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Semiologia neurologica - aula PDF

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Semiologia Neurológica
Prof. Dr. Vagner Sá
Fisioterapeuta
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Prof. Dr. Vagner Sá
Por que avaliar?
• Uma avaliação precisa e correta torna o diagnóstico cinético
funcional mais preciso e, consequentemente, será mais fácil a
elaboração de metas e objetivos para o tratamento
fisioterapêutico.
Avaliar
Definição de 
Metas
Elaborar 
Tratamentos
Reavaliar
Alta e 
encaminhamentos
Curto prazo
2-3 sem
Longo prazo
+ 3 sem
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Quais os principais objetivos da fisioterapia?
objetivos
Retorno das AVDs
Retorno da Função 
Retorno ao 
trabalho
Independência 
funcional
Retorno à 
Atividades 
Recreativas
Melhora na 
qualidade de vida
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Prof. Dr. Vagner Sá
Sessões principais do exame neurológico
• Anamnese e exame físico
• Estado mental
• Nervos cranianos
• Motor
• Sensorial
• Reflexos
• Função cerebelar
• Marcha e postura
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Anamnese
A arte de ouvir! 
O processo de escuta ativa!
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Anamnese - Identificação
• Nome completo
• Idade e sexo (gênero)
• Endereço e naturalidade
• Ocupação / Profissão
• Etnia
• Situação conjugal
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Anamnese – História da Doença Atual (H.D.A)
• Quando e como a doença iniciou?
• Qual a sua localização?
• Teve um início insidioso ou agudo?
• Há variação sazonal dos sintomas?
• Qual a intensidade e duração dos sintomas?
• Há algo que promova alívio ou piora destes?
• Há sintomas associados? Já houve tratamento anterior?
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Anamnese – História Patológica Pregressa (H.P.P)
• Comece do princípio de sua vida, como foi seu pré-natal?
• Analise a história obstétrica do paciente: condições de parto; caso o paciente tenha a 
caderneta, é importante dar um olhar ao seu APGAR.
• Colha dados do seu desenvolvimento neuropsicomotor, com quantos anos firmou a cabeça, 
sentou, falou e andou?
• Bem, vamos agora para sua infância, teve doenças da infância?
• Apresenta alergias?
• Quedas, fraturas, como e onde ocorreram?
• O paciente já realizou cirurgias? Quais, e quando?
• Seu calendário vacinal está de acordo com a sua faixa etária?
• Saiba quais são todos os seus medicamentos em uso, anote a posologia e o horário de 
tomada.
• Por fim, e de grande importância, saiba a história das doenças atuais, crônicas e passadas.
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Anamnese – História Familiar (H.Far)
• Possibilidade de doenças heredofamiliares e focalizar a linhagem 
do paciente;
• Idade e condições de saúde de familiares (pai, mãe, irmãos, avós, 
tios, primos); 
• Questionar sobre doenças crônicas, diabetes, hipertensão 
arterial, doenças coronarianas, acidente vascular encefálico, 
dislipidemias, doenças alérgicas, nefropatias, neoplasias, 
doenças genéticas, pólipos intestinais, doenças psiquiátricas, 
tuberculose, artrite na família. 
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Anamnese – História Social (H.S)
• Qual seu nível de educação?
• Sua situação conjugal?
• Como é a sua moradia?
• Há fatores estressantes no seu dia a dia?
• Como estão suas relações interpessoais?
• O paciente é tabagista? Nessa pergunta, não esqueça de pontuar a 
quantidade maços/ano.
• É etilista? Qual a frequência e quantas doses? Muitas vezes as pessoas 
subestimam a quantidade de álcool consumida; em caso de suspeitas de 
abuso, pode-se utilizar o questionário CAGE.
• Questione-o sobre sua alimentação, cafés, chás e sobre o uso 
de substâncias ilícitas.
