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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA) GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Marco Aurélio Rodrigues de Sousa ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO CENÁRIO ATUAL GOIÂNIA NOVEMBRO DE 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA) GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Marco Aurélio Rodrigues de Sousa ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO CENÁRIO ATUAL Trabalho de conclusão de curso apresentado para conclusão do Curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário Alves Faria, sob a orientação do Prof. Me. Fabiana Rocha de Andrade e Silva. GOIÂNIA NOVEMBRO DE 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA) GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA Marco Aurélio Rodrigues de Sousa ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS NO CENÁRIO ATUAL AVALIADORES: Prof. Me. Fabiana Rocha de Andrade e Silva – UNIALFA (Orientador) _______________________________________________________________ Prof. Nayne Moura Neris – UNIALFA ______________________________________________________________ Profa. Thiago Santana Lemes – UNIALFA GOIÂNIA NOVEMBRO DE 2020 Primeiramente agradeço à Deus. Agradeço em especial a Professora Me. Fabiana Rocha de Andrade e Silva, que esteve presente durante toda a minha graduação, e também pela oportunidade de aceitar conduzir este trabalho, sem dúvidas se não fosse a sua contribuição esta pesquisa não seria desenvolvida. A todos os meus professores do curso de Engenharia elétrica do Centro universitário Alves Faria. Aos meus pais Cleuza Rodrigues e Divino José que estiveram ao lado me apoiando. À minha avó Iraci Neves da Silva que sempre me incentivou a buscar todos os meus objetivos e sonhos. Sou extremamente grato à todos vocês. RESUMO SOUSA, Marco Aurélio Rodrigues. Estudo de viabilidade da implementação de veículos elétricos no cenário atual. Trabalho de conclusão de curso. 100 f- Graduação em Engenharia Elétrica. Goiânia, 2020. Após meados de um século, os veículos elétricos reaparecem com uma ideia de renovação no cenário automobilístico, através deste motivo surgiu a necessidade de desenvolver estudos que comprovam a eficiência no seu funcionamento. Neste trabalho foram realizadas diversas pesquisas sobre o comparativo entre os veículos de combustão térmicos e elétricos, observando o sistema de abastecimento de energia, funcionamento, manutenção, custos e danos tangentes ao meio ambiente. O objetivo deste trabalho trata-se de representar os resultados da comercialização e implementação de veículos elétricos, que demonstram a eficácia no aspecto de transporte e soluções para eventuais danos a natureza, utilizando o potencial energético brasileiro para o abastecimento dos veículos elétricos através de uma energia limpa e renovável. A pesquisa bibliográfica teve como técnicas aplicadas do tipo quantitativas e qualitativas, foram realizados procedimentos descritivos através da análise de dados coletados a partir das comparações entre os custos e na redução da emissão de gases poluentes na camada de ozônio, por fim foi desenvolvido e discutido a simulação de um motor elétrico utilizado nos veículos elétricos. PALAVRAS-CHAVE: Veículos elétricos. Veículos térmicos. Baterias. Meio Ambiente. Gases Poluentes. Energia. ABSTRACT SOUSA, Marco Aurélio Rodrigues. Feasibility study for the implementation of electric vehicles in the current scenario. Completion of course work. 100 f. - Graduation in Electrical Engineering. Goiânia, 2020. After the emergence of the century, electric vehicles reappear with an idea of renewal in the automotive scenario, for this reason the need arose to develop studies that prove the efficiency in their operation. In this work, several researches were carried out on the comparison between thermal and electric combustion vehicles, observing the energy supply system, operation, maintenance, costs and tangential damages to the environment. The objective of this work is to represent the results of the commercialization and implementation of electric vehicles, which demonstrate an effective in the aspect of transport and solutions for damage to nature, using the Brazilian energy potential to supply electric vehicles through clean energy and renewable. The bibliographic research had applied quantitative and qualitative techniques, descriptive procedures were carried out through the analysis of data collected from the comparisons between costs and in the reduction of the emission of polluting gases in the ozone layer, finally it was developed and discussed at simulation of an electric motor used in electric vehicles. KEYWORDS: Electric vehicles. Thermal vehicles. Batteries. Environment. Polluting Gases. Energy.ABSTRACT. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Redução de CO2 dos veículos elétricos e híbridos comparados aos convencionais. ............................................................................................................................................ 27 Gráfico 2 - Custo veículos VEs e VCIs durante 4 anos . ....................................................... 