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Semiologia Neurológica Prof. Dr. Vagner Sá Fisioterapeuta vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Por que avaliar? • Uma avaliação precisa e correta torna o diagnóstico cinético funcional mais preciso e, consequentemente, será mais fácil a elaboração de metas e objetivos para o tratamento fisioterapêutico. Avaliar Definição de Metas Elaborar Tratamentos Reavaliar Alta e encaminhamentos Curto prazo 2-3 sem Longo prazo + 3 sem vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Quais os principais objetivos da fisioterapia? objetivos Retorno das AVDs Retorno da Função Retorno ao trabalho Independência funcional Retorno à Atividades Recreativas Melhora na qualidade de vida vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Sessões principais do exame neurológico • Anamnese e exame físico • Estado mental • Nervos cranianos • Motor • Sensorial • Reflexos • Função cerebelar • Marcha e postura vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Anamnese A arte de ouvir! O processo de escuta ativa! vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Anamnese - Identificação • Nome completo • Idade e sexo (gênero) • Endereço e naturalidade • Ocupação / Profissão • Etnia • Situação conjugal vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Anamnese – História da Doença Atual (H.D.A) • Quando e como a doença iniciou? • Qual a sua localização? • Teve um início insidioso ou agudo? • Há variação sazonal dos sintomas? • Qual a intensidade e duração dos sintomas? • Há algo que promova alívio ou piora destes? • Há sintomas associados? Já houve tratamento anterior? vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Anamnese – História Patológica Pregressa (H.P.P) • Comece do princípio de sua vida, como foi seu pré-natal? • Analise a história obstétrica do paciente: condições de parto; caso o paciente tenha a caderneta, é importante dar um olhar ao seu APGAR. • Colha dados do seu desenvolvimento neuropsicomotor, com quantos anos firmou a cabeça, sentou, falou e andou? • Bem, vamos agora para sua infância, teve doenças da infância? • Apresenta alergias? • Quedas, fraturas, como e onde ocorreram? • O paciente já realizou cirurgias? Quais, e quando? • Seu calendário vacinal está de acordo com a sua faixa etária? • Saiba quais são todos os seus medicamentos em uso, anote a posologia e o horário de tomada. • Por fim, e de grande importância, saiba a história das doenças atuais, crônicas e passadas. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Anamnese – História Familiar (H.Far) • Possibilidade de doenças heredofamiliares e focalizar a linhagem do paciente; • Idade e condições de saúde de familiares (pai, mãe, irmãos, avós, tios, primos); • Questionar sobre doenças crônicas, diabetes, hipertensão arterial, doenças coronarianas, acidente vascular encefálico, dislipidemias, doenças alérgicas, nefropatias, neoplasias, doenças genéticas, pólipos intestinais, doenças psiquiátricas, tuberculose, artrite na família. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Anamnese – História Social (H.S) • Qual seu nível de educação? • Sua situação conjugal? • Como é a sua moradia? • Há fatores estressantes no seu dia a dia? • Como estão suas relações interpessoais? • O paciente é tabagista? Nessa pergunta, não esqueça de pontuar a quantidade maços/ano. • É etilista? Qual a frequência e quantas doses? Muitas vezes as pessoas subestimam a quantidade de álcool consumida; em caso de suspeitas de abuso, pode-se utilizar o questionário CAGE. • Questione-o sobre sua alimentação, cafés, chás e sobre o uso de substâncias ilícitas. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Estilo de Vida vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Inspeção / Ectoscopia vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Inspeção / Ectoscopia • Aspecto da pele • Deformidades • Aumentos de volume • Feridas e cicatrizes • Órteses e Próteses • Deambulação / Marcha • Postura • Atitude • Fácies vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Aspectos da pele Pele seca e descamativa Neurofibromatose Hanseníase vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Deformidades Pé torto congênito Paralisia infantil Mielomeningocele Craniotomia vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Aumento de volumes Hipertrofia muscular Pseudo-hipertrofia muscular Hidrocefalia vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Feridas e cicatrizes Mal perfurante plantar Cicatriz craniotomia Cicatriz hérnia disco Cicatriz túnel do carpo vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Órteses e próteses vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Fácies Facies miastênica Facies paralisia facial periférica Facies Leonina