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MORAL ÉTICA Latim: Mores/Mos Grego: Éthos Costumes Caráter Tradição Índole Hábito Valor Relativa Universal Mutável Atemporal Estudo de valores e princípios que estão por trás das ação humanas Nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes Refere-se a um conjunto de normas que orientam o comportamento humano com base nos valores de uma cultura Moral é temporal/ Mutável Discussão da definição de ética ao longo do tempo - Ética Antiga - Ética Medieval - Ética Moderna - Ética Contemporânea • Sócrates (470 a.C. a 399 a.C.) Nunca deixou obras escritas – suas ideias são conhecidas por seus discípulos (Platão, Xenofonte e Aristófanes) Sabedoria para Sócrates ⇨ Humildade perante o conhecimento; Busca incessante pela verdade Sócrates acreditava na existência de uma verdade universal, que decorre do conhecimento da essência humana → Uso da razão Indagava sobre o sentido dos costumes estabelecidos e as disposições de caráter que levavam as pessoas às transgressões, mas recebia como resposta uma convenção, ou recebia respostas diferentes e contraditórias “Só sei que nada sei” (Paradoxo de Sócrates) “Uma vida que não é refletida, não vale a pena ser vivida” • Sócrates (470 a.C. a 399 a.C.) Racionalista Sua máxima residia no famoso “conheça-te a ti mesmo” que em essência expressa uma alta valorização da consciência e da racionalidade enquanto elementos que nos permitem acessar o que é o “bom” e o “ruim” Método Socrático – Mostra as falhas de raciocínio contribuindo para a construção de conhecimento Assim, o sujeito ético, diria Sócrates, é aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, a essência dos valores morais. O indivíduo que age com razão, age corretamente. • Sócrates (470 a.C. a 399 a.C.) Método Socrático – Mostra as falhas de raciocínio contribuindo para a construção de conhecimento • Platão (427 a.C. a 347 a.C.) • Discípulo de Sócrates e professor de Aristóteles • Desenvolve o Racionalismo iniciado por Sócrates, aprofundando a diferença entre corpo e alma (dualismo). Por ser sede de desejos e paixões humanas, o corpo, muitas vezes desvia o ser do seu caminho para o bem. Para alcançar o bem, era preciso haver uma purificação do mundo material. 1ª Fase Filosófica: Apologia de Sócrates por meio dos diálogos 2ª Fase Filosófica: Teoria das Ideias • Platão (427 a.C. a 347 a.C.) Livro “A República”: Alegoria da Caverna Opiniões Mundo individual Questionamento Filosofia Mundo da verdade/ das ideias Essências das coisas • Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.) •Em torno de 350 a.C. propunha aulas que culminaram na obra Ética à Nicômano • Aristóteles propõe uma reflexão racionalista que nos permite concluir uma definição sobre ética Ética é uma avaliação da vida como um todo O que faz com que a vida tenha valido a pena? Para Aristóteles – o pleno desabrochar das próprios talentos, que ele chama virtude • Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.) • Fim último do ser humano → Felicidade • Felicidade: só existe quando se está buscando a excelência • Infelicidade é viver sem saber qual é seu talento ou buscar o aperfeiçoamento. • Ética do Meio-Termo → Procurar o equilíbrio entre o excesso e a deficiência •Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.) • Ética do Meio-Termo → Procurar o equilíbrio entre o excesso e a deficiência A circunstância define se a ação está relacionada à virtude ou vício. Ex.: Reagir a um assalto a mão armada • Universo é ordenado; é cósmico; organizado – Tudo no Universo tem uma finalidade a cumprir. • Sistema: um todo constituído por unidades funcionalmente interdependentes. • Assim, a conduta deve ser adequada para o funcionamento do todo. • A condição da vida boa é uma adequação da vida com o universo cósmico • 1º Somos singulares (a igualdade é um delírio matemático) – Nossa finalidade é singular assim como somos singulares • 2º Finalidade do homem = Ser feliz. Vida eudaimônica = vida soberana/ vale por ela mesma A tristeza é sintoma do erro O que há de comum no pensamento dos filósofos gregos é a concepção de que a virtude resulta do trabalho reflexivo, da sabedoria, do controle racional dos desejos e paixões. Crise no Império Romano → Fim da Antiguidade → Início da Idade Média → Séc. V a XV A diferença da ética cristã da ética grega consiste: • Abandono da visão mundana: deixa de lado de que o fim último da vida humana está neste mundo. Com isto buscou a busca da perfeição moral no amor a Deus; • Surgimento da subjetividade: A moral é vista sob o ponto de vista pessoal, como uma relação de cada indivíduo e Deus, isolando-o de sua condição social. A religião assumiu o papel de determinar os valores morais e éticos a serem seguidos por boa parte do Ocidente A figura de Jesus de Nazaré tornou-se o grande defensor de uma nova ética: a do amor ao próximo. Teocentrismo • Deus regula o comportamento do homem; • Homem corrompido pelo pecado; • Sujeito à vontade de Deus para obter vida no Céu; • Homem é total dependente de Deus na Terra São Tomás de Aquino: aplicou a visão Aristotélica na doutrina cristã Razão humana + Revelação divina Perfeição das virtudes Deus como Finalidade O bom existe quando está sob a orientação dos mandamentos de Deus Retomada do humanismo Nova concepção moral, centrada na autonomia humana (autonomia: do grego antigo auto-, "de si mesmo" + nomos, "lei", ou seja, "aquele que estabelece suas próprias leis“) De acordo com o iluminismo, a moral deve ser fundamentada não mais em valores religiosos, mas em valores oriundos da compreensão acerca do que seja a natureza humana. Teocentrismo Antropocentrismo Pensamento grego: mundo era finito e ordenado, chamado cosmos O mundo age com uma finalidade Porém... Galileu fez descobertas terríveis e disse que o mundo