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Estilo de Vida
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Exame físico
Inspeção / Ectoscopia
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Inspeção / Ectoscopia
• Aspecto da pele
• Deformidades
• Aumentos de volume
• Feridas e cicatrizes
• Órteses e Próteses
• Deambulação / Marcha
• Postura
• Atitude
• Fácies
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Aspectos da pele
Pele seca e descamativa
Neurofibromatose
Hanseníase
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Deformidades 
Pé torto congênito
Paralisia infantil
Mielomeningocele
Craniotomia
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Aumento de volumes
Hipertrofia muscular Pseudo-hipertrofia
muscular
Hidrocefalia
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Feridas e cicatrizes
Mal perfurante plantar
Cicatriz craniotomia
Cicatriz hérnia disco Cicatriz túnel do carpo
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Órteses e próteses
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Fácies
Facies miastênica Facies paralisia facial 
periférica
Facies Leonina 
hanseníase
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Postura
Parkinsoniano Hemiplégico Antálgica lombar
Espondilite 
Anquilosante
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Deambulação e marcha (classificação)
•Marcha não funcional
•Marcha domiciliar
•Deambula nas cercanias de casa ou na vizinhança
•Marcha comunitária
•Marcha normal 
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Exame físico
Medida da Amplitude de Movimento – motricidade voluntária
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ADM Ativa
• Amplitude de movimento ativa: movimentação ativa é o movimento
realizado voluntariamente, ou seja, sem auxílio do terapeuta. Nesse 
teste, solicita-se que o paciente realize movimentos osteocinemáticos 
de uma parte do corpo sem assistência: movimentos de flexão, 
extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral. 
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ADM - Avaliação com movimentos funcionais
• Colocar a mão atrás, na escápula
• Colocar a mão atrás, na região lombar
• Simular retirar roupas
• Sentar e levantar
• Calçar sapatos
• Subir e descer escadas
TESTE DE APPLEY
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ADM - Passiva
• Amplitude de movimento passivo: são os movimentos 
osteocinemáticos realizados pelo examinador sem o auxílio ativo 
do paciente. Normalmente, a amplitude de movimento passiva é 
maior que a amplitude de movimento ativa, pois as articulações 
têm uma pequena quantidade de movimento no final de sua 
amplitude, que não é controlado voluntariamente. 
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Exemplo de medida ADM com goniômetro
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Exame físico
Força Muscular
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Escala de Avaliação da Força Muscular
Teste Muscular Manual (TMM)
0 Não se percebe contração visível ou palpável
1 Traço de contração, sem produção de movimento
2 Contração fraca, produzindo movimento com a eliminação da gravidade
3 Realiza movimento contra a gravidade, porém sem resistência adicional
4 Realiza movimento contra a gravidade e vence resistência externa moderada
5 É capaz de superar a maior quantidade de resistência para a idade e segmento 
avaliado
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Miótomos (músculos-chave) 
Raiz Músculo-chave
C1-C2 Flexão Cervical
C3 Flexão Lateral Cervical
C4-C5 Elevação do Ombro / Flexor Cotovelo
C6 Flexão cotovelo / Extensão Punho
C7 Extensão Cotovelo / Flexão Punho
C8 Extensão e desvio ulnar do polegar
T1 Abdução do quinto dedo
Raiz Músculo-chave
L2 Flexão do Quadril
L3 Extensão do Joelho
L4 Dorsiflexão do Tornozelo
L5 Extensão do Hálux
S1 Flexão Plantar do Tornozelo / Eversão do 
Tornozelo / extensão do quadril
S2 Flexão do Joelho
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Dinamometria
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Manobras motoras - deficitárias 
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Manobras motoras - deficitárias 
Manobra de Raimiste
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Exame físico
Tônus Muscular
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Tônus Muscular
• Tônus é o estado permanente de tensão dos músculos, ou seja, o estado de 
contração basal, definido como uma resistência à movimentação passiva 
(TEIXEIRA, A. et al., 2007). 
• A alteração de maior frequência das desordensdo neurônio motor 
superior é a espasticidade, caracterizada por uma hiperexcitabilidade dos 
reflexos miotáticos e cutâneos que fomentam o tônus muscular (hipertonia 
elástica, aumento dos reflexos tônicos velocidade dependente). 
• A espasticidade surge em algumas situações clínicas tais como: acidente 
vascular encefálico, paralisia cerebral, lesões medulares, traumatismos 
cranianos, doenças degenerativas e desmielinizantes entre outras 
alterações do neurônio motor superior, de acordo com o Consenso 
Médico Espasticidade – SBMFR.
