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Eficácia da Terapia Cognitivo comportamental no processo de emagrecimento

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EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO
NOME COMPLETO
NOME DO(A) ORIENTADOR(A)
RESUMO
O referido trabalho acadêmico trata da intenção de demonstrar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental (TCC) no processo de emagrecimento. O principal objetivo do trabalho é apresentar como a terapia cognitivo-comportamental ajuda no processo de emagrecimento de pessoas obesas, através de suas práticas aliadas ou não com outros programas. O trabalho apresenta uma abordagem qualitativa de revisão bibliográfica, contando com autores que realizaram experimentos e puderam auxiliar no desenvolvimento do trabalho. Dessa forma, tem-se compreendido que a TCC age diretamente no pensamento e crença dos indivíduos e com isso ela pode ser uma grande aliada no combate a obesidade auxiliando não somente na perca de peso ou manutenção do peso perdido, mas como também alterar todo o estilo de vida do paciente. Busca-se por fim observar se a prática da TCC tem resultados satisfatórios em seu tratamento com pacientes obesos. 
Palavras-chave: Terapia cognitivo-comprotamental; obesidade; eficácia; emagrecimento.
ABSTRACT
This academic work is intended to demonstrate the effectiveness of cognitive-behavioral therapy (CBT) in the weight loss process. The main objective of the work is to present how cognitive-behavioral therapy helps in the weight loss process of obese people, through its practices allied or not with other programs. The work presents a qualitative approach of bibliographic review, with authors who carried out experiments and were able to assist in the development of the work. In this way, it has been understood that CBT acts directly on the thinking and belief of individuals and with that it can be a great ally in the fight against obesity, helping not only to lose weight or maintain the lost weight, but also to change the entire body. patient's lifestyle. Finally, it seeks to observe whether the practice of CBT has satisfactory results in its treatment of obese patients.
Keywords: Cognitive-behavioral therapy; obesity; efficiency; slimming.
INTRODUÇÃO
Com a vinda da pandemia, além do aumento do estresse, ansiedade e depressão, ocorreu também um aumento significativo sobre a obesidade. De maneira global, tem se apresentado cada vez mais um número maior de pessoas obesas com doenças crônicas, consequentemente quase que se tornando um problema de saúde pública. 
A obesidade não é algo apenas físico, mas também mental e por isso é preciso avaliar o indivíduo como um todo. Entretanto o que se observa é que muitas vezes eles são julgados apenas pelo seu físico como preguiçosos e desleixados, como se fosse uma escolha deles em serem obesos, mas esse fator é muito mais profundo do que se imagina. Segundo os apontamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma pesquisa realizada em 2012, informou que cerca de meio milhão de pessoas, ou seja, 12% da população encontra-se obesa. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012).
Com isso é possível perceber que ao longo dos anos muito tem se investido para uma melhora da qualidade de vida e até mesmo tratamentos para emagrecimento. Sabe-se que a perda de peso não é algo fácil e requer mudança de hábitos, além de ser necessário que se mantenha o peso perdido. Todos esses fatores acabam atingindo o psicológico e deixando todo esse processo muito mais difícil.
Dessa forma trabalhar o físico e o psicológico é algo muito importante durante o processo de emagrecimento. Parte-se então da utilização da terapia cognitivo-comportamental aliada ou não a outros métodos, como forma de auxiliar o emagrecimento. Com isso busca-se no trabalho apresentar a eficácia da utilização da terapia cognitivo-comportamental durante o processo de emagrecimento. 
A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
Terapia cognitivo-comportamental (TCC) teve seu início por volta da década de 60 por Aaron Beck que passou a desenvolvê-la a partir de um modelo psicanalítico através da insatisfação sobre a depressão. Como consequência disso, inúmeras observações clínicas de pacientes e testes experimentais fizeram com que ele desenvolvesse esse modelo cognitivo de tratamento para depressão e mais tarde modelos de compreensão e tratamento de ansiedade e personalidade. (VOLTOLINI; SILVA, 2019).
 Sendo assim Voltolini e Silva (2019) explicam que a terapia cognitiva normalmente é identificada como terapia comportamental, sendo aplicada as denominações com terapia cognitiva e terapia cognitiva-comportamental, exclusivamente utilizados esses termos no Brasil. A abordagem utilizada nesse tipo de terapia, apresenta uma eficácia positiva com o tratamento da depressão e transtornos de ansiedade. (VOLTOLINI; SILVA, 2019).