não é finito nem ordenado. O fato de não termos um mundo ordenado não muda o fato de termos que viver da melhor forma possível. Agora temos que encontrar outras formas de ordenar o mundo que não sejam cósmicas, mas que dependam da nossa própria deliberação. A ética passa a ser uma reflexão sobre a nossa convivência aceitando que nós vivemos e convivemos sem nenhuma ordem pré-existente e que pré-determina a nossa existência. Deixa de ser a avaliação da vida como um todo e passa a ser a avaliação de condutas isoladas A ética moderna se traduz no consequecialismo Ética de resultado A conduta é boa quando enseja resultados bons O que são resultados bons? Pragmatismo Utilitarismo Pragmatismo A boa conduta é aquela que permite você conseguir o que queria quando agiu Ex.: Campanha eleitoral Nos aproxima do estado de natureza... O outro é “coisificado” para você conseguir atingir suas expectativas Em contraposição nasceu o Utilitarismo Utilitarismo A boa conduta foi adotada se a maior parte atingiu a felicidade O consequencialismo apresenta vários problemas... 1) O valor da conduta é reduzido à consequência → não tem relação com a própria conduta. Ex.: vendedor que vende muito mentindo; esportista que vence utilizando drogas 2) Quando a conduta leva a resultados menos imediatos. Ex.: efeito de uma aula; Medidas de redução de poluição 3) No utilitarismo qual seria a definição de felicidade? O que é felicidade para a maioria? E a minoria? Ex.: Holocausto → milhões de judeus morreram sob o aplauso da maioria; Líderes espirituais como Jesus foram mortos com aplauso da maioria O consequencialismo apresenta vários problemas... 4) O valor da conduta só pode ser avaliado depois que foi realizado. Na hora de agir não tem como saber 5) As consequências não dependem só de quem age,mas de uma série de outras condições. Consequencialismo Pragmatismo Utilitarismo Ética Ética de Princípios Ética de Princípios Kant Trata-se de uma regra que serve como guia para definir a conduta, uma vez que recolhe aquilo que é considerado válido ou bom. Transparência X Sigilo Confiança X Desconfiança Verdade x Mentira Kant (1724 a 1804) Ética do dever Imperativo categórico “Age apenas segundo uma máxima (um princípio) tal que possas ao mesmo querer que ela se torne lei universal” Kant na “Fundamentação da metafísica dos costumes” Pessoa virtuosa para Kant: aquele que age de forma autônoma (consciente e por dever) Kant (1724 a 1804) A ética kantiana é formal ou formalista, pois postula o dever como norma universal, sem se preocupar com a condição individual na qual cada um se encontra diante desse dever A mulher está com câncer em estado avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O médico vai visitá-la. Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: "Doutor, será que eu escapo desta?“ Está configurada uma situação ética Que é que o médico vai dizer? Se o médico for um adepto da ética de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. E ele, então, responderá: "Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai morrer…" Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações. A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade. Ética da discussão ou ética da argumentação Se os valores são complexos, se os princípios são contraditórios quais devemos escolher? Prevalecerão os princípios que nós escolhermos para nossa sobrevivência. Esses princípios serão escolhidos no calor de uma discussão Assim... Ética, agora, é uma atividade ininterrupta de discussões, argumentações, sobre quais princípios queremos como norteadores de nossa convivência. O homem contemporâneo não pode ser entendido de forma que não o considere como um sujeito histórico-social, ou seja, dissociado de seu tempo e da sociedade em que vive. Dessa maneira, a firmação da ética contemporânea só pode ser compreendida relacionando o indivíduo à sociedade em que vive, em outras palavras, no sentido coletivo. Ética Grega • O Universo é cósmico • A conduta deve ser adequada para o funcionamento do todo • Principais filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles • Ética pautada da razão → Racionalismo • Aristóteles → Ética – análise da vida como um todo → Felicidade é o fim da vida • O sujeito ético, diria Sócrates, é aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, a essência dos valores morais. O indivíduo que age com razão, age corretamente. Ética Medieval • Razão humana + Revelação divina • Deus como finalidade • Teocentrismo Ética Moderna • Antropocentrismo • Consequencialismo → Pragmatismo e Utilitarismo • Pragmatismo = A boa conduta é aquela que permite você conseguir o que queria quando agiu • Utilitarismo = A boa conduta foi adotada se a maior parte atingiu a felicidade • Ética de Princípios → Regra que serve como guia para definir a conduta, uma vez que recolhe aquilo que é considerado válido ou bom. Bom é tudo que pode ser tomado como universal Ética Contemporânea • Ética da discussão ou ética da argumentação • Ética = atividade ininterrupta de discussões, argumentações, sobre quais princípios queremos como norteadores de nossa convivência. O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto) FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado). O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são a) decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas. b) parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação. c) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente. d) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter. e) cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas. A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. b) plenitude espiritual a ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
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