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RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA PEDIÁTRICA PROF PEDRO VITOR MAGALHÃES PROF. SILEYDE JUCÁ AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Na criança, a avaliação neurológica muda sua expressão clínica de acordo com a faixa etária, acompanhando o amadurecimento cerebral. O exame do sistema nervoso consiste em INSPEÇÃO e PALPAÇÃO. Devem ser avaliados: o estado mental (orientação, atenção, memória, habilidades visuo-espaciais, linguagem) o nível de consciência, a resposta pupilar à luz o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) (se está adequado para a idade do paciente) o tônus e a força muscular a sensibilidade a coordenação motora o equilíbrio e marcha a presença de movimentos involuntários a presença de sinais de irritação meníngea. Na INSPEÇÃO valorizar: a qualidade do contato com o meio e o examinador; o tipo de choro para o RN; a existência ou não de motricidade espontânea; facies; as deformidades craniofaciais e/ou corporais; a presença de alterações pigmentares da pele; a movimentação ocular; o piscamento palpebral; o tipo de respiração; cianose ou palidez, a existência de mioclonias e tremores. AVALIAR: Nível de Consciência Orientação Linguagem NÍVEL DE CONCIÊNCIA: Avalia-se o nível de consciência através da inspeção geral, da apreciação do comportamento espontâneo da criança e de sua resposta aos vários estímulos. No RN: Prechtl sistematizou os seguintes estados de consciência: Estado 1 – sono, respiração regular, sem movimentos grosseiros (sono quieto) Estado 2 – sono, respiração irregular, sem movimentos grosseiros (sono ativo) Estado 3 – alerta, sem movimentos grosseiros, calmo (despertar quieto) Estado 4 – alerta, movimentos grosseiros, sem choro (despertar ativo) Estado 5 – alerta e chorando Estado 6 – outros estados (coma). O exame neurológico deve ser feito com o RN nos estágios 3 e 4 . Alguns cuidados devem ser observados: Em caso de prematuros usar idade corrigida temperatura da sala: deve estar entre 24-27 graus o recém-nascido deve ser despido paulatinamente o exame deve ser feito preferencialmente duas horas após ou antes da mamada iniciar o exame na posição supina deixar as manobras que deflagram o choro para o final do exame Na criança maior: Alerta: calma e bem humorada Estados de excitação: Hiperirritabilidade Delírio AULA 01: Nível de consciência, atitude, orientação e linguagem Estado de consciência Atitude Emissão de sons RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Estados depressivos: Abatimento Torpor Letargia Coma ATITUDE A atitude da criança difere segundo o grupo etário, ou seja ela muda na medida em que a criança vai amadurecendo e melhorando sua orientação espacial. Atitude Assimétrica: Decúbito dorsal, flexão dos quatro membros, mãos fechadas e cabeça lateralizada. Observa-se fragmentos do reflexo tonico cervical com extensão dos membros voltados para o lado da cabeça. Atitude Simétrica: Inicia-se no segundo mês (55% das crianças) e predomina no 3º e 4º meses; Decúbito dorsal, a criança mantém semi-flexão dos quatro membros, porém a cabeça fica em posição mediana, as mãos estão semi abertas. Durante a movimentação ativa ocorre lateralização ocasional da cabeça; Não há fragmentos do reflexo tonico cervical. Atitude Deitada Espontânea: Predomina no 5º e 6º meses É ativa e espontânea Os movimentos são mais coordenados e menos bruscos. A criança tenta lateralizar sentar-se. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Atitude Ativa Espontânea: inicia-se a partir do 6º mês espontânea, sentada com ou sem apoio, com sustentação completa da cabeça ou de pé geralmente com apoio. ORIENTAÇÃO É a capacidade que a criança tem de situar-se e orientar- se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação a outro. É ter noção de longe, perto, alto, baixo, longo, curto. A orientação espacial é a consciência do corpo com o meio. A PARTIR DE 7 ANOS, INICIA O CONHECIMENTO PROGRESSIVO DAS NOÇÕES: espaço-tempo, causa-efeito. LINGUAGEM Lalação 2m – 80% das crianças 3 a 8 m – 100% das crianças 1as palavras 8m – 40% das crianças 9m – 90% das crianças 12m – 100% Palavras-frases 8m – 15% 11m – 60% 12m – 75% Frases até 24m; Uso do EU aos 3 anos. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA O DNPM pode ser avaliado através de instrumentos próprios. O mais utilizado deles é a Escala de Desenvolvimento Neuropsicomotor de Denver, que informa quais habilidades devem ser adquiridas em cada idade do paciente. Os demais componentes do exame físico dependem de manobras especiais que não diferem do que é realizado em pacientes adultos, e não serão abordados nesta aula. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Motricidade Equilíbrio Força muscular Coordenação Praxias Atividade – Anamnese Exame neurológico pediátrico Desafios: Particularidades de cada faixa etária Estágios diferentes de crescimento e desenvolvimento Processo de aquisição de funções motoras e cognitivas EQUILÍBRIO ESTÁTICO Sustentação da cabeça Incompleta: cabeça colocada na posição ereta oscilações e quedas para qualquer direção 30% aos 2 meses Completa: manutenção firme da cabeça na posição ereta 15% aos 2 meses 100% aos 4 meses Posição sentada Com apoio 65% aos 4 meses 100% aos 6 – 7 meses Sem apoio 50 – 90% aos 6 meses 100% aos 9 meses Posição ortostática Com apoio Inicia-se aos 5 meses em 20% 70% aos 7 meses 100% aos 11 meses Sem apoio Inicia-se aos 10 meses em 5% 40% aos 12 meses 100% aos 18 meses EQUILÍBRIO DINÂMICO Engatinhar 20% aos 8 meses 85% aos 12 meses O engatinhar não é um evento obrigatoriamente presente no desenvolvimento do sistema motor. AULA 02: Equilíbrio, força muscular e coordenação RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Marcha voluntária Com apoio 5% aos 5 meses / 10% aos 6 meses 80% aos 11 e 12 meses Sem apoio 10% aos 11 meses Maioria até os 15 meses No início marcha digitígrada e com base alargada FORÇA MUSCULAR Avaliação da força muscular Objetivo avaliar a integridade do músculo, da junção neuromuscular e dos neurônios motores. Os déficits de força devem ser caracterizados quanto à topografia e intensidade. Sempre se compara um grupo muscular com o seu homônimo contralateral avaliação de assimetria Como avaliar a força muscular? Observação dos movimentos Atividades comuns – engatinhar, deambular, subir escadas Preferência por uma das mãos < 1 ano Manter a mão fechada Manobras de contraposição Provas deficitárias Exame do RN e lactente Manobra da Propulsão: RN em decúbito ventral abdução da coxa e flexão dos MMII + plantas dos pés uma sobre a outra Resposta esperada extensão simétrica dos membros inferiores, com deslocamento do corpo Assimetria de resposta redução unilateral da força. