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TCC e emagrecimento OK

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FAVENI 
(FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE) 
 
 
 
NEUROLINGUÍSTICA 
 
 
 
 
MAISA BRUNA DE MORAIS TEIXEIRA DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL E SUA CONTRIBUIÇÃO NO 
COMBATE A OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GURUPI 
 2020 
 
 
 
 
 
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL E SUA CONTRIBUIÇÃO NO COMBATE 
A OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
Autor1, (Maisa Bruna de Morais Teixeira do Nascimento) 
 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo 
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou 
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por 
mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos 
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços. 
 
RESUMO- A obesidade e o excesso de peso em adolescentes e crianças retrata uma grande e complexa 
ameaça à saúde pública. Com base nessa afirmação o objetivo deste estudo é analisar o uso da terapia 
cognitivo comportamental no combate a obesidade em crianças e adolescentes e quais suas contribuições. 
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma das abordagens com estratégicas bem eficazes em 
relação ao tratamento de obesidade, já que um tratamento com suas intervenções possibilita a manutenção 
a longo prazo de uma melhora que fora alcançada, não sendo somente temporária pois o indivíduo aprende 
a entender e a modificar pensamentos considerados disfuncionais. Trata-se de uma revisão sistemática. 
No total, foram localizados 1.302 artigos. Após analisar os títulos e resumos dos artigos, foram excluídos 
1.250 por não apresentarem relação entre os descritores e por estar fora do período entre anos pré-
determinados. Contudo selecionou-se 52 publicações, destes, 41 artigos não estavam relacionados com o 
tema e 05 duplicados. Deste modo utilizou-se para análise 06 artigos. No qual foi observado que as 
intervenções com a TCC apresentaram resultados satisfatórios nas pesquisas mostrando melhoras de 
aspectos emocionais, mudança de comportamento alimentar, e principalmente na diminuição da 
obesidade, o que traz boas corroborações para literatura da área. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Obesidade. Teoria Cognitivo Comportamental. Crianças. Adolescentes. 
 
1 maisabrunatx@gmail.com 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A obesidade e o excesso de peso em adolescentes e crianças retrata uma grande 
e complexa ameaça à saúde pública. São inúmeros desafios relacionados ao ambiente 
e ao estilo de vida, problemas como depressão, baixa autoestima, distúrbios alimentares, 
descriminação social e bullying são ainda mais suscetíveis de ter mais impacto sobre o 
bem-estar e saúde dos adolescentes e crianças com obesidade do que muitos outros dos 
adversos efeitos físicos do excesso de peso. Com isso, A Terapia Cognitiva 
Comportamental (TCC) é uma das abordagens com estratégias bem eficazes em relação 
ao tratamento de obesidade, já que um tratamento com suas intervenções possibilita a 
manutenção a longo prazo de uma melhora que fora alcançada, não sendo somente 
temporária pois o indivíduo aprende a entender e a modificar pensamentos considerados 
disfuncionais. 
Em virtude de todos os dados ora apresentados, surge como problema a seguinte 
indagação: Seria então, relevante o uso da terapia cognitivo comportamental no combate 
a obesidade em crianças e adolescentes e quais suas contribuições. 
Decorrente do problema de pesquisa, algumas hipóteses nortearam o 
desenvolvimento da investigação aqui proposta. Acredita-se, que um tratamento contra 
obesidade realizado por uma equipe multidisciplinar no qual o psicólogo utilize a TCC, 
seja de grande valia pois com ela o indivíduo conseguirá modificar seus pensamentos a 
longo prazo. 
Este estudo tem como objetivo analisar o uso da terapia cognitivo comportamental 
no combate a obesidade em crianças e adolescentes e quais suas contribuições. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
Perder peso, emagrecer, essa é a vontade de muita gente! Mas, a maioria das 
pessoas que buscam um corpo magro, focam apenas em exercícios físicos e dietas, as 
vezes mirabolantes e que acabam prejudicando a saúde. 
É de entendimento que da perspectiva metabólica, existe a necessidade de 
ingestão de menos calorias do que se gasta para haver uma perda de peso. Portanto, se 
 
