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Aula 21 - Poder Executivo

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Poder Executivo
Professor Associado José Levi Mello do Amaral Jr.
Exposição geral
“O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.” (Constituição, art. 76).
Mandato de quatro anos, admitida uma reeleição subsequente.
Elege-se em chapa com o Vice-Presidente.
Três Chefias: Estado, Governo e Administração.
Remoção apenas por meio de impeachment.
Três Clássicos
“Todos os Estados, todos os domínios que tiveram e que têm império sobre os homens, foram e são repúblicas ou principados.”
“administra a segurança e o interesse público externos” e “executa as leis domésticas da sociedade dentro dela própria”
“poder executivo das coisas que dependem do direito das gentes” 
Reeleição presidencial nos EUA
O Artigo Federalista n. 72: reeleições indefinidas?
O “costume” de uma única reeleição: “Com um par de dois mandatos como precedentes (e presidentes) agora nos livros de história, os sucessores imediatos de Jefferson, Madison e Monroe, cada um seguiu o exemplo declinando de servir por mais de oito anos. Assim nasceu uma tradição.” (Akhil Reed Amar)
A presidência FDR e depois: 1947 e 1951 (XXII Emenda)
A compreensão de Alexis de Tocqueville
Reeleição presidencial no Brasil
Tradição da República: não reeleição
Porém: a experiência gaúcha (3/4 dos votos...)
Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros
A campanha de 1922: Assis Brasil e os termos da Paz de Pedras Altas
Borges de Medeiros e Getúlio Vargas
Emenda Constitucional n. 16, de 1997
Impeachment: origem inglesa
Origem: Séc. XIII ou Séc. XIV
“o derradeiro impeachment terminou em 1805, com a absolvição de Lord Melville”
“na Inglaterra, o impeachment atinge a um tempo a autoridade e castiga o homem” pois “a Câmara dos Lordes julga a acusação dos Comuns com jurisdição plena, impondo livremente toda a sorte de penas, até a pena capital”
Natureza: primeiro criminal, depois político-criminal
Impeachment: Montesquieu
“Poderia ainda ocorrer que algum cidadão, nos negócios públicos, violasse os direitos do povo, cometendo crimes que os magistrados estabelecidos não saberiam ou não poderiam punir. Porém, em geral, o poder legislativo não pode julgar e o pode ainda menos neste caso específico, em que representa a parte interessada que é o povo. Assim, o poder legislativo só pode ser acusador. Mas diante de que ele acusaria? Rebaixar-se-ia diante dos tribunais da lei que lhe são inferiores e compostos, além disso, de pessoas que, sendo povo como ele, seriam impressionadas pela autoridade de tão poderoso acusador? Não; para conservar a dignidade do povo e a segurança do indivíduo, é mister que a parte legislativa do povo faça suas acusações diante da parte legislativa dos nobres, a qual não possui nem os mesmos interesses que ele, nem as mesmas paixões.”
Impeachment nos EUA
Casa de representação popular, “atuando como um grande júri especial” e
Senado julga o réu.
No caso do impeachment presidencial, o Senado é presidido pelo Chief Justice por duas razões:
sinalizar a especial gravidade do impeachment;
evitar o conflito de interesses que poderia decorrer de um julgamento conduzido pelo Presidente do Senado.
Impeachment no Brasil
“não nasceu com a República”
Na passagem do I para o II Império, reproduziu-se, “de certa forma, o fenômeno que ocorrera no país onde o impeachment surgiu, agigantou-se, entrou em declínio e feneceu. Não previsto na Constituição, o sistema parlamentar em torno dela se formou, à maneira de aluvião, envolveu-a, e chegou a ser a nota dominante das instituições imperiais.” 
Impeachment no Brasil
Com a República: “Deixou de ser criminal o instituto.”
Sob a Constituição de 1988: são duas, talvez três modalidades:
a primeira é relativa a crimes de responsabilidade;
 a segunda é relativa a infrações penais comuns;
a terceira seria relativa a ações penais de iniciativa privada promovidas mediante queixa.
O art. 86, § 4º, da Constituição. Vide ADI 978.

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