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RESUMO SEMIO NEURO PED

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RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA PEDIÁTRICA 
PROF PEDRO VITOR MAGALHÃES 
PROF. SILEYDE JUCÁ 
 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
Na criança, a avaliação neurológica muda sua expressão 
clínica de acordo com a faixa etária, acompanhando o 
amadurecimento cerebral. O exame do sistema nervoso 
consiste em INSPEÇÃO e PALPAÇÃO. Devem ser avaliados: 
 o estado mental (orientação, atenção, memória, 
habilidades visuo-espaciais, linguagem) 
 o nível de consciência, a resposta pupilar à luz 
 o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) (se 
está adequado para a idade do paciente) 
 o tônus e a força muscular 
 a sensibilidade 
 a coordenação motora 
 o equilíbrio e marcha 
 a presença de movimentos involuntários 
 a presença de sinais de irritação meníngea. 
Na INSPEÇÃO valorizar: 
 a qualidade do contato com o meio e o 
examinador; 
 o tipo de choro para o RN; 
 a existência ou não de motricidade espontânea; 
 facies; 
 as deformidades craniofaciais e/ou corporais; 
 a presença de alterações pigmentares da pele; 
 a movimentação ocular; 
 o piscamento palpebral; 
 o tipo de respiração; 
 cianose ou palidez, a existência de mioclonias e 
tremores. 
AVALIAR: 
 Nível de Consciência 
 Orientação 
 Linguagem 
NÍVEL DE CONCIÊNCIA: 
Avalia-se o nível de consciência através da inspeção 
geral, da apreciação do comportamento espontâneo da 
criança e de sua resposta aos vários estímulos. 
 No RN: 
Prechtl sistematizou os seguintes estados de 
consciência: 
 Estado 1 – sono, respiração regular, sem 
movimentos grosseiros (sono quieto) 
 Estado 2 – sono, respiração irregular, sem 
movimentos grosseiros (sono ativo) 
 Estado 3 – alerta, sem movimentos grosseiros, 
calmo (despertar quieto) 
 Estado 4 – alerta, movimentos grosseiros, sem 
choro (despertar ativo) 
 Estado 5 – alerta e chorando 
 Estado 6 – outros estados (coma). 
O exame neurológico deve ser feito com o RN nos estágios 
3 e 4 . Alguns cuidados devem ser observados: 
 Em caso de prematuros usar idade corrigida 
 temperatura da sala: deve estar entre 24-27 graus 
 o recém-nascido deve ser despido paulatinamente 
 o exame deve ser feito preferencialmente duas 
horas após ou antes da mamada 
 iniciar o exame na posição supina 
 deixar as manobras que deflagram o choro para o 
final do exame 
 
 
 
Na criança maior: 
Alerta: calma e bem humorada 
Estados de excitação: 
 Hiperirritabilidade 
 Delírio 
 
AULA 01: Nível de consciência, atitude, 
orientação e linguagem 
 
Estado de consciência 
Atitude 
Emissão de sons 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Estados depressivos: 
 Abatimento 
 Torpor 
 Letargia 
 Coma 
 
 
ATITUDE 
A atitude da criança difere segundo o grupo etário, ou 
seja ela muda na medida em que a criança vai 
amadurecendo e melhorando sua orientação espacial. 
Atitude Assimétrica: 
 Decúbito dorsal, flexão dos quatro membros, 
mãos fechadas e cabeça lateralizada. 
 Observa-se fragmentos do reflexo tonico cervical 
com extensão dos membros voltados para o lado da 
cabeça. 
 
 
 
 
 
Atitude Simétrica: 
 Inicia-se no segundo mês (55% das crianças) e 
predomina no 3º e 4º meses; 
 Decúbito dorsal, a criança mantém semi-flexão 
dos quatro membros, porém a cabeça fica em posição 
mediana, as mãos estão semi abertas. 
 Durante a movimentação ativa ocorre 
lateralização ocasional da cabeça; 
 Não há fragmentos do reflexo tonico cervical. 
 
 
Atitude Deitada Espontânea: 
 Predomina no 5º e 6º meses 
 É ativa e espontânea 
 Os movimentos são mais coordenados e menos 
bruscos. 
 A criança tenta lateralizar sentar-se. 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Atitude Ativa Espontânea: 
 inicia-se a partir do 6º mês 
 espontânea, sentada com ou sem apoio, 
 com sustentação completa da cabeça ou de pé 
 geralmente com apoio. 
 
 
ORIENTAÇÃO 
É a capacidade que a criança tem de situar-se e orientar-
se em relação aos objetos, às pessoas e ao seu próprio 
corpo em um determinado espaço. 
É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à 
frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um 
objeto em relação a outro. 
É ter noção de longe, perto, alto, baixo, longo, curto. 
A orientação espacial é a consciência do corpo com o 
meio. 
 
A PARTIR DE 7 ANOS, INICIA O CONHECIMENTO 
PROGRESSIVO DAS NOÇÕES: 
 espaço-tempo, causa-efeito. 
LINGUAGEM 
Lalação 
 2m – 80% das crianças 
 3 a 8 m – 100% das crianças 
 1as palavras 
 8m – 40% das crianças 
 9m – 90% das crianças 
 12m – 100% 
Palavras-frases 
 8m – 15% 
 11m – 60% 
 12m – 75% 
Frases 
 até 24m; 
Uso do EU 
 aos 3 anos. 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
O DNPM pode ser avaliado através de instrumentos 
próprios. O mais utilizado deles é a Escala de 
Desenvolvimento Neuropsicomotor de Denver, que 
informa quais habilidades devem ser adquiridas em cada 
idade do paciente. 
Os demais componentes do exame físico dependem de 
manobras especiais que não diferem do que é realizado 
em pacientes adultos, e não serão abordados nesta aula. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 
 
 
Motricidade 
 Equilíbrio 
 Força muscular 
 Coordenação 
 Praxias 
 Atividade – Anamnese 
Exame neurológico pediátrico 
Desafios: 
 Particularidades de cada faixa etária 
 Estágios diferentes de crescimento e 
desenvolvimento 
 Processo de aquisição de funções motoras e 
cognitivas 
 
 
 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
Sustentação da cabeça 
Incompleta: cabeça colocada na posição ereta  
oscilações e quedas para qualquer direção 
 30% aos 2 meses 
Completa: manutenção firme da cabeça na posição ereta 
 15% aos 2 meses 
 100% aos 4 meses 
Posição sentada 
Com apoio 
 65% aos 4 meses 
 100% aos 6 – 7 meses 
Sem apoio 
 50 – 90% aos 6 meses 
 100% aos 9 meses 
Posição ortostática 
Com apoio 
 Inicia-se aos 5 meses em 20% 
 70% aos 7 meses 
 100% aos 11 meses 
Sem apoio 
 Inicia-se aos 10 meses em 5% 
 40% aos 12 meses 
 100% aos 18 meses 
EQUILÍBRIO DINÂMICO 
Engatinhar 
 20% aos 8 meses 
 85% aos 12 meses 
O engatinhar não é um evento obrigatoriamente presente 
no desenvolvimento do sistema motor. 
AULA 02: Equilíbrio, força muscular 
e coordenação 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Marcha voluntária 
Com apoio 
 5% aos 5 meses / 10% aos 6 meses 
 80% aos 11 e 12 meses 
Sem apoio 
 10% aos 11 meses 
 Maioria  até os 15 meses 
No início  marcha digitígrada e com base alargada 
 
 
FORÇA MUSCULAR 
Avaliação da força muscular 
Objetivo  avaliar a integridade do músculo, da junção 
neuromuscular e dos neurônios motores. 
Os déficits de força devem ser caracterizados quanto à 
topografia e intensidade. 
Sempre se compara um grupo muscular com o seu 
homônimo contralateral  avaliação de assimetria 
Como avaliar a força muscular? 
Observação dos movimentos 
Atividades comuns – engatinhar, deambular, subir escadas 
Preferência por uma das mãos < 1 ano 
 Manter a mão fechada 
 Manobras de contraposição 
 Provas deficitárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame do RN e lactente 
Manobra da Propulsão: RN em decúbito ventral  
abdução da coxa e flexão dos MMII + plantas dos pés uma 
sobre a outra 
 