 
 
 
a quantidade de calorias ingeridas for equivalente ao número de calorias que foi gasto 
para sustentar o metabolismo, naturalmente, o peso permanecerá estável. 
De acordo com SALVE (2006) O peso corporal (massa corporal) é mantido e 
modificado em função do equilíbrio energético entre o consumo e o gasto energético. A 
atividade física é importante porque utiliza as calorias extras que geralmente seriam 
armazenadas como gorduras. Qualquer atividade física contribui para o gasto energético. 
Para uma perda de peso saudável, é aconselhável ainda, a ajuda de um 
profissional da nutrição, somente ele está preparado para estudar cada caso, elaborar 
um plano nutricional que se adeque individualmente. Contudo, um trabalho 
multidisciplinar entre Nutrólogos, Nutricionistas, Psicólogos e Profissionais de Educação 
Física trarão resultados ainda melhores. 
Uma situação amplamente conhecida é a obesidade, porventura seja a mais antiga 
enfermidade que se conhece. Mulheres obesas apresentadas em forma de estátuas e 
pinturas podem ser vistas apresentadas em pedras e pinturas da antiguidade. Algumas 
pinturas já foram encontradas em porcelanas chinesas da era pré cristianismo, em 
múmias egípcias, vasos dos Maias e Incas, (REPETTO, 1998). 
O consumo em excesso de gordura, principalmente gorduras industrializadas, 
acarreta muitos malefícios, principalmente a obesidade, esta que em muitos países é 
considerada um dos maiores problemas de saúde. 
 O portal da Abeso (Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da 
Síndrome Metabólica)) cita que a OMS ( (Organização Mundial da Saúde) considera a 
obesidade como um problema de abrangência mundial, tendo em vista que é uma doença 
que atinge uma quantidade elevada de pessoas e leva o organismo a desenvolver 
variados tipos de doenças, levando ainda em alguns casos, morte prematura. As pessoas 
obesas são colocadas em desvantagem pelos indicadores de vida (NAHÁS, 2001). 
Entender que essa doença é mortal, é fácil para quem não tem dificuldades 
emocionais. Na maioria das vezes até as pessoas que são emocionalmente dependentes 
de comida entendem seus malefícios, mas, não é fácil ter o controle. Com isso, o 
Psicólogo deve entrar no tratamento para ajudar a quem precisa de ferramentas para 
conseguir sair de um quadro de algum distúrbio alimentar. 
O acompanhamento de um profissional da área da Psicologia que trabalhe com a 
TCC (Teoria Cognitiva Comportamental) é de grande valia, e digamos ainda que, 
 
 
 
 
necessária pois, ele dará sempre as ferramentas para que o indivíduo consiga mudar 
seus pensamentos e visão em relação a comida. 
 
“A TCC atua nesse cenário trabalhando os aspectos emocionais que levam o 
paciente a ganhar peso e não mantê-lo nas vezes em que consegue perder. É 
feito uma avaliação de pensamentos sabotadores, a flexibilização de 
pensamentos automáticos disfuncionais, adaptações na rotina de acordo com a 
realidade individual de cada indivíduo e um importante trabalho com a 
autoimagem. Além do mais, é através da terapia que se trabalha situações das 
diferentes áreas da vida e que influenciamna maneira que o paciente se relaciona 
com a alimentação.” (RAMALHO, 2018). 
 