De forma geral, a técnica cognitiva e comportamental inserido mediante compreensão de fatores durante o processo grupal e interagindo entre si constantemente, modificam a experiência do grupo para seus membros e desta forma o resultado terapêutico da TCC é determinado tanto pelas estratégias formais quanto pelo processo grupais. Assim tanto individualmente quanto em grupo a terapia apresenta resultados positivos, possibilitando inúmeras aplicações de técnicas específicas com o objetivo de atingir resultados específicos no âmbito da remissão sintomática. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012). 
Voltolini e Silva (2019) trazem que para Petersen & Wainer (2011) o modelo da terapia cognitiva é descrito como uma abordagem terapêutica estruturada diretiva, com metas claras e definidas sendo focadas no presente e utilizada no tratamento dos mais diferentes transtornos psicológicos. 
Neste sentido, a TCC busca auxiliar na identificação de pensamentos sabotadores e a responder a eles, de maneira funcional, o que leva a pessoa se sentir melhor e a se comportar de modo mais adaptativo ao seu ambiente. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012, p. 94)
A TCC então apresenta como objetivo principal a produção de mudanças nos pensamentos e crenças dos pacientes, que consequentemente proporciona uma mudança emocional e comportamental de forma duradoura e não apenas momentânea.  (VOLTOLINI; SILVA, 2019). A parte da terapia nada mais é do que direcionar a compreensão do paciente através de suas crenças e padrões comportamentais. de forma que o terapeuta apresenta a função de provocar mudanças corporativas no pensamento e no sistema de crenças do paciente, para que ele produza de certa forma sua mudança comportamental e emocional. (VOLTOLINI; SILVA, 2019).
Neufeld, Moreira e Xavier (2012) explicam que diversos estudos demonstram que a TCC auxilia as pessoas a enfrentarem diversos problemas como depressão, transtorno alimentar, obesidade, ansiedade, tabagismo e comportamentos adictos.  Compreende-se então que a utilização dessa terapia em indivíduos com excesso de peso ajuda na modificação de suas crenças disfuncionais sobre alimentação e dietas, utilizando reestruturação cognitiva e dessa forma as suas crenças são substituídas por crianças funcionais. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012).
OBESIDADE: CAUSAS E MOTIVOS 
Quanto a obesidade ela pode ser definida segundo Lima (2016), como a discrepância existente entre calorias ingeridas e queima de gordura do organismo. “A obesidade é definida, em âmbito clínico, como excesso de peso corporal, embora sua definição mais exata seja a de excesso de gordura corporal”. (Guerreiro, 2007, p. 209 apud LIMA, 2016, p. 10).  No entanto, Lima (2016) reforça que embora não seja a melhor forma de se fazer uma avaliação obesidade, ainda assim o índice de massa corpórea (IMC) é utilizado para essa avaliação e quanto maior o IMC maior o número de patologias que podem acontecer, tanto de caráter físico quanto psicológico. 
Ao longo do tempo então a obesidade passou a se tornar um fator de risco à saúde, principalmente quando ocorre com bruscas oscilações de peso e concentração de gordura abdominal.  Além disso a obesidade acarreta problemas emocionais e o contrário também pode acontecer, como os problemas emocionais causarem obesidade. (LIMA, 2016). 
Guerreiro (2007) citador porLima (2016) relata que a depressão e ansiedade são fatores comuns identificadas durante a dieta, pois os pacientes instáveis emocionalmente sofrem um aumento tanto na ansiedade quanto na depressão e o fato da obesidade ser um transtorno complexo envolvendo variáveis genéticas e biológicas, psicológicas, comportamentais e sociais, acaba fazendo com que o processo de avaliação também seja complexo, por isso é importante a identificação de quais variáveis que estão influenciando no peso e na manutenção do transtorno, de acordo com cada indivíduo e após essa análise é preciso fazer uma intervenção conforme a necessidade do paciente. 
Sendo assim percebe-se que a maior parte dos indivíduos quando começa a emagrecer em uma dieta, cerca de mais ou menos um ano depois eles acabam recuperando esses quilos.  Poucos tratamentos médicos amenizam esses problemas, sem falar que existem alguns que ainda apresentam desvantagens consideráveis. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012).