Resposta esperada  extensão simétrica dos membros 
inferiores, com deslocamento do corpo 
Assimetria de resposta  redução unilateral da força. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINAUNIC TXXXII 
Manobra do Rechaço 
RN em decúbito dorsal com as coxas, pernas e pés fletidos 
 aplicar uma das mãos sobre os joelhos e a outra na 
planta dos pés  soltar subitamente 
 
Resposta no RN (predomínio do tônus flexor)  membros 
permanecem fletidos 
Resposta no lactente (a partir do 2º mês)  queda 
simétrica dos membros, semi-fletidos e semi-aduzidos. 
Assimetria (queda rápida e assimétrica)  paresia ou 
paralisia de um dos lados 
Ausência de resposta  paralisia bilateral 
Déficit nas pernas  o pé cai estendido 
Déficit nas coxas  o membro cai abduzido 
Manobra dos Membros Pendentes (Beira da Cama) 
RN em decúbito dorsal com a região do quadril para cima 
apoiada sobre a mesa e os MMII pendentes  observar a 
movimentação 
 
 
 
 
RN  mantém as pernas para cima devido à hipertonia 
dos músculos flexo-adutores (pernas semi-fletidas) 
A partir dos 4 meses  queda inicial e posterior elevação 
dos MMII 
Assimetria da resposta ou incapacidade de elevação dos 
membros  déficit motor 
Manobra do Echarpe ou Cachecol 
RN em decúbito dorsal  cruzar os braços da criança 
adiante do pescoço, segurando as mãos  soltar e 
verificar a amplitude e modo com que os membros voltam 
a posição normal 
 
 
 
 
 
Resposta no RN (predomínio do tônus flexor)  membros 
aduzidos e fletidos 
Resposta no lactente (a partir do 2º mês)  queda dos 
braços 
Crianças maiores 
Manobras de contraposição 
Teste dos principais grupamentos musculares dos 
membros superiores e inferiores  flexão, extensão, 
adução e abdução contra resistência. 
Sempre comparar um lado com o outro. 
Exame dependente da colaboração da criança. 
 
 
 
 
Paresia  redução da força / diminuição 
da força com conservação da motilidade 
Plegia  ausência completa de força / 
perda da motilidade voluntária 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Pescoço, ombro, cotovelo, punho, dedos das mãos, 
quadril, joelho e tornozelo. 
 
 
 
 
Graduação da força muscular 
Movimentação muscular contra resistência. 
 
Manobras deficitárias 
Dúvidas de simetria no exame tradicional  manobras 
para sensibilizar a detecção de fraqueza 
Mingazzini  músculos flexores do quadril e joelho 
Barré  músculos posteriores da coxa 
Mingazzini para MMSS  musculatura proximal da 
cintura escapular 
Manobra de Mingazzini 
Decúbito dorsal – flexão do quadril e dos joelhos 
 
 
 
 
 
 
Resposta esperada  manter posição sem dificuldade 
Duração: 1 – 2 minutos 
Ocorrências anormais: 
Queda apenas da perna  insuficiência do quadríceps 
Queda isolada da coxa  insuficiência do psoas 
Queda simultânea de coxa e perna  insuficiência de 
ambos 
Manobra de Barré 
Decúbito ventral – flexão das pernas sobre as coxas 
Resposta normal  manter posição 
Avaliação dos músculos posteriores da coxa 
 
 
 
 
Manobra de Mingazzini para MMSS 
Manter os braços estendidos para frente – na horizontal 
Membro enfraquecido  incapacidade total ou parcial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
COORDENAÇÃO 
Divide-se o estudo da coordenação em: 
 Coordenação estática 
 Coordenação dinâmica 
Na execução dos movimentos, por mais simples que 
sejam, entram em jogo mecanismos reguladores de sua 
direção, velocidade e medida adequadas. 
A coordenação e o equilíbrio são funções dependentes 
dos sentidos especiais como visão e labirinto, 
propriocepção, cerebelo e suas conexões. 
No lactente 
Prova mão-objeto 
Apresentar um objeto a criança e observar como ela faz a 
preensão – depois, colocar o objeto na face da criança e 
observar se é capaz de retirá-lo. 
Pode ser realizada a partir do quarto mês. 
A tendência após segurar o objeto é leva-lo à boca 
(coordenação mão-boca – 4 aos 7 meses) 
 
 
 
Prova mão-objeto 
 15% das crianças aos 4 meses 
 70% das crianças aos 7 meses 
 90 – 100% das crianças aos 6 – 8 meses 
 
 
 
 
Prova do lenço no rosto 
Colocar um lenço cobrindo a face da criança e observar se 
ela é capaz de retirá-lo. 
 
Prova do lenço no rosto 
5% aos 4 meses 
40% aos 5 meses 
 Mão é levada em posição supina e consegue 
retirar o lenço da face por meio de um gesto de 
afastamento. 
100% aos 6 meses 
 Mão é levada em pronação e consegue agarrar o 
lenço – inicialmente por preensão palmar, depois 
por preensão em pinça. 
Criança maior 
Manobra de Romberg 
Utilizado para avaliação da coordenação estática. 
Posição ereta com a cabeça, tronco e membros alinhados, 
pés juntos e paralelos  fechar os olhos. 
 
 
 
 
 
 
 
Pega palmar (voluntária): 4 meses 
Pega de três dedos: 6 meses 
Pega tipo pinça: 9 meses 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Manobra de Romberg 
Sua definição consiste na piora marcante do equilíbrio 
(instabilidade ou queda) com os olhos fechados  sinal 
de Romberg. 
Crianças normais (a partir dos 3-4 anos)  capacidade de 
permanecer em equilíbrio. 
Doença cerebelar  afastamento das pernas (aumento da 
base de sustentação), sem piora do desequilíbrio com os 
olhos fechados. 
Lesões unilaterais do sistema vestibular  queda para o 
lado afetado. 
Criança maior (> 4 anos) 
Prova índex-nariz (dedo-nariz) 
Tocar repetidamente a ponta do nariz com o dedo 
indicador. Ambos os lados. 
Manobra testada com movimentos lentos, rápidos, com 
olhos fechados e olhos abertos. 
Dismetria  incapacidade ou dificuldade de atingir o alvo 
com precisão. 
Tremor  maior amplitude de movimento quanto mais se 
aproxima do alvo. 
Dissinergia  decomposição do movimento. 
 
Criança maior 
Prova calcanhar-joelho 
Tocar o joelho com o calcanhar da perna contralateral e 
descer arrastando-o pela crista tibial até o pé. 
Colocar o calcanhar direito no joelho esquerdo e vice-
versa. 
Ataxia  movimento desarmônico e decomposto 
 
Diadococinesias (prova dos movimentos alternados) 
Capacidade de promover de maneira rápida e regular a 
repetição de movimentos antagônicos. 
Abrir e fechar a mão 
Supinar e pronar alternadamente as mãos 
 
Eudiadococinesias  capacidade de realizar os 
movimentos alternados de modo suaves, rápido e com 
ritmo. 
Disdiadococinesia  dificuldade de realização dos 
movimentos alternados 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Execução pouco harmoniosa, lenta e sem ritmo. 
Adiadococinesia  incapacidade de realização 
PRAXIA 
Capacidade de criar ideias sobre como agir e interagir 
com o meio ambiente e executar os planos de ação. 
“Praxis”  processo de movimento 
Aprendizado de novas tarefas – interação com o mundo 
externo – função aprendida como resultado de 
experiência sensorial no meio ambiente (estímulos). 
Realização de movimentos motores amplos e finos. 
Não são movimentos reflexivos ou automáticos – são 
movimentos propositados e escolhidos. 
Processo de praxia 
1) Ideação – ideia ou objetivo (ato intencionado) 
2) Planejamento da ação (ato coordenado) 
3) Execução do plano (ato voluntário) 
4) Armazenamento do plano para uso futuro 
Mudança de decúbito 
 10% das crianças aos 5 meses 
 65% das crianças aos 6 meses 
 8 meses  passagem do decúbito ventral para a 
posição sentada e vice-versa. 
 