A TCC possui características específicas tais como a sua estrutura, orientação 
para o presente, brevidade, modificação de pensamentos e direcionamento para 
comportamentos disfuncionais e resolução de problemas (Beck, 1964, apud DA LUZ, DA 
SILVA OLIVEIRA, p. 4, 2013)). Podem ser verificadas diversas derivações e aplicações 
da terapia cognitiva advindas do modelo Beck, estes que se baseiam em uma formulação 
cognitiva de um transtorno específico e também como em um entendimento ou 
conceituação de forma individual do paciente (Beck, 1997, apud DA LUZ, DA SILVA 
OLIVEIRA, p. 4, 2013). 
Nesta abordagem, intervenções cognitivas, tem como objetivo, levar o paciente a 
reestruturar pensamentos disfuncionais já as intervenções comportamentais são 
direcionadas no intuito de modificar comportamentos inadequados. Ainda sendo úteis 
para identificar cognições que fazem associação a comportamentos específicos (Beck, 
Rush, Shaw & Emery, 1997, apud DA LUZ, DA SILVA OLIVEIRA, p. 4, 2013). A TCC 
para o emagrecimento, advém do pressuposto modificando, redirecionando o 
pensamento, o comportamento alimentar será alterado e com isso, a perda de peso 
acontecerá (Beck, 2011). 
É visto que a combinação de dieta com a TCC leva o indivíduo a ter menos 
recaídas relacionadas a comportamentos alimentares classificados como inadequados 
dos obesos comparados a indivíduos que são tratados somente com orientação 
nutricional. A junção de tratamentos da TCC com acompanhamento nutricional e 
profissional de Educação Física, ainda demonstra benefícios como a melhora da imagem 
corporal e autoestima através da diminuição do IMC, diminuição da compulsão alimentar, 
 
 
 
 
preocupações com a alimentação e depressão, (Werrij et al., 2007, apud DA LUZ, DA 
SILVA OLIVEIRA, p. 8, 2013). 
 
3. METODOLOGIA 
 
O estudo é regido segundo uma revisão sistemática, portanto tratando-se de uma 
pesquisa de abordagem qualitativa e busca elucidar as contribuições que a terapia 
cognitiva comportamental nos traz no combate a obesidade em crianças e adolescentes. 
Quanto aos objetivos, caracteriza-se, como uma pesquisa bibliográfica, do tipo descritivo 
exploratório. 
As referências que preenchem os critérios de inclusão e exclusão, foram 
avaliados, de acordo com período de publicação obedecendo ao intervalo entre os anos 
de 2011 a 2020. Baseando em estudos que relacionam programas de emagrecimento 
com a utilização da Teoria Cognitiva Comportamental. 
Como critérios de exclusão, foram marcados estudos que não tiveram os 
descritores Obesidade, Crianças e adolescentes, Teoria Cognitiva Comportamental, 
artigos fora do intervalo dos anos referentes às publicações de 2011 a 2020 e estudos 
que não abordam o tema e não relacionam a Teoria Cognitiva Comportamental (TCC) 
juntamente com seus benefícios. 
 Os descritores de busca dos artigos foram: Obesidade, Crianças e Adolescentes, 
Teoria Cognitiva Comportamental (TCC). Foram desenvolvidos pela busca de fontes 
confiáveis quanto ao tema abordado, que proporcionasse o encontro de artigos em um 
tempo reduzido. Uma procura eficaz envolve também a escolha de base de dados que 
insiram mais especificidade com o tema, as bases de buscas foram: Scielo (Scientific 
Electronic Library Online), Google Acadêmico e Pepsic (Periódicos Eletrônicos de 
Psicologia). 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
No total, foram localizados 1.302 artigos. Após analisar os títulos e resumos dos 
artigos, foram excluídos 1.250 por não apresentarem relação entre os descritores e por 
estar fora do período entre anos pré-determinados. Contudo selecionou-se 52 
 
 
 
 
publicações, destes, 41 artigos não estavam relacionados com o tema e 05 duplicados. 
Deste modo utilizou-se para análise 06 artigos (figura 1). 
 
FIGURA 1 - FLUXOGRAMA DO RESULTADO DA BUSCA DE FONTES DE INFORMAÇÕES, DA 
SELEÇÃO E DA INCLUSÃO DOS ESTUDOS NA REVISÃO SISTEMÁTICA 
 
 
Fonte: elaborado pela autora. 
 
Para melhor compreensão foram tabelados os estudos encontrados e pertinentes 
da seguinte forma: 
 
Quadro 1 - Artigos incluídos na revisão sistemática. 
 