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINAUNIC TXXXII Manobra do Rechaço RN em decúbito dorsal com as coxas, pernas e pés fletidos aplicar uma das mãos sobre os joelhos e a outra na planta dos pés soltar subitamente Resposta no RN (predomínio do tônus flexor) membros permanecem fletidos Resposta no lactente (a partir do 2º mês) queda simétrica dos membros, semi-fletidos e semi-aduzidos. Assimetria (queda rápida e assimétrica) paresia ou paralisia de um dos lados Ausência de resposta paralisia bilateral Déficit nas pernas o pé cai estendido Déficit nas coxas o membro cai abduzido Manobra dos Membros Pendentes (Beira da Cama) RN em decúbito dorsal com a região do quadril para cima apoiada sobre a mesa e os MMII pendentes observar a movimentação RN mantém as pernas para cima devido à hipertonia dos músculos flexo-adutores (pernas semi-fletidas) A partir dos 4 meses queda inicial e posterior elevação dos MMII Assimetria da resposta ou incapacidade de elevação dos membros déficit motor Manobra do Echarpe ou Cachecol RN em decúbito dorsal cruzar os braços da criança adiante do pescoço, segurando as mãos soltar e verificar a amplitude e modo com que os membros voltam a posição normal Resposta no RN (predomínio do tônus flexor) membros aduzidos e fletidos Resposta no lactente (a partir do 2º mês) queda dos braços Crianças maiores Manobras de contraposição Teste dos principais grupamentos musculares dos membros superiores e inferiores flexão, extensão, adução e abdução contra resistência. Sempre comparar um lado com o outro. Exame dependente da colaboração da criança. Paresia redução da força / diminuição da força com conservação da motilidade Plegia ausência completa de força / perda da motilidade voluntária RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Pescoço, ombro, cotovelo, punho, dedos das mãos, quadril, joelho e tornozelo. Graduação da força muscular Movimentação muscular contra resistência. Manobras deficitárias Dúvidas de simetria no exame tradicional manobras para sensibilizar a detecção de fraqueza Mingazzini músculos flexores do quadril e joelho Barré músculos posteriores da coxa Mingazzini para MMSS musculatura proximal da cintura escapular Manobra de Mingazzini Decúbito dorsal – flexão do quadril e dos joelhos Resposta esperada manter posição sem dificuldade Duração: 1 – 2 minutos Ocorrências anormais: Queda apenas da perna insuficiência do quadríceps Queda isolada da coxa insuficiência do psoas Queda simultânea de coxa e perna insuficiência de ambos Manobra de Barré Decúbito ventral – flexão das pernas sobre as coxas Resposta normal manter posição Avaliação dos músculos posteriores da coxa Manobra de Mingazzini para MMSS Manter os braços estendidos para frente – na horizontal Membro enfraquecido incapacidade total ou parcial. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII COORDENAÇÃO Divide-se o estudo da coordenação em: Coordenação estática Coordenação dinâmica Na execução dos movimentos, por mais simples que sejam, entram em jogo mecanismos reguladores de sua direção, velocidade e medida adequadas. A coordenação e o equilíbrio são funções dependentes dos sentidos especiais como visão e labirinto, propriocepção, cerebelo e suas conexões. No lactente Prova mão-objeto Apresentar um objeto a criança e observar como ela faz a preensão – depois, colocar o objeto na face da criança e observar se é capaz de retirá-lo. Pode ser realizada a partir do quarto mês. A tendência após segurar o objeto é leva-lo à boca (coordenação mão-boca – 4 aos 7 meses) Prova mão-objeto 15% das crianças aos 4 meses 70% das crianças aos 7 meses 90 – 100% das crianças aos 6 – 8 meses Prova do lenço no rosto Colocar um lenço cobrindo a face da criança e observar se ela é capaz de retirá-lo. Prova do lenço no rosto 5% aos 4 meses 40% aos 5 meses Mão é levada em posição supina e consegue retirar o lenço da face por meio de um gesto de afastamento. 100% aos 6 meses Mão é levada em pronação e consegue agarrar o lenço – inicialmente por preensão palmar, depois por preensão em pinça. Criança maior Manobra de Romberg Utilizado para avaliação da coordenação estática. Posição ereta com a cabeça, tronco e membros alinhados, pés juntos e paralelos fechar os olhos. Pega palmar (voluntária): 4 meses Pega de três dedos: 6 meses Pega tipo pinça: 9 meses RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Manobra de Romberg Sua definição consiste na piora marcante do equilíbrio (instabilidade ou queda) com os olhos fechados sinal de Romberg. Crianças normais (a partir dos 3-4 anos) capacidade de permanecer em equilíbrio. Doença cerebelar afastamento das pernas (aumento da base de sustentação), sem piora do desequilíbrio com os olhos fechados. Lesões unilaterais do sistema vestibular queda para o lado afetado. Criança maior (> 4 anos) Prova índex-nariz (dedo-nariz) Tocar repetidamente a ponta do nariz com o dedo indicador. Ambos os lados. Manobra testada com movimentos lentos, rápidos, com olhos fechados e olhos abertos. Dismetria incapacidade ou dificuldade de atingir o alvo com precisão. Tremor maior amplitude de movimento quanto mais se aproxima do alvo. Dissinergia decomposição do movimento. Criança maior Prova calcanhar-joelho Tocar o joelho com o calcanhar da perna contralateral e descer arrastando-o pela crista tibial até o pé. Colocar o calcanhar direito no joelho esquerdo e vice- versa. Ataxia movimento desarmônico e decomposto Diadococinesias (prova dos movimentos alternados) Capacidade de promover de maneira rápida e regular a repetição de movimentos antagônicos. Abrir e fechar a mão Supinar e pronar alternadamente as mãos Eudiadococinesias capacidade de realizar os movimentos alternados de modo suaves, rápido e com ritmo. Disdiadococinesia dificuldade de realização dos movimentos alternados RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Execução pouco harmoniosa, lenta e sem ritmo. Adiadococinesia incapacidade de realização PRAXIA Capacidade de criar ideias sobre como agir e interagir com o meio ambiente e executar os planos de ação. “Praxis” processo de movimento Aprendizado de novas tarefas – interação com o mundo externo – função aprendida como resultado de experiência sensorial no meio ambiente (estímulos). Realização de movimentos motores amplos e finos. Não são movimentos reflexivos ou automáticos – são movimentos propositados e escolhidos. Processo de praxia 1) Ideação – ideia ou objetivo (ato intencionado) 2) Planejamento da ação (ato coordenado) 3) Execução do plano (ato voluntário) 4) Armazenamento do plano para uso futuro Mudança de decúbito 10% das crianças aos 5 meses 65% das crianças aos 6 meses 8 meses passagem do decúbito ventral para a posição sentada e vice-versa. Prova da da bolinha ou cubo na xícara 8 meses – 5% conseguem retirar a bolinha da xícara 9 meses – 10% conseguem retirar a bolinha da xícara 10 meses - 45% conseguem retirar a bolinha da xícara Preensão voluntária Preensão palmar 90% das crianças aos 4 meses 100% das crianças dos 5 – 8 meses Preensão em pinça 25% das crianças aos 6 meses 80% das crianças aos 7 meses 100% das crianças aos 9 meses Envolvimento