Prova da da bolinha ou cubo na xícara 
 8 meses – 5% conseguem retirar a bolinha da 
xícara 
 9 meses – 10% conseguem retirar a bolinha da 
xícara 
 10 meses - 45% conseguem retirar a bolinha da 
xícara 
 
 
 
 
 
 
Preensão voluntária 
Preensão palmar 
 90% das crianças aos 4 meses 
 100% das crianças dos 5 – 8 meses 
Preensão em pinça 
 25% das crianças aos 6 meses 
 80% das crianças aos 7 meses 
 100% das crianças aos 9 meses 
 
 
 
 
 
Envolvimento de experiênciasensorial, planejamento 
motor, controle postural, equilíbrio, movimentação e 
propriocepção, funcionando de forma adequada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 Tônus muscular passivo 
 Tônus muscular ativo 
 Movimentação automática 
 Movimentação espontânea 
Exame neurológico pediátrico 
Desafios: 
Particularidades de cada faixa etária 
Estágios diferentes de crescimento e desenvolvimento 
Processo de aquisição de funções motoras e cognitivas 
Necessidade de adequado senso crítico para realização 
do exame. 
TÔNUS MUSCULAR 
Estado (grau) de tensão que o músculo conserva em 
repouso. 
É a resistência do músculo ao estiramento (à 
movimentação passiva). 
A manutenção do tônus muscular depende da integridade 
do SNC e sistema nervoso periférico. 
Envolvimento do cérebro, tronco cerebral, medula, nervos 
periféricos e músculo. 
 Desenvolvimento podocefálico (≠ das outras 
funções neurológicas) 
Avaliação 
Inspeção: estado do trofismo muscular, presença de 
atitudes anormais ou movimentos involuntários. 
Palpação dos músculos: consistência muscular 
Movimentação passiva: realização de movimentos das 
diferentes articulações. 
Avaliação da resistência oferecida e da amplitude do 
balanço passivo. 
 
Classificação 
Hipotonia 
Diminuição ou ausência da resistência aos movimentos 
passivos 
 
Hipertonia 
Aumento da resistência aos movimentos passivos 
 
Evolução 
0 – 2 meses  tônus flexor predominante (100%) 
4 meses  ainda predomínio de tônus flexor (70%) 
6 – 8 meses  “hipotonia fisiológica” 
12 meses  tônus normal 
 
AULA 03: Tônus e movimentação 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Hipotonia fisiológica x Hipotonia patológica 
 
 
 
 
Avaliação 
Primeiros meses de vida  cabeça centralizada para o 
exame 
 
RN termo  flexão dos MMSS e MMII 
 
RN saudável  tônus flexor – “hipertonia fisiológica” 
devido à semi-flexão da musculatura dos membros. 
RN prematuro  flexão mais fraca e parcial 
 30ª semana – fraca flexão dos pés e joelhos 
 34ª semana – flexão do quadril (posição de rã) 
 35ª semana – início da flexão dos braços 
 
O recolher do braço não é completo até a 37ª semana. 
 
 
 
 
 
 
 
 RNT RNPT 
 
TÔNUS MUSCULAR PASSIVO 
Extensibilidade dos músculos do pescoço 
Rotação forçada da cabeça 
Observar a amplitude do movimento e o grau de 
resistência. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Amplitude normal  queixo aproxima-se do ombro mas 
não atinge o acrômio 
Prematuros  maior extensibilidade da musculatura do 
pescoço 
Avaliação da movimentação passiva 
Estender o membro fletido e manter essa extensão 
forçada por alguns segundos (5 – 10 seg) e soltar o 
membro: 
Resposta esperada  retorno à posição de flexão 
Ausência de retorno adequado  hipotonia 
Manobra do Xale ou do Cachecol 
Decúbito dorsal – segurar a mão e tentar aproximá-la o 
máximo possível do ombro oposto. 
Avaliar a amplitude do movimento  posição atingida 
pelo cotovelo. Uma vez de cada lado. 
Normal do RNT  não ultrapassar a linha média. 
Quanto mais prematuro  mais o cotovelo se aproxima 
da linha média. 
Presente na avaliação da IG – Capurro neurológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPOTONIA 
 
Criança hipotônica  falta de resistência à 
movimentação passiva dos membros superiores e os 
cotovelos cruzam-se além da linha média sem formar 
ângulos articulares 
Ângulo poplíteo 
Decúbito dorsal – flexionar a perna sobre a coxa com uma 
das mãos, e com a outra mão, estender a perna e avaliar o 
ângulo obtido. 
Normal no RNT  80º a 100º 
Ângulo maior em RNPT ou em RN nascido de 
apresentação pélvica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Manobra calcanhar-orelha 
Decúbito dorsal – segurar um dos pés com uma das mãos 
e tentar aproximá-lo o máximo possível da cabeça (sem 
permitir que o quadril se afaste do plano horizontal da 
mesa de exame). 
Distância normal no RNT  80º a 100º 
 
 
 
 
Suspensão ventral / horizontal 
Decúbito ventral – tórax na mão do examinador  
levantar a criança e observar a posição. 
RNT  costas e cabeças niveladas e as extremidades 
fletidas. 
≈ 4 meses  resposta completa: hiperextensão cervical, 
de tronco e membros. 
 
 RN 4 MESES 
 
HIPOTONIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Avaliação da IG New Ballard: 
6 parâmetros neurológicos + 6 parâmetros físicos 
 
Parâmetros neurológicos - New Ballard 
 
 
TÔNUS MUSCULAR 
Tônus muscular ativo 
Avaliado colocando o RN em uma determinada posição ou 
em uma determinada situação que permita o estudo da 
retificação ativa dos diferentes segmentos: 
Cabeça, tronco, membros inferiores e retificação global. 
Retificação da cabeça 
Retificação do corpo 
Retificação do tronco 
Retificação da cabeça (reação de sustentação da cabeça) 
– manobra de tração dos MMSS 
Musculatura do pescoço: flexores e extensores 
Decúbito dorsal  segurar o RN pelas mãos e punhos e 
suspende-se a criança delicadamente até que se aproxime 
da posição sentada. 
RNT  cabeça no mesmo eixo do tórax por alguns 
segundos – no mínimo alguma flexão nos 
esternocleidomastoideos. 
Estudo dos extensores  criança sentada + queixo 
apoiado sobre o esterno – empurrar ligeiramente o tronco 
para trás 
Resposta esperada – a criança levanta a cabeça (lenta e 
espontaneamente), mantendo-a na posição vertical 
durante um curto período de tempo. 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Retificação da cabeça ou reação de sustentação da 
cabeça 
 
 
 
Reação de retificação do corpo (manobra da suspensão 
vertical) 
Suspendendo verticalmente o RN, sustentando-o pelas 
axilas, observa-se que ele flexiona as pernas como se 
tivesse acocorado (resposta  semiflexão dos membros). 
Em seguida, faz-se com que ele apoie as plantas dos pés 
sobre a superfície da mesa de exame. 
Resposta esperada  extensão das pernas, tronco e 
cabeça. 
RNPT  extensão apenas dos MMII. 
 
HIPERTONIA DE AÇÃO 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Reação de retificação do tronco 
Criança mantida pelo quadril contra o corpo do examinar 
com o tronco fletido para frente. 
O examinador solicita o apoio plantar mobilizando as 
articulações tibiotársicas. 
Retificação dos MMII + cabeça na posição vertical 
 
 
 
 
 
 
REAÇÃO DE RETIFICAÇÃO DO TRONCO 
 
HIPOTONIA 
Causas 
Origem central (≈ 70 – 85% dos casos) 
 Encefalopatia hipóxico-isquêmica 
 Malformações cerebrais 
 Síndromes genéticas 
 Erros inatos do metabolismo 
Origem periférica (≈ 15 – 30% dos casos) 
 Doenças da unidade motora (neurônio motor, 
nervos, junção neuromuscular e músculo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERTONIA 
 
Causas 
 Lesão cerebral 
 Paralisia cerebral espástica 
 Meningite 
 Encefalopatia bilirrubínica 
 Tetania 
 Intoxicação exógena 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
MOVIMENTAÇÃO AUTOMÁTICA 
Pesquisa-se pela observação da criança: 
1) RESPIRAÇÃO 
Principal atividade na passagem da vida intra para a extra-
uterina. 
Apneia da prematuridade. 
Alterações do ritmo respiratório podem estar associadas à 
doença neurológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) MASTIGAÇÃO 
Surgeno 2º semestre de vida 
Relação com o surgimento dos dentes 
Idade média para erupção do 1º dente (incisivo inferior): 6 
– 8 m 
3) ESFÍNCTERES 
Até os 2 anos  incontinência fisiológica 
Avaliar hábito intestinal e urinário 
Alterações radiculomedulares: 
 Jato urinário fraco e intermitente 
 Infecções urinárias de repetição 
 Constipação intestinal 
 