Autor/Ano Estudos Metodologia Resultados/conclusões 
LUIZ, A. M. 
A. G.,2010 
Efeitos de um 
programa de 
intervenção 
cognitivo – 
comportamental 
em grupo para 
crianças obesas 
Com 65 crianças e suas mães, 
divididas em grupo 
experimental (n=35) e 
grupo controle (n=30) que 
foram avaliadas em três 
momentos: avaliação inicial, 
reavaliação 
(após 10 semanas) e 
seguimento (após de seis 
meses). Nas avaliações as 
mães responderam ao 
Questionário do 
Comportamento Alimentar em 
Crianças (CEBQ) e nas 
crianças foram aplicados o 
Foi verificada diminuição 
significante entre os momentos de 
avaliação do percentil de obesidade 
no grupo experimental; dos 
sintomas depressivos e ansiosos e 
melhora da qualidade de vida, em 
comparação com o grupo controle. 
Os dados também indicam 
mudança significante no 
comportamento alimentar das 
crianças do grupo experimental em 
relação ao grupo controle. 
Considera-se que o programa de 
intervenção cognitivo-
comportamental apresentou 
06 completos elegíveis para avaliação
05 foram excluídos por serem duplicados
52 foram selecionados
41 artigos não estavam relacionados com o tema
Foram identificados 1.302 artigos pelas buscas nas bases de dados
1.250 artigos não apresentaram relação entre os descritores e período entre anos pré-
determinados
 
 
 
 
Questionário de Avaliação de 
Qualidade de Vida em Crianças 
e Adolescentes 
(AUQEI), o Inventário de 
Depressão Infantil (CDI) e a 
escala de ansiedade O Que 
Penso e Sinto (OQPS). O grupo 
experimental foi submetido a 
um programa de intervenção 
Psicológica com 10 sessões de 
duas horas de duração 
baseado no modelo da TCC. 
Durante o programa utilizadas 
as técnicas: formulação e 
psicoeducação, registro de 
pensamentos disfuncionais, 
balões de pensamento, 
reestruturação cognitiva, “role-
play”, controle de estímulos, 
relaxamento, respiração, treino 
em habilidades sociais e 
educativas parentais. O grupo 
controle recebeu atendimento 
padrão oferecido pela equipe 
do Ambulatório de 
Endocrinologia Pediátrica 
(médico endocrinologista 
pediátrico, psicóloga e 
nutricionista) 
durante os dias de consultas 
agendados. 
resultados satisfatórios na melhora 
de aspectos emocionais e 
comportamentais de crianças 
obesas, bem como na diminuição 
da obesidade. 
Argumenta-se que programas 
como este deveriam ser 
amplamente utilizados em 
ambulatórios de obesidade infantil 
para melhorar a qualidade de vida 
das crianças. 
BAZZI, J. 
C. 2019 
Efeitos de 
intervenções 
motivacionais 
para o 
tratamento da 
obesidade em 
crianças: revisão 
sistemática da 
literatura. 
Foram selecionados estudos 
de ensaios clínicos de 
tratamentos para obesidade e 
sobrepeso em crianças de 05 a 
10 anos, dos últimos 10 anos 
(2009 – 2019), 
Um total de 916 estudos foram 
encontrados, dois quais, apenas 5 
foram incluídos na amostra final da 
pesquisa. Os resultados 
demonstraram que intervenções 
motivacionais são efetivas na 
modificação do IMC, mas 
principalmente, mudanças 
comportamentais são observadas, 
tanto na ingestão de calorias, 
quanto na aderência ao exercício 
físico. A motivação dos pais e da 
família também parece ser 
relevante para os resultados. 
SÁ, C. A. 
T. 2018 
 A clínica 
cognitiva 
comportamental 
no 
enfrentamento 
do fenômeno da 
obesidade 
infantil no brasil 
Revisão bibliográfica Diversos estudos apontam 
resultados positivos em população 
com excesso de peso, sendo 
alguns deles: melhoria de aspectos 
psicossociais, aumento da 
autoestima e qualidade de vida, 
diminuição do índice de abandono 
ao tratamento e redução 
significativa de peso. 
DE MELO 
BORGES, 
Modelocognitivo 
comportamental 
para tratamento 
 Seis crianças participaram de 
nove sessões em grupo que 
visaram: modificação dos 
 Os resultados obtidosconfirmam 
eficácia do tratamento na mudança 
 