Além de todo exposto as autoras também apresentam que
A condição de obesidade é frequentemente associada ao Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), caracterizado por episódios de compulsão alimentar recorrentes na ausência dos comportamentos compensatórios inadequados para evitar o ganho de peso. Durante o episódio de compulsão alimentar, há um sentimento de falta de controle sobre o comportamento associado à ingestão de grandes quantidades de alimento, mesmo que o indivíduo esteja sem fome, e, em geral, levando a um grande desconforto. Esse episódio é sucedido por um intenso mal-estar subjetivo, caracterizado por sentimentos de angústia, de tristeza, de culpa, de vergonha ou de repulsa por si mesmo (Duchesne et al., 2007a apud (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012, p. 95).
Então pelo desespero e na busca pelo emagrecimento muitas vezes recorre-se a utilização de medicamentos e a curto prazo eles podem até ser eficazes, mas trazem efeitos colaterais indesejáveis, sem contar que pode ocorrer o efeito sanfona em que elas tendem a engordar novamente após finalizar o uso do medicamento. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012). Por isso é de extrema importância que se ocorra o tratamento junto com uma nutricionista e em casos de transtorno compulsivo seja realizada junto com a ajuda psicológica e psicoterápica. Unindo essas duas práticas o indivíduo é capaz de encontrar um plano de emagrecimento que seja adequada às suas necessidades.
UTILIZAÇÃO DA TCC NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO
A TCC vem sendo muito utilizada para o tratamento da obesidade por meio de sua avaliação e correção dos pensamentos disfuncionais. A terapia cognitivo-comportamental visa auxiliar na organização de contingências buscando a mudança de peso e comportamento. (LIMA, 2016). De acordo com as explicações de Lima (2016) as crenças em pessoas obesas determinam os sentimentos e comportamentos que são desencadeados por pensamentos disfuncionais em relação ao seu peso, alimentação e valor pessoal. 
De acordo com Foster et al (2005, p. 230) com a terapia cognitiva, os pacientes aprendem a definir metas realistas de peso e mudança de comportamento, os objetivos são específicos e assim que são estabelecidos, os pacientes são encorajados e identificar fatores que facilitarão ou prejudicarão o alcance destes. (LIMA, 2016, p. 20-21)
O tratamento também conta com a manutenção e registro de alimentos, e atividades físicas buscando controlar sinais associados à ingestão de alimentos, ensinando educação nutricional, retardando ingerir alimentos e a reestruturação cognitiva. A psicoterapia cognitiva tem como principal desafio à compreensão dos diversos fatores que interagem entre si e em cada caso ou situação, que quando associada a outras terapias favorecem melhora no manejo dos sintomas. (LIMA, 2016).
Neste sentido, aplica-se o tratamento cognitivo-comportamental para obesidade descrito por Cooper, Fairburn e Hawker (2009). Proposto não somente para emagrecer, este tratamento tem como principal foco a manutenção do peso em longo prazo. Para o alcance deste último objetivo, o tratamento direciona-se aos fatores que influenciam no abandono das tentativas no controle do peso, negligenciando a estabilidade do peso como um objetivo a ser seguido. Desta forma, o objetivo terapêutico trata-se da aquisição e desenvolvimento de habilidades comportamentais e respostas cognitivas, que, quando praticadas, auxiliam o indivíduo no controle do peso de modo eficaz. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012, p. 95).
Além disso Lima (2016) também explica que segundo a Segundo Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO, 2009/2010), relatam que dentro da intervenção da terapia cognitivo-comportamental também podem ser utilizadas estratégias que auxiliam no controle de peso e reforcem a motivação para o tratamento evitando recaídas. Dentro dessas técnicas estão estratégias comportamentais, automonitoramento, controle de estímulos, resolução de problemas, reestruturação cognitiva e suporte social. (LIMA, 2016). Diante disso 
Segal (2012) destaca a relevância das estratégias de quantificação de motivação (vontade e real disponibilidade para perder peso); definição de objetivos (quantidade de peso a se perder por semana, interrupções de compulsões, mudanças no estilo de vida) e prevenção de recaída (ensina-se a prever situações nas quais podem ocorrer “escorregões” e como lidar com eles, objetivando-se assim, possíveis recaídas). (LIMA, 2016, p. 24-25).