 
4) SORRISO 
Reflexo  desencadeado pelo toque na musculatura 
responsável (no 1º mês de vida) – involuntário (reflexo) 
Social  deflagrado à vista da mãe ou examinar (a partir 
da 2ª quinzena do 2º mês) 
“Dá um sorriso quando encorajado” 
 
MOVIMENTAÇÃO INVOLUNTÁRIA ESPONTÂNEA 
Movimentos involuntários são movimentos anormais 
excessivos e que não podem ser controlados pela vontade 
do indivíduo. 
 Tremores – podem ser encontrados em RN 
saudáveis 
 Movimentos coreicos 
 Movimentos atetoides 
 Mioclonias* 
 Espasmos tônicos 
 Convulsões 
Tremores 
Movimentos involuntários e rítmicos de um ou diversos 
grupos musculares, podendo ser regulares ou irregulares, 
contínuos ou intermitentes, em repouso ou de ação. 
Afetam principalmente as partes distais dos membros. 
Causas: distúrbios metabólicos, intoxicações, 
hipertireoidismo, infecções agudas, ansiedade, lesões 
degenerativas do SNC e doenças do cerebelo. 
RN  tremor de queixo e MMSS são ocorrências normais, 
relacionadas a frio e sem implicação patológica. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 1º dia – quase 100% 
 3º dia – 50% 
 1º mês – 10% 
Geralmente quando são manipulados para despir-se. 
Tremores cessam com o toque. 
Movimentos coreicos 
Movimentos rápidos, amplos, irregulares, aleatórios / 
desordenados (sem padrão), assimétricos e sem 
finalidade 
Principalmente em MMSS e face. 
Aumentam nos estados excitatórios e desaparecem com o 
sono. 
Perturbam a fala, a mastigação, a marcha e o repouso. 
“Sorriso largo, caretas, disartria, disgrafia, fasciculação de 
língua” 
“Movimentos estranhos na face e no corpo” 
“Não consegue mais escrever, levar o copo à boca” 
Causas: 
Coréia de Sydenham (febre reumática), coreia de 
Huntington e doenças degenerativas do SNC. 
Movimentos atetoides (atetose) 
Movimentos lentos, contínuos, espasmódicos, 
incoordenados, ondulantes, sem finalidade – “contorção” 
Principalmente em dedos (extremidades distais), face e 
pescoço. 
Mais lentos e com maior amplitude do que os 
movimentos coreicos. 
Causas: 
 Paralisia cerebral infantil 
 Kernicterus 
 Doenças genéticas e metabólicas 
 
Mioclonias 
Contrações musculares rápidas, involuntárias, isoladas ou 
em série, que acometem parte de um músculo ou um 
grupo muscular. 
Movimentos rápidos e breves (“choque”) 
Geralmente na musculatura axial ou proximal dos 
membros. 
Pode ser fisiológica (sono, soluços). 
Causas 
Não epilépticas: doenças infecciosas (encefalite viral) e 
degenerativas do SNC, distúrbios metabólicos, uso de 
drogas, mioclonia essencial benigna 
Epilépticas: mioclonia epilétptica (convulsão mioclônica) 
Espasmos tônicos 
Contrações musculares involuntárias e prolongadas 
Geralmente acompanhado de uma dor localizada. 
Exemplos: 
Tétano, tetania (hipocalcemia), epilepsia, câimbras, 
trismo. 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Tetania hipocalcêmica 
 Sinal de Chvostek e Trousseau 
Convulsões 
Acesso súbito de contração muscular involuntária e 
incoordenada, geralmente acompanhada de perda da 
consciência. 
Descarga elétrica súbita de um grupo de neurônios. 
Podem ser focais (parciais – limitadas a um hemisfério 
cerebral) ou generalizadas (ambos hemisférios 
acometidos). 
 Crises focais  com ou sem alteração do nível de 
consciência – podem se transformar (com a 
propagação das descargas) em crises 
secundariamente generalizadas. 
 Crises generalizadas  perda de consciência 
geralmente acompanhada de cianose, sialorréia e 
incontinência de esfíncteres. 
Numerosas variantes clínicas: 
 Tônica 
 Clônica 
 Tônico-clônica 
 Mioclônica 
 Ausência 
 Atônica 
 
Causas 
 Febre elevada em crianças (crise convulsiva febril) 
 Infecções do SNC (meningites, encefalites, 
neurocisticercose) 
 Epilepsia 
 Encefalopatia hipóxico-isquêmica 
 Malformações congênitas 
 Distúrbios metabólicos (hipoglicemia, 
hipocalcemia, hipernatremia, hiponatremia, erros 
inatos do metabolismo) 
 Traumatismo cranioencefálico 
 Tumor cerebral 
 AVC 
 Medicamentos 
 Síndrome de abstinência 
 Intoxicações exógenas 
 
 
Movimentação involuntária reflexa 
 Reflexos visuais, auditivos e superficiais 
 Reflexos que requerem mudança de posição 
 Reflexos osteotendinosos ou profundos 
O reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo de 
qualquer natureza. 
Reflexo = padrão motor automático e específico em 
resposta a um estímulo particular, que não envolve 
qualquer controle consciente ou voluntário. 
 
Via aferente  receptor e fibras sensoriais do nervo 
Centro reflexóngeno  substância cinzenta do sistema 
nervoso 
Via eferente  fibras motoras do nervo 
Órgão efetor  músculo 
AULA 04: Reflexos 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
REFLEXOS PRIMITIVOS 
Ao nascimento  o corpo está sob controle dos centros 
encefálicos inferiores  movimentos reflexos e 
involuntários – reflexos primitivos. 
Desenvolvem-se durante diferentes estágios da gravidez 
ou durante os primeiros dias de vida do RN. 
Com o amadurecimento dos centros encefálicos 
superiores (responsáveis pela consciência e atividade 
voluntária)  oposição aos centros encefálicos inferiores 
+ supressão gradual dos reflexos primitivos (reflexos 
transitórios do RN). 
 
 
 
 
Reflexos primitivos ou transitórios 
Estão presentes no RN a termo 
 Presentes em graus variados nos prematuros. 
 Importantes para a sobrevivência do RN. 
 Permanecem presentes durante o período 
neonatal, com inibição progressiva nos próximos 
meses de vida  a integração de um reflexo 
envolve a aquisição de uma nova habilidade. 
Significado patológico / ADNPM (?) 
 Ausência no período neonatal 
 Permanência prolongada 
REFLEXOS VISUAIS 
Reflexo pupilar 
Foco luminoso sobre a pupila  contração pupilar 
(miose) isolateral e consensual em resposta à luz. 
Desenvolvido entre 29 e 31 semanas de gestação. 
Sempre presente nos RNTs normais – persiste até a vida 
adulta. 
Contração pupilar mais lenta nos prematuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo do piscar ou pestanejar 
Luz brilhante sobre o rosto do RN  pisca e fecha 
fortemente as pálpebras. 
Via aferente  II par 
Via eferente  VII par 
Surge com 7 – 8 meses de gestação e desaparece nos 
primeiros meses de vida. 
Reflexo nasopalpebral ou glabelar 
Percussão da glabela  fechamentos dos olhos (piscar) 
Surge entre 32 – 34 semanas de IG. 
Desaparece nos primeiros meses de vida. 
 
 
Os reflexos primitivos estão presentes 
ao nascimento mas devem ser inibidos 
ao longo dos primeiros meses 
(integração dos reflexos) 
Depende da integridade retiniana, do 
nervo óptico (aferência do estímulo) 
e do nervo oculomotor (eferência do 
reflexo). 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Reflexo de McCarthy 
Percussão da região supra-orbitária  piscar homolateral 
Surge por volta dos 7 meses de gestação. 
Persiste até os 2 – 4 meses de idade. 
 