 
 
 
NEVES, 
2014 
 
de crianças 
obesas com 
compulsão 
alimentar 
periódica 
hábitos alimentares, 
reestruturação cognitiva, entre 
outros. 
comportamental, na reestruturação 
cognitiva e na perda de peso. 
KUNITAKE 
Y. Y. B, 
2019 
Influência do 
Stress e 
Obesidade em 
Adolescentes: 
Um estudo 
bibliográfico em 
Terapia 
Cognitivo 
Comportamental 
Revisão Bibliográfica Identificou-se por via dos dados 
bibliográficos assistemáticos que 
as intervenções utilizadas no 
controle de stress e da obesidade, 
são essenciais e que o stress pode 
ser um gatilho para o 
desencadeamento da obesidade 
Elias, E. 
2013 
Obesidade no 
tratamento com 
terapia cognitiva 
comportamental: 
uma revisão 
bibliográfica. 
Revisão Bibliográfica Os estudos pontuam-nos diversas 
intervenções da TCC, e verificam 
que a necessidade do contato com 
o terapeuta após o termino do 
tratamento faz a diferença; quanto 
ao número de sessões que deve 
ser a longo prazo, trabalho em 
grupo com maior respaldo ou por 
que poucos estudos individuais se 
têm até o momento; possibilita o 
enfoque com pessoas com 
transtornos psiquiátricos e com 
problemas de obesidade ou com 
sobrepeso; apresentaram 
basicamente as técnicas de 
Automonitoramento, controle de 
estímulo, reestruturação cognitiva, 
manejo do estresse, recompensas, 
mudanças de atitude ao comer e 
prevenção de recaídas. A 
qualidade de eficácia da TCC é 
apresentada, porém carece de 
estudos de longo prazo 
 
4.1 DISCUSSÃO 
 
No estudo de Luiz (2010), os autores podem perceber que existe uma associação 
entre ansiedade e obesidade infantil, e os dados apresentados no estudo salientam a 
necessidade de manejar esses sintomas em busca de diminuí-los, com isso, 
provavelmente acontecerá diminuição do peso. A literatura ainda aponta que 
intervenções com base no modelo cognitivo-comportamental auxiliam na diminuição da 
ansiedade em indivíduos com transtornos alimentares e/ou obesos (DUCHESNE; 
ALMEIDA, 2002 apud DA LUZ E DA SILVA OLIVEIRA ,2013). O autor afirma que é 
extremamente essencial que os profissionais da saúde redobrem suas atenções a esse 
 
 
 
 
fator a fim de constantemente avaliar a qualidade de vida do paciente, já que os cuidados 
iniciados precocemente têm fator permanente e decisivo no desenvolvimento das 
crianças, principalmente em relação a habilidade para entender e conseguir regular as 
emoções (SANTOS, 2004 apud DA LUZ E DA SILVA OLIVEIRA ,2013). Para tais 
manobras são necessárias ferramentas específicas e ainda o total envolvimento dos pais 
juntamente com outros profissionais da área da saúde. 
Bazzi, (2019) relata em seu estudo que técnicas voltadas ao tratamento da 
obesidade durante infância infelizmente, ainda estão distantes de ser conclusivas. 
O autor ainda pôde verificar em seus estudos que algumas variáveis como 
depressão, compulsão alimentar, satisfação com a imagem corporal, padrões cognitivos, 
níveis de habilidades sociais e ansiedade, podem melhorar consideravelmente com a 
redução de peso. 
Com isso, Sá (2018) elucida em seu estudo que o tratamento realizado da 
obesidade ocorrido durante a infância apresenta uma maior eficácia do que quando 
realizado em adultos (EPSTEIN et al.; 1995 apud PIMENTA et al., 2009). 
 
Progenitores são responsáveis pela aquisição de suprimentos, educação e 
controle de regularidade de exercícios físicos, sendo assim, indispensáveis na 
compreensão da formação, manutenção e transformação de hábitos. Nesse 
sentido, se existe uma família com estilo de vida não saudável, a chance de a 
criança aprendê-lo é considerável, ao passo que sua relação com a comida e 
padrões emocionais e de comportamentos serão confeccionados a partir desse 
meio (VAN DEN AKKER et al., 2007 apud PIMENTA et al, 2009). 
 