Neufeld, Moreira e Xavier (2012) apresentam uma dieta definida por Beck, que foi desenvolvida visando o emagrecimento saudável e duradouro, tendo como base técnicas cognitivas comportamentais conciliando os indivíduos e modificando a forma como eles lidam com a alimentação, seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, além de modificar a relação que eles têm com a comida. Esse modelo criado pretende reestruturar essas crenças relacionadas com o comer compulsivo ou a dificuldade em manter o controle e pretende-se então modificar o pensamento e crenças visando transformar o comportamento do indivíduo para o ganho ou a manutenção do peso. (NEUFELD; MOREIRA; XAVIER, 2012).
Neufeld, Moreira e Xavier (2012) explicam que na época Beck (2011) acabava de desenvolver um novo programa o “pense magro por toda a vida” em que o foco principal consistia em ensinar habilidades para atingir o emagrecimento permanente, ressaltando que ambos os programas que continham propostas visavam atingir os objetivos a nível individual. 
Compreende-se, portanto, que a terapia cognitivo-comportamental promove ao paciente modificações de seus pensamentos, gerando alterações e transformações corporais. Quando unidas, apresentam uma concepção de crenças fazendo com que o paciente desenvolva comportamentos favoráveis e assim melhorando sua qualidade de vida. 
RESULTADOS DA TCC NO EMAGRECIMENTO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Em pesquisa, alguns autores trouxeram resultados da aplicação da terapia cognitivo-comportamental no emagrecimento. Pesquisas essas sendo realizadas em grupo ou revisões bibliográficas apontam a eficácia da TCC durante o tratamento com esses indivíduos obesos.
De acordo com Beck (2009), os pensamentos têm uma função muito importante no processo de comer, pois existe um pensamento antes do ato. Os mesmos fazem a pessoa agir de forma disfuncional e por isso são chamados de pensamentos sabotadores. Aqueles que fazem a pessoa agir de maneira efetiva são considerados os pensamentos funcionais. (VOLTOLINI; SILVA, 2019, p. 148).
 Os autores Voltolini e Silva (2019) também apontam que foi realizado uma pesquisa iniciando com um grupo chamado “pense magro” que teve o apoio de nutricionistas e psicólogas durante o período de quatro meses. Para esse estudo houve a preparação para o processo de emagrecimento com foco no emocional durante os primeiros encontros, visando auxiliar na tomada de consciência sobre alguns pensamentos e diferenciando a fome da vontade de comer, que muitas vezes está relacionado a aspectos emocionais. Após esse período quando asparticipantes já estavam preparadas para a direta, teve seu início o controle alimentar e foi observado pelas autoras que após a primeira semana as participantes começaram a emagrecer mesmo sem terem recebido dicas de dieta. 
Para que os referidos autores pudessem observar a eficácia do tratamento do grupo, após o fechamento dos encontros, ou seja, no final dos quatro meses eles foram entrevistar duas das participantes e confirmou-se que é muito importante trabalhar o emocional e os pensamentos de início para prosseguir, e através dessas entrevistas e da vivência perceberam que a terapia cognitivo-comportamental aplicada em grupos é muito eficaz. 
Além disso abordam que Rangé et al (2016) citado pelos autores Voltolini e Silva (2019), traz o cumprimento de que a simples mudança de começar a pensar sobre alimentação traz uma mudança também de comportamento, sendo assim a mudança de pensamento e comportamento quando relacionada ao autocontrole, acaba sendo ampliada para diversos contextos e assim os pacientes são capazes de ficarem mais conscientes em como seus pensamentos podem interferir em suas ações.
Na pesquisa de Lima (2016), a autora traz como primeira descrição de resultados, o trabalho de Pimenta et al (2009) o qual descreve que as pessoas que apresentaram muitas tentativas de emagrecer passaram por avaliações severas, apresentando uma percepção maior sobre o peso e seu impacto na qualidade de vida, além de ter baixa motivação, baixa autoestima e acaba desenvolvendo dificuldades para a perda de peso. Além disso reforçou também que a intervenção cognitivo-comportamental teve um resultado mais eficaz quando desenvolvido uma motivação estratégica de superação, exercícios físicos e alimentação equilibrada. 