Reflexo ciliar 
Tocar os cílios  piscar homolateral ou bilateral 
Persiste no adulto. 
Reflexo corneano 
Tocar a córnea  piscar homolateral 
Persiste no adulto. 
REFLEXO AUDITIVO 
Reflexo cocleopalpebral 
Estímulo de um ruído forte (batida de palmas)  RN 
responde com o piscar bilateral dos olhos. 
Depende da integridade da viaauditiva e do sistema 
nervoso. 
Desaparece nos primeiros meses de vida. 
O desaparecimento dos reflexos cocleopalpebral, de 
McCarthy e nasopalpebral indica que, com a maturação, 
a área reflexógena para o piscar se reduz a uma região 
mais limitada. 
REFLEXO BUCAL 
Reflexo dos pontos cardeais (voracidade / busca) 
Estimular os lábios do RN em várias posições com o dedo 
enluvado  RN abre a boca, desvia a cabeça e movimenta 
a língua na direção do estímulo, tentando suga-lo. 
Surge com 2 – 3 meses de gestação e persiste por 3 – 4 
meses pós-natais. 
Melhor obtido com o RN acordado e com fome. 
 
Reflexo de sucção 
Tocar os lábios do RN com o dedo enluvado  vigorosos 
movimentos de sucção. 
Surge com 2 – 3 meses de gestação. 
Desaparecimento: 
 Em vigília  3 meses 
 Durante o sono  6 meses 
 
Esses dois reflexos bucais estão ausentes em RNs com 
patologia do SNC, depressão por drogas, anóxia ou 
infecção. 
 
 
 
 
 
Sua ausência é sinal de 
disfunção neurológica grave. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
REFLEXOS PALMARES 
Reflexo de preensão palmar 
Pressão na face palmar do RN com o dedo indicador do 
examinador  firme flexão dos dedos. 
As vezes é seguido também de flexão dos cotovelos e 
ombros. 
Surge no 4 – 6º mês de vida intra-uterina – torna-se forte 
no 9º mês de gestação. 
Pode ser pouco vago nos primeiros dias de vida 
Persiste até 5 – 6 meses de idade  preensão voluntária 
 
 
 
 
 
Reflexo de Babkin 
Pressão do polegar do examinar sobre ambas as palmas 
das mãos do RN  abertura da boca. 
Surge pela 26ª semana de gestação. 
Desaparece por volta de 3 – 4 meses de idade. 
 
REFLEXOS PLANTARES 
Reflexo de preensão plantar 
Pressão com um dedo do examinador na planta dos pés 
do RN (logo abaixo dos dedos)  flexão dos dedos do pé 
sobre o dedo do examinador. 
Surge entre o 4º - 6º mês de vida intra-uterina. 
Persiste até 9 – 12 meses de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de retirada 
RN em decúbito dorsal – estímulo doloroso da planta do 
pé 
Resposta esperada  retirada da perna estimulada + 
flexão do pé, joelho e quadril. 
Reflexo de Rossolimo 
Posição supina – percussão da base dos dedos (superfície 
plantar) 
Resposta  flexão dos dedos 
Presente na maioria dos RNs 
Idade de desaparecimento = 1 mês 
Aumentado nas enfermidades do sistema piramidal. 
Reflexo cutâneo-plantar 
Estímulo com objeto de ponta romba na borda externa da 
planta do pé – do calcanhar em direção aos dedos (“risco” 
na face lateral plantar) 
RN  resposta em extensão do hálux + abertura em 
leque dos dedos. 
Pode ser completo ou parcial. 
Pode ser observado até o primeiro ano de vida – 
geralmente bilateral e simétrico. 
 
Sua ausência poderia significar 
espinha bífida, lesão medular ou 
em raízes nervosas. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 
 
 
 
Reflexo cutâneo-plantar 
Geralmente persiste até 8 – 12 meses (início da marcha) 
Após 12 meses  resposta normal = FLEXÃO 
Resposta em extensão a partir do 2º ano  sinal de 
Babinski 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de extensão cruzada 
RN em decúbito dorsal – estender uma das pernas por 
pressão exercida sobre o joelho e estimular a planta do 
pé homolateral (fricção) 
Reação do membro contra-lateral – em 3 tempos: 
1ª  flexão 
2ª  extensão 
3ª  adução do pé (aproxima-se do pé estimulado) 
 
 
 
 
Reflexo presente até 1 – 2 meses 
Reflexo de extensão cruzada 
Reflexo magnético 
RN em posição dorsal com os quadris e joelhos fletidos 
Comprimir com os polegares as solas dos pés e retirar 
lentamente. 
Resposta  manutenção do contato entre o dedo e a sola 
do pé. 
As pernas se estendem e o pé fica colado no dedo. 
REFLEXOS DE MUDANÇA DE POSIÇÃO 
Sinal dos olhos de boneca 
Rotação da cabeça para a direita e para a esquerda + 
flexão e extensão da cabeça com o corpo fixo  os olhos 
não acompanham os movimentos da cabeça. 
Surge com 6 – 7 meses de gestação. 
Persiste por 1 mês de vida pós-natal. 
 
Reflexo tônico-cervical assimétrico (Magnus-de-Kleijn) 
RN em decúbito dorsal – vira-se rapidamente a face para 
um dos lados  ocorre extensão dos membros ao lado da 
face e flexão dos membros do lado oposto (posição de 
esgrima) 
Surge por volta de 6-7 meses de gestação – torna-se mais 
nítido entre 2-4 meses de idade. Desaparece até os 6 
meses. 
 
 
Não tem conotação patológica no 
RN - apesar da semelhança 
semiológica, não deve ser chamado 
de sinal de Babinski – indicador de 
lesão piramidal. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Reflexo de Moro 
RN na posição supina – eleva-se o RN pelo tronco acima 
do plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-o 
em seguida para que não caia (produzir uma rápida 
extensão dos músculos da nuca). 
Resposta esperada  abdução, extensão e supinação dos 
braços, com extensão dos dedos das mãos (exceto o 
polegar e o indicador que ficam em forma de “C”), 
seguidos por adução e flexão dos braços – movimento 
semelhante a um “abraço”. 
A ausência de flexão não tem significado patológico. 
Surge pelo 7º mês de gestação e está presente até o 4º - 
6º meses de vida. 
 
 
 
 
 
Resposta unilateral indica lesão periférica (ex: paralisia 
braquial). 
Ausência indica lesão intracraniana. 
Persistência do reflexo além de 6 meses de idade  
ADNPM. 
 
Reflexo de sustentação (endireitamento / apoio plantar) 
Suspensão vertical do RN – segurando-o pelas axilas, 
permitindo que as plantas dos pés toquem uma superfície 
sólida. 
Resposta  extensão das pernas, suportando o seus peso 
sobre suas extremidades inferiores. 
Surge com 8 – 9 meses de gestação. 
Desaparece ≈ 3 meses de idade. 
 
Marcha automática 
Segura-se o RN de pé pelas axilas, colocando seus pés 
apoiados sobre uma superfície e inclina o RN para um 
lado e para o outro (inclinação do tronco do RN após 
obtenção do apoio plantar) 
Resposta  extensão das pernas, retificação do corpo e 
início da marcha reflexa – uma perna à frente da outra. 
Desaparece com 3 – 4 meses de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Reflexo de colocação (reflexo da escada) 
Com a criança ereta, segurando-a pelas axilas, toca-se a 
superfície dorsal do pé na borda da mesa de exame. 
Resposta  colocação do pé sobre a mesa (elevação do 
pé) 
Surge no 8º ou 9º mês de gestação. 
Persiste ao longo do primeiro ano de vida. 
 
 
 
 
 
Reflexo de Galant 
RN em prona com a cabeça na linha média – estímulo 
tátil, de cima para baixo, na região paravertebral. 
Resposta  contração da musculatura estimulada, com 
encurvamento do tronco para o lado estimulado. 
Pesquisar nos dois lados – avaliação da simetria. 
Surge no 8ª - 9ª mês de gestação. 
Persiste até 2 – 4 meses de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo de Perez 
RN em decúbito ventral, com o tórax apoiado sobre a 
mão do examinador – aplica-se firmemente o dedo ao 
longo da coluna no sentido caudo-cefálico, começando 
na região sacra. 
Resposta  flexão dos braços e pernas e elevação da 
cabeça. 
Eventualmente a criança pode defecar e urinar. 
Surge no 8ª - 9ª mês de gestação. 
Persiste até 4 – 6 meses de idade. 
 