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Espasticidade
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Avaliação do Tônus muscular
• De acordo com Teixeira, A. et al., (2007), o tônus pode ser avaliado da 
seguinte forma:
a) Palpação: verificação da consistência muscular, percebendo se há 
aumento do tônus (hipertonia) ou diminuição do tônus (hipotonia);
b) Percussão: produção do fenômeno miotônico;
c) Movimentação passiva: quanto à extensibilidade e à passividade;
d) Balanço passivo das articulações. 
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Avaliação tônus
https://www.youtube.com/watch?v=k4WTtd4C3WU
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Avaliação do Tônus
Escala Modificada de Ashworth
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Interpretações 
• Hipertonia elástica ➔ Piramidal - Espasticidade (AVC, TCE, LM)
• Hipertonia plástica ➔ Extrapiramidal - Rigidez (Parkinson, lesões 
núcleo da base)
• Hipotonia muscular ➔ Flacidez (lesões do sistema nervoso periférico, 
lesões no cerebelo)
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TÔNUS MUSCULAR
HIPOTONIA HIPERTONIA
ESPASTICIDADERIGIDEZ
SINAL DA RODA 
DENTEADA
SINAL DO 
CANIVETE
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Exame físico
Trofismo Muscular
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O que é?
• Trofismo muscular é o estado de higidez das fibras musculares 
avaliada indiretamente por meio da circunferência dos braços, 
antebraços, das coxas e pernas. Quando ocorre diminuição do 
trofismo muscular, algo bastante comum nas doenças neurológicas, 
dizemos que há atrofia muscular. 
• Por outro lado, quando ocorre aumento da circunferência do 
músculo, dizemos que há hipertrofia muscular ou pseudo-
hipertrofia. 
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Mão com hanseníase
• Hipotrofia / atrofia 
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Pseudo-hipertrofia
• Distrofia muscular de Duchenne
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Exame físico
Reflexos Profundos e Superficiais
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Reflexos profundos ou miotáticos
• Do ponto de vista fisiológico, qualquer músculo estriado esquelético 
pode reagir reflexamente à estimulação. Ou seja, uma vez que o 
estiramento do músculo constitui o estímulo específico para o reflexo 
miotático, concluímos que a percussão para testar os reflexos 
profundos poderá ser realizada nos tendões, nos ossos ou no próprio 
músculo. 
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Reflexos Miotáticos
Bicipital 
(C5-C6) 
Tricipital 
(C6-C8)
Aquileu
(S1-S2) 
Estilorradial
(C5-C6)
Fl. Dos dedos 
(C7-C8-T1)
Patelar 
(L4-L5) 
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Reflexos superficiais
Nos reflexos superficiais (cutâneos e 
mucosos) o estímulo provocador do 
reflexo é superficial, feito, em geral, 
com um estilete de ponta romba (palito 
de fósforo) e a resposta é a contração 
de um grupo muscular.
Inervação reflexo cutâneo 
(T7-T9, T9-T10, T11-T12)
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Reflexo cutaneoplantar
“sinal de Babinski”
Patognomônico para lesão piramidal – neurônio superior
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Reflexo anal (Lesão medular)
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Clônus – movimento involuntário
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Exame físico
Coordenação Motora
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Ataxia
• Ataxia é o termo geral utilizado para descrever a incoordenação de 
movimentos, sendo caracterizada por deficiência na velocidade, 
amplitude de deslocamento, precisão direcional e força de 
movimento (BROWN et al., 1990). 
https://www.youtube.com/watch?v=zCN8b9xeLBM
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Dismetria
• A dismetria é caracterizada por amplitude incorreta de movimento e 
força mal direcionada e reflete a deficiência na regulação da força 
muscular. Há uma quantidade excessiva de movimento (hipermetria) 
ou quantidade insuficiente de movimento (hipometria). 
• Os movimentos hipermétricos podem ser melhor observados em 
movimentos curtos, rápidos e intencionais e durante os ajustes 
posturais. Por ouro lado, os movimentos hipométricos são mais 
observados em movimentos lentos e de pequena amplitude 
(SHEPHERED, R. e JANET, C, 2008). 