38 file:///J:/02.2020/TCC%202/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0.docx%23_Toc57213725 file:///J:/02.2020/TCC%202/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0.docx%23_Toc57213725 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Motor de combustão interna e seus componentes .......................................... 9 Figura 2 - Diagramas de blocos de um VE CC/CA ...................................................... 10 Figura 3 - Diagramas de blocos de um VE proposto por Barreto acrescido de cargas de serviços ................................................................................................................................ 11 Figura 4 - Características básicas dos veículos convencionais e elétricos ..................... 12 Figura 5 - Relação entre freio regenerativo e freio de fricção ....................................... 13 Figura 6 - Diagrama em árvore dos motores elétricos .................................................. 14 Figura 7 - Desenho do motor CC brushless ................................................................. 15 Figura 8 - Desenho do motor CC brushless corte transversal ....................................... 15 Figura 9 - Motor de indução assíncrono ...................................................................... 16 Figura 10 - Motor de ímãs permanentes: a) ímanes à superfície do rotor, b) ímanes interiores .............................................................................................................................. 17 Figura 11 - Rendimento dos motores MSIP, MI e MRC .............................................. 18 Figura 12 - Sistema de refrigeração de VEs ................................................................. 19 Figura 13 - Evolução das baterias primárias e recarregáveis ........................................ 20 Figura 14 - Autonomia de VEs- capacidade das baterias, em modelos de BEVs (esquerda) e de PHEVs (direita) nos EUA ............................................................................................. 21 Figura 15 - Emissões de GEE do ciclo de vida de veículos mostradas como uma função da intensidade de GEE da geração de eletricidade. ............................................................... 25 Figura 16 - Renaulto Kangoo veículo utilizado para transporte na frota dos Correios. . 29 Figura 17 - Kangoo ZE veículo 100% elétrico. ............................................................30 Figura 18 - Custos dos veículos de combustão e elétricos. ........................................... 34 Figura 19 - Alíquotas do Imposto de Importação para veículos híbridos e elétricos. .... 34 Figura 20 - Motor de indução trifásico WRE500 WEG. .............................................. 40 Figura 21 - Gerador de sinal trifásico. ......................................................................... 41 Figura 22 - Sinal senoidal trifásico. ............................................................................. 42 Figura 23 - Sinal gerado proveniente do produto entre a frequência e a senóide. ......... 43 Figura 24 – Gerador de sinal trifásico. ........................................................................ 44 Figura 25 - Subsistema do Gerador de sinal................................................................. 44 Figura 26 - Simulação completa do controle de velocidade de um motor de indução trifásico. ............................................................................................................................... 45 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306421 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306424 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306425 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306426 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306427 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306428 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306429 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306430 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306430 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306431 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306432 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306433 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306437 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306438 file:///J:/DOWLOAD/Projeto%20tcc%202-Marco%20Aurélio%20R%20v2.0_corrigido.docx%23_Toc57306439 Figura 27 - Parametrização do motor assíncrono de indução trifásica. ......................... 45 Figura 28 - Curva de rotação do motor sentido horário. ............................................... 46 Figura 29 - Curva de rotação do motor sentido anti-horário. ........................................ 47 Figura 30 - Corrente induzida do motor de indução. .................................................... 47 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Custo de manutenção por ano dos veículos elétricos e convencionais. ................. 32 Tabela 2 - Componentes básicos veículos elétricos x veículos a combustão. ......................... 32 Tabela 3 - Custo de aquisição Renault Kangoo Life x Renault Kangoo-Z.E 33. .................... 35 Tabela 4 - Custo de combustível. ......................................................................................... 36 Tabela 5 - Custo autonomia a Renault Kangoo. .................................................................... 