliviar o 
sofrimento 
Processo da morte e do 
morrer; cuidados paliativos 
SOI V – APG Duda Campos 
• Prevenção e alívio do sofrimento 
• Reconhecimento prévio, avaliação adequada 
e tratamento da dor e das outras 
complicações físicas, psicossociais e 
espirituais 
• Cuidados totais, ativos e integrais destinados a 
melhorar a qualidade de vida do paciente sem 
possibilidades de cura e dos seus familiares 
• Proporcionar suporte psicossocial e espiritual, 
em todos os estágios, desde o diagnóstico de 
uma doença incurável até o período de luto da 
família 
• Os cuidados paliativos são subutilizados, o que 
pode ser devido ao estigma relacionado à 
desistência de lutar contra a própria doença ou 
ao estigma relacionado à morte em nossa 
cultura 
• Quando os profissionais de saúde se sentem 
mais confortáveis com esse tópico, os pacientes 
e familiares são beneficiados 
• Cuidados paliativos se concentram em melhorar 
a qualidade de vida 
• Podem ser incorporados ao plano de cuidados a 
qualquer momento para qualquer paciente que 
esteja passando por sofrimento e queira aliviar 
esse sofrimento sem tratar diretamente a causa 
desse sofrimento 
• O sofrimento pode assumir várias formas e os 
cuidados prestados devem ser 
multidisciplinares 
• Importante estabelecer uma meta de tratamento 
junto ao paciente e família e entender que essa 
meta pode evoluir 
• Os conflitos podem surgir quando os desejos de 
um paciente não correspondem aos desejos de 
um membro da família ou quando um paciente 
deseja continuar os tratamentos que a equipe 
médica considera fúteis – é aconselhável 
realizar várias discussões para garantir que 
todas as partes tenham as mesmas 
informações e entendimento 
TÓPICOS IMPORTANTES NO CUIDADO 
PALIATIVO: 
• Controle impecável da dor e outros sintomas 
• Conforto 
• Prevenção de agravos e incapacidades 
• Promoção da independência e autonomia 
• Manutenção de atividades e pessoas 
significativas para o doente 
• Ativação de recursos emocionais e sociais de 
enfrentamento do processo de adoecimento e 
terminalidade 
• Ativação de redes sociais de suporte 
• Apoio e orientação à família e cuidadores 
PRINCÍPIOS DO CUIDADO PALIATIVO: 
1. Promover o alívio da dor e de outros sintomas 
desagradáveis 
2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo 
normal da vida 
3. Não acelerar nem adiar a morte 
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no 
cuidado do paciente 
5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao 
paciente viver tão ativamente quanto possível até o 
momento da morte 
6. Oferecer um sistema de suporte para auxiliar os 
familiares durante a doença do paciente a enfrentar o 
luto 
7. Garantir abordagem multiprofissional para focar nas 
necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo 
acompanhamento no luto 
8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar 
positivamente o curso da doença 
9. Implementá-lo o mais precocemente possível, 
juntamente com outras medidas terapêuticas 
O AMBIENTE DE CUIDADO PALIATIVO DEVE: 
1. Oferecer paz / harmonia 
2. Possibilitar a presença dos seus entes queridos 
4. Contar com a atenção de uma equipe de profissionais 
capacitada para essa modalidade de assistência 
5. Disponibilizar recursos que garantam o mínimo de 
sofrimento e o máximo de dignidade 
6. Oferecer suporte aos familiares 
Ao se identificar o processo de morte, os profissionais da 
saúde devem intensificar os cuidados, buscando 
propiciar o mínimo de sofrimento e o máximo de 
dignidade, tanto ao paciente, quanto aos seus familiares. 
Assumir a postura de ouvinte e valorizar o silêncio são 
atitudes fundamentais. 
Entre tantas necessidades, o morrer exige presença, 
diálogo, generosidade, compaixão, sinceridade e 
transparência. A velhice é a mais longa e a última fase da 
vida humana. A morte faz parte da vida e não pode ser 
um segredo — as pessoas morrem, não evaporam. O 
cuidado com esse momento é fundamental. 