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Dismetria - provas 
a) Prova index-nariz: tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova 
deverá ser realizada acompanhada ou não pelo auxílio da visão.
b) Prova índex-nariz-índex: consiste em tocar o nariz com o índex e,
posteriormente, o índex do examinador de forma repetida e com 
deslocamento de posição do índex do examinador.
c) Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal, tocar o joelho 
com o calcanhar do lado oposto e deslizar o calcanhar ao longo da 
crista da tíbia.
d) Prova dos movimentos alternados: efetuar movimentos sucessivos 
de pronação e supinação das mãos. 
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Exame físico
Equilíbrio
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• O equilíbrio compreende as intervenções automáticas capazes de assegurar que 
o centro de gravidade do corpo se mantenha dentro do eixo de sustentação, 
tanto em condições estáticas (posição em pé), quanto dinâmicas (marcha). 
• Teste Romberg para avaliação do equilíbrio estático: o teste é realizado em pé, 
pés unidos e olhos fechados. No caso de alteração do equilíbrio, o paciente 
apresentará oscilação da postura e aumentará sua base de sustentação.
• Teste de passo Fukuda para avaliação do equilíbrio dinâmico: o teste é
realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios
têm 0,5 m de diferença entre si. O paciente marcha, elevando os joelhos 
aproximadamente 45° sem deslocar-se, executando 60 passos (um por segundo) 
com os braços estendidos e os olhos fechados. São considerados resultados 
patológicos se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 
30°.
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Teste de Romberg
https://www.youtube.com/watch?v=U5a4lbmwmOw https://www.youtube.com/watch?v=xpVYU1UUkDc
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Teste de Fukuda
https://www.youtube.com/watch?v=oUWngWvFzIo
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Exame físico
Sensibilidade Extereoceptiva e Proprioceptiva
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Sensação tátil
• O fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que este indique quando 
perceber a sensação teste. A pele é tocada com o objeto do teste
em partes e lados do corpo de forma aleatória, sendo as respostas 
pontuadas da seguinte forma: 0 – ausente; 1 – deficiente; 2 –normal. 
Monofilamentos Disco discriminação de dois pontos 
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Testes táteis mais comuns
• Toque leve: tocar levemente a pele com bolas de algodão ou pincel, não realizar 
escovação.
• Pressão: aplicar com o dedo indicador o suficiente para deformar o contorno da 
pele.
• Localização tátil: repete-se o teste anterior de pressão, mas com a ponta do dedo 
indicador coberta de pó para marcar o local tocado. Pede-se ao paciente para 
apontar, descrever ou indicar com um desenho o lugar exato que foi tocado; dois 
centímetros de erro são aceitos.
• Toque simultâneo bilateral: mesmo teste realizado anteriormente, mas o toque 
deve ser realizado simultaneamente em locais correspondentes em ambos os 
lados do corpo. O paciente deverá discriminar em qual lado foi tocado.
• Discriminação entre dois pontos: podemos utilizarum compasso, 1 ou 2 pontos 
simultaneamente são aplicados sobre a pele, de forma irregular durante 0,5 
segundos. O paciente deverá responder se 1 ou 2 pontos estão em contato com a 
pele.
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Escala de Nottingham 
avaliação sensorial
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Estereognosia
• Reconhecimento de objetos por meio do toque (moedas, chave, 
tesoura, etc).
• Na ausência da sensibilidade, devemos anotar na ficha como 
asterognosia ou agnosia tátil.
• A pontuação também pode ser: 0 – ausente; 1 - deficiente; 3 - normal
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Sensação cinestésica ou proprioceptiva
• São testados simultaneamente a avaliação do movimento, direção do 
movimento e sensação da posição da articulação. Dessa forma, o 
fisioterapeuta irá avaliar cada articulação do membro afetado 
separadamente e pede-se ao paciente para realizar o mesmo movimento 
com o membro oposto. São realizados três testes antes de vendar o 
paciente. 
- Avaliação do movimento: o paciente indica que um movimento ocorreu,
mas na direção incorreta;
- Direção do movimento: o paciente é capaz de reproduzir a direção do
movimento, mas sua nova posição está incorreta;
- Posição da articulação: paciente repete os movimentos do teste até cerca 
de 10° em relação à nova posição. 