Reflexo de Landau 
Verifica o estado tônico da criança e a extensão dorsal da 
cabeça. 
Segura com firmeza o lactente horizontalmente, por 
baixo do tronco, e o mantem no ar  a cabeça se ergue 
automaticamente e as pernas acompanham a extensão 
(Landau I) 
Flexão súbita da cabeça  flexão total do corpo inteiro 
(Landau II) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXIISurge entre 3 – 4 meses de idade. 
 
 
 
 
 
 
REFLEXOS PROFUNDOS 
Reflexos profundos (osteotendinosos) 
Produzidos pela súbita estimulação do tendão muscular 
com consequente contração muscular. 
Devem ser testados com a musculatura relaxada e 
adequadamente posicionada. 
São pesquisados utilizando-se o martelo neurológico. 
Sempre comparar um lado com o outro. 
 
 
 
 
 
Reflexo bicipital 
Antebraço semi-fletido e em supinação, apoiado na mão 
esquerda – coloca-se o polegar sobre o tendão do bíceps 
e realiza a percussão. 
Resposta  leve flexão do antebraço sobre o braço. 
Nervo musculocutâneo / Nível medular: C5 – C6 
 
 
 
 
 
 
 
Difíceis de serem avaliados no RN e nos 
lactentes jovens – falta de cooperação, 
poucos períodos de relaxamento e 
predomínio do tônus flexor. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Reflexo tricipital 
Afastar um pouco o braço do tronco (para trás e para 
fora – braço em semiflexão), deixando o antebraço caído 
 percutir o tendão do tríceps (acima do olecrano) 
Resposta  extensão do antebraço 
Nervo radial / Nível medular: C6 – C8 
 
 
 
 
 
Reflexo patelar 
Criança sentada (ou em decúbito dorsal com joelho 
levemente dobrado) + perna relaxada  percussão no 
tendão do quadríceps (abaixo da patela) 
Resposta  extensão da perda 
Nervo femoral / Nível medular: L2 – L4 
 
 
 
 
 
Reflexo aquileu 
Paciente sentado, deitado ou com os joelhos fletidos 
sobre a mesa de exame e pés pendentes para fora do 
leito  percutir o tendão de Aquiles. 
 Resposta  flexão plantar do pé (extensão do 
pé) 
 Nervo tibial / Nível medular: S1 – S2 
 
 
SINDROMES NEUROLÓGICAS: 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sensibilidade visual, táctil, térmica e dolorosa 
 Pares cranianos 
 Sinais de irritação meníngea 
 Sistema sensorial 
“O sistema sensorial provê os meios pelos quais o 
indivíduo percebe o mundo externo, permanece alerta, 
constrói uma imagem corporal e regula seus movimentos. 
Toda sensação depende de impulsos que surgem por 
estímulos externos aos bilhões de receptores distribuídos 
pelo corpo humano. Esses impulsos são levados ao 
sistema nervoso central por nervos sensoriais, e então 
transmitidos através de tratos de fibras nervosas a centros 
superiores para o reconhecimento consciente, ação 
reflexa ou outras consequências da estimulação 
sensorial.” 
 
Avaliação da sensibilidade 
 Subjetiva 
 Dependente da cooperação e compreensão do 
paciente 
 Etapa difícil nos primeiros anos de vida 
 Explicar previamente o que será realizado 
 Olhos fechados / vendados 
 Estudo metódico e comparativo nas diferentes 
regiões 
 Estímulo do local desejado  observar respostas 
 Saber interrogar o paciente 
 Visão 
Presente desde o nascimento 
RN  sensibilidade à luz – capaz de voltar a cabeça em 
direção a uma fonte luminosa desde o primeiro dia de 
vida. 
1 mês  início da fixação visual e rotação da cabeça em 
acompanhamento a uma fonte luminosa. 
5 meses  100% das crianças são capazes de fixar e 
acompanhar com o olhar. 
 
 
 
Neurônio motor superior  lesão no trato 
corticoespinhal (piramidal) 
Neurônio motor inferior  corno anterior da 
medula, raiz nervosa, junção neuromuscular, 
músculo 
AULA 05: Sensibilidade, sinais de irritação 
meníngea e pares cranianos. 
 
Ao nascimento, o RN já exibe 
resposta visual à luz e tem 
preferência pela face humana. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
SENSIBILIDADE GERAL 
Sensibilidade táctil 
Avalia-se com o friccionar do algodão em algumas 
regiões do corpo. 
1º mês  75% das crianças apresentam movimentação 
espontânea aumentada em resposta à estimulação 
sensitiva. 
2º - 12º mês  100% das crianças reagem ao estímulo 
 
Sensibilidade térmica 
Avalia-se a reação ao calor e ao frio – dois tubos de 
ensaio. 
A resposta pode ser de movimentação espontânea 
aumentada ou diminuída. 
Estímulo frio (reação mais intensa) 
 RN – 75% de resposta positiva 
 1 mês – 85% de resposta positiva 
 2º mês – 95 a 100% de resposta positiva 
Estímulo quente 
 RN – 10% de resposta 
 1 mês – 35% de resposta 
 4 meses –100% de resposta 
Sensibilidade dolorosa 
Deve ser pesquisada no final do exame 
Estímulo com objetos pontiagudos (abaixador de língua) 
 RN – tempo de latência grande  somente 80% 
respondem com reações gerais (caretas de choro, 
aumento da movimentação) 
 2º ao 3º mês – período de latência menor  
100% de resposta 
 4º mês – resposta de retirada ou fuga do 
segmento excitado 
 7º ao 8º mês – resposta de afastamento do 
estímulo  a criança leva uma das mãos ao 
ponto estimulado querendo afastar o objeto 
estimulante. 
Propriocepção 
Noção da posição dos segmentos em relação ao próprio 
corpo. 
Vibração (palestesia) 
Diapasão – saliências ósseas 
 
 
 
 
 
 
NERVOS CRANIANOS 
Exame de grande importância em muitas 
eventualidades. 
Tarefa difícil e incompletamente realizável no período 
neonatal e no primeiro ano de vida. 
A sensibilidade profunda não pode ser 
testada de forma clássica nas crianças 
jovens – necessidade de participação ativa 
do paciente. Entretanto, a observação dos 
reflexos primitivos nos fornece pistas 
quando ao funcionamento proprioceptivo 
do RN e / ou lactente. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 
 
 
 
 
 
Nervo olfatório (I par) 
Apresentar ao paciente substâncias de odores conhecidos 
(café, hortelã, canela, chocolate). 
2 tubos de ensaio  um com algodão + aroma e outro 
com apenas algodão seco. Uma narina por vez. 
Resposta positiva: 
RNs > 32 semanas  sucção, movimentos das asas nasais, 
abertura momentânea dos olhos, trejeitos faciais, 
retração da cabeça ou aumento da atividade global. 
Criança maior  reconhecimento do extrato usado. 
Termos empregados na caracterização do olfato: 
Normosmia: função olfatória preservada 
Hiposmia: diminuição do olfato 
Anosmia: ausência (perda) do olfato 
Parosmia: percepção anormal (distorção) do olfato 
Nervo óptico (II par) 
Avaliação: 
Reflexo pupilar (reflexo fotomotor direto e consensual) 
Resposta esperada  contração pupilar (miose) 
Aferência do estímulo = II par 
Eferência do reflexo = III par 
Acuidade visual (cada olho separadamente) 
Lactentes  padrão de fixação ocular e reação à luz forte 
Crianças maiores  métodos padronizados 
Campos visuais (campimetria visual) 
Fundo de olho – oftalmoscópio 
As respostas visuais modificam-se com o nível de 
maturação da criança: 
 26 semanas – pisca os olhos 
 32 semanas – fechamento dos olhos 
 37 semanas – acompanhamento do estímulo 
luminoso suave 
 40 semanas – fixa e acompanha um ponto 
luminoso 
 3 meses – 30% da capacidade de visão do adulto 
 18 meses – 50% de acuidade visual 
 36 meses – 100% de acuidade visual 
 
 
 
Nem todas as provas descritas se 
realizam sistematicamente. Algumas 
delas reservam-se para quando houver 
motivos para suspeitar de uma 
determinada anormalidade 
neurológica. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Nervos oculomotor (III par), troclear (IV par) e 
abducente (VI par) 
Estudo em conjunto – responsáveis pela movimentação 
ocular extrínseca (movimentos do globo ocular) 
III par  elevador da pálpebra, reto inferior, reto 
superior, oblíquo inferior e reto medial + motricidade 
ocular intrínseca (contração pupilar) 
IV par  músculo oblíquo superior (mirada para baixo e 
para dentro). 
VI par  músculo reto lateral (mirada lateral – abdução). 
 