de experiênciasensorial, planejamento motor, controle postural, equilíbrio, movimentação e propriocepção, funcionando de forma adequada RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Tônus muscular passivo Tônus muscular ativo Movimentação automática Movimentação espontânea Exame neurológico pediátrico Desafios: Particularidades de cada faixa etária Estágios diferentes de crescimento e desenvolvimento Processo de aquisição de funções motoras e cognitivas Necessidade de adequado senso crítico para realização do exame. TÔNUS MUSCULAR Estado (grau) de tensão que o músculo conserva em repouso. É a resistência do músculo ao estiramento (à movimentação passiva). A manutenção do tônus muscular depende da integridade do SNC e sistema nervoso periférico. Envolvimento do cérebro, tronco cerebral, medula, nervos periféricos e músculo. Desenvolvimento podocefálico (≠ das outras funções neurológicas) Avaliação Inspeção: estado do trofismo muscular, presença de atitudes anormais ou movimentos involuntários. Palpação dos músculos: consistência muscular Movimentação passiva: realização de movimentos das diferentes articulações. Avaliação da resistência oferecida e da amplitude do balanço passivo. Classificação Hipotonia Diminuição ou ausência da resistência aos movimentos passivos Hipertonia Aumento da resistência aos movimentos passivos Evolução 0 – 2 meses tônus flexor predominante (100%) 4 meses ainda predomínio de tônus flexor (70%) 6 – 8 meses “hipotonia fisiológica” 12 meses tônus normal AULA 03: Tônus e movimentação RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Hipotonia fisiológica x Hipotonia patológica Avaliação Primeiros meses de vida cabeça centralizada para o exame RN termo flexão dos MMSS e MMII RN saudável tônus flexor – “hipertonia fisiológica” devido à semi-flexão da musculatura dos membros. RN prematuro flexão mais fraca e parcial 30ª semana – fraca flexão dos pés e joelhos 34ª semana – flexão do quadril (posição de rã) 35ª semana – início da flexão dos braços O recolher do braço não é completo até a 37ª semana. RNT RNPT TÔNUS MUSCULAR PASSIVO Extensibilidade dos músculos do pescoço Rotação forçada da cabeça Observar a amplitude do movimento e o grau de resistência. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Amplitude normal queixo aproxima-se do ombro mas não atinge o acrômio Prematuros maior extensibilidade da musculatura do pescoço Avaliação da movimentação passiva Estender o membro fletido e manter essa extensão forçada por alguns segundos (5 – 10 seg) e soltar o membro: Resposta esperada retorno à posição de flexão Ausência de retorno adequado hipotonia Manobra do Xale ou do Cachecol Decúbito dorsal – segurar a mão e tentar aproximá-la o máximo possível do ombro oposto. Avaliar a amplitude do movimento posição atingida pelo cotovelo. Uma vez de cada lado. Normal do RNT não ultrapassar a linha média. Quanto mais prematuro mais o cotovelo se aproxima da linha média. Presente na avaliação da IG – Capurro neurológico HIPOTONIA Criança hipotônica falta de resistência à movimentação passiva dos membros superiores e os cotovelos cruzam-se além da linha média sem formar ângulos articulares Ângulo poplíteo Decúbito dorsal – flexionar a perna sobre a coxa com uma das mãos, e com a outra mão, estender a perna e avaliar o ângulo obtido. Normal no RNT 80º a 100º Ângulo maior em RNPT ou em RN nascido de apresentação pélvica. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Manobra calcanhar-orelha Decúbito dorsal – segurar um dos pés com uma das mãos e tentar aproximá-lo o máximo possível da cabeça (sem permitir que o quadril se afaste do plano horizontal da mesa de exame). Distância normal no RNT 80º a 100º Suspensão ventral / horizontal Decúbito ventral – tórax na mão do examinador levantar a criança e observar a posição. RNT costas e cabeças niveladas e as extremidades fletidas. ≈ 4 meses resposta completa: hiperextensão cervical, de tronco e membros. RN 4 MESES HIPOTONIA RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Avaliação da IG New Ballard: 6 parâmetros neurológicos + 6 parâmetros físicos Parâmetros neurológicos - New Ballard TÔNUS MUSCULAR Tônus muscular ativo Avaliado colocando o RN em uma determinada posição ou em uma determinada situação que permita o estudo da retificação ativa dos diferentes segmentos: Cabeça, tronco, membros inferiores e retificação global. Retificação da cabeça Retificação do corpo Retificação do tronco Retificação da cabeça (reação de sustentação da cabeça) – manobra de tração dos MMSS Musculatura do pescoço: flexores e extensores Decúbito dorsal segurar o RN pelas mãos e punhos e suspende-se a criança delicadamente até que se aproxime da posição sentada. RNT cabeça no mesmo eixo do tórax por alguns segundos – no mínimo alguma flexão nos esternocleidomastoideos. Estudo dos extensores criança sentada + queixo apoiado sobre o esterno – empurrar ligeiramente o tronco para trás Resposta esperada – a criança levanta a cabeça (lenta e espontaneamente), mantendo-a na posição vertical durante um curto período de tempo. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Retificação da cabeça ou reação de sustentação da cabeça Reação de retificação do corpo (manobra da suspensão vertical) Suspendendo verticalmente o RN, sustentando-o pelas axilas, observa-se que ele flexiona as pernas como se tivesse acocorado (resposta semiflexão dos membros). Em seguida, faz-se com que ele apoie as plantas dos pés sobre a superfície da mesa de exame. Resposta esperada extensão das pernas, tronco e cabeça. RNPT extensão apenas dos MMII. HIPERTONIA DE AÇÃO RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Reação de retificação do tronco Criança mantida pelo quadril contra o corpo do examinar com o tronco fletido para frente. O examinador solicita o apoio plantar mobilizando as articulações tibiotársicas. Retificação dos MMII + cabeça na posição vertical REAÇÃO DE RETIFICAÇÃO DO TRONCO HIPOTONIA Causas Origem central (≈ 70 – 85% dos casos) Encefalopatia hipóxico-isquêmica Malformações cerebrais Síndromes genéticas Erros inatos do metabolismo Origem periférica (≈ 15 – 30% dos casos) Doenças da unidade motora (neurônio motor, nervos, junção neuromuscular e músculo) HIPERTONIA Causas Lesão cerebral Paralisia cerebral espástica Meningite Encefalopatia bilirrubínica Tetania Intoxicação exógena RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII MOVIMENTAÇÃO AUTOMÁTICA Pesquisa-se pela observação da criança: 1) RESPIRAÇÃO Principal atividade na passagem da vida intra para a extra- uterina. Apneia da prematuridade. Alterações do ritmo respiratório podem estar associadas à doença neurológica. 