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Dermátomos
• A região da pele inervada 
por um único par de raízes 
ou nervos sensitivos ou 
região medular forma um 
dermátomo
correspondente. 
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Exame físico
Exame dos pares cranianos
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Nervos Cranianos 
1 – n. olfatório
2 – n. óptico
3 – n. oculomotor
4 – n. troclear
5 – n. trigêmeo
6 – n. abducente
7 – n. facial
8 – n. vestíbulo-coclear
9 – n. glossofaríngeo
10 – n. vago
11 – n. acessório
12 – n. Hipoglosso
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Avaliação nervo olfatório - I
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Avaliação nervo óptico - II
Avaliação da acuidade visual.
Avaliação do campo visual.
Avaliação do fundo de olho.
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Exame da acuidade visual
Mapa de Snellen
crianças
Analfabetos
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Exame da acuidade visual
Cartão de Jaeger – visão de perto
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Teste de Ishihara – percepção de cores 
(daltonismo)
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Avaliação nervo oculomotor - III
reflexo pupilar
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Avaliação nervo oculomotor - III
movimentos oculares
• O fisioterapeuta solicita ao paciente para elevar suas pálpebras e 
verifica se há déficits na elevação, depressão e na adução dos olhos. 
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Avaliação nervo troclear - IV
É responsável pela 
inervação do músculo 
oblíquo superior; sendo 
assim podemos testar o 
nervo pedindo para o 
paciente olhar para cima.
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Avaliação nervo trigêmeo - V
É responsável pela sensibilidade da 
face e pela inervação dos músculos da 
mastigação. Dessa forma, verificamos 
a integridade do nervo realizando 
toques suaves na pele facial dos dois 
lados. Para testar a função motora, 
solicitamos ao paciente que realize 
movimentos de depressão e elevação 
com a articulação temporomandibular 
para testar os músculos da 
mastigação.
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Avaliação nervo trigêmeo - V
Reflexo corneopalpebral é 
rotineiramente utilizado em lesões da 
córnea nos pacientes com hanseníase.
A resposta normal é o fechamento 
bilateral dos olhos.
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Avaliação nervo abducente - VI
É responsável pela 
inervação do músculo 
reto lateral do olho. Dessa 
forma, para testar o nervo 
abducente, pedimos ao 
paciente para abduzir o 
olho.
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Avaliação nervo facial - VII
É responsável pela inervação dos músculos 
da mimica facial, m. platisma, sensibilidade 
1/3 anteriores da língua e pavilhão auditivo 
externo.
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Avaliação nervo vestíbulo-coclear - VIII
É responsável pela audição e pelo equilíbrio com a utilização
da orelha interna. Para testar a integridade do nervo devemos
utilizar um diapasão, em que o fisioterapeuta avalia a
capacidade do paciente em ouvir com a mesma intensidade
com as duas orelhas ao aplicar o diapasão em vibração perto
da orelha ou ao estalar os dedos perto de cada orelha.
O fisioterapeuta também deve pedir ao paciente para
equilibrar-se sobre uma das pernas. Em casos de lesão do
nervo, o paciente apresentará déficit auditivo e não
conseguirá manter o equilíbrio com os olhos fechados.
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Avaliação nervo glossofaríngeo - IX
É responsável pela inervação da 
faringe e da sensação da gustação 
nos 2/3 posteriores da língua. O 
fisioterapeuta também deverá 
pedir para o paciente engolir e dizer 
“ah”, e avalia o deslocamento da 
úvula para o lado
mais forte.
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Avaliação nervo vago - X
É responsável pela sensibilidade 
e controle dos músculos da 
laringe e da faringe, controle dos 
músculos autônomos das 
vísceras abdominais e torácicas.
O fisioterapeuta pede ao 
paciente para engolir e avalia o 
reflexo de engasgo.