36 Tabela 6 - Custo combustível veículos elétricos x VCI. ........................................................ 38 Tabela 7 - Custo de aquisição, manutenção e do combustível dos veículos elétricos x VCI.. 39 Tabela 8 - Custo total entre os dois veículos em 01 ano. ....................................................... 39 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 8 2.1 Veículos de combustão interna ................................................................................ 8 2.2 Veículos elétricos ...................................................................................................... 9 2.3 Tipos de veículos elétricos ...................................................................................... 11 2.4 Travagem regenerativa .......................................................................................... 13 2.5 Motores elétricos .................................................................................................... 14 2.5.1 Motor CC ........................................................................................................15 2.5.2 Motor CA assíncrono ......................................................................................16 2.5.3 Motor Ca síncrono de ímanes permanentes ...................................................17 2.5.4 Motor CA síncrono de relutância comutada ....................................................18 2.5.5 Arrefecimento de motores elétricos ................................................................19 2.6 Baterias ................................................................................................................... 20 2.7 Pontos de abastecimento ........................................................................................ 22 3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................... 23 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................... 24 4.1 Comparação na emissão de gases poluentes dos veículos de combustão interna e Veículos elétricos ................................................................................................................ 24 4.1.1 Análise dos dados ..........................................................................................24 4.1.2 Resultados ......................................................................................................27 4.2 Comparativo entre os custos dos veículos de combustão interna e veículos elétricos 28 4.2.1 Análise dos dados a partir dos custos de manutenção dos veículos ..............31 4.2.2 Análise dos dados a partir dos custos de aquisição dos veículos ..................34 4.2.3 Análise dos dados a partir dos custos de abastecimento dos veículos ..........36 4.2.4 Resultados ......................................................................................................38 4.3 Simulação do motor elétrico de um VE ................................................................ 40 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 49 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 51 6 1 INTRODUÇÃO No século atual, o desenvolvimento tecnológico cresceu em uma taxa exorbitante em diversos setores, principalmente na área automobilística. Dentre as novidades surgiu o inovador carro elétrico, o qual é uma excelente opção viável para mobilidade urbana. O primeiro veículo surgiu no ano de 1830 para atender as necessidades de locomoção na Europa e EUA (Gonçalves et al., n.d.), entretanto, a pequena autonomia e a dificuldade no acionamento do motor elétrico, de forma manual, foram motivos que levaram essa geração de carros ao desuso e logo após, foram substituídos por veículos à combustão interna. Anos após o ocorrido, os veículos elétricos (VEs) surgiram novamente, pesquisadores e indústrias mostraram interesse em desenvolver esses carros. Seriam os VEs uma possível realidade para geração atual e futura? A necessidade de locomoção do ser humano fez com que fossem desenvolvidas tecnologias necessárias para facilitara condução. A grande procura por veículos de combustão interna, gerou preocupação no mundo devido à grandes questões ambientais. Tais consequências estão relacionadas às emissões de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, por este motivo está previsto para a temperatura sofrer um aumento de 6º Celsius até o fim do século (Cenário 6DS) (Gonçalves et al., n.d.). Diante deste cenário foram necessárias medidas para supressão de fontes de energias emissoras de dióxido de carbono não renovável no setor dos automotores, devido ao grande peso no consumo de combustíveis fósseis (Freitas, 2012). O petróleo foi considerado o combustível mais comercializado desde o ano de 2001, seguido por carvão e gás mineral, por se tratar de minérios inexistentes em alguns países, a grande procura gerou instabilidade política, no qual provocou inflações enormes e flutuações nos valores do combustível nos países consumidores (Freitas, 2012). Dentre as circunstâncias apresentadas, despertou o interesse das lideranças políticas a necessidade de pesquisar e investir na área automotiva dos VEs, que possuem em seu funcionamento, motor principal de propulsão elétrico, visto a importância fundamental na substituição parcial