De acordo com O’Meara et al (1997, p.172), Lima (2016) expõem que estudos mostraram resultados eficazes quando combinando o tratamento comportamental a plano de refeições, lista de compras e não somente com a execução de dieta e tratamento comportamental isolado. Relata também que o mesmo autor apontou que grande parte das pessoas recuperaram o peso perdido um tempo depois ao final do tratamento, sendo necessário a utilização de estratégias para a manutenção de peso.
Na pesquisa de Machado et al (2002), Lima (2016) relata que a pesquisa foi realizada em um ambulatório multidisciplinar de tratamento da obesidade, da disciplina e serviço de endocrinologia do Hospital das Clínicas da UFPE, o qual participaram dois grupos de intervenção nos anos de 1997 e 1998. Os dois grupos foram divididos em que um era medicamentoso tratado com terapia, estimulação e orientação para a prática de exercícios além da medicação, e o segundo grupo que se tratava de terapia recebeu o mesmo tratamento sendo acrescentado sessões quinzenais de terapia cognitivo-comportamental.
Ainda sobre o mesmo Lima (2016) traz que os resultados dessa pesquisa foram que o primeiro grupo apresentou um peso inicial aproximado de 84,7kg e que após seis meses atingiram uma média de peso de 71,6kg, com IMC inicial de 35kg/m2 e final com média de 29,2 kg/m2. O segundo grupo apresentou uma média de peso inicial de 85,7kg e após o final dos seis meses atingiu uma média de peso de 72,1kg, com IMC inicial de 34,4 kg/m2 e final atingiram a média de 28,6 kg/m2. Com base nesse exposto, os autores apresentaram que com a aplicação da TCC um grupo maior de pessoas completaram o tratamento e aderiram melhor a este período demonstrando mais interesse na continuação.
No estudo de Zafra et al (2010, p. 707), Lima (2016) descreve que foi um estudo realizado com 150 mulheres obesas que receberam o tratamento da terapia cognitivo-comportamental por cerca de quarenta e quatro semanas. Após isso foram acompanhadas durante três anos, mas sem nenhum tratamento junto. O objetivo desse experimento era além da perda de peso ajudar na aceitação e valorização, além da intenção de causar mudanças em pelo menos cinco áreas da vida como o estilo de vida, exercícios, relacionamentos, atitudes e nutrição. 
Lima (2016) sobre o mesmo estudo explica que seções foram realizadas individualmente e que as sete primeiras seções eram semanais, depois passaram a ser quinzenais. Foi sugerido uma dieta com base em 1500 kcal por dia com o auxílio de métodos comportamentais para a mudança de hábitos alimentares e realização de atividades físicas, visando chegar há uma dieta de 1200 kcal por dia. Entre a 24ª e a 30ª sessão e depois da 36ª, foram dadas duas opções para as participantes: ou elas continuariam a perder peso ou parariam o programa e ficariam com o novo peso adquirido. Com isso teve-se uma média de 10% de perda de peso, comparado ao inicial na maioria das participantes e uma recuperação de peso perdido após o término do programa. Sobre tal resultado, aos autores destacam que isso pode ter ocorrido pelo fato de haver uma dificuldade na manutenção do novo peso e que a terapia cognitiva pode não ter sido potente o suficiente.
Lima (2016) explica que diante de todos os estudos apresentados foi possível observar que os melhores resultados ocorrem quando a terapia cognitivo-comportamental é associada à dieta, terapia, acompanhamento familiar e medicamentos, sendo ressaltado que vários estudos sobre os tratamentos comportamentais acabam sendo prejudicados pelo pouco tempo de intervenção devido a serem realizados durante três meses ou até menos. 
Segundo Corbalán (2009), citado por Finger e Potter (2011), há resultados promissores da TCC na diminuição do IMC (índice de massa corpórea), alteração no modo e na quantidade de alimentação dos pacientes obesos, entretanto, ainda se tem resultados apenas em curto prazo, que não foram mantidos a médio e a longo prazo. (LIMA, 2016, p. 30)
Lima (2016) também traz os estudos de Luz e Oliveira (2013) que fazem apontamentos quanto à abordagem cognitivo-comportamental, em que relata resultados positivos na perda de peso, no entanto, foram encontradas durante a pesquisa dificuldades para manter o peso perdido. Os pesquisadores também enfatizaram o fato de haver algumas negligências quanto aos aspectos cognitivo e ambivalência em relação a objetivos do tratamento que podem interferir nesta questão durante o processo. Também apontam que apesar de hipóteses do tratamento a longo prazo da TCC, com foco na manutenção do peso perdido, tem sido considerada uma boa solução para este problema. No entanto não foram obtidos resultados satisfatórios. 