2) MASTIGAÇÃO Surgeno 2º semestre de vida Relação com o surgimento dos dentes Idade média para erupção do 1º dente (incisivo inferior): 6 – 8 m 3) ESFÍNCTERES Até os 2 anos incontinência fisiológica Avaliar hábito intestinal e urinário Alterações radiculomedulares: Jato urinário fraco e intermitente Infecções urinárias de repetição Constipação intestinal 4) SORRISO Reflexo desencadeado pelo toque na musculatura responsável (no 1º mês de vida) – involuntário (reflexo) Social deflagrado à vista da mãe ou examinar (a partir da 2ª quinzena do 2º mês) “Dá um sorriso quando encorajado” MOVIMENTAÇÃO INVOLUNTÁRIA ESPONTÂNEA Movimentos involuntários são movimentos anormais excessivos e que não podem ser controlados pela vontade do indivíduo. Tremores – podem ser encontrados em RN saudáveis Movimentos coreicos Movimentos atetoides Mioclonias* Espasmos tônicos Convulsões Tremores Movimentos involuntários e rítmicos de um ou diversos grupos musculares, podendo ser regulares ou irregulares, contínuos ou intermitentes, em repouso ou de ação. Afetam principalmente as partes distais dos membros. Causas: distúrbios metabólicos, intoxicações, hipertireoidismo, infecções agudas, ansiedade, lesões degenerativas do SNC e doenças do cerebelo. RN tremor de queixo e MMSS são ocorrências normais, relacionadas a frio e sem implicação patológica. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 1º dia – quase 100% 3º dia – 50% 1º mês – 10% Geralmente quando são manipulados para despir-se. Tremores cessam com o toque. Movimentos coreicos Movimentos rápidos, amplos, irregulares, aleatórios / desordenados (sem padrão), assimétricos e sem finalidade Principalmente em MMSS e face. Aumentam nos estados excitatórios e desaparecem com o sono. Perturbam a fala, a mastigação, a marcha e o repouso. “Sorriso largo, caretas, disartria, disgrafia, fasciculação de língua” “Movimentos estranhos na face e no corpo” “Não consegue mais escrever, levar o copo à boca” Causas: Coréia de Sydenham (febre reumática), coreia de Huntington e doenças degenerativas do SNC. Movimentos atetoides (atetose) Movimentos lentos, contínuos, espasmódicos, incoordenados, ondulantes, sem finalidade – “contorção” Principalmente em dedos (extremidades distais), face e pescoço. Mais lentos e com maior amplitude do que os movimentos coreicos. Causas: Paralisia cerebral infantil Kernicterus Doenças genéticas e metabólicas Mioclonias Contrações musculares rápidas, involuntárias, isoladas ou em série, que acometem parte de um músculo ou um grupo muscular. Movimentos rápidos e breves (“choque”) Geralmente na musculatura axial ou proximal dos membros. Pode ser fisiológica (sono, soluços). Causas Não epilépticas: doenças infecciosas (encefalite viral) e degenerativas do SNC, distúrbios metabólicos, uso de drogas, mioclonia essencial benigna Epilépticas: mioclonia epilétptica (convulsão mioclônica) Espasmos tônicos Contrações musculares involuntárias e prolongadas Geralmente acompanhado de uma dor localizada. Exemplos: Tétano, tetania (hipocalcemia), epilepsia, câimbras, trismo. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Tetania hipocalcêmica Sinal de Chvostek e Trousseau Convulsões Acesso súbito de contração muscular involuntária e incoordenada, geralmente acompanhada de perda da consciência. Descarga elétrica súbita de um grupo de neurônios. Podem ser focais (parciais – limitadas a um hemisfério cerebral) ou generalizadas (ambos hemisférios acometidos). Crises focais com ou sem alteração do nível de consciência – podem se transformar (com a propagação das descargas) em crises secundariamente generalizadas. Crises generalizadas perda de consciência geralmente acompanhada de cianose, sialorréia e incontinência de esfíncteres. Numerosas variantes clínicas: Tônica Clônica Tônico-clônica Mioclônica Ausência Atônica Causas Febre elevada em crianças (crise convulsiva febril) Infecções do SNC (meningites, encefalites, neurocisticercose) Epilepsia Encefalopatia hipóxico-isquêmica Malformações congênitas Distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hipocalcemia, hipernatremia, hiponatremia, erros inatos do metabolismo) Traumatismo cranioencefálico Tumor cerebral AVC Medicamentos Síndrome de abstinência Intoxicações exógenas Movimentação involuntária reflexa Reflexos visuais, auditivos e superficiais Reflexos que requerem mudança de posição Reflexos osteotendinosos ou profundos O reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza. Reflexo = padrão motor automático e específico em resposta a um estímulo particular, que não envolve qualquer controle consciente ou voluntário. Via aferente receptor e fibras sensoriais do nervo Centro reflexóngeno substância cinzenta do sistema nervoso Via eferente fibras motoras do nervo Órgão efetor músculo AULA 04: Reflexos RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII REFLEXOS PRIMITIVOS Ao nascimento o corpo está sob controle dos centros encefálicos inferiores movimentos reflexos e involuntários – reflexos primitivos. Desenvolvem-se durante diferentes estágios da gravidez ou durante os primeiros dias de vida do RN. Com o amadurecimento dos centros encefálicos superiores (responsáveis pela consciência e atividade voluntária) oposição aos centros encefálicos inferiores + supressão gradual dos reflexos primitivos (reflexos transitórios do RN). Reflexos primitivos ou transitórios Estão presentes no RN a termo Presentes em graus variados nos prematuros. Importantes para a sobrevivência do RN. Permanecem presentes durante o período neonatal, com inibição progressiva nos próximos meses de vida a integração de um reflexo envolve a aquisição de uma nova habilidade. Significado patológico / ADNPM (?) Ausência no período neonatal Permanência prolongada REFLEXOS VISUAIS Reflexo pupilar Foco luminoso sobre a pupila contração pupilar (miose) isolateral e consensual em resposta à luz. Desenvolvido entre 29 e 31 semanas de gestação. Sempre presente nos RNTs normais – persiste até a vida adulta. Contração pupilar mais lenta nos prematuros. Reflexo do piscar ou pestanejar Luz brilhante sobre o rosto do RN pisca e fecha fortemente as pálpebras. Via aferente II par Via eferente VII par Surge com 7 – 8 meses de gestação e desaparece nos primeiros meses de vida. Reflexo nasopalpebral ou glabelar Percussão da glabela fechamentos dos olhos (piscar) Surge entre 32 – 34 semanas de IG. Desaparece nos primeiros meses de vida. Os reflexos primitivos estão presentes ao nascimento mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros meses (integração dos reflexos) Depende da integridade retiniana, do nervo óptico (aferência do estímulo) e do nervo oculomotor (eferência do reflexo). RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Reflexo de McCarthy Percussão da região supra-orbitária piscar homolateral Surge por volta dos 7 meses de gestação. Persiste até os 2 – 4 meses de idade. Reflexo ciliar Tocar os cílios piscar homolateral ou bilateral Persiste no adulto. Reflexo corneano Tocar a córnea piscar homolateral Persiste no adulto. REFLEXO AUDITIVO Reflexo cocleopalpebral Estímulo de um ruído forte (batida de palmas) RN responde com o piscar bilateral dos olhos. Depende da integridade da viaauditiva e do sistema nervoso. Desaparece nos primeiros meses de vida. O desaparecimento dos reflexos cocleopalpebral, de McCarthy e nasopalpebral indica que, com a maturação, a área reflexógena para o piscar se reduz a uma região mais limitada. REFLEXO BUCAL Reflexo dos pontos cardeais (voracidade / busca) Estimular os lábios do RN em várias posições com o dedo enluvado RN abre a boca, desvia a cabeça e movimenta a língua na direção do estímulo, tentando suga-lo. Surge com 2 – 3 meses de gestação e persiste por 3 – 4 meses pós-natais. Melhor obtido com o RN acordado e com fome. Reflexo de sucção Tocar os lábios do RN com o dedo enluvado vigorosos movimentos de sucção. Surge com 2 – 3 meses de gestação. Desaparecimento: Em vigília 3 meses Durante o sono 6 meses Esses dois reflexos bucais estão ausentes em RNs com patologia do SNC, depressão por drogas, anóxia ou infecção. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII REFLEXOS PALMARES Reflexo de preensão palmar Pressão na face palmar do RN com o dedo indicador do examinador firme flexão dos dedos. As vezes é seguido também de flexão dos cotovelos e ombros. Surge no 4 – 6º mês de vida intra-uterina – torna-se forte no 9º mês de gestação. Pode ser pouco vago nos primeiros dias de vida Persiste até 5 – 6 meses de idade preensão voluntária Reflexo de Babkin Pressão do polegar do examinar sobre ambas as palmas das mãos do RN abertura da boca. Surge pela 26ª semana de gestação. Desaparece por volta de 3 – 4 meses de idade. REFLEXOS PLANTARES Reflexo de preensão plantar Pressão com um dedo do examinador na planta dos pés do RN (logo abaixo dos dedos) flexão dos dedos do pé sobre o dedo do examinador. Surge entre o 4º - 6º mês de vida intra-uterina. Persiste até 9 – 12 meses de idade. Reflexo de retirada RN em decúbito dorsal – estímulo doloroso da planta do pé Resposta esperada retirada da perna estimulada + flexão do pé, joelho e quadril. Reflexo de Rossolimo Posição supina – percussão da base dos dedos (superfície plantar) Resposta flexão dos dedos Presente na maioria dos RNs Idade de desaparecimento = 1 mês Aumentado nas enfermidades do sistema piramidal. Reflexo cutâneo-plantar Estímulo com objeto de ponta romba na borda externa da planta do pé – do calcanhar em direção aos dedos (“risco” na face lateral plantar) RN resposta em extensão do hálux + abertura em leque dos dedos. Pode ser completo ou parcial. Pode ser observado até o primeiro ano de vida – geralmente bilateral e simétrico. Sua ausência poderia significar espinha bífida, lesão medular ou em raízes nervosas. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Reflexo cutâneo-plantar Geralmente persiste até 8 – 12 meses (início da marcha) Após 12 meses resposta normal = FLEXÃO Resposta em extensão a partir do 2º ano sinal de Babinski Reflexo de extensão cruzada RN em decúbito dorsal – estender uma das pernas por pressão exercida sobre o joelho e estimular a planta do pé homolateral (fricção) Reação do membro contra-lateral – em 3 tempos: 1ª flexão 2ª extensão 3ª adução do pé (aproxima-se do pé estimulado) Reflexo presente até 1 – 2 meses Reflexo de extensão cruzada Reflexo magnético RN em posição dorsal com os quadris e joelhos fletidos Comprimir com os polegares as solas dos pés e retirar lentamente. Resposta manutenção do contato entre o dedo e a sola do pé. As pernas se estendem e o pé fica colado no dedo. REFLEXOS DE MUDANÇA DE POSIÇÃO Sinal dos olhos de boneca Rotação da cabeça para a direita e para a esquerda + flexão e extensão da cabeça com o corpo fixo os olhos não acompanham os movimentos da cabeça. Surge com 6 – 7 meses de gestação. Persiste por 1 mês de vida pós-natal. Reflexo tônico-cervical assimétrico (Magnus-de-Kleijn) RN em decúbito dorsal – vira-se rapidamente a face para um dos lados ocorre extensão dos membros ao lado da face e flexão dos membros do lado oposto (posição de esgrima) Surge por volta de 6-7 meses de gestação – torna-se mais nítido entre 2-4 meses de idade. Desaparece até os 6 meses. Não tem conotação patológica no RN - apesar da semelhança semiológica, não deve ser chamado de sinal de Babinski – indicador de lesão piramidal. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Reflexo de Moro RN na posição supina – eleva-se o RN pelo tronco acima do plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que não caia (produzir uma rápida extensão dos músculos da nuca). Resposta esperada abdução, extensão e supinação dos braços, com extensão dos dedos das mãos (exceto o polegar e o indicador que ficam em forma de “C”), seguidos por adução e flexão dos braços – movimento semelhante a um “abraço”. A ausência de flexão não tem significado patológico. Surge pelo 7º mês de gestação e está presente até o 4º - 6º meses de vida. Resposta unilateral indica lesão periférica (ex: paralisia braquial). Ausência indica lesão intracraniana. Persistência do reflexo além de 6 meses de idade ADNPM. Reflexo de sustentação (endireitamento / apoio plantar) Suspensão vertical do RN – segurando-o pelas axilas, permitindo que as plantas dos pés toquem uma superfície sólida. Resposta extensão das pernas, suportando o seus peso sobre suas extremidades inferiores. Surge com 8 – 9 meses de gestação. Desaparece ≈ 3 meses de idade. Marcha automática Segura-se o RN de pé pelas axilas, colocando seus pés apoiados sobre uma superfície e inclina o RN para um lado e para o outro (inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar) Resposta extensão das pernas, retificação do corpo e início da marcha reflexa – uma perna à frente da outra. Desaparece com 3 – 4 meses de idade. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Reflexo de colocação (reflexo da escada) Com a criança ereta, segurando-a pelas axilas, toca-se a superfície dorsal do pé na borda da mesa de exame. Resposta colocação do pé sobre a mesa (elevação do pé) Surge no 8º ou 9º mês de gestação. Persiste ao longo do primeiro ano de vida. Reflexo de Galant RN em prona com a cabeça na linha média – estímulo tátil, de cima para baixo, na região paravertebral. Resposta contração da musculatura estimulada, com encurvamento do tronco para o lado estimulado. Pesquisar nos dois lados – avaliação da simetria. Surge no 8ª - 9ª mês de gestação. Persiste até 2 – 4 meses de idade. Reflexo de Perez RN em decúbito ventral, com o tórax apoiado sobre a mão do examinador – aplica-se firmemente o dedo ao longo da coluna no sentido caudo-cefálico, começando na região sacra. Resposta flexão dos braços e pernas e elevação da cabeça. Eventualmente a criança pode defecar e urinar. Surge no 8ª - 9ª mês de gestação. Persiste até 4 – 6 meses de idade. Reflexo de Landau Verifica o estado tônico da criança e a extensão dorsal da cabeça. Segura com firmeza o lactente horizontalmente, por baixo do tronco, e o mantem no ar a cabeça se ergue automaticamente e as pernas acompanham a extensão (Landau I) Flexão súbita da cabeça flexão total do corpo inteiro (Landau II) RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXIISurge entre 3 – 4 meses de idade. REFLEXOS PROFUNDOS Reflexos profundos (osteotendinosos) Produzidos pela súbita estimulação do tendão muscular com consequente contração muscular. Devem ser testados com a musculatura relaxada e adequadamente posicionada. São pesquisados utilizando-se o martelo neurológico. Sempre comparar um lado com o outro. Reflexo bicipital Antebraço semi-fletido e em supinação, apoiado na mão esquerda – coloca-se o polegar sobre o tendão do bíceps e realiza a percussão. Resposta leve flexão do antebraço sobre o braço. Nervo musculocutâneo / Nível medular: C5 – C6 Difíceis de serem avaliados no RN e nos lactentes jovens – falta de cooperação, poucos períodos de relaxamento e predomínio do tônus flexor. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Reflexo tricipital Afastar um pouco o braço do tronco (para trás e para fora – braço em semiflexão), deixando o antebraço caído percutir o tendão do tríceps (acima do olecrano) Resposta extensão do antebraço Nervo radial / Nível medular: C6 – C8 Reflexo patelar Criança sentada (ou em decúbito dorsal com joelho levemente dobrado) + perna relaxada percussão no tendão do quadríceps (abaixo da patela) Resposta extensão da perda Nervo femoral / Nível medular: L2 – L4 Reflexo aquileu Paciente sentado, deitado ou com os joelhos fletidos sobre a mesa de exame e pés pendentes para fora do leito percutir o tendão de Aquiles. Resposta flexão plantar do pé (extensão do pé) Nervo tibial / Nível medular: S1 – S2 SINDROMES NEUROLÓGICAS: RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Sensibilidade visual, táctil, térmica e dolorosa Pares cranianos Sinais de irritação meníngea Sistema sensorial “O sistema sensorial provê os meios pelos quais o indivíduo percebe o mundo externo, permanece alerta, constrói uma imagem corporal e regula seus movimentos. Toda sensação depende de impulsos que surgem por estímulos externos aos bilhões de receptores distribuídos pelo corpo humano. Esses impulsos são levados ao sistema nervoso central por nervos sensoriais, e então transmitidos através de tratos de fibras nervosas a centros superiores para o reconhecimento consciente, ação reflexa ou outras consequências da estimulação sensorial.” Avaliação da sensibilidade Subjetiva Dependente da cooperação e compreensão do paciente Etapa difícil nos primeiros anos de vida Explicar previamente o que será realizado Olhos fechados / vendados Estudo metódico e comparativo nas diferentes regiões Estímulo do local desejado observar respostas Saber interrogar o paciente Visão Presente desde o nascimento RN sensibilidade à luz – capaz de voltar a cabeça em direção a uma fonte luminosa desde o primeiro dia de vida. 1 mês início da fixação visual e rotação da cabeça em acompanhamento a uma fonte luminosa. 5 meses 100% das crianças são capazes de fixar e acompanhar com o olhar. Neurônio motor superior lesão no trato corticoespinhal (piramidal) Neurônio motor inferior corno anterior da medula, raiz nervosa, junção neuromuscular, músculo AULA 05: Sensibilidade, sinais de irritação meníngea e pares cranianos. Ao nascimento, o RN já exibe resposta visual à luz e tem preferência pela face humana. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII SENSIBILIDADE GERAL Sensibilidade táctil Avalia-se com o friccionar do algodão em algumas regiões do corpo. 1º mês 75% das crianças apresentam movimentação espontânea aumentada em resposta à estimulação sensitiva. 2º - 12º mês 100% das crianças reagem ao estímulo Sensibilidade térmica Avalia-se a reação ao calor e ao frio – dois tubos de ensaio. A resposta pode ser de movimentação espontânea aumentada ou diminuída. Estímulo frio (reação mais intensa) RN – 75% de resposta positiva 1 mês – 85% de resposta positiva 2º mês – 95 a 100% de resposta positiva Estímulo quente RN – 10% de resposta 1 mês – 35% de resposta 4 meses –100% de resposta Sensibilidade dolorosa Deve ser pesquisada no final do exame Estímulo com objetos pontiagudos (abaixador de língua) RN – tempo de latência grande somente 80% respondem com reações gerais (caretas de choro, aumento da movimentação) 2º ao 3º mês – período de latência menor 100% de resposta 4º mês – resposta de retirada ou fuga do segmento excitado 7º ao 8º mês – resposta de afastamento do estímulo a criança leva uma das mãos ao ponto estimulado querendo afastar o objeto estimulante. Propriocepção Noção da posição dos segmentos em relação ao próprio corpo. Vibração (palestesia) Diapasão – saliências ósseas NERVOS CRANIANOS Exame de grande importância em muitas eventualidades. Tarefa difícil e incompletamente realizável no período neonatal e no primeiro ano de vida. A sensibilidade profunda não pode ser testada de forma clássica nas crianças jovens – necessidade de participação ativa do paciente. Entretanto, a observação dos reflexos primitivos nos fornece pistas quando ao funcionamento proprioceptivo do RN e / ou lactente. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Nervo olfatório (I par) Apresentar ao paciente substâncias de odores conhecidos (café, hortelã, canela, chocolate). 2 tubos de ensaio um com algodão + aroma e outro com apenas algodão seco. Uma narina por vez. Resposta positiva: RNs > 32 semanas sucção, movimentos das asas nasais, abertura momentânea dos olhos, trejeitos faciais, retração da cabeça ou aumento da atividade global. Criança maior reconhecimento do extrato usado. Termos empregados na caracterização do olfato: Normosmia: função olfatória preservada Hiposmia: diminuição do olfato Anosmia: ausência (perda) do olfato Parosmia: percepção anormal (distorção) do olfato Nervo óptico (II par) Avaliação: Reflexo pupilar (reflexo fotomotor direto e consensual) Resposta esperada contração pupilar (miose) Aferência do estímulo = II par Eferência do reflexo = III par Acuidade visual (cada olho separadamente) Lactentes padrão de fixação ocular e reação à luz forte Crianças maiores métodos padronizados Campos visuais (campimetria visual) Fundo de olho – oftalmoscópio As respostas visuais modificam-se com o nível de maturação da criança: 26 semanas – pisca os olhos 32 semanas – fechamento dos olhos 37 semanas – acompanhamento do estímulo luminoso suave 40 semanas – fixa e acompanha um ponto luminoso 3 meses – 30% da capacidade de visão do adulto 18 meses – 50% de acuidade visual 36 meses – 100% de acuidade visual Nem todas as provas descritas se realizam sistematicamente. Algumas delas reservam-se para quando houver motivos para suspeitar de uma determinada anormalidade neurológica. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Nervos oculomotor (III par), troclear (IV par) e abducente (VI par) Estudo em conjunto – responsáveis pela movimentação ocular extrínseca (movimentos do globo ocular) III par elevador da pálpebra, reto inferior, reto superior, oblíquo inferior e reto medial + motricidade ocular intrínseca (contração pupilar) IV par músculo oblíquo superior (mirada para baixo e para dentro). VI par músculo reto lateral (mirada lateral – abdução). Avaliação: Movimentação do globo ocular Movimentaçãoocular espontânea (RN acordado) Acompanhamento do dedo do examinador / fonte luminosa Reflexo dos olhos de boneca Resposta esperada desvio dos olhos no sentido oposto ao do movimento da cabeça. Reação pupilar (III par) Avaliar a forma, diâmetro e simetria Resposta esperada reflexo fotomotor direto e consensual Nervo trigêmeo (V par) Ramo motor (músculos da mastigação) RN sucção Criança oclusão dos dentes (abrir e fechar a boca) Paralisia bilateral: RN incapacidade de sucção Criança maior incapacidade de fechar a boca RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Paralisia unilateral: Diferença de tonicidade na palpação dos masseteres durante a compressão dos dentes ou desvio da boca para o lado paralisado. Ramo sensitivo (sensibilidade superficial da face) 3 ramos principais (oftálmico, nasal e temporal) Algodão / Objeto rombo – sensibilidade da fronte, do queixo e da mandíbula. Ramo sensitivo (sensibilidade superficial da face) Avaliação do reflexo córneo-palpebral Tocar a córnea levemente com um pedaço fino de algodão / gaze estéril oclusão bilateral das pálpebras V par (ramo oftálmico) = via aferente VII par = via eferente Nervo facial (VII par) Inervação dos músculos da mímica facial e da gustação dos 2/3 anteriores da língua. Avalia-se observando a face em repouso e durante movimentação (espontânea ou estimulada) amplitude e simetria dos movimentos. Franzir a testa, fechar os olhos, mostrar os dentes, abrir a boca. Diferenças entre paralisia facial periférica e central: A observação da mímica facial durante o choro é especialmente útil para a detecção de assimetrias. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Nervo vestibulococlear (VIII par) Ramo coclear – relaciona-se com a acuidade auditiva Lactente: Reflexo cocleopalpebral – ruído forte piscamento Virada da cabeça em direção ao som. Crianças maiores teste da voz sussurrada ou falada. Se hipoacusia diferenciar entre surdez de condução (comprometimento da orelha externa ou média) e surdez neurossensorial (lesão coclear ou do próprio nervo) teste de Rinne e teste de Weber. Reflexo cocleopalpebral Bater palmas próximo ao RN Esperado: Piscar de olhos involuntários Teste de Rinne Comparação entre a condução óssea e a aérea. Diapasão no processo mastoide até parar de ouvir o barulho diapasão ao lado da orelha. Se CA > CO teste normal Se CO > CA teste alterado – perda auditiva condutiva Teste de Weber Distinguir se uma surdez unilateral é de condução ou neurossensorial. Diapasão sobre a linha média: Resposta normal mesma intensidade nos dois lados Surdez de condução som mais intenso do lado lesado Surdez neurossensorial som mais intenso no lado normal Nervo vestibulococlear (VIII par) Ramo vestibular – relaciona-se com a função labiríntica. Pesquisar história de vertigem, náuseas, vômitos, distúrbios do equilíbrio, nistagmo e marcha. Exame do equilíbrio (Romberg) e marcha RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Nervo vestibulococlear (VIII par) Alterações do ramo vestibular: Sinal de Romberg positivo desequilíbrio do corpo para o lado lesionado. Desvio postural durante a marcha tendência a queda para o lado da lesão. Nervos glossofaríngeo (IX par) e vago (X par) Inervam a faringe e a laringe – dinâmica da deglutição, reflexo nauseoso e motilidade do véu palatino. Avalia-se pela inspeção da garganta enquanto a criança pronuncia a letra A (criança pequena choro). Resposta normal simetria do véu paladar Resposta anormal desvio da úvula para o lado oposto ao da lesão. Nervo acessório (XI par) Inerva a porção superior do trapézio e ECM. Crianças pequenas difícil avaliação fidedigna Crianças maiores: Trapézio elevar os ombros – avaliação de atrofia ou assimetria. ECM lateralização do pescoço (girar a cabeça contra a resistência) e palpar o músculo (avaliação da tonicidade). Nervo hipoglosso (XII par) Inervação da musculatura da língua. Avaliar posição em repouso da língua e movimentação. Difícil avaliação na criança pequena. Criança maior fazer movimentos com a língua. Alteração de motilidade da língua pode revelar seu comprometimento. Lesão bilateral: a língua não sai da boca. Lesão unilateral: a língua sai da boca desviada para o lado afetado. Também pode ser avaliado a presença do reflexo de vômito através do estímulo com abaixador de língua. Assimetria e alteração de força muscular são achadas na lesão deste nervo. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA Síndrome meníngea Presente nas inflamações das meninges Causas: infecção (meningite) e sangramento Caracteriza-se pela presença dos sinais de irritação meníngea. Síndrome meníngea Período neonatal e lactentes < 1 ano quadro clínico inespecífico: Febre ou hipotermia Letargia ou irritabilidade (choro persistente) Sonolência Recusa alimentar / sucção débil Vômitos Abaulamento de fontanela Síndrome meníngea Crianças maiores sinais clássicos: Rigidez de nuca: rigidez e resistência à movimentação passiva do pescoço. Síndrome meníngea – Sinais clássicos Sinal de Kernig: tentativa de estender a perna (colocar a perna em ângulo de 90º em relação ao tronco) flexão involuntária dos joelhos com incapacidade de completar a extensão das pernas ao se levantar a perna da criança em decúbito dorsal RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Sinal de Brudzinski: flexão espontânea das pernas ao se fletir o pescoço do paciente. Sinal de Lasègue: movimento passivo de flexão da coxa sobre a bacia dor no trajeto do ciático. Opistótono: atitude decorrente da contração da musculatura lombar. Membros superiores Membros inferiores Aparelho locomotor Avaliação dos ossos, articulações, músculos e estruturas periarticulares. Inspeção Palpação Avaliação da mobilidade articular Exame físico dirigido Inspeção: Forma, simetria, volume, rubor, alinhamento articular, nódulos.. Palpação: Calor, sensibilidade / dor (pontos hipersensíveis), crepitação.. Mobilização: Amplitude, força muscular, dor à mobilização... AULA 06: Aparelho locomotor Considerar o desenvolvimento (deformidades), a simetria e os aspectos funcionais (mobilidade) das extremidades RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Aparelho locomotor – Alterações clínicas possíveis: Ossos Anomalias estruturais Assimetrias Dor óssea Aumento de volume Articulações Dor à mobilização Aumento de volume Limitação do movimento Músculos Atrofia muscular Diminuição da força proximal MEMBROS SUPERIORES Ombro Avaliar: flexão e extensão / abdução e adução / rotação interna e rotação externa Comparar os dois ombros Procurar: Aumento do volume Pontos dolorosos Atrofia muscular Tumorações Recém-nascido Anomalias congênitas Trauma obstétrico lesão de plexo braquial Postura fixa com adução e rotação interna do braço e pronação do antebraço. Reflexo de Moro assimétrico. Recém-nascido