e total dos combustíveis fósseis convencionais por energias renováveis não nocivas à natureza (DOMINGUES et al., 2013; SOARES; ALMEIDA, 2011). Os VEs possuem baixa autonomia em relação aos veículos convencionais, relacionado à insuficiência no armazenamento da energia elétrica em baterias. O fator custo também dificulta a comercialização deles, entretanto, existem estudos e medidas para tornar a matriz 7 energética o mais diversificada possível, dependente de fontes alternativas. Além disso, os VEs atenderão facilmente países que não possuem petróleo mineral. Hipotetiza-se que a comercialização e implementação dos carros elétricos na sociedade, minimizarão os adversos relacionados às emissões de gases poluentes na natureza. Outra possível hipótese, consiste no fato que os carros elétricos proporcionam uma maior segurança ao condutor comparado aos veículos convencionais. Conforme os argumentos apresentados, este trabalho tem como objetivos: Geral Elaborar um estudo comparativo dos carros elétricos e térmicos, apresentar os resultados da comercialização e implementação de veículos elétricos, que comprovam a eficácia no aspecto de transporte e soluções para eventuais danos a natureza. Específicos • Desenvolver uma simulação do motor elétrico utilizado em veículos elétricos, com o auxílio do software Matlab R2016a. • Desenvolver o estudo de métodos comparativos entre os es veículos térmicos e elétricos, avaliando a emissões de gases. • Desenvolver o estudo de métodos comparativos entre os es veículos térmicos e elétricos, avaliando os custos de aquisição, manutenção e abastecimento. Esse trabalho justifica-se pela necessidade de compreender o funcionamento e desenvolvimento do veículo elétrico, diante da perspectiva de rendimento e autonomia, a fim de torná-lo mais competitivo, visto que VEs possuem uma responsabilidade muito grande na minimização dos gases poluentes gerados pelos automóveis convencionais. Pesquisar sobre este assunto é fundamental para comunidade científica, em um futuro próximo todas as indústrias automobilísticas, postos de abastecimento e a comunidade em geral terão que se adaptar ao abastecimento energético (FREITAS, 2012). Além disso, será desenvolvido a comparação entre os VEs e térmicos na perspectiva de identificar as vantagens de sua implementação, tais como uma melhor qualidade de vida aos seus usuários, segurança, conforto e menor custo nas manutenções. A metodologia utilizada neste trabalho será uma pesquisa bibliográfica, realizando levantamento de informações embasadas em referências já publicadas acerca do tema tratado, as técnicas aplicadas serão análises de dados do tipo qualitativas. 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo será abordado de forma coerente e técnica os componentes presentes nos carros elétricos e térmicos e suas principais características, este estudo é importante para se compreender o funcionamento individual e conjunto dos componentes presentes nos veículos. 2.1 Veículos de combustão interna Os primeiros carros fabricados com essa tecnologia foram desenvolvidos em meados do século XIX, se tornaram popular por se sobressaíram as máquinas à vapor, devido a sua versatilidade, manutenção e custo no abastecimento do combustível. Veículos de combustão interna são aqueles que possuem como motores de propulsão do tipo combustão interna, em que o combustível é queimado internamente (LUZ, 2013). Os principais componentes de um motor de combustão interna se dividem em dois grupos: os componentes fixos compostos pelos seguintes elementos: bloco do motor, cabeçote e o cárter; e componentes móveis: pistão ou êmbolo, camisas, biela, árvore de manivelas ou virabrequim, válvulas de admissão, válvulas de escape e árvore de comando de válvulas, guias e sede das válvulas, porcas, molas, bucha do balancim, parafuso regulador, mancais, tuchos, casquilhos ou bronzinas, compensadores de massa, volante e juntas (TILLMANN, 2013). Conforme apresentado na Figura 1. Os motores de combustão interna realizam a transformação de energia térmica proveniente da combustão ou queima do combustível em energia mecânica. Distinguem-se aqui, os dois principais tipos de motores, os que funcionam segundo a aspiração da mistura ar- combustível (Ciclo Otto) e posteriormente, promovem a combustão pela queima da mistura através de uma faísca, e os motores que aspiram apenas o ar e, logo após a compressão, é pulverizado o combustível que logo promove a queima devido ao elevado calor e pressão gerados pela compressão do ar de admissão (Ciclo Diesel) (TILLMANN, 2013). 