No fim da referida pesquisa, conclui-se que talvez haja algumas falhas durante a intervenção ou que talvez a terapia não tenha sido suficientemente potente, sugerindo que há uma certa complexidade no tratamento para obesidade e que a pesquisa precisa de mais foco para esse tratamento. Ainda sobre os mesmos autores Lima (2016), traz que diversas pesquisas realizadas apontaram a intervenção da TCC apresenta influência sobre alimentação e atividade física, provocando então uma certa melhora na autoeficácia e intenção de alcançar objetivos.
Por fim Lima (2016) expõe na maioria dos resultados encontrados sobre o tratamento da obesidade com a TCC que são favoráveis, mas que mesmo assim é importante que se utilizem protocolos adequados durante o tratamento em conjunto com práticas de reeducação alimentar.
Nos estudos de Neufeld, Moreira e Xavier (2012) as autoras realizaram um estudo no interior do Paraná entre os anos de 2008 e 2009, apresentando resultados referentes à redução de peso e outros sintomas relacionados à obesidade. O programa contava com cinquenta participantes e treze haviam reduzido o seu peso de forma que alterou IMC e trinta e sete mantiveram IMC sem alteração, apesar de terem perdido peso. Ressaltam que o relato de experiência demonstrou resultados aplicáveis exclusivamente para amostra em questão e que não deve ser generalizado, mas que os dados indicam uma tendência de eficácia nas intervenções tanto para a perda quanto para o aumento do bem-estar dos participantes. Reforçam que mesmo servindo apenas como mapeamento central para a investigação da terapia cognitivo-comportamental em gruposde emagrecimento, ela apresentou resultados satisfatórios para pesquisa. 
CONCLUSÃO
Antes de qualquer julgamento é necessário pensar na obesidade não como apenas um problema físico, mas também psicológico. É importante que se entenda que a obesidade não basta ser apenas tratada como doença médica, sendo resolvida com cirurgia ou apenas dietas, é preciso também dar um enfoque especial para o psicológico dos pacientes, pois como foi visto muitas vezes o psicológico e emocional estão associados com o ganho de peso.
A utilização de terapia, mais especificamente a terapia cognitivo-comportamental, quando aliada com nutricionistas e a prática de atividades físicas constantes podem trazer um tratamento de sucesso para o paciente. É preciso também entender que durante o tratamento é de extrema importância que haja vínculo entre profissional e paciente, para que sejam capazes de lidar com o diagnóstico durante e após o tratamento, pois além da perda de peso é preciso também saber manter o peso adquirido. 
Além disso é muito importante que o paciente também tenha apoio familiar e que siga um monitoramento de seus hábitos alimentares, aprender a lidar com seus pensamentos e buscar soluções para seus problemas. A TCC apresenta grande diferença no processo psicoterápico, auxiliando na forma como indivíduo é capaz de lidar com suas emoções. Somos capazes de compreender então, que a terapia cognitivo-comportamental traz uma considerável eficiência no processo de emagrecimento e quando utilizada com recursos, técnicas e instrumentos adequados, ela auxilia ainda mais na obtenção de resultados. As técnicas empregadas juntamente com a terapia demonstram grande efetividade, resultados satisfatórios e demonstram o quanto a TCC aliada a outros fatores trazem benefícios aos pacientes. 
REFERÊNCIAS
VOLTOLINI, Giovana Graziela Oliani. SILVA, Everaldo da. Tratamento grupal da obesidade em mulheres através da terapia cognitivo comportamental. Cadernos Zygmunt Bauman, vol 9, num 20, 2019.
NEUFELD, Carmem Beatriz. MOREIRA, Cleidimara Aparecida Martins. XAVIER, Gabriela Salim. Terapia cognitivo-comportamental em grupos de emagrecimento: o relato de uma experiência. Psico, Porto Alegre, PUCRS, v. 43, n. 1, pp. 93,100, 2012.
LIMA, Eliana Alves. A terapia cognitivo comportamental no tratamento da obesidade: Revisão bibliográfica. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). São Paulo, 2016.

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