Avaliação: 
Movimentação do globo ocular 
Movimentaçãoocular espontânea (RN acordado) 
Acompanhamento do dedo do examinador / fonte 
luminosa 
Reflexo dos olhos de boneca 
Resposta esperada  desvio dos olhos no sentido oposto 
ao do movimento da cabeça. 
Reação pupilar (III par) 
Avaliar a forma, diâmetro e simetria 
Resposta esperada  reflexo fotomotor direto e 
consensual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervo trigêmeo (V par) 
Ramo motor (músculos da mastigação) 
RN  sucção 
Criança  oclusão dos dentes (abrir e fechar a boca) 
Paralisia bilateral: 
RN  incapacidade de sucção 
Criança maior  incapacidade de fechar a boca 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Paralisia unilateral: 
Diferença de tonicidade na palpação dos masseteres 
durante a compressão dos dentes ou desvio da boca para 
o lado paralisado. 
Ramo sensitivo (sensibilidade superficial da face) 
 3 ramos principais (oftálmico, nasal e temporal) 
 Algodão / Objeto rombo – sensibilidade da 
fronte, do queixo e da mandíbula. 
 
 
Ramo sensitivo (sensibilidade superficial da face) 
Avaliação do reflexo córneo-palpebral 
Tocar a córnea levemente com um pedaço fino de 
algodão / gaze estéril  oclusão bilateral das pálpebras 
V par (ramo oftálmico) = via aferente 
VII par = via eferente 
 
 
 
 
 
Nervo facial (VII par) 
Inervação dos músculos da mímica facial e da gustação 
dos 2/3 anteriores da língua. 
Avalia-se observando a face em repouso e durante 
movimentação (espontânea ou estimulada)  amplitude 
e simetria dos movimentos. 
Franzir a testa, fechar os olhos, mostrar os dentes, abrir a 
boca. 
 
 
 
 
Diferenças entre paralisia facial periférica e central: 
 
 
 
 
A observação da mímica facial durante 
o choro é especialmente útil para a 
detecção de assimetrias. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Nervo vestibulococlear (VIII par) 
Ramo coclear – relaciona-se com a acuidade auditiva 
Lactente: 
 Reflexo cocleopalpebral – ruído forte  
piscamento 
 Virada da cabeça em direção ao som. 
Crianças maiores  teste da voz sussurrada ou falada. 
Se hipoacusia  diferenciar entre surdez de condução 
(comprometimento da orelha externa ou média) e 
surdez neurossensorial (lesão coclear ou do próprio 
nervo)  teste de Rinne e teste de Weber. 
Reflexo cocleopalpebral 
Bater palmas próximo ao RN 
Esperado: Piscar de olhos involuntários 
Teste de Rinne 
Comparação entre a condução óssea e a aérea. 
Diapasão no processo mastoide até parar de ouvir o 
barulho  diapasão ao lado da orelha. 
Se CA > CO  teste normal 
Se CO > CA  teste alterado – perda auditiva condutiva 
 
Teste de Weber 
Distinguir se uma surdez unilateral é de condução ou 
neurossensorial. 
Diapasão sobre a linha média: 
Resposta normal  mesma intensidade nos dois lados 
Surdez de condução  som mais intenso do lado lesado 
Surdez neurossensorial  som mais intenso no lado 
normal 
 
 
Nervo vestibulococlear (VIII par) 
Ramo vestibular – relaciona-se com a função labiríntica. 
Pesquisar história de vertigem, náuseas, vômitos, 
distúrbios do equilíbrio, nistagmo e marcha. 
Exame do equilíbrio (Romberg) e marcha 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Nervo vestibulococlear (VIII par) 
Alterações do ramo vestibular: 
Sinal de Romberg positivo  desequilíbrio do corpo para 
o lado lesionado. 
Desvio postural durante a marcha  tendência a queda 
para o lado da lesão. 
Nervos glossofaríngeo (IX par) e vago (X par) 
Inervam a faringe e a laringe – dinâmica da deglutição, 
reflexo nauseoso e motilidade do véu palatino. 
Avalia-se pela inspeção da garganta enquanto a criança 
pronuncia a letra A (criança pequena  choro). 
Resposta normal  simetria do véu paladar 
Resposta anormal  desvio da úvula para o lado oposto 
ao da lesão. 
 
 
 
Nervo acessório (XI par) 
Inerva a porção superior do trapézio e ECM. 
Crianças pequenas  difícil avaliação fidedigna 
Crianças maiores: 
Trapézio  elevar os ombros – avaliação de atrofia ou 
assimetria. 
ECM  lateralização do pescoço (girar a cabeça contra a 
resistência) e palpar o músculo (avaliação da tonicidade). 
 
 
 
 
 
Nervo hipoglosso (XII par) 
Inervação da musculatura da língua. 
Avaliar posição em repouso da língua e movimentação. 
Difícil avaliação na criança pequena. 
Criança maior  fazer movimentos com a língua. 
Alteração de motilidade da língua pode revelar seu 
comprometimento. 
Lesão bilateral: a língua não sai da boca. 
Lesão unilateral: a língua sai da boca desviada para o lado 
afetado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também pode ser avaliado a presença do 
reflexo de vômito através do estímulo 
com abaixador de língua. 
Assimetria e alteração de força muscular 
são achadas na lesão deste nervo. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA 
Síndrome meníngea 
Presente nas inflamações das meninges 
Causas: infecção (meningite) e sangramento 
Caracteriza-se pela presença dos sinais de irritação 
meníngea. 
 
Síndrome meníngea 
Período neonatal e lactentes < 1 ano  quadro clínico 
inespecífico: 
 Febre ou hipotermia 
 Letargia ou irritabilidade (choro persistente) 
 Sonolência 
 Recusa alimentar / sucção débil 
 Vômitos 
 Abaulamento de fontanela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome meníngea 
Crianças maiores  sinais clássicos: 
Rigidez de nuca: rigidez e resistência à movimentação 
passiva do pescoço. 
 
 
 
 
 
 
Síndrome meníngea – Sinais clássicos 
Sinal de Kernig: tentativa de estender a perna (colocar a 
perna em ângulo de 90º em relação ao tronco)  flexão 
involuntária dos joelhos com incapacidade de completar 
a extensão das pernas ao se levantar a perna da criança 
em decúbito dorsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Sinal de Brudzinski: flexão espontânea das pernas ao se 
fletir o pescoço do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Lasègue: movimento passivo de flexão da coxa 
sobre a bacia  dor no trajeto do ciático. 
 
 
 
 
 
Opistótono: atitude decorrente da contração da 
musculatura lombar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Membros superiores 
 Membros inferiores 
Aparelho locomotor 
Avaliação dos ossos, articulações, músculos e estruturas 
periarticulares. 
 Inspeção 
 Palpação 
 Avaliação da mobilidade articular 
 
 
 
Exame físico dirigido 
Inspeção: Forma, simetria, volume, rubor, alinhamento 
articular, nódulos.. 
Palpação: Calor, sensibilidade / dor (pontos 
hipersensíveis), crepitação.. 
Mobilização: Amplitude, força muscular, dor à 
mobilização... 
AULA 06: Aparelho locomotor 
 
Considerar o desenvolvimento 
(deformidades), a simetria e os aspectos 
funcionais (mobilidade) das extremidades 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Aparelho locomotor – Alterações clínicas possíveis: 
Ossos 
 Anomalias estruturais 
 Assimetrias 
 Dor óssea 
 Aumento de volume 
Articulações 
 Dor à mobilização 
 Aumento de volume 
 Limitação do movimento 
Músculos 
 Atrofia muscular 
 Diminuição da força proximal 
MEMBROS SUPERIORES 
Ombro 
Avaliar: flexão e extensão / abdução e adução / rotação 
interna e rotação externa 
Comparar os dois ombros 
Procurar: 
 Aumento do volume 
 Pontos dolorosos 
 Atrofia muscular 
 Tumorações 
 
 
Recém-nascido 
Anomalias congênitas 
Trauma obstétrico  lesão de plexo braquial 
Postura fixa com adução e rotação interna do braço e 
pronação do antebraço. Reflexo de Moro assimétrico. 
 