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Avaliação nervo acessório - XI
É responsável pelo movimento 
de elevação da cintura 
escapular – músculos trapézio 
e ECOM.
https://simbrazil.mediviewprojects.org/images/stories/NeuroExam/n-fig-33.jpg
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Avaliação nervo hipoglosso - XII
É responsável pelo movimento 
da língua. Em caso de lesão do 
nervo hipoglosso, o paciente 
apresentará desvio da língua 
para um dos lados quando a 
coloca para fora da boca, ou não 
será capaz de movimentar a 
língua para os dois lados 
uniformemente.
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Nervo hipoglosso – 12 par
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Exame físico
Distúrbios de Linguagem
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Afasias
• Algumas patologias, como acidentes vasculares encefálicos, tumores
cerebrais, aneurismas, traumatismos cranioencefálicos e infecções 
podem causar distúrbios de linguagem. Dessa forma, a afasia pode 
ser definida como perda ou deterioração da linguagem adquirida por 
dano cerebral.
Motora Sensorial 
Condução 
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Exame físico
Miniexame do Estado Mental (minimental)
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Exame físico
Avaliação do paciente em coma
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Avaliação da Consciência – Interpretação 
• Vigil: Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo; 
• Sonolência: Lentificação dos processos ideacionais, fala pastosa, pouca 
movimentação; 
• Obnubilação/turbação da consciência: moderado comprometimento, 
compreensão dificultada; 
• Dissociação da consciência: o paciente apresenta perda da compreensão de si; o 
indivíduo "desliga-se" da realidade para parar de sofrer; 
• em Transe/Catalepsia: espécie de sonho acordado com a presença de atividade 
motora automática, ou seja, perda de movimentos voluntários; comportamento 
estereotipado acompanhado de suspensão parcial dos movimentos voluntários; 
• Torpor: Está dormindo, exceto quando estimulado. 
• Coma: não pode ser acordado, apresentando profundo comprometimento da 
atividade voluntária consciente e ausência de qualquer indício de consciência. 
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Nível de consciência
Escala de coma de Glasgow
• Escala mais utilizada no mundo.
• A pontuação fica entre 3 e 15.
• o coma pode ser definido como o 
estado em que o paciente não 
obedece às ordens verbais, não 
pronuncia as palavras e não abre os 
olhos, com pontuação menor ou igual 
a 8.
• A nova escalainclui a avaliação do 
reflexo pupilar e diminuir do escore 
total encontrado.
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Classificação Glasgow
Pontuação de 13 a 15: traumatismo craniano leve;
• Grau I: o paciente obedece a ordens, as perguntas produzem respostas 
verbais e aos estímulos dolorosos há verbalização.
Pontuação 9 a 12: traumatismo craniano moderado;
• Grau II: a dor produz movimentos voluntários e os estímulos dolorosos 
produzem movimentos faciais, piscamento ou abertura das pálpebras.
Pontuação 3 a 8: traumatismo craniano grave.
• Grau III: a dor produz reflexos motores elementares e não produz reação 
voluntária do paciente.
* O grau IV é caracterizado pela morte cerebral, em que a dor não produz
reação e as funções vegetativas (ritmo respiratório, cardíaco, pressão arterial 
e temperatura) não se mantêm espontaneamente. 
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Prof. Dr. Vagner Sá
Referências 
• SILVA, S.G. Fisioterapia neurológica. SESES, Rio de Janeiro, 2017. (Livro base 
adotado pela instituição)
• UMPHRED D. A. Reabilitação neurológica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2004. 
• LUNDY-EKMAN, Laurie. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. 3. 
ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
• O´SULLIVAN S. B., SCHMITZ T. J. Fisioterapia avaliação e tratamento. 4. ed. 
Barueri: Manole, 2004, p. 540. 
• SPECIALI J. G. Semiotécnica neurológica. Medicina (Ribeirão Preto) 1996; 
29:19-31.
	Slide 1: Semiologia Neurológica
	Slide 2: Por que avaliar?
	Slide 3: Quais os principais objetivos da fisioterapia?
