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Traumatismo Cardíaco Fundamentos do Diagnóstico • Causa Comum de Morte: Trauma é a principal causa de morte em pessoas de 1 a 44 anos, e o trauma cardíaco é uma das principais razões, perdendo apenas para lesões neurológicas. • Feridas Penetrantes: Frequentemente letais, a menos que reparadas cirurgicamente. Feridas perfurantes no ventrículo direito (VD) ocasionalmente causam hemopericárdio sem tamponamento. • Traumatismo Fechado: Mais comum em acidentes automobilísticos, podendo ocorrer em outros tipos de traumatismo torácico, inclusive durante a reanimação cardiopulmonar (RCP). Considerações Gerais • Lesões Comuns: As lesões mais comuns no traumatismo fechado são contusões ou hematomas do miocárdio. Outros tipos de lesões cardíacas não isquêmicas podem ser causados por queimaduras, corrente elétrica ou sepse. • Diagnóstico de Traumatismo Fechado: As lesões podem ser assintomáticas ou se apresentar com dor torácica inespecífica ou pericárdica. Pode haver elevação de enzimas cardíacas, mas sem correlação com o prognóstico. • Tratamento: O tratamento conservador geralmente é suficiente para contusões ou hematomas miocárdicos, a menos que haja tamponamento pericárdico, quando a pericardiocentese é indicada. Achados Clínicos • Sinais de Lesões Graves: Ruptura do miocárdio ou das válvulas pode ocorrer com traumatismo intenso. O hemopericárdio ou tamponamento pericárdico são apresentações comuns, requerendo cirurgia. • Lesões Valvares: Ruptura da válvula mitral ou da válvula aórtica pode ocorrer no trauma fechado grave. Os pacientes apresentam choque ou insuficiência cardíaca grave. • Lesões Vasculares: O trauma fechado pode resultar em lesão das artérias coronarianas, com trombose coronariana aguda ou subaguda, causando infarto do miocárdio (IAM). Aneurismas do ventrículo esquerdo podem ser consequência de obstrução traumática das coronárias. Diagnóstico • Ecocardiografia e ETE: Ferramentas úteis para diagnóstico, especialmente em casos de ruptura cardíaca, dissecção de artérias coronarianas ou valvulares. • Revascularização: Pode ser necessária em casos de trombose coronariana aguda, por via percutânea ou cirurgia de bypass. Prognóstico • Fatores de Risco: Pacientes com doenças cardíacas preexistentes, como doença arterial coronariana (DAC) ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC), têm pior prognóstico após traumatismo cardíaco. • Mortalidade: Relacionada ao volume de casos tratados nos centros, doenças cardíacas preexistentes, idade e gravidade do trauma. Tratamento • Tratamento Conservador: Geralmente suficiente para contusões miocárdicas, a menos que haja complicações. • Cirurgia: Necessária para reparo de lesões cardíacas graves, incluindo rupturas miocárdicas ou valvulares. • Pericardiocentese: Indicada em casos de tamponamento pericárdico. Quando Encaminhar • Encaminhamento ao Cardiologista: Necessário para pacientes com suspeita de traumatismo cardíaco, especialmente quando há complicações ou necessidade de tratamento cirúrgico. REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Traumatismo Cardíaco Fundamentos do Diagnóstico Considerações Gerais Achados Clínicos Diagnóstico Prognóstico Tratamento Quando Encaminhar
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