Palpaçãodas clavículas detecção de uma possível fratura Melhor forma de avaliação REFLEXO DE MORO É fundamental a avaliação da amplitude dos movimentos RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Cotovelo e antebraço Inspeção Aumento do volume / nódulos subcutâneos Palpação Presença de dor / calor / crepitações Movimentação Flexão e extensão / pronação e supinação crepitações Punho e mão (ossos do carpo) Inspeção Aumento do volume (difuso ou localizado) Anomalias congênitas Movimentação Aviar flexão e extensão / desvio medial e lateral Observar durante brincadeiras e ao pegar objetos. NÓDULOS SUBCUTÂNEOS Observar simetria, desenvolvimento e função das extremidades ARTRITE BAQUEAMENTO DIGITAL RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Fenômeno de Raynaud Anomalias congênitas Polidactilia: presença de dedo extranumerário Sindactilia: presença de uma membrana que une os dedos Clinodactilia: ↑ angulação de um dos dedos Camptodactilia: postura em flexão na IFP Focomelia: aproximação ou encurtamento dos membros Amelia: ausência de membro MEMBROS INFERIORES: Observar: Marcha Movimentação (subir a escada, deitar e levantar..) Limitação dos movimentos Fraqueza muscular Pápulas de Gottron RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Deformidades Marcha Velocidade Estabilidade – avaliar a largura da base Tamanho dos passos (comprimento da passada) Presença ou ausência de dor Marcha ceifante ou hemiplégica Membro superior fletido em 90º no cotovelo e a mão fechada em leve pronação – membro inferior do mesmo lado é espástico e o joelho não flexiona (perna se arrasta pelo chão). Presente em pacientes com hemiplegia. Marcha espástica (em tesoura) Membros inferiores enrijecidos e espásticos – os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra. Presente na paralisia cerebral espástica. Marcha anserina (de pato) Paciente acentua a lordose lombar e inclina o tronco ora para direita pra para a esquerda. Redução da fora dos músculos pélvicos presente em doenças musculares. Marcha escarvante Paciente levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando o “passo de ganso” dos soldados. Presente na paralisia da musculatura dorsiflexora do pé. Marcha parkinsoniana Paciente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços – cabeça inclinada para frente + passos pequenos e rápidos. Presente na síndrome parkinsoniana. Marcha cerebelar (ebriosa) Paciente ziguezagueia como uma pessoa embriagada. Presente nas lesões do cerebelo Marcha talonante (tabética) Olhar fixo no chão + MMII levantados abrupta e explosivamente e os calcanhares tocam o solo de modo intenso. Presente em neuropatias que afetam a sensibilidade profunda. Marcha vestibular Presença de lateropulsão ao caminhar. Presente nas lesões do labirinto Marcha claudicante Ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. Marcha atáxica Apoio e base de sustentação alargados + quedas frequentes Presente nas lesões do cerebelo. Observar: Discrepância dos membros Causas: Doenças congênitas – luxação congênita do quadril Adquiridas – doenças ósseas / musculares Sintomatologia claudicação Avaliação Marcha com apoio nos dedos pode existir até os 3 anos de idade. Se unilateral normalmente patológica RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Medida dos MMII em decúbito dorsal Teste de Galeazzi Discrepância dos membros Teste de Galeazzi Serve para verificar se há diferença de comprimento nos membros inferiores. Paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores fletidos com os pés juntos. Se discrepância joelhos em alturas diferentes. Quadril: Inspeção (pregas cutâneas mediais) Avaliação dos movimentos: flexão e extensão, adução e abdução, rotação interna e rotação externa. Avaliação da instabilidade do quadril Teste de Ortolani (até 6 meses de idade) Teste provocativo de Barlow Manobra de Ortolani Membros inferiores do RN em posição de rã (pernas mantidas em abdução de cerca de 45º) abdução bilateral Terceiro dedo no grande trocânter e o polegar e o indicador segurando o joelho tentar recolocar a cabeça do fêmur no acetábulo, empurrando para cima e lateralmente. Se luxação a cabeça do fêmur será deslocada para cima – sensação tátil da passagem da cabeça femoral pela borda acetabular. O teste de Galeazzi detecta deslocamento unilateral congênito do quadril em crianças. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Manobra de Barlow Manobra provocativa provocar uma luxação Mesma posição empurrar posteriormente o fêmur com o quadril em flexão e a coxa em adução sente-se a cabeça deslocar-se do acetábulo para trás. Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ – luxação congênita do quadril) Ocorre com o deslocamento contínuo dos ossos do quadril – o que não permite a perfeita articulação da cabeça do fêmur com o acetábulo. Joelho: Inspeção: volume, rubor, deformidade angular Palpação Movimentação: flexão e extensão JOELHO – DEFORMIDADE ANGULAR O aspecto varia com o crescimento (alterações fisiológicas) O varismo tibial é fisiológico antes da marcha e o joelho valgo tende a aparecer aos 2 anos, é máximo aos 3 anos e decresce gradativamente até o final do crescimento. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Tornozelo e pé: Inspeção: repouso, marcha, deformidades Palpação Movimentação Flexão plantar Flexão dorsal Inversão Eversão Deformidades dos pés Pé torto congênito (PTC) Pé desviado em inversão – planta do pé voltada para dentro O pé não retorna a posição original quando manipulado. Deformidades dos pés Pé torto postural (“falso pé torto”) Ocorre devido a posição do bebê intraútero. Não há anormalidade anatômica. Pé retorna a posição correta quando manipulado. Resolução espontânea em algumas semanas. RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII Deformidades dos pés Pé plano (“pé chato”) Ausência do arqueamento normal da planta do pé. Todos os bebês nascem sem o arco plantar normal a ausência do arco plantar é comum na criança ao início da marcha e vai começar a se esboçar com o crescimento (geralmente está totalmente formada por volta dos 6 anos de idade) Se flexível não necessita de tratamento Se rígido e sintomático tratamento Síndrome de hipermobilidade articular Articulações sinoviais com amplitude maior que os limites normais (grau exagerado da mobilidade) Pode estar associada a lesão interna de articulações e ser uma importante causa de dor crônica. Atinge cerca de 5 – 30% da população. Pode ser um achado isolado em crianças normais. Mais vista em crianças e jovens Pode ser herdada geneticamente ou adquirida (alongamento) Doenças do tecido conjuntivo (síndrome de Marfan, síndrome deEhlers-Danlos...) REFLEXOS NEUROLÓGICOS PEDIÁTRICOS DE MAIOR IMPORTANCIA NO RN: sucção voracidade ou pontos cardeais/pyper moro sustentação cervical Pressão palmar Pressão plantar Cutâneo plantar Gallant Tônico cervical assimétrico Marcha reflexa
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