9 2.2 Veículos elétricos Os primeiros modelos de carros elétricos surgiram em meados do século XIX, nesta mesma época em 1859 foi desenvolvido a bateria de chumbo-ácido, na Europa e nos Estados Unidos. Uma vantagem do carro elétrico era a não necessidade de utilização da alavanca de partida, isso tornava a tecnologia atrativa especialmente para as mulheres. Porém, o contexto do nascimento dos veículos elétricos não era favorável diante à solução de problemas técnicos e a infraestrutura relacionada ao abastecimento energético. Já os veículos de combustão interna se mostravam mais baratos e menos complexos. Para atender as necessidades da população no século atual e os aspectos relacionados a poluição relacionados a emissão de gases poluentes, os carros inovadores ressurgiram com uma eletrônica bem mais evoluída e eficiente (NOVAIS, 2016). Segundo Barreto (1986), o funcionamento de um veículo CC/CA (corrente contínua na fonte de alimentação e corrente alternada no motor), pode ser apresentado de acordo com o diagrama de blocos apresentado na Figura 2, a seguir. O controle do motor CA pode ser feito eletronicamente através de um inversor. Fonte: MWM International Motores (2009). Figura 1 - Motor de combustão interna e seus componentes 10 Figura 2 - Diagramas de blocos de um VE CC/CA Fonte: Estudo do funcionamento de veículos elétricos e contribuições ao seu aperfeiçoamento, 2009 (Adaptada) A seta dupla entre o banco de baterias, inversor, motor trifásico e as rodas indicam que o fluxo de energia ocorre nos dois sentidos, ou seja, o banco de baterias de tração provê energia para a movimentação do veículo e, quando em frenagem, recupera parte da energia cinética do veículo sob a forma de energia eletroquímica, no banco de baterias de tração. Esta é a principal modificação no diagrama proposto por Barreto (1986). Ainda sobre o diagrama de Barreto (1986), pode-se extrapolar adicionando-se as interfaces presentesnos veículos, como o carregamento do banco de baterias de tração e da bateria de serviço (de 12V), encarregada de armazenar e fornecer energia para o sistema elétrico convencional do veículo, o qual é composto pelas cargas dos sistemas de iluminação, ventilação, arrefecimento, áudio e alarme, dentre outros, conforme mostrado na Figura 3 abaixo (NOCE, 2009). 11 Figura 3 - Diagramas de blocos de um VE proposto por Barreto acrescido de cargas de serviços Fonte: Estudo do funcionamento de veículos elétricos e contribuições ao seu aperfeiçoamento, 2009 (Adaptada). 2.3 Tipos de veículos elétricos Há diversos tipos de modelos de veículos elétricos desenvolvidos atualmente e vários previstos para serem desenvolvidos e comercializados futuramente (CASTRO & FERREIRA, 2010). A seguir será apresentado quatro tipos de tecnologias diferentes de VEs já presentes no mercado automobilístico. Primeiramente, existem os veículos elétricos puros (BEVs, da sigla em inglês para Battery Electric Vehicles), cuja fonte principal de energia é a eletricidade proveniente de fontes externas (a rede elétrica, por exemplo). A eletricidade é armazenada em uma bateria interna, que alimenta o motor elétrico e propulsiona as rodas. Todos os BEVs são plug-in electric vehicles (PEV), dado que a eletricidade é fornecida por uma fonte externa (GONÇALVES et al., n.d.). Híbrido puro ou Electric Vehicle (HEV ou FHEV) é um veículo elétrico híbrido que usa tanto um motor elétrico e um motor de combustão interna em paralelos para propulsionar o veículo (não pode ser carregado na rede elétrica) (THEOTONIO & ALVES, 2018). 12 Híbrido Plug-in (PHEV, da sigla em inglês Plug-in Hybrid Electric Vehicle), cujo motor à combustão interna também é o principal, mas eles podem, além disso, receber eletricidade diretamente de uma fonte externa. Assim como, o HEV, o PHEV é um híbrido paralelo. Como também utiliza combustíveis tradicionais (GONÇALVES et al., n.d.). Híbrido de longa distância ou Extended Range Electric Vehicle (EREV), é um veículo elétrico híbrido de longo alcance, com extensor de autonomia que funciona como um veículo elétrico a bateria por um certo número de quilômetros e muda para um motor de combustão interna, quando a bateria está descarregada (THEOTONIO & ALVES, 2018). A seguir, a Figura 4 apresentada abaixo retrata as principais características dos veículos mencionados à cima. Fonte: Carros elétricos-FGV, 2017 (Adaptada). Figura 4 - Características básicas dos veículos convencionais e elétricos 13 2.4 Travagem regenerativa Numa travagem normal a energia cinética é transformada em energia térmica, por atrito, sendo dissipada nos discos e pastilhas de travão. A travagem regenerativa consegue recuperar e armazenar parte dessa energia, de forma que esta possa ser reutilizada como força motriz. Assim, o rendimento global do veículo poderá aumentar significativamente, nomeadamente em percursos citadinos, além de diminuir o custo de manutenção associado ao desgaste dos travões (FREITAS, 2012). Existem vários sistemas que permitem recuperar a energia da travagem, mais comum é usar o motor elétrico como gerador (FREITAS, 2012). Durante o processo de frenagem, as ligações do motor são alteradas de modo a que o motor funcione como gerador (THEOTONIO & ALVES, 2018). A força de frenagem inclui a desaceleração devido ao freio do motor e ao freio de serviço. As forças regenerativas de fricção devem ser ajustadas para que o máximo de força regeneradora deva ser produzida no serviço de travão. Como mostrado na Figura 5, a força de frenagem regenerativa muda mesmo durante uma única operação de travagem enquanto o veículo diminui a velocidade. Assim, para maximizar o efeito da regeneração, são necessários freios ideais para atendimento da demanda do motorista por uma frenagem total. Isto é necessário para ajustar a força de fricção em resposta a alterar a força de frenagem regenerativa, conforme indicado pela área sombreada no diagrama. Eventualmente, a força regenerativa e a força de fricção deve ser ajustada para que a soma das forças combinadas seja igual às necessidades do condutor (Zhou et al., 