Acerca de procedimentos parentais, no qual a mãe, responsável, ou a toda a 
família se empenha na mudança de hábitos alimentares de físicos, é entendido como 
algo fundamental, pois na maioria das vezes, é essencial que seja modificada a forma 
com que a família funciona, buscando assim, a melhor maneira de conduzir à melhora no 
quadro dessa inquietante morbidade. Nesse sentido, foram criadas técnicas de 
treinamento em habilidades parentais, sendo: 
 
Práticas educativas relativas ao estabelecimento de limites, à comunicação, ao 
ensino de responsabilidades e à expressão de afeto, diálogo, expressão 
espontânea de sentimentos positivos e negativos em relação aos 
comportamentos, expressão de opiniões e solicitação adequada de mudança de 
comportamento, cumprimento de promessas feitas, coerência do casal quanto à 
educação dos filhos, o “saber dizer não” e manter a decisão, negociar quando há 
divergência de ideias, estabelecer regras e cumprimento das mesmas e pedir 
 
 
 
 
desculpas, admitindo os próprios erros e reconhecendo os limites de cada um 
(BOLSONI-SILVA, MARTURANO, 2002 apud LUIZ, 2010, p. 51). 
 
Ainda de acordo com Sá (2018) uma das atribuições e premissas para a eficácia 
da TCC consiste em constantemente habilitar o indivíduo a se conhecer e se 
autodeterminar, conseguindo então, transforma-lo em seu próprio terapeuta (BECK, 
1997). No entanto, quando se trata do público infantil isso é um pouco dificultado já que 
a criança tem dificuldade em internalizar e compreender adequadamente as condições e 
contextos em que está inserido. Contudo, mesmo assim ainda existe a possibilidade de 
passar conhecimentos acerca de estratégias comportamentais, tais como: exposição e 
prevenção de respostas. Já que elas são utilizadas para que os mesmos consigam lidar 
de maneira positiva com os obstáculos da vida, conseguindo com isso, construir 
autogestão de prevenção à recaída, esta, que deve ser entendida como algo que faz 
parte do processo e da vida, e jamais como fracasso (POSTON; FOREYT, 2000 apud 
LUIZ, 2010). 
De Melo Borges e Neves (2014) concorda com Sá (2018) quando ressalta que o 
empenho das famílias que ajudaram as crianças participantes do seu estudo recordando 
da anotação diária (automonitorização), da visualização da pirâmide e seleção alimentar 
(modificação de hábitos alimentares), e que ainda auxiliaram promovendo estímulos para 
a realização de exercícios físicos e principalmente no controle alimentar, demonstra ter 
auxiliado significadamente no processo de redução de peso. 
 
A primeira sessão teve por objetivo apresentar aos componentes do grupo, de 
modo lúdico, os materiais necessários para o tratamento. Na segunda sessão, 
foram realizadas brincadeiras psicomotoras e destacada a importância dos 
exercícios físicos para perder peso e ser saudável. Na terceira sessão, os 
fantoches apresentaram a pirâmide alimentar visando educar e estimular a 
alimentação saudável. Na quarta sessão, objetivando treinar o autocontrole em 
relação à compulsão alimentar, contou-se a história “Vivi e as vontades que vêm 
do nada” e refletiram sobre a fome fisiológica e a fome gerada por pensamentos 
e sentimentos. Na quinta sessão, foram realizadas reflexões com perguntas 
previamente formuladas cuja intenção foi revisar e avaliar o tratamento. Foram 
discutidos todos os temas abordados e os registros. A sexta sessão objetivou o 
treinamento da solução de problemas e reestruturação cognitiva. Na sétima 
sessão, o objetivo foi trabalhar a autoestima, diminuir os sentimentos de 
vergonha e isolamento, e combater o pensamento distorcido de si. Na oitava 
sessão, foi realizado o treino de algumas habilidades sociais e avaliado se novos 
repertórios comportamentais foram adquiridos por meio da brincadeira de 
pescaria de perguntas. E, finalmente, na nona sessão foi feita a retrospectiva de 
todo tratamento e na avaliação coletiva, realizou-se um balanço sobre 
 
 
 
 
assiduidade, peso, medidas e números de estrelas que ganharam. (DE MELO 
BORGES E NEVES (2014)). 
 