COMUNICAÇÃO EM SITUAÇÕES DE 
CUIDADOS PALIATIVOS 
SOI V – APG Duda Campos 
• Pilar fundamental para a implementação de tal 
prática 
• As decisões sobre os tratamentos médicos 
devem ser feitas de maneira ética 
• Pacientes e familiares têm direito a informações 
acuradas sobre sua condição e opções de 
tratamento 
• As decisões devem ser tomadas de forma 
compartilhada, respeitando os valores étnicos e 
culturais 
• Necessidade de um cuidado integral e 
humanizado 
• O paciente em fase terminal deseja ser 
compreendido como um ser humano que sofre – 
além da dor física, mas dos seus anseios 
• O paciente necessita ser cuidado, amparado, 
confortado e compreendido 
• Deve-se fortalecer o vínculo 
• Se a comunicação for explanada de maneira 
compreensível ao paciente em fase terminal, 
contribui para que ele tenha consciência de sua 
dignidade durante toda a assistência prestada e 
lhe proporciona autonomia quando precisar 
tomar decisões sobre sua vida e seu tratamento 
•Estabelecimento de uma relação de confiança 
• Promoção do conforto, alívio da dor e da 
preservação da autoestima do paciente 
• Verbalizar todas as ações previamente, 
transmitindo segurança, com empatia e 
otimismo 
• Comunicação verbal e não verbal 
• O tom de voz deve ser firme e seguro quando 
necessário e doce o suficiente para se expressar 
numa situação de apoio psicológico ou um gesto 
de afeto 
• A comunicação não verbal é imprescindível na 
relação entre o cuidador e o ser que é cuidado, 
que passam a confiar um no outro a partir da 
demonstração de empatia e de transmissão de 
segurança, por meio do olhar, do toque, dos 
gestos, das posturas corporais e do ouvir 
• Sempre ouvir as preocupações do paciente e de 
sua família, seus anseios, suas dúvidas, seus 
desabafos, promovendo um cuidado com 
qualidade 
• Escuta atenta e reflexiva 
• Mostrar-se disponível para ouvir e compreender 
• Concentrar-se no paciente e em suas reais 
necessidades, em diferentes aspectos 
• Escutar, perceber, compreender, identificar 
necessidades para somente então planejar ações 
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 
• Depois de discutir com a família e identificar 
suas necessidades, pode ser apropriado 
consultar a equipe de cuidados paliativos, 
capelão ou serviços espirituais, assistente social, 
equipe de tratamento da dor, nutricionista, 
terapia ocupacional, fisioterapia, recursos 
comunitários e/ou profissionais da saúde 
mental 
PROCESSO DE MORTE 
• O paciente pode experimentar sentimentos de 
negação e isolamento, raiva, barganha, 
depressão e aceitação, que podem ser sentidos 
pelo profissional de saúde e família 
• Considerar os costumes, os valores e a 
convivência como fatores de interferência na 
condição e enfrentamento da perda 
• Importância do relacionamento que envolve o 
diálogo com o paciente e a família – o desejo do 
paciente deve ser respeitado 
ESTÁGIOS DE REAÇÃO À PERDA 
NEGAÇÃO E ISOLAMENTO 
• Mecanismo de defesa temporário que alivia o 
impacto da notícia 
RAIVA 
• Momento em que as pessoas externalizam a 
revolta que estão sentindo 
• Tornam-se agressivos 
• Procura de culpados e questionamentos com o 
intuito de aliviar o sofrimento e revolta pela 
perda 
BARGANHA 
• Tentativa de negociar ou adiar os temores diante 
da situação 
• As pessoas buscam firmar acordos com Deus, 
pois Ele teria poder de intervir na situação, por 
exemplo 
DEPRESSÃO 
• Depressão reativa: quando surgem outras 
perdas devido à perda por morte, como a perda 
de um emprego, prejuízo financeiro e a perda 
dos papeis no âmbito familiar 
• Depressão preparatória: momento em que a 
aceitação está mais próxima, quando as pessoas 
ficam quietas, repensando e processando o que a 
vida fez com elas 
 
 
SOI V – APG Duda Campos 
ACEITAÇÃO 
• Momento em que conseguem expressar de 
forma mais clara sentimentos, emoções, 
frustrações e dificuldades que as circundam 
FASES DO LUTO 
ENTORPECIMENTO 
• Fase de choque e negação da realidade 
• Extrema aflição 
• Tem duração de horas a uma semana 
ANSEIO 
• Desejo de recuperar o ente querido, de trazê-lo 
de volta 
• Buscas frequentes e espera pela aparição da 
pessoa 
• Passa a ter sonhos com a pessoa e muita 
inquietação 
• A culpa e a ansiedade são manifestadas após o 
enlutado compreender a morte, e por isso entra 
na terceira fase 
DESORGANIZAÇÃO E DESESPERO 
• Sentimentos de raiva e tristeza 
• A pessoa se sente abandonada pela pessoa que 
partiu e incapacitada de fazer algo 
• Depois que a pessoa tiver passado por 
momentos de raiva, choque, tristeza, 
entorpecimento, é que vai conseguir se 
restabelecer 
REORGANIZAÇÃO 
• Embora com a saudade presente, e ainda se 
adaptando às modificações causadas pela perda, 
poderá retornar suas atividades

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