2011). Fonte: Study on the Control Strategy of Hybrid (2011). Figura 5 - Relação entre freio regenerativo e freio de fricção 14 2.5 Motores elétricos O motor elétrico converte energia elétrica em energia mecânica usada para a tração do automóvel. Os fabricantes de motores elétricos têm desenvolvido vários tipos de motores com vista à aplicação em veículos elétricos. Os chineses têm desenvolvido mais os motores de ímanes permanentes, por possuírem materiais para a fabricação de ímanes, chamados de “terras raras” (lantânio, samário e neodímio). A Figura 6 apresenta os motores mais adequados para veículos elétricos (Freitas, 2012). A seguir serão apresentados os principais motores elétricos utilizados nos VEs atualmente. Fonte: Projeto e análise ao funcionamento de carros elétricos (2012). Figura 6 - Diagrama em árvore dos motores elétricos 15 2.5.1 Motor CC No motor CC sem escovas (motor CC brushless), utilizado no carro elétrico, o enrolamento trifásico da armadura está conectado a um circuito de chaveamento eletrônico. O rotor possui dois ímãs permanentes com formato cilíndrico composto de Nd2 Fe14B (Neodímio-Ferro-Boro) (D`AVILA et al., 2011). Um sistema de detecção de posição do rotor é utilizado para determinar a sequência de chaveamento das fases. Quando o motor está em operação, o sistema de controle faz o chaveamento das bobinas do enrolamento da armadura na sequência e no tempo corretos ( D`AVILA et al., 2011). Para que isso ocorra, é necessário que o sistema de controle identifique a posição do campo magnético do rotor em relação às fases do enrolamento da armadura. No motor em estudo, são utilizados sensores Hall para detecção da posição do rotor. A Figura 7 mostra um desenho do motor CC brushless em estudo. A Figura 8 mostra o desenho simplificado de um motor brushless em corte transversal (D'AVILA et al., 2011). Fonte: Treffer Tecnologias (2008). Fonte: Chai (1998). Figura 7 - Desenho do motor CC brushless Figura 8 - Desenho do motor CC brushless corte transversal 16 2.5.2 Motor CA assíncrono O motor assíncrono de indução apresentado na Figura 9, é uma máquina essencialmente de velocidade constante alimentado por uma fonte de energia elétrica de tensão e frequência constantes. A velocidade de funcionamento em regime nominal é muito próxima da velocidade síncrona. Se o binário da carga aumenta, a velocidade do motor decresce ligeiramente. Tal como, uma máquina orientada para aplicações que requerem velocidade constante. Entretanto, muitas aplicações necessitam de vários escalões ou ajuste contínuo de velocidade. Tradicionalmente, estas tarefas que necessitavam de variação de velocidade eram efetuadas por motores de corrente contínua (motores DC) (Carvalho, n.d.). Fonte: Regulação de velocidades em motores Assíncronos de corrente alternada (2014). Estes motores são dispendiosos, requerem manutenção frequente das escovas e coletor e são proibitivos em atmosferas perigosas. Os motores de indução de rotor em gaiola-de-esquilo, por outro lado, são robustos, baratos, não tem escovas nem coletor e podem ser utilizados em aplicações que requerem elevadas velocidades (Carvalho, n.d.). Figura 9 - Motor de indução assíncrono 17 2.5.3 Motor Ca síncrono de ímanes permanentes Possuem, geralmente, elevado binário (disponível desde o arranque e que pode ser constante para uma grande gama de velocidades), têm melhores rendimentos, e são menores (para a mesma relação de potências) do que os motoresde indução. A sua principal desvantagem é o preço, devido ao custo dos ímanes (normalmente feitos a partir de terras raras como o neodímio, material de eleição) (FREITAS, 2012). As máquinas síncronas de imãs permanentes podem ser divididas em máquinas DC (Brushless DC (BLDC)) e máquinas com alimentação senoidal (Permanent Magnet Synchronous Motor PMSM ou MSIP). O tipo de alimentação depende da forma da fcem (força eletromotriz e Força contra eletromotriz) característica de cada máquina que por sua vez, depende de aspectos construtivos e do tipo de imantação dos ímãs do motor. O MSIP e o BLDC possuem muitas similaridades, como exemplo, ambos têm os imãs permanentes localizados no rotor e requerem uma corrente de estator alternada para produzir torque constante (MISSANJO et al., 2011). Os motores PMSM requerem uma alimentação com onda sinusoidal, podem ter os ímanes montados à superfície do rotor (Figura 10a) ou em posição interior (Figura 10b), tem um controlo mais complexo do que os BLDC, e necessitam de um sensor de corrente por cada fase (caso sejam trifásicos) (FREITAS, 2012). Fonte: catalogo.weg.com.br. 1 1 Imagem disponível em: http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet/WEG-motor-de-imas-permanentes-e- inversor-de-frequencia-artigo-tecnico-portugues-br.pdf. Figura 10 - Motor de ímãs permanentes: a) ímanes à superfície do rotor, b) ímanes interiores 18 2.5.4 Motor CA síncrono de relutância comutada Os motores de relutância comutados (MRC) têm vindo a ser identificados como uma alternativa aos motores síncronos de ímanes permanentes (MSIP) e motores de indução trifásicos (MIT). São máquinas simples, baratas, robustas e com elevada tolerância a falhas. (TERRA, 2018). As máquinas MRC estão sendo uma alternativa importante em várias aplicações, devido ao seu baixo custo e a boa viabilidade mecânica, elevada relação