	Slide 4: Sessões principais do exame neurológico
	Slide 5: Anamnese
	Slide 6: Anamnese - Identificação
	Slide 7: Anamnese – História da Doença Atual (H.D.A)
	Slide 8: Anamnese – História Patológica Pregressa (H.P.P)
	Slide 9: Anamnese – História Familiar (H.Far)
	Slide 10: Anamnese – História Social (H.S)
	Slide 11: Estilo de Vida
	Slide 12: Exame físico
	Slide 13: Inspeção / Ectoscopia 
	Slide 14: Aspectos da pele
	Slide 15: Deformidades 
	Slide 16: Aumento de volumes
	Slide 17: Feridas e cicatrizes
	Slide 18: Órteses e próteses
	Slide 19: Fácies
	Slide 20: Postura
	Slide 21: Deambulação e marcha (classificação)
	Slide 22: Exame físico
	Slide 23: ADM Ativa
	Slide 24: ADM - Avaliação com movimentos funcionais
	Slide 25: ADM - Passiva
	Slide 26: Exemplo de medida ADM com goniômetro
	Slide 27: Exame físico
	Slide 28: Escala de Avaliação da Força Muscular Teste Muscular Manual (TMM)
	Slide 29: Miótomos (músculos-chave) 
	Slide 30: Dinamometria 
	Slide 31: Manobras motoras - deficitárias 
	Slide 32: Manobras motoras - deficitárias Manobra de Raimiste
	Slide 33: Exame físico
	Slide 34: Tônus Muscular
	Slide 35: Espasticidade
	Slide 36: Avaliação do Tônus muscular
	Slide 37: Avaliação tônus
	Slide 38: Avaliação do Tônus Escala Modificada de Ashworth
	Slide 39: Interpretações 
	Slide 40
	Slide 41: Exame físico
	Slide 42: O que é?
	Slide 43: Mão com hanseníase
	Slide 44: Pseudo-hipertrofia 
	Slide 45: Exame físico
	Slide 46: Reflexos profundos ou miotáticos
	Slide 47: Reflexos Miotáticos 
	Slide 48: Reflexos superficiais
	Slide 49: Reflexo cutaneoplantar “sinal de Babinski”
	Slide 50: Reflexo anal (Lesão medular)
	Slide 52: Clônus – movimento involuntário
	Slide 53: Exame físico
	Slide 54: Ataxia
	Slide 55: Dismetria 
	Slide 56: Dismetria - provas 
	Slide 57: Exame físico
	Slide 58
	Slide 59: Teste de Romberg
	Slide 60: Teste de Fukuda
	Slide 61: Exame físico
	Slide 62: Sensação tátil
	Slide 63: Testes táteis mais comuns
	Slide 64: Escala de Nottingham avaliação sensorial
	Slide 65: Estereognosia 
	Slide 66: Sensação cinestésica ou proprioceptiva
	Slide 67: Dermátomos 
	Slide 68: Exame físico
	Slide 69: Nervos Cranianos 
	Slide 70: Avaliação nervo olfatório - I
	Slide 71: Avaliação nervo óptico - II
	Slide 72: Exame da acuidade visual Mapa de Snellen
	Slide 73: Exame da acuidade visual Cartão de Jaeger – visão de perto
	Slide 74: Teste de Ishihara – percepção de cores (daltonismo)
	Slide 75: Avaliação nervo oculomotor - III reflexo pupilar
	Slide 76: Avaliação nervo oculomotor - III movimentos oculares
	Slide 77: Avaliação nervo troclear - IV
	Slide 78: Avaliação nervo trigêmeo - V
	Slide 79: Avaliação nervo trigêmeo - V
	Slide 80: Avaliação nervo abducente - VI
	Slide 81: Avaliação nervo facial - VII
	Slide 82: Avaliação nervo vestíbulo-coclear - VIII
	Slide 83: Avaliação nervo glossofaríngeo - IX
	Slide 84: Avaliação nervo vago - X
	Slide 85: Avaliação nervo acessório - XI
	Slide 86: Avaliação nervo hipoglosso - XII
	Slide 87: Nervo hipoglosso – 12 par
	Slide 88: Exame físico
	Slide 89: Afasias
	Slide 90: Exame físico
	Slide 91
	Slide 92: Exame físico
	Slide 93: Avaliação da Consciência – Interpretação 
	Slide 94: Nível de consciência Escala de coma de Glasgow
	Slide 95: Classificação Glasgow
	Slide 96: Referências

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