Recém-nascido 
Palpaçãodas clavículas  detecção de uma possível 
fratura 
 
 
 
 
Melhor forma 
de avaliação  
REFLEXO DE 
MORO 
É fundamental a 
avaliação da amplitude 
dos movimentos 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Cotovelo e antebraço 
Inspeção 
Aumento do volume / nódulos subcutâneos 
Palpação 
Presença de dor / calor / crepitações 
Movimentação 
Flexão e extensão / pronação e supinação  crepitações 
 
 
 
 
Punho e mão (ossos do carpo) 
Inspeção 
Aumento do volume (difuso ou localizado) 
Anomalias congênitas 
Movimentação 
Aviar flexão e extensão / desvio medial e lateral 
Observar durante brincadeiras e ao pegar objetos. 
 
 
 
 
 
 
NÓDULOS SUBCUTÂNEOS 
Observar simetria, 
desenvolvimento e função das 
extremidades 
ARTRITE 
BAQUEAMENTO 
DIGITAL 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
Fenômeno de Raynaud 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anomalias congênitas 
 Polidactilia: presença de dedo extranumerário 
 Sindactilia: presença de uma membrana que une os 
dedos 
 Clinodactilia: ↑ angulação de um dos dedos 
 Camptodactilia: postura em flexão na IFP 
 Focomelia: aproximação ou encurtamento dos 
membros 
 Amelia: ausência de membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEMBROS INFERIORES: 
Observar: 
 Marcha 
 Movimentação (subir a escada, deitar e 
levantar..) 
 Limitação dos movimentos 
 Fraqueza muscular 
Pápulas de 
Gottron 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 Deformidades 
Marcha 
 Velocidade 
 Estabilidade – avaliar a largura da base 
 Tamanho dos passos (comprimento da passada) 
 Presença ou ausência de dor 
 
 
 
 
Marcha ceifante ou hemiplégica 
Membro superior fletido em 90º no cotovelo e a mão 
fechada em leve pronação – membro inferior do mesmo 
lado é espástico e o joelho não flexiona (perna se arrasta 
pelo chão). 
Presente em pacientes com hemiplegia. 
Marcha espástica (em tesoura) 
Membros inferiores enrijecidos e espásticos – os pés se 
arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra. 
Presente na paralisia cerebral espástica. 
Marcha anserina (de pato) 
Paciente acentua a lordose lombar e inclina o tronco ora 
para direita pra para a esquerda. 
Redução da fora dos músculos pélvicos  presente em 
doenças musculares. 
Marcha escarvante 
Paciente levanta acentuadamente o membro inferior, 
lembrando o “passo de ganso” dos soldados. 
Presente na paralisia da musculatura dorsiflexora do pé. 
Marcha parkinsoniana 
Paciente anda como um bloco, enrijecido, sem o 
movimento automático dos braços – cabeça inclinada 
para frente + passos pequenos e rápidos. 
Presente na síndrome parkinsoniana. 
Marcha cerebelar (ebriosa) 
Paciente ziguezagueia como uma pessoa embriagada. 
Presente nas lesões do cerebelo 
Marcha talonante (tabética) 
Olhar fixo no chão + MMII levantados abrupta e 
explosivamente e os calcanhares tocam o solo de modo 
intenso. 
Presente em neuropatias que afetam a sensibilidade 
profunda. 
Marcha vestibular 
Presença de lateropulsão ao caminhar. 
Presente nas lesões do labirinto 
Marcha claudicante 
Ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados. 
Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do 
aparelho locomotor. 
Marcha atáxica 
Apoio e base de sustentação alargados + quedas 
frequentes 
Presente nas lesões do cerebelo. 
Observar: 
Discrepância dos membros 
Causas: 
 Doenças congênitas – luxação congênita do 
quadril 
 Adquiridas – doenças ósseas / musculares 
 Sintomatologia  claudicação 
 Avaliação 
Marcha com apoio nos dedos  pode 
existir até os 3 anos de idade. 
Se unilateral  normalmente patológica 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 Medida dos MMII em decúbito dorsal 
 Teste de Galeazzi 
Discrepância dos membros 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de Galeazzi 
Serve para verificar se há diferença de comprimento nos 
membros inferiores. 
Paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores 
fletidos com os pés juntos. 
Se discrepância  joelhos em alturas diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadril: 
Inspeção (pregas cutâneas mediais) 
Avaliação dos movimentos: flexão e extensão, adução e 
abdução, rotação interna e rotação externa. 
Avaliação da instabilidade do quadril 
 Teste de Ortolani (até 6 meses de idade) 
 Teste provocativo de Barlow 
Manobra de Ortolani 
Membros inferiores do RN em posição de rã (pernas 
mantidas em abdução de cerca de 45º)  abdução 
bilateral 
Terceiro dedo no grande trocânter e o polegar e o 
indicador segurando o joelho  tentar recolocar a cabeça 
do fêmur no acetábulo, empurrando para cima e 
lateralmente. 
Se luxação  a cabeça do fêmur será deslocada para cima 
– sensação tátil da passagem da cabeça femoral pela 
borda acetabular. 
 
 
 
 
 
 
 
O teste de Galeazzi detecta 
deslocamento unilateral congênito do 
quadril em crianças. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 
 
 
Manobra de Barlow 
Manobra provocativa  provocar uma luxação 
Mesma posição  empurrar posteriormente o fêmur com 
o quadril em flexão e a coxa em adução  sente-se a 
cabeça deslocar-se do acetábulo para trás. 
 
Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ – luxação 
congênita do quadril) 
Ocorre com o deslocamento contínuo dos ossos do 
quadril – o que não permite a perfeita articulação da 
cabeça do fêmur com o acetábulo. 
 
 
 
 
 
Joelho: 
Inspeção: volume, rubor, deformidade angular 
Palpação 
Movimentação: flexão e extensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOELHO – DEFORMIDADE ANGULAR 
 
 
O aspecto varia com o 
crescimento (alterações 
fisiológicas) 
O varismo tibial é fisiológico antes da 
marcha e o joelho valgo tende a aparecer 
aos 2 anos, é máximo aos 3 anos e 
decresce gradativamente até o final do 
crescimento. 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tornozelo e pé: 
Inspeção: repouso, marcha, deformidades 
Palpação 
Movimentação 
 Flexão plantar 
 Flexão dorsal 
 Inversão 
 Eversão 
 
Deformidades dos pés 
Pé torto congênito (PTC) 
Pé desviado em inversão – planta do pé voltada para 
dentro 
O pé não retorna a posição original quando manipulado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deformidades dos pés 
Pé torto postural (“falso pé torto”) 
Ocorre devido a posição do bebê intraútero. 
Não há anormalidade anatômica. 
Pé retorna a posição correta quando manipulado. 
Resolução espontânea em algumas semanas. 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HABILIDADES MÉDICAS VI – NEURO PED 
MATHEUS BRAIANI RODRIGUES BRIANEZ – MEDICINA UNIC TXXXII 
Deformidades dos pés 
Pé plano (“pé chato”) 
 
Ausência do arqueamento normal da planta do pé. 
Todos os bebês nascem sem o arco plantar normal  a 
ausência do arco plantar é comum na criança ao início da 
marcha e vai começar a se esboçar com o crescimento 
(geralmente está totalmente formada por volta dos 6 anos 
de idade) 
Se flexível  não necessita de tratamento 
Se rígido e sintomático  tratamento 
Síndrome de hipermobilidade articular 
Articulações sinoviais com amplitude maior que os limites 
normais (grau exagerado da mobilidade) 
Pode estar associada a lesão interna de articulações e ser 
uma importante causa de dor crônica. 
Atinge cerca de 5 – 30% da população. 
Pode ser um achado isolado em crianças normais. 
Mais vista em crianças e jovens 
Pode ser herdada geneticamente ou adquirida 
(alongamento) 
Doenças do tecido conjuntivo (síndrome de Marfan, 
síndrome deEhlers-Danlos...) 
 
 
REFLEXOS NEUROLÓGICOS PEDIÁTRICOS DE MAIOR 
IMPORTANCIA NO RN: 
 sucção 
 voracidade ou pontos cardeais/pyper 
 moro 
 sustentação cervical 
 Pressão palmar 
 Pressão plantar 
 Cutâneo plantar 
 Gallant 
 Tônico cervical assimétrico 
 Marcha reflexa

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