de binário- volume e alta eficiência. Podem atingir velocidades muito elevadas (> 50 000 rpm), o que permite funcionar numa ampla zona de potência constante, com rendimento elevado (VRENKEN et al., 2013). O MRC tem vindo a ser usado na indústria de automóvel, em eletrodomésticos e em sistemas de ar condicionado. É também reconhecido o seu potencial para os veículos elétricos (TERRA, 2018). A Figura 11 compara os três tipos de motores nas zonas de maiores rendimentos, motores síncronos de ímanes permanentes (MSIP), motores de indução (MI) e motores de relutância comutados (MRC). Fonte: Características básicas do motor de relutância comutado (2018). Figura 11 - Rendimento dos motores MSIP, MI e MRC 19 2.5.5 Arrefecimento de motores elétricos Segundo Cassani (2008), a dissipação térmica do inversor é garantida por um sistema de refrigeração líquida, devido ao fato de que a temperatura de trabalho do inversor é muito menor que a do motor, é importante conectar o inversor apenas após a bomba de circulação e antes do motor no circuito de refrigeração, para evitar sobreaquecimentos. Isto é, recomenda- se colocar a bomba de circulação no ponto inferior do circuito de refrigeração, a fim de simplificar o fluxo fora do ar do sistema e, assim, limitar as possibilidades de cavitações com a quebra da bomba, conforme demonstra a Figura 12 a baixo. Um circuito de resfriamento muito longo, ou uma seção não adequada, pode levar ao aumento das perdas de pressão e, consequentemente, a uma vazão decrescente da bomba, com possível superaquecimento do sistema de tração (CASSANI, 2008). Isto é sugerido, sempre que possível, medir as perdas de pressão do sistema de refrigeração para verificar se o ponto de trabalho real da bomba garantirá a vazão mínima solicitada. O inversor é capaz de ler suas próprias temperaturas e a temperatura dos enrolamentos do motor MES-DEA, para ativar a proteção e limitação se necessário. O trabalho regular a vida útil do inversor e do motor são afetados pela temperatura de trabalho: fortemente é sugerido manter entre os valores permitidos (CASSANI, 2008). Fonte: Traction Inverter Module (2008). Figura 12 - Sistema de refrigeração de VEs 20 2.6 Baterias Uma bateria é um dispositivo, composto por uma ou várias células unitárias, que convertem energia química em energia eléctrica e vice-versa. Definem-se em dois grandes grupos, as primárias e as secundárias, mais conhecidas por recarregáveis. Ambos os grupos têm sido desenvolvidos ao longo do tempo. No gráfico 01, da Figura 13, ilustra-se a evolução da energia específica (Wh/kg) das baterias, do grupo primário e secundário, com destaque para as principais tecnologias usadas.. Segundo Freitas (2012), as baterias primárias estão prontas a fornecer energia logo que montadas. Estas baterias não podem ser recarregadas, por isso são usadas e descartadas, devendo ser recicladas. Geralmente, são utilizadas em dispositivos portáteis, como por exemplo: relógios, telecomandos, máquinas fotográficas, calculadoras. As baterias recarregáveis possuem uma grande aplicação em carros elétricos. Fonte: Projeto e análise ao funcionamento de carros elétricos (2012). Figura 13 - Evolução das baterias primárias e recarregáveis 21 As baterias dos veículos elétricos são recarregadas ao se conectar o veículo a uma fonte de eletricidade externa. Os VEs também são recarregados, em parte, por meio de energia mecânica regenerativa, também conhecida como frenagem. Dependendo do tipo de VE, diferentes baterias podem ser consideradas: •Hidreto metálico de níquel – Ni-MH: disponível em modelos híbridos que utilizam tecnologia start-stop e micro-híbridos; • Íons de lítio – Li-ion: disponível em modelos de BEV e híbridos; • Cloreto de sódio e níquel – Na-NiCl2: disponível em modelos de veículos elétricos pesados (caminhões, ônibus etc.) e PHEVs42 (Gonçalves et al., n.d.). Devido a seu custo reduzido e melhor desempenho, as baterias de íons de lítio (li-ion) têm sido mais adotadas por fabricantes de VEs. Os gráficos da Figura 14 mostram as capacidades das baterias de alguns modelos veículos (Gonçalves et al., n.d.). Figura 14 - Autonomia de VEs- capacidade das baterias, em modelos de BEVs (esquerda) e de PHEVs (direita) nos EUA Fonte: Caderno Carros Elétricos FGV-Elaboração a partir de dados disponíveis em PluginCars.com (2017). 22 2.7 Pontos de abastecimento Para que os veículos elétricos possam ganhar as ruas em maior escala, um requisito central é a estruturação de uma infraestrutura de recarga, uma vez que, sem ter onde carregar seu automóvel, o usuário se sente limitado e menos disposto a adquirir este tipo de veículo. Assim, há uma relação direta e proporcional entre a inserção dos VEs no mercado e o tipo de infraestrutura desenvolvida: ao mesmo tempo em que não se faz necessária a infraestrutura de recarga se ainda não há tantos veículos elétricos nas ruas, estes só poderão se inserir no mercado se já existir esta infraestrutura bem desenvolvida (Gonçalves et al., n.d.). Esta interdependência fica evidenciada nos países estudados pelo relatório Global EV Outlook 2016, que mostra que o número total de eletro postos públicos cresceu junto com o estoque de carros elétricos, ou seja, existe uma correlação positiva entre a adoção de VEs e o desenvolvimento de infraestrutura pública de recarga (GONÇALVES et al., n.d.). A carga das baterias dos veículos elétricos vem alterar todo o conceito atual de redes de energia. A primeira impressão é que os VE’s vêm sobrecarregar a rede elétrica atual, no entanto, uma boa gestão da carga de baterias dos veículos elétricos pode tornar o parque eólico nacional mais rentável. O pico de energia produzida pelos aerogeradores ocorre muitas vezes durante a noite, quando a rede menosnecessita, essa energia pode ser vendida para o abastecimento das baterias dos carros elétricos (FREITAS, 2012). 