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INCÊNDIO EM VEÍCULOS – INTRODUÇÃO E INSPEÇÃO INCÊNDIO EM VEÍCULOS – INTRODUÇÃO E INSPEÇÃO O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Objetivos e finalidades: A perícia em veículos incendiados tem a finalidade de oferecer esclarecimentos técnicos aos operadores do direito e às partes interessadas. Dentre as principais requisições de exame pericial, as mais frequentes versam sobre os seguintes temas: Incêndios criminosos Questionamento da seguradora a respeito do incêndio Falhas em veículos que não foram submetidos a recall O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Objetivos e finalidades: A perícia em veículos incendiados tem a finalidade de oferecer esclarecimentos técnicos aos operadores do direito e às partes interessadas. Dentre as principais requisições de exame pericial, as mais frequentes versam sobre os seguintes temas: Foco de fogo em virtude de não conformidade na parte elétrica Acidente de trânsito seguido de incêndio Veículos de maior porte e sua relação com o incêndio O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Levantamento preliminar: O perito, em sua análise preliminar, deve constatar se o veículo foi removido do local em que foi incendiado. A remoção do veículo sinistrado pode prejudicar a análise de alguns vestígios e romper componentes estruturais. Marcas de pegadas e impressões pneumáticas sobre o solo podem sugerir a empreitada de vários autores e mais de um veículo sobre a área imediata. Avaliar se a largura da marca pneumática é compatível com o pneu utilizado pelo modelo de veículo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Levantamento preliminar: Avaliar se no entorno do veículo há a presença de vasilhames de líquidos inflamáveis, isqueiros e instrumentos contundentes. Frequentemente os autores utilizam instrumentos contundentes para romper os vidros e promover o incêndio no interior do veículo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Levantamento preliminar: O perito deve consignar em sua inspeção as características da área mediata e se há histórico de incêndios em veículos naquela região. Analisar se há remanescentes de objetos inflamáveis (estopas, papéis, jornais, roupas, etc). O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Levantamento preliminar: Avaliar se no entorno do veículo há a presença de vasilhames de líquidos inflamáveis, isqueiros e instrumentos contundentes. Frequentemente os autores utilizam instrumentos contundentes para romper os vidros e promover o incêndio no interior do veículo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Levantamento preliminar: O perito deve consignar em sua inspeção as características da área mediata e se há histórico de incêndios em veículos naquela região. Analisar se há remanescentes de objetos inflamáveis (estopas, papéis, jornais, roupas, etc). Caso o veículo tenha sido removido de sua posição inicial, certificar se o veículo foi fotografado antes da remoção. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Levantamento preliminar: Geralmente o veículo entra em combustão quando este ainda estava em movimento. Questionar o condutor a respeito dos seguintes tópicos: Verificar se o veículo apresentava ruídos, falhas e não conformidades Presença de fumaça e apontar a origem do cheiro Como o veículo se comportava na medida em que as não conformidades persistiam. Qual o tempo de duração do fogo até o início do combate ao incêndio. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: Após a coleta de informações a respeito da área mediata e situação relativa ao entorno do veículo, o perito deve materializar o veículo em seu laudo técnico pericial. Exemplo: O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: Dados do acidente Data: 18/03/2019 Dia da semana: 2ª Feira Local: Rodovia MG 353 km09 Estado: MG Cidade: Coronel Pacheco Hora: Aproximadamente 15h O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: Dados do veículo Tipo : Caminhão Trator Modelo: LS-1634 Marca: M. Benz Gravidade: Vítima fatal Condutor: AAA Situação do condutor: Habilitado Placa: HHH-0099 O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: Avaliar se é possível indicar os pontos mais deteriorados pela ação das chamas e se o terço inferior foi comprometido. As rodas e pneus, caso não estejam comburidos, podem indicar incompatibilidade com o modelo do veículo. Se o veículo apresenta uma quilometragem muito baixa não é de se esperar a presença de pneumáticos em mal estado de conservação. O número de portas abertas pode ser incompatível com a quantidade de ocupantes que usualmente trafegam com o veículo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: O perito deve atentar-se para a coleta das seguintes informações: Quilometragem total do veículo Histórico de revisões Se o modelo foi submetido a recall Qual a consequência da não realização do recall Foram instalados acessórios no veículo? Quais? O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: O perito deve atentar-se para a coleta das seguintes informações: Local de instalação de som e acessórios Se o veículo foi visto momentos antes do incêndio. Há central multimídia e outros componentes eletrônicos? O condutor tinha o hábito de armazenar objetos pessoais no interior do veículo? Quais? Se é possível verificar qual a posição da chave de ignição após o sinistro. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: O histórico de manutenção do veículo pode auxiliar o perito com relação às falhas dos componentes mecânicos e a relação destes itens com o incêndio. A bomba d’água danificada, por exemplo, pode ocasionar uma elevação da temperatura e consequentemente “fundir” o motor. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Inspeção Técnica: A elevação da temperatura do motor pode ser capaz de prover a ignição da manta de isolamento acústico, contida no interior do cofre; Também pode-se observar o derretimento de acabamentos plásticos (geralmente com fixação na parte superior do motor). O contato de fluido de freio (DOT3 e DOT4) com superfícies metálicas superaquecidas pode resultar em foco de fogo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS INCÊNDIO EM VEÍCULOS – ELEMENTOS TÉCNICOS INCÊNDIO EM VEÍCULOS – ELEMENTOS TÉCNICOS ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Princípios básicos da combustão: 1) Material a ser comburido 2) Comburente (Oxigênio) 3) Calor 4) Propagação no veículo ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Metodologia científica adotada: 1) Definir o problema 2) Coletar dados 3) Formular hipóteses 4) Testar as hipóteses 5) Conclusão Caso a hipóteses seja de que o fluido do veículo teve a ignição por conta de uma superfície superaquecida… Recomendável testar em uma condição paradigma, coletar dados sobre aquele fluido e temperatura média daquela superfície (Exemplo: Coletor de escapamento). ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Método indutivo (Exclui hipóteses): O processo é analisado, investigado e os dados são sistematicamente processados. Exclui-se as causas absurdas e remete-se ao leitor uma região, ou linha de raciocínio mais provável. A conclusão não expressa exatidão mas pode subsidiar na exclusão de hipóteses “absurdas”. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Combustíveis em veículos incendiados: Fluidos Podem ser inflamáveis em situações particulares. Calor- Combustível-Comburente Exemplos: Gasolina e óleo diesel; Líquido refrigerante; Óleo de motor; Fluido da transmissão; Fluido de freio; Lumbrificantes em geral;ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: O conhecimento das condições de autoignição é fundamental para que o perito em incêndio associe as circunstâncias em que o veículo foi encontrado. Das circunstâncias o próximo passo é avaliar sé existe a possibilidade de ocorrer autoignição (Ex: Acidente trânsito). ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Autoignição em fluidos veiculares: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Referências bibliográficas: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Investigação dos fluidos como possível causa: Em caso de colisão seguida de incêndio o perito deve verificar a região avariada, se houve vazamento e quais as condições que o fluido identificado foi submetido. Caso o incêndio não foi precedido por uma colisão, verificar odores, cheiros característicos e histórico de manutenção. Gasolina Tende a inflamar com maior dificuldade em superfícies superaquecidas (Quando comparado com outros fluidos. Após a inflamação tende a se comburir rapidamente. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Investigação dos fluidos como possível causa: Óleo motor, transmissão e freio: Fluidos com maior tendencia à ignição em superfícies superaquecidas mediante a faíscas (mecânicas ou elétricas). ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 1) Definir o problema 2) Coletar dados 3) Formular hipóteses 4) Testar as hipóteses 5) Conclusão ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 1) Definir o problema O perito deverá buscar o máximo de informações preliminares a fim de traçar a sua linha de investigação. Segundo informações o veículo trafegava a 100km/h, por volta das 16h, perdeu o controle direcional, evadiu a pista e sofreu um capotamento. Objetivo: Perícia a fim de analisar se o veículo foi deteriorado por incêndio e qual a causa da ignição. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 2) Coletar dados ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 2) Coletar dados Inspecionar o veículo in loco a fim de obter vestígios técnicos sobre o sinistro para posterior análise. Caso não seja possível a vistoria in loco, solicitar fotografias, vídeos e inspeção por terceiros. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 2) Coletar dados No estudo em questão concluiu-se que a região abaixo do capô do veículo apresentava avarias mas sem indícios de carbonização. Em caso de observância de foco de fogo o perito deve avaliar possíveis vazamentos e relacionar a dinâmica das avarias no momento do acidente com os componentes mecânicos. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 3) Formular hipóteses De acordo com os vestígios coletados e inspecionados, quais pontos apresentam relação com incêndio? Do local onde constatou-se foco de fogo há elementos técnicos que sustentam a linha de raciocínio do perito? ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão 3) Testar e validar as hipóteses levantadas Houve vazamento de óleo no entorno do catalisador. O veículo encontrava-se em movimento antes do sinistro (partes superaquecidas). Durante a colisão houve movimentação de partes metálicas (possível atritamento mecânico. Danos pelo fogo ficaram restritos a determinada região do escapamento. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Mit Eclipse 1991 – Colisão INCÊNDIO EM VEÍCULOS – ELEMENTOS TÉCNICOS INCÊNDIO EM VEÍCULOS – ELEMENTOS TÉCNICOS ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 1) Definir o problema 2) Coletar dados 3) Formular hipóteses 4) Testar as hipóteses 5) Conclusão ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 1) Definir o problema Ford Escort colidiu contra a traseira de uma caminhonete. Testemunhas notaram um pequeno foco de fogo partindo da região abaixo do capô do veículo. O fogo teve duração de aproximadamente 5 a 10 minutos e foi extinto por extintor de incêndio. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 1) Definir o problema ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 2) Coletar dados Amassamento e movimentação de componentes mecânicos situados abaixo do capô. O perito deve conferir no local, ou solicitar informações a respeito da posição relativa dos componentes mecânicos, alternador, bateria e vazamento de fluidos. Verificou-se uma região energrecida no entorno do coletor de escapamento. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 2) Coletar dados Amassamento do radiador e deslocamento do alternador. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 3) Formular hipóteses Da inspeção pericial verificou-se que houve vazamento de líquido refrigerante e óleo no entorno do coletor de escape. Hipótese do foco de fogo: Superfície metálica superaquecida + Comburente (O²) + Fluido (óleo / líq refrigerante) + Agente provedor da ignição Possível faísca de ordem elétrica advinda do alternador. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 4) Testar a hipótese mais provável. De acordo com os elementos técnicos coletados, sustentar uma linha de raciocínio que valida o argumento do perito. Coletar dados técnicos a respeito da temperatura de ignição e autoinflamação dos fluidos envolvidos; Informar a média de temperatura verificada na região do coletor de escape; Exemplificar ao leitor o processo de ignição e esclarecer tecnicamente essa hipótese com base no caso em estudo. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 5) Conclusão O fogo foi original na região frontal do motor, de acordo com os vestígios impregnados naquele setor. Óleo e/ou líquido refrigerante entraram em contato com o coletor de escape e carcaça metálica. Condições favoráveis para que uma faísca de ordem elétrica provesse a ignição. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Estudo de caso: Ford Escort 1995 - Colisão 5) Conclusão INCÊNDIO EM VEÍCULOS – ELEMENTOS TÉCNICOS INCÊNDIO EM VEÍCULOS – ELEMENTOS TÉCNICOS ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: De acordo com os remanescentes o perito pode identificar alguns padrões a fim de limitar a área ao local mais provável de origem do fogo. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: No veículo abaixo o fogo teve origem na região abaixo do capô, propagou para o interior da cabine e progrediu através das janelas. Influência do vento; Materiais contidos no interior do veículo; Iníciodo incêndio, tempo de duração, combate… Incêndio após colisão. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Atenção ao setor angular dianteiro esquerdo: ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Avaliar a disposição dos componentes mecânicos abaixo do capô deste modelo de veículo. Reprodução simulada do tipo de impacto e consequência das deformações para um possível foco de fogo primário. (Levantamento de hipótese). Avaliar condições do veículo antes do incêndio. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Linhas oblíquas abaixo do capô. Concentração de vestígios no setor angular dianteiro esquerdo. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Vestígios com maior intensidade de queima na região do “banco do passageiro”. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Região abaixo do capô com concentração no setor anterior. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Descontinuidade da dianteira para a traseira ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Vestígio enegrecidos na região superior da figura ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Padrões de Queima: Direção de propagação das ondas de calor – Da direita para a esquerda. ELEMENTOS TÉCNICOS PERICIAIS Propagação através de portas e janelas: Dependendo da formatação dos vestígios e descontinuidade apresentada pelas fotografias, o perito pode constatar se as portas e/ou janelas encontravam-se abertas durante o curso do incêndio. ELETRICIDADE COMO CAUSA DE INCÊNDIO EM VEÍCULOS ELETRICIDADE COMO CAUSA DE INCÊNDIO EM VEÍCULOS A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Introdução: A ignição originada por fatores elétricos está relacionada à passagem de corrente elétrica na forma de curto circuito, faísca ou aquecimento por efeito Joule. Curto Circuito: É a passagem de corrente elétrica acima do normal em um circuito devido à redução abrupta da impedância deste. (V = Rxi) A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Introdução: Faísca (Arco elétrico): Um arco elétrico é resultante de uma ruptura dielétrica de um gás a qual produz uma descarga de plasma, similar a uma fagulha instantânea, resultante de um fluxo de corrente em meio normalmente isolante tal como o ar. A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Faísca – Possibilidades: Cabo desconectado como consequência de uma colisão; Material isolante foi danificado. Desconexão e movimentação do alternador. Folgas nas extremidades dos conectores, “Mal contato”, etc A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Introdução: Efeito Joule: A lei de Joule é uma lei física que expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor em determinado tempo. Um resistor é um dispositivo que transforma a energia elétrica integralmente em calor A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: A inspeção técnica dos componentes eletrônicos, condutores, bateria e enrolamentos é fundamental para relacionar a eletricidade como causa do incêndio. A instalação de centrais multimídia, som e acessórios em lojas duvidosas pode acarretar consequências relacionadas a incêndios promovidos por faíscas e curto circuitos. A fiação geralmente percorre o interior do veículo através da parte inferior do carpete, e a fuga de corrente pode ser capaz de promover a ignição destes materiais. A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Estatísticas: A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Estatísticas: Referências bibliográficas Ahrens, M., “An Overview of the U.S. Highway Vehicle Fire Problem,” SAE 2005-01-1420, 2005. Fray, M., Southall, D., Galer, I.A.R., Reducing the Risk of Non-Electrical Car Fires, SMMT, UMTRI - 82645, 1991. Powell, A.H., "Review of the Electrical Causes of Fires in Cars," ERA Report 89-0047, February 1989. A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos O perito em incêndio deve distinguir de maneira precisa o condutor deteriorado por faíscas daquele derretido pela ação das chamas. Figura a esquerda: Condutor deteriorado pela ação das chamas Figura a direita: Passagem de corrente elétrica de alta magnitude na extremidade do condutor (Pérola de fusão) A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos O perito em incêndio deve distinguir de maneira precisa o condutor deteriorado por faíscas daquele derretido pela ação das chamas. A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos Colisão seguida de incêndio: No exemplo da figura a deformação do setor anterior do veículo foi capaz de prover o contato do terminal energizado do alternador com a estrutura metálica do automóvel. A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Eletricidade em veículos A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Bateria automotiva Consiste em um acumulador de cargas que tem o objetivo de armazenar energia sob a forma química a fim de prover corrente elétrica ao veículo. São estruturadas na tensão de 12V e alimentam dispositivos como vidro elétrico, central multimídia, faróis, som automotivo, dentre outros. A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Bateria automotiva Durante a inspeção, caso o perito suspeite que a bateria tenha participação no incêndio, é importante questionar com relação aos seguintes itens: Marca e amperagem da bateria; Se o modelo da bateria tem histórico de falhas; Verificar se a bateria foi “reformada” (placas trocadas); Se a bateria é selada ou com manutenção; A ELETRICIDADE E OS INCÊNDIOS Inspeção técnica: Bateria automotiva A figura abaixo ilustra um incêndio em veículo. O evento ocorreu em função de sobrecarga do sistema elétrico. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Estudo de caso Ford F150: Veículo não foi submetido a colisão e os danos concentraram na região indicada abaixo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Estudo de caso Ford F150: Veículo não foi submetido a colisão e os danos concentraram na região indicada abaixo. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Estudo de caso Ford F150: Identificação do problema: Perícia a fim de identificar a causa do incêndio. Veículo operando normalmente antes do incêndio; Não houve colisão; Condutor identificou um cheiro estranho quando estacionou o veículo, mas não viu nenhum vestígio. Incêndio foi descoberto abaixo do capô a aproximadamente 15 minutos após sentir os primeiros odores. O PERITO EM VEÍCULOS INCENDIADOS Estudo de caso Ford F150: Nas proximidades de um controlador composto por resistor foi identificado vestígios comburidos e intensos. Desconexão de fio com vestígios de combustão.VAZAMENTOS E INCÊNDIO EM VEÍCULOS DE MAIOR PORTE VAZAMENTOS E INCÊNDIO EM VEÍCULOS DE MAIOR PORTE VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Vazamentos De acordo com a literatura técnica a temperatura de ignição do etanol está em torno de 200ºC, gasolina 300ºC e diesel 450ºC. Nesse caso deve-se verificar junto ao responsável pelo veículo se era comum a presença de cheiro de combustível no interior ou proximidades do veículo. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Vazamentos O vazamento de combustível líquido, em contato com superfícies superaquecidas, pode deflagrar um incêndio. A temperatura do coletor de escapamento atinge uma média de 500ºC e os gases superaquecidos na faixa de 700 a 800ºC. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Sistema de arrefecimento > mangueiras ressecadas > braçadeiras danificadas > radiador furado > tampa do reservatório mal encaixada ou deformada > rachadura do recipiente do líquido de arrefecimento > bomba d'água danificada VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Óleo lumbrificante > Filtro de óleo mal rosqueado ou borracha de vedação ressecada > Desgaste das juntas do cárter (reservatório em que o óleo é armazenado) ou da tampa de válvulas > Problema no sistema de direção hidráulica (podem surgir vazamentos na bomba, nas mangueiras ou na própria caixa) > Caixa de marchas defeituosa VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Óleo lumbrificante Como identificar > O óleo do motor tem tons que variam do âmbar ao marrom ou preto; > Os óleos da direção hidráulica e da transmissão automática têm cor avermelhada; > O óleo da transmissão manual é amarelo e viscoso VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Combustível > O óleo do motor tem tons que variam do âmbar ao marrom ou preto; > Os óleos da direção hidráulica e da transmissão automática têm cor avermelhada; > O óleo da transmissão manual é amarelo e viscoso VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Combustível Como identificar > O cheiro forte de combustível é o principal indicativo. Esse tipo de vazamento deve ser sanado de imediato, por haver risco de incêndio; > O carro tem que ser rebocado até a oficina. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Fluido de freio > Rompimento ou má conexão nos tubos flexíveis; > Fissuras ou problemas de encaixe nas tubulações metálicas; > Dano nos retentores do reservatório de fluido, sob o capô Como identificar > Sua cor varia de transparente a marrom. O líquido é mais “escorregadio” do que o óleo do motor. Esse tipo de fluido é muito agressivo para a pintura da carroceria e também pode deteriorar áreas metálicas e borrachas VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Atrito entre componentes O atrito proveniente de polias, correia dentada, correia do alternador e demais componentes do veículo podem propiciar um ambiente favorável a uma ignição. O perito em incêndio deve tomar especial atenção com relação ao sistema de freios, sobretudo em veículos de maior porte. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Atrito entre componentes Observações com relação à perícia: Verificar se o veículo trafegava com carga superior à máxima permitida. Caso o veículo esteja totalmente carbonizado, verificar a possibilidade de inspecionar os freios e se é possível identificar vestígios particularizadores. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Riscos Riscos e ondulações são os danos que ocorrem nos tambores de freio quando o calor gerado no momento da frenagem ultrapassa o ponto de tolerância. Nessas ocasiões ocorre fusão e troca de materiais entre a pista do tambor e a lona de freio, em diferentes pontos da área de trabalho do conjunto, podendo causar áreas ásperas, trincas, pontos azulados e pontos “duros”. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Trincas Os pontos “riscados” ou com ondulações apresentam um maior atrito durante o funcionamento dos freios, aumentando ainda mais a tempertura e produzindo pontos de aquecimento permanente. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Trincas Se estes pontos ocorrerem próximos uns aos outros, o aquecimento tende a prover uma trinca que pode aumentar de tamanho e profundidade, provocando o rompimento do tambor de freio. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Trincas As trincas geralmente decorrem de: Pancadas no manuseio ou transporte; Temperatura excessiva em um tempo superior ao de projeto; Desgaste irregulares entre a lona e o tambor de freio; Resistência mecânica baixa do tambor de freio; Montagem forçada. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Fissuras A foto à direita apresenta fissuras decorrentes da fadiga térmica do material. Caso as fissuras tenham mais de 1,0mm de profundidade, segundo a maioria das fabricantes, é necessária a retirada dessas fissuras através de uma retífica na pista de frenagem do tambor de freio. VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Irregularidades O desgaste irregular, na maior parte dos casos, decorre de: Inclusão de corpos estranhos na região de contato (rebite, sujeira etc); Desgaste excessivo da lona de freio; Material abrasivo ou lonas de má qualidade VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio Temperatura média durante a frenagem: VEÍCULOS DE MAIOR PORTE E VAZAMENTOS Inspeção técnica: Tambor de freio - Irregularidades Tambor de freio: Problemas mais comuns nos freios de caminhões Preliminarmente à busca dos vestígios latentes e caracterizadores de falha no sistema de freios, o perito deverá buscar hipóteses se o veículo apresentava não conformidades. Frequentemente o veículo demonstra alguns sintomas antes que o problema evolua até um cenário de superaquecimento e consequente incêndio. Ver tabela de inspeção prévia. INCÊNDIOS EM AUTOMÓVEIS – ANÁLISE PERICIAL INCÊNDIOS EM AUTOMÓVEIS – ANÁLISE PERICIAL ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Objetivos de uma perícia em veículo incendiado Oferecer uma conclusão técnica sobre o sinistro a fim de auxiliar: Seguradoras; Proprietários de veículos; Empresas; Advogados; Processos que demandam um parecer de especialista; Interessados na causa do incêndio. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Objetivos de uma perícia em veículo incendiado O maior desafio do perito em incêndio é apontar a origem do fogo e elaborar uma redação técnica de forma a justificar cientificamente o porquê daquele foco. Assim como perícias em imóveis incendiados o profissional necessita de vários documentos, hipóteses e relatos sobre a vida pregressa do veículo, forma de utilização e se este apresentava alguma não conformidade. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Objetivos de uma perícia em veículo incendiado De posse de todos os dados o perito em incêndio trabalhará uma linha de raciocínio, verificar se o caso apresenta congruência e traçar uma lista de hipóteses. Os incêndios, em sua maioria, originam-se dos seguintes locais: Interior do veículo; A partir do cofre do motor; Região do porta malas; A partir de um foco de fogo externo. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: Quando o incêndio é suprimido por combate, ou não evolui a um cenário de total carbonização, o perito devebuscar vestígios compatíveis com as figuras a seguir: ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: Incêndios com fogo na região do motor, frequentemente danificam a parte inferior do para-brisas. No momento em que as chamas progridem para a parte superior do capô é possível identificar padrões de linhas radiais e concêntricas no para brisas. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: Possíveis causas Falta de manutenção; O veículo não foi submetido a recall; Acidente de trânsito com consequente ruptura de componente mecânico; Estatísticas: Baixa relação com incêndio de natureza criminosa; ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Compartimento do motor: ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: Incêndios com foco de fogo no interior do veículo frequentemente são de origem criminosa. Outros elementos podem auxiliar o perito como fragmentos de vidro no interior do veículo, indicando uma ruptura do material por parte do autor. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: O foco do fogo pode ser ativado a partir da associação de líquidos inflamáveis a materiais combustíveis contidos no interior do veículo. Nesse caso o perito deve buscar descontinuidade nos remanescentes e padrões compatíveis com queima acelerada. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: A origem do fogo também pode estar relacionada a curto circuito de componentes eletrônicos, abaixo do painel, acessórios, mal contato, etc. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: Dinâmica do fogo Inicialmente as chamas progridem no interior do veículo com consequente acúmulo de fumaça e gases superaquecidos. Os gases superaquecidos e fumaça tendem a ocupar a porção superior do compartimento interno do veículo. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: Os vestígios podem ser observados a partir da porção superior do para brisas, local de maior contato com os gases e fumaça. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: . ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: . ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: . ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: Dinâmica do fogo Na medida em que o curso do incêndio progride ao longo do tempo, é possível verificar a ruptura do para brisas. O perito em incêndio neste caso deve buscar por vestígios compatíveis com aqueles ilustrado no lado direito da figura abaixo. Deformações radiais na pintura do capô são indícios de progressão de incêndio com foco de fogo no interior do veículo. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: Dinâmica do fogo ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Interior do veículo: Dinâmica do fogo ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Outros vestígios – Subtração do VIN Vários veículos são furtados com o objetivo de remover o número do chassi. O VIN ou NIV é o número identificador do veículo. Após o roubo e remoção do número NIV o autor busca uma forma de destruir o veículo e o incêndio geralmente é uma forma menos complexa. O perito deve buscar informações a respeito do NIV e se ele encontra-se fixado no veículo. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Outros vestígios – Subtração do VIN ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Outros vestígios – Subtração do VIN A existência de esquírolas de vidro, no entorno do veículo, sem vestígios de esfumaçamento pode ser um indicativo de que aquele material foi rompido antes do incêndio. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Outros vestígios – Subtração do VIN Posição da chave de ignição (se houver), alavanca do freio de mão e posição da haste do câmbio. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Ação direta das chamas sobre a pintura A ação direta das chamas sobre a pintura permite o perito aferir algumas considerações técnicas com relação ao incêndio. O fogo em contato direto irá deteriorar por completo a película de tinta de modo a expor a superfície metálica na forma de “chapa viva”. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Ação direta das chamas sobre a pintura ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Carbonização e focos múltiplos Em incêndios criminosos frequentemente é possível observar que o autor tem o intuito de acelerar o processo de destruição do veículo. Assim sendo é possível constatar o emprego de líquidos inflamáveis e focos múltipos de fogo a fim de que o veículo seja consumido pelo incêndio no menor espaço de tempo possível. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Carbonização e focos múltiplos ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Carbonização e focos múltiplos ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais Grande parte dos veículos da frota brasileira são segurados e na maior parte dos contratos o proprietário do veículo pode perceber o valor da tabela FIPE em caso de roubo ou perda total. Alguns segurados, no intuito de obter o valor da tabela FIPE, buscam formas de causar uma perda total no veículo e o incêndio geralmente é um artifício utilizado por estes autores. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais Em algumas ocorrências é possível constatar que a fraude foi arquitetada a partir de uma colisão de pequena ou média monta “seguida” de incêndio. Na verdade o autor não consegue estabelecer uma relação do impacto promovido pelo acidente com relação a um possível incêndio. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais Também é possível observar em alguns casos a ruptura da estrutura de vidro para o lançamento de objetos inflamáveis no interior do veículo a fim de “parecer” que o automóvel teve um incêndio em decorrência da colisão. Na literatura referente a perícia em acidentes de trânsito é possível obter algumas informações genéricas que sugerem uma relação da deformação com a velocidade e dimensão dos danos causados no cofre do motor. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais – Análise técnica Acidente de trânsito ocasionado de maneira proposital pelo autor. Colisão de pequena monta “seguida” de incêndio. Suponha a ocorrência de um incêndio do veículo da figura à direita. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais – Análise técnica Danos observados: Quebra do para-choque dianteiro; V(Estimada) = 25km/h Quebra dos faróis; Deformar lataria do setor anterior; O próximo passo é verificar quais as condições do motor, radiador e componentes contidos no interior do cofre. ANÁLISE PERICIAL EM AUTOMÓVEIS Incêndios intencionais – Análise técnica Vestígios observados pelo perito: 1) Fragmentos de vidro há impregnação de fumaça? 2) Os remanescentes apresentam descontinuidade? 3) É possível observar a progressão do fogo a partir do cofre do motor ou nas proximidades da caixa de fusíveis? 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