Nas pesquisas de Kunitake (2019) foi observado a afirmação de que a Terapia 
Cognitivo Comportamentalestá sendo eficaz em suas diversas intervenções em 
pacientes sendo crianças e adolescentes que apresentam sintomas de stress, com isso, 
acarretando obesidade. 
 
“As investigações acerca de stress na adolescência mencionam ainda o 
desenvolvimento de transtorno alimentares, obesidade, problemas 
dermatológicos e estomacais. E quanto a intervenção, ainda a mesma autora, o 
stress deve ser proporcional à maturidade cognitiva, socioafetiva e idade do 
adolescente. Possibilitando-lhe estratégias para que possa lidar melhor maneira 
com a situação, por via de treino em habilidades sociais, asservidade e 
relaxamento.” (Tricolli (2010, p. 60) apud Kunitake (2019)). 
 
Elias, (2013) cita Beck, (2011) que afirma que o indivíduo conseguirá aprender 
como agir quando estiver cansado, estressado, chateado, doente, sem ter o que fazer ou 
quando estiver aborrecido. E tendo esse autocontrole, ele conseguirá controlar muito 
além do que somente sua alimentação e o seu peso, conseguindo controlar melhor a sua 
vida pessoal em todos os aspectos. 
Algo muito preocupante é citado ainda em Elias (2013) 
 
“A obesidade infantil tem aumentado de forma preocupante no mundo inteiro, 
acometendo países desenvolvidos como os em desenvolvimento” (FERNANDO 
et al.,2007; GUILLAUME,1999; apud MACEDO e CANÇADO, 2009). 
 
Além do aparecimento das diversas patologias a obesidade infantil traz os 
distúrbios biopsicossociais como a discriminação, autoimagem negativa, depressão e 
socialização diminuída. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A obesidade infantil infelizmente, já é considerada como um problema de saúde 
pública, e sua incidência e prevalência aumenta em todos os gêneros e camadas sociais 
da população, pode ser caracterizada como uma grande epidemia no contexto mundial. 
 
 
 
 
Preocupantemente, esse quadro necessita de avaliações para que ainda sejam 
investigadas e encontradas soluções para assim, revertê-lo. Sabemos que diversos 
fatores podem ser incluídos na lista de causadores da obesidade infantil, sendo eles, 
psicológicos, alimentares, familiares, falta de atividade física, falta de incentivo da família, 
acomodação, 
Com isso, a obesidade torna-se a cada dia uma condição muito complexa, na qual 
aparentemente estão envolvidas um leque de condições, tornando assim o tratamento 
um pouco difícil, já que para um sucesso é preciso acontecer mudanças comportamentais 
e principalmente de hábitos pelo resto da vida do indivíduo e se ele não tem um suporte 
emocional, provavelmente ficara mais difícil ter êxito. 
O aumento de peso corporal, o excesso de gordura que surge lá na infância tende 
a aumentar gradualmente. Por ser uma doença altamente complexa, seu controle 
também é complexo, e infelizmente, percentuais altos são muito observados no 
insucesso dos tratamentos pois na maioria das vezes os pacientes não finalizam suas 
sessões de terapia ou não conseguem manter o padrão comportamental. Portanto, em 
vista disso, e principalmente por isso, o tratamento da obesidade infantil exige 
indescritivelmente interdisciplinaridade para que ocorra êxito. 
Apesar das limitações encontradas nas pesquisas para realização deste estudo, o 
mesmo a atingiu seus objetivos, as intervenções com a Teoria cognitivo-comportamental 
apresentaram resultados satisfatórios nas pesquisas mostrando melhoras de aspectos 
emocionais, mudança de comportamento alimentar, e principalmente na diminuição da 
obesidade, o que traz boas corroborações para literatura da área. 
 
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