hanseníase vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Postura Parkinsoniano Hemiplégico Antálgica lombar Espondilite Anquilosante vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Deambulação e marcha (classificação) •Marcha não funcional •Marcha domiciliar •Deambula nas cercanias de casa ou na vizinhança •Marcha comunitária •Marcha normal vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Medida da Amplitude de Movimento – motricidade voluntária vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá ADM Ativa • Amplitude de movimento ativa: movimentação ativa é o movimento realizado voluntariamente, ou seja, sem auxílio do terapeuta. Nesse teste, solicita-se que o paciente realize movimentos osteocinemáticos de uma parte do corpo sem assistência: movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá ADM - Avaliação com movimentos funcionais • Colocar a mão atrás, na escápula • Colocar a mão atrás, na região lombar • Simular retirar roupas • Sentar e levantar • Calçar sapatos • Subir e descer escadas TESTE DE APPLEY vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá ADM - Passiva • Amplitude de movimento passivo: são os movimentos osteocinemáticos realizados pelo examinador sem o auxílio ativo do paciente. Normalmente, a amplitude de movimento passiva é maior que a amplitude de movimento ativa, pois as articulações têm uma pequena quantidade de movimento no final de sua amplitude, que não é controlado voluntariamente. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exemplo de medida ADM com goniômetro vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Força Muscular vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Escala de Avaliação da Força Muscular Teste Muscular Manual (TMM) 0 Não se percebe contração visível ou palpável 1 Traço de contração, sem produção de movimento 2 Contração fraca, produzindo movimento com a eliminação da gravidade 3 Realiza movimento contra a gravidade, porém sem resistência adicional 4 Realiza movimento contra a gravidade e vence resistência externa moderada 5 É capaz de superar a maior quantidade de resistência para a idade e segmento avaliado vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Miótomos (músculos-chave) Raiz Músculo-chave C1-C2 Flexão Cervical C3 Flexão Lateral Cervical C4-C5 Elevação do Ombro / Flexor Cotovelo C6 Flexão cotovelo / Extensão Punho C7 Extensão Cotovelo / Flexão Punho C8 Extensão e desvio ulnar do polegar T1 Abdução do quinto dedo Raiz Músculo-chave L2 Flexão do Quadril L3 Extensão do Joelho L4 Dorsiflexão do Tornozelo L5 Extensão do Hálux S1 Flexão Plantar do Tornozelo / Eversão do Tornozelo / extensão do quadril S2 Flexão do Joelho vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Dinamometria vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Manobras motoras - deficitárias vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Manobras motoras - deficitárias Manobra de Raimiste vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Tônus Muscular vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Tônus Muscular • Tônus é o estado permanente de tensão dos músculos, ou seja, o estado de contração basal, definido como uma resistência à movimentação passiva (TEIXEIRA, A. et al., 2007). • A alteração de maior frequência das desordensdo neurônio motor superior é a espasticidade, caracterizada por uma hiperexcitabilidade dos reflexos miotáticos e cutâneos que fomentam o tônus muscular (hipertonia elástica, aumento dos reflexos tônicos velocidade dependente). • A espasticidade surge em algumas situações clínicas tais como: acidente vascular encefálico, paralisia cerebral, lesões medulares, traumatismos cranianos, doenças degenerativas e desmielinizantes entre outras alterações do neurônio motor superior, de acordo com o Consenso Médico Espasticidade – SBMFR. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Espasticidade vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação do Tônus muscular • De acordo com Teixeira, A. et al., (2007), o tônus pode ser avaliado da seguinte forma: a) Palpação: verificação da consistência muscular, percebendo se há aumento do tônus (hipertonia) ou diminuição do tônus (hipotonia); b) Percussão: produção do fenômeno miotônico; c) Movimentação passiva: quanto à extensibilidade e à passividade; d) Balanço passivo das articulações. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação tônus https://www.youtube.com/watch?v=k4WTtd4C3WU vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação do Tônus Escala Modificada de Ashworth vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Interpretações • Hipertonia elástica ➔ Piramidal - Espasticidade (AVC, TCE, LM) • Hipertonia plástica ➔ Extrapiramidal - Rigidez (Parkinson, lesões núcleo da base) • Hipotonia muscular ➔ Flacidez (lesões do sistema nervoso periférico, lesões no cerebelo) vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá TÔNUS MUSCULAR HIPOTONIA HIPERTONIA ESPASTICIDADERIGIDEZ SINAL DA RODA DENTEADA SINAL DO CANIVETE vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Trofismo Muscular vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá O que é? • Trofismo muscular é o estado de higidez das fibras musculares avaliada indiretamente por meio da circunferência dos braços, antebraços, das coxas e pernas. Quando ocorre diminuição do trofismo muscular, algo bastante comum nas doenças neurológicas, dizemos que há atrofia muscular. • Por outro lado, quando ocorre aumento da circunferência do músculo, dizemos que há hipertrofia muscular ou pseudo- hipertrofia. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Mão com hanseníase • Hipotrofia / atrofia vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Pseudo-hipertrofia • Distrofia muscular de Duchenne vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Reflexos Profundos e Superficiais vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Reflexos profundos ou miotáticos • Do ponto de vista fisiológico, qualquer músculo estriado esquelético pode reagir reflexamente à estimulação. Ou seja, uma vez que o estiramento do músculo constitui o estímulo específico para o reflexo miotático, concluímos que a percussão para testar os reflexos profundos poderá ser realizada nos tendões, nos ossos ou no próprio músculo. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Reflexos Miotáticos Bicipital (C5-C6) Tricipital (C6-C8) Aquileu (S1-S2) Estilorradial (C5-C6) Fl. Dos dedos (C7-C8-T1) Patelar (L4-L5) vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Reflexos superficiais Nos reflexos superficiais (cutâneos e mucosos) o estímulo provocador do reflexo é superficial, feito, em geral, com um estilete de ponta romba (palito de fósforo) e a resposta é a contração de um grupo muscular. Inervação reflexo cutâneo (T7-T9, T9-T10, T11-T12) vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Reflexo cutaneoplantar “sinal de Babinski” Patognomônico para lesão piramidal – neurônio superior vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Reflexo anal (Lesão medular) vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Clônus – movimento involuntário vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Coordenação Motora vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Ataxia • Ataxia é o termo geral utilizado para descrever a incoordenação de movimentos, sendo caracterizada por deficiência na velocidade, amplitude de deslocamento, precisão direcional e força de movimento (BROWN et al., 1990). https://www.youtube.com/watch?v=zCN8b9xeLBM vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Dismetria • A dismetria é caracterizada por amplitude incorreta de movimento e força mal direcionada e reflete a deficiência na regulação da força muscular. Há uma quantidade excessiva de movimento (hipermetria) ou quantidade insuficiente de movimento (hipometria). • Os movimentos hipermétricos podem ser melhor observados em movimentos curtos, rápidos e intencionais e durante os ajustes posturais. Por ouro lado, os movimentos hipométricos são mais observados em movimentos lentos e de pequena amplitude (SHEPHERED, R. e JANET, C, 2008). vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Dismetria - provas a) Prova index-nariz: tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova deverá ser realizada acompanhada ou não pelo auxílio da visão. b) Prova índex-nariz-índex: consiste em tocar o nariz com o índex e, posteriormente, o índex do examinador de forma repetida e com deslocamento de posição do índex do examinador. c) Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal, tocar o joelho com o calcanhar do lado oposto e deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia. d) Prova dos movimentos alternados: efetuar movimentos sucessivos de pronação e supinação das mãos. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Equilíbrio vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá • O equilíbrio compreende as intervenções automáticas capazes de assegurar que o centro de gravidade do corpo se mantenha dentro do eixo de sustentação, tanto em condições estáticas (posição em pé), quanto dinâmicas (marcha). • Teste Romberg para avaliação do equilíbrio estático: o teste é realizado em pé, pés unidos e olhos fechados. No caso de alteração do equilíbrio, o paciente apresentará oscilação da postura e aumentará sua base de sustentação. • Teste de passo Fukuda para avaliação do equilíbrio dinâmico: o teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios têm 0,5 m de diferença entre si. O paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) com os braços estendidos e os olhos fechados. São considerados resultados patológicos se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Teste de Romberg https://www.youtube.com/watch?v=U5a4lbmwmOw https://www.youtube.com/watch?v=xpVYU1UUkDc vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Teste de Fukuda https://www.youtube.com/watch?v=oUWngWvFzIo vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Sensibilidade Extereoceptiva e Proprioceptiva vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Sensação tátil • O fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que este indique quando perceber a sensação teste. A pele é tocada com o objeto do teste em partes e lados do corpo de forma aleatória, sendo as respostas pontuadas da seguinte forma: 0 – ausente; 1 – deficiente; 2 –normal. Monofilamentos Disco discriminação de dois pontos vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Testes táteis mais comuns • Toque leve: tocar levemente a pele com bolas de algodão ou pincel, não realizar escovação. • Pressão: aplicar com o dedo indicador o suficiente para deformar o contorno da pele. • Localização tátil: repete-se o teste anterior de pressão, mas com a ponta do dedo indicador coberta de pó para marcar o local tocado. Pede-se ao paciente para apontar, descrever ou indicar com um desenho o lugar exato que foi tocado; dois centímetros de erro são aceitos. • Toque simultâneo bilateral: mesmo teste realizado anteriormente, mas o toque deve ser realizado simultaneamente em locais correspondentes em ambos os lados do corpo. O paciente deverá discriminar em qual lado foi tocado. • Discriminação entre dois pontos: podemos utilizarum compasso, 1 ou 2 pontos simultaneamente são aplicados sobre a pele, de forma irregular durante 0,5 segundos. O paciente deverá responder se 1 ou 2 pontos estão em contato com a pele. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Escala de Nottingham avaliação sensorial vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Estereognosia • Reconhecimento de objetos por meio do toque (moedas, chave, tesoura, etc). • Na ausência da sensibilidade, devemos anotar na ficha como asterognosia ou agnosia tátil. • A pontuação também pode ser: 0 – ausente; 1 - deficiente; 3 - normal vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Sensação cinestésica ou proprioceptiva • São testados simultaneamente a avaliação do movimento, direção do movimento e sensação da posição da articulação. Dessa forma, o fisioterapeuta irá avaliar cada articulação do membro afetado separadamente e pede-se ao paciente para realizar o mesmo movimento com o membro oposto. São realizados três testes antes de vendar o paciente. - Avaliação do movimento: o paciente indica que um movimento ocorreu, mas na direção incorreta; - Direção do movimento: o paciente é capaz de reproduzir a direção do movimento, mas sua nova posição está incorreta; - Posição da articulação: paciente repete os movimentos do teste até cerca de 10° em relação à nova posição. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Dermátomos • A região da pele inervada por um único par de raízes ou nervos sensitivos ou região medular forma um dermátomo correspondente. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Exame dos pares cranianos vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Nervos Cranianos 1 – n. olfatório 2 – n. óptico 3 – n. oculomotor 4 – n. troclear 5 – n. trigêmeo 6 – n. abducente 7 – n. facial 8 – n. vestíbulo-coclear 9 – n. glossofaríngeo 10 – n. vago 11 – n. acessório 12 – n. Hipoglosso vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo olfatório - I vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo óptico - II Avaliação da acuidade visual. Avaliação do campo visual. Avaliação do fundo de olho. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame da acuidade visual Mapa de Snellen crianças Analfabetos vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame da acuidade visual Cartão de Jaeger – visão de perto vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Teste de Ishihara – percepção de cores (daltonismo) vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo oculomotor - III reflexo pupilar vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo oculomotor - III movimentos oculares • O fisioterapeuta solicita ao paciente para elevar suas pálpebras e verifica se há déficits na elevação, depressão e na adução dos olhos. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo troclear - IV É responsável pela inervação do músculo oblíquo superior; sendo assim podemos testar o nervo pedindo para o paciente olhar para cima. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo trigêmeo - V É responsável pela sensibilidade da face e pela inervação dos músculos da mastigação. Dessa forma, verificamos a integridade do nervo realizando toques suaves na pele facial dos dois lados. Para testar a função motora, solicitamos ao paciente que realize movimentos de depressão e elevação com a articulação temporomandibular para testar os músculos da mastigação. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo trigêmeo - V Reflexo corneopalpebral é rotineiramente utilizado em lesões da córnea nos pacientes com hanseníase. A resposta normal é o fechamento bilateral dos olhos. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo abducente - VI É responsável pela inervação do músculo reto lateral do olho. Dessa forma, para testar o nervo abducente, pedimos ao paciente para abduzir o olho. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo facial - VII É responsável pela inervação dos músculos da mimica facial, m. platisma, sensibilidade 1/3 anteriores da língua e pavilhão auditivo externo. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo vestíbulo-coclear - VIII É responsável pela audição e pelo equilíbrio com a utilização da orelha interna. Para testar a integridade do nervo devemos utilizar um diapasão, em que o fisioterapeuta avalia a capacidade do paciente em ouvir com a mesma intensidade com as duas orelhas ao aplicar o diapasão em vibração perto da orelha ou ao estalar os dedos perto de cada orelha. O fisioterapeuta também deve pedir ao paciente para equilibrar-se sobre uma das pernas. Em casos de lesão do nervo, o paciente apresentará déficit auditivo e não conseguirá manter o equilíbrio com os olhos fechados. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo glossofaríngeo - IX É responsável pela inervação da faringe e da sensação da gustação nos 2/3 posteriores da língua. O fisioterapeuta também deverá pedir para o paciente engolir e dizer “ah”, e avalia o deslocamento da úvula para o lado mais forte. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo vago - X É responsável pela sensibilidade e controle dos músculos da laringe e da faringe, controle dos músculos autônomos das vísceras abdominais e torácicas. O fisioterapeuta pede ao paciente para engolir e avalia o reflexo de engasgo. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo acessório - XI É responsável pelo movimento de elevação da cintura escapular – músculos trapézio e ECOM. https://simbrazil.mediviewprojects.org/images/stories/NeuroExam/n-fig-33.jpg vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação nervo hipoglosso - XII É responsável pelo movimento da língua. Em caso de lesão do nervo hipoglosso, o paciente apresentará desvio da língua para um dos lados quando a coloca para fora da boca, ou não será capaz de movimentar a língua para os dois lados uniformemente. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Nervo hipoglosso – 12 par vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Distúrbios de Linguagem vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Afasias • Algumas patologias, como acidentes vasculares encefálicos, tumores cerebrais, aneurismas, traumatismos cranioencefálicos e infecções podem causar distúrbios de linguagem. Dessa forma, a afasia pode ser definida como perda ou deterioração da linguagem adquirida por dano cerebral. Motora Sensorial Condução vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Miniexame do Estado Mental (minimental) vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Exame físico Avaliação do paciente em coma vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Avaliação da Consciência – Interpretação • Vigil: Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo; • Sonolência: Lentificação dos processos ideacionais, fala pastosa, pouca movimentação; • Obnubilação/turbação da consciência: moderado comprometimento, compreensão dificultada; • Dissociação da consciência: o paciente apresenta perda da compreensão de si; o indivíduo "desliga-se" da realidade para parar de sofrer; • em Transe/Catalepsia: espécie de sonho acordado com a presença de atividade motora automática, ou seja, perda de movimentos voluntários; comportamento estereotipado acompanhado de suspensão parcial dos movimentos voluntários; • Torpor: Está dormindo, exceto quando estimulado. • Coma: não pode ser acordado, apresentando profundo comprometimento da atividade voluntária consciente e ausência de qualquer indício de consciência. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Nível de consciência Escala de coma de Glasgow • Escala mais utilizada no mundo. • A pontuação fica entre 3 e 15. • o coma pode ser definido como o estado em que o paciente não obedece às ordens verbais, não pronuncia as palavras e não abre os olhos, com pontuação menor ou igual a 8. • A nova escalainclui a avaliação do reflexo pupilar e diminuir do escore total encontrado. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Classificação Glasgow Pontuação de 13 a 15: traumatismo craniano leve; • Grau I: o paciente obedece a ordens, as perguntas produzem respostas verbais e aos estímulos dolorosos há verbalização. Pontuação 9 a 12: traumatismo craniano moderado; • Grau II: a dor produz movimentos voluntários e os estímulos dolorosos produzem movimentos faciais, piscamento ou abertura das pálpebras. Pontuação 3 a 8: traumatismo craniano grave. • Grau III: a dor produz reflexos motores elementares e não produz reação voluntária do paciente. * O grau IV é caracterizado pela morte cerebral, em que a dor não produz reação e as funções vegetativas (ritmo respiratório, cardíaco, pressão arterial e temperatura) não se mantêm espontaneamente. vagnersarj@gmail.com Prof. Dr. Vagner Sá Referências • SILVA, S.G. Fisioterapia neurológica. SESES, Rio de Janeiro, 2017. (Livro base adotado pela instituição) • UMPHRED D. A. Reabilitação neurológica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2004. • LUNDY-EKMAN, Laurie. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. 3. ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. • O´SULLIVAN S. B., SCHMITZ T. J. Fisioterapia avaliação e tratamento. 4. ed. Barueri: Manole, 2004, p. 540. • SPECIALI J. G. Semiotécnica neurológica. Medicina (Ribeirão Preto) 1996; 29:19-31. Slide 1: Semiologia Neurológica Slide 2: Por que avaliar? Slide 3: Quais os principais objetivos da fisioterapia? Slide 4: Sessões principais do exame neurológico Slide 5: Anamnese Slide 6: Anamnese - Identificação Slide 7: Anamnese – História da Doença Atual (H.D.A) Slide 8: Anamnese – História Patológica Pregressa (H.P.P) Slide 9: Anamnese – História Familiar (H.Far) Slide 10: Anamnese – História Social (H.S) Slide 11: Estilo de Vida Slide 12: Exame físico Slide 13: Inspeção / Ectoscopia Slide 14: Aspectos da pele Slide 15: Deformidades Slide 16: Aumento de volumes Slide 17: Feridas e cicatrizes Slide 18: Órteses e próteses Slide 19: Fácies Slide 20: Postura Slide 21: Deambulação e marcha (classificação) Slide 22: Exame físico Slide 23: ADM Ativa Slide 24: ADM - Avaliação com movimentos funcionais Slide 25: ADM - Passiva Slide 26: Exemplo de medida ADM com goniômetro Slide 27: Exame físico Slide 28: Escala de Avaliação da Força Muscular Teste Muscular Manual (TMM) Slide 29: Miótomos (músculos-chave) Slide 30: Dinamometria Slide 31: Manobras motoras - deficitárias Slide 32: Manobras motoras - deficitárias Manobra de Raimiste Slide 33: Exame físico Slide 34: Tônus Muscular Slide 35: Espasticidade Slide 36: Avaliação do Tônus muscular Slide 37: Avaliação tônus Slide 38: Avaliação do Tônus Escala Modificada de Ashworth Slide 39: Interpretações Slide 40 Slide 41: Exame físico Slide 42: O que é? Slide 43: Mão com hanseníase Slide 44: Pseudo-hipertrofia Slide 45: Exame físico Slide 46: Reflexos profundos ou miotáticos Slide 47: Reflexos Miotáticos Slide 48: Reflexos superficiais Slide 49: Reflexo cutaneoplantar “sinal de Babinski” Slide 50: Reflexo anal (Lesão medular) Slide 52: Clônus – movimento involuntário Slide 53: Exame físico Slide 54: Ataxia Slide 55: Dismetria Slide 56: Dismetria - provas Slide 57: Exame físico Slide 58 Slide 59: Teste de Romberg Slide 60: Teste de Fukuda Slide 61: Exame físico Slide 62: Sensação tátil Slide 63: Testes táteis mais comuns Slide 64: Escala de Nottingham avaliação sensorial Slide 65: Estereognosia Slide 66: Sensação cinestésica ou proprioceptiva Slide 67: Dermátomos Slide 68: Exame físico Slide 69: Nervos Cranianos Slide 70: Avaliação nervo olfatório - I Slide 71: Avaliação nervo óptico - II Slide 72: Exame da acuidade visual Mapa de Snellen Slide 73: Exame da acuidade visual Cartão de Jaeger – visão de perto Slide 74: Teste de Ishihara – percepção de cores (daltonismo) Slide 75: Avaliação nervo oculomotor - III reflexo pupilar Slide 76: Avaliação nervo oculomotor - III movimentos oculares Slide 77: Avaliação nervo troclear - IV Slide 78: Avaliação nervo trigêmeo - V Slide 79: Avaliação nervo trigêmeo - V Slide 80: Avaliação nervo abducente - VI Slide 81: Avaliação nervo facial - VII Slide 82: Avaliação nervo vestíbulo-coclear - VIII Slide 83: Avaliação nervo glossofaríngeo - IX Slide 84: Avaliação nervo vago - X Slide 85: Avaliação nervo acessório - XI Slide 86: Avaliação nervo hipoglosso - XII Slide 87: Nervo hipoglosso – 12 par Slide 88: Exame físico Slide 89: Afasias Slide 90: Exame físico Slide 91 Slide 92: Exame físico Slide 93: Avaliação da Consciência – Interpretação Slide 94: Nível de consciência Escala de coma de Glasgow Slide 95: Classificação Glasgow Slide 96: Referências
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