23 3 METODOLOGIA DA PESQUISA A partir dos dados apresentados, este estudo foi desenvolvido com base na formação teórica sobre o tema, baseado em uma pesquisa bibliográfica, as técnicas aplicadas são análises de dados do tipo qualitativas. Foram abordado três etapas referente ao procedimento de tratamento da pesquisa em ordem consecutiva descrita abaixo: O primeiro procedimento realizado, trata-se de uma análise descritiva dos dados coletados de acordo com o estudo desenvolvido por Samaras & Meisterling (2008) . A pesquisa realiza a comparação na emissão de gases poluentes do efeito estufa, entre os veículos PHEVs, HEVs e convencionais, este estudo foi realizado no estado de Colarado nos Estados Unidos da América. A metodologia utilizada é a técnica chamada de Avaliação do Ciclo de Vida (AVC) que consiste na mensuração dos impactos ambientais causados através do processo de fabricação e utilização de um determinado produto. A abordagem utilizada é o método Input- Output que consiste na classificação das atividades econômicas em ramos de produção e de consumo final. Os resultados implicam na a qual identificação da possível redução dos gases na implementação e comercialização dos novos VEs. O segundo procedimento realizado, trata-se de uma análise descritiva dos dados coletados de acordo com a pesquisa desenvolvida por Almeida Pereira et al. ( 2015). O estudo realiza comparações entre os custos de aquisição, manutenção, combustível dos veículos de combustão e veículos elétricos da frota de transporte da empresa Correios no Distrito Federal. As analises são baseadas em dois modelos da marca Renault, os dados obtidos foram através das últimas atualizações destes modelos disponíveis pelo fabricantes no Brasil. O terceiro procedimento realizado, trata-se de uma simulação que envolve a elaboração de um modelo que represente o funcionamento do motor elétrico usado no VE, em especifico o motor trifásico de indução. Tais procedimentos serão realizados em ambiente computacional com o auxílio do software Matlab R2011a, através da ferramenta de modelagem Simulink. O objetivo desta simulação é a analisar os resultados obtidos, avaliar o desempenho do sistema projetado e controlar a velocidade de rotação do motor através do inversor de frequência. 24 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Comparação na emissão de gases poluentes dos veículos de combustão interna e Veículos elétricos Segundo Castro & Ferreira (2010), o setor de transporte composto predominante por veículos de combustão interna, são responsáveis por representar uma das principais fontes geradores de gases poluentes na camada atmosférica, que são causadores do efeito estufa. Através da necessidade de procurar soluções para esses eventuais problemas relacionados ao crescimento de dióxido de carbono (𝐶𝑂2) e demais gases, foram realizadas pesquisas entre os veículos elétricos (HEV), híbridos (PHEV) e veículos convencionais de combustão interna (VCI). A primeira abordagem avalia os veículos elétricos (HEV) para diminuir os gases do efeito estufa através da utilização de energias viáveis. Uma segunda abordagem avalia os veículos híbridos (PHEVs) plug-in que utiliza a junção de duas tecnologias, sendo parte de energia proveniente elétrica e também energia adquirida através do combustível gerado a partir do petróleo. A comparação entre os veículos consiste na avaliação das emissões de GEE no ciclo de vida dos automóveis, a pesquisa considera as fontes de eletricidade usadas, visto que a geração elétrica é responsável por intensas variações na quantidade de carbono e também na emissão de outros gases. A metodologia utilizada é a técnica chamada de Avaliação do Ciclo de Vida (AVC) que consiste na mensuração dos impactos ambientais causados através do processo de fabricação e utilização de um determinado produto. A abordagem utilizada é o método Input-Output que consiste na classificação das atividades econômicas em ramos de produção e de consumo final. 4.1.1 Análise dos dados Segundo Samaras & Meisterling (2008), 1 L do combustível de gasolina é queimado, cerca de 2,3 kg de 𝐶𝑂2 é liberado, além da combustão esta análise inclui o ciclo de vida da gasolina desde a extração até transporte do petróleo bruto. No caso do Etanol à base de milho, as emissões foram estimadas em cerca de 0,67 Kg de Co2 por litro de combustível. 25 Como mencionado anteriormente, os VEs não emitem quantidades significativas de 𝐶𝑂2 na atmosfera, entretanto a energia produzida para alimentar esses veículos advém de fontes geradoras consideradas poluentes. De acordo com Lave et al., (2017), no setor de energia elétrica em 2004, cerca de 3.970 bilhões de kWh produzidos nas usinas, emitem 2.400 milhões de toneladas de 𝐶𝑂2. A Figura 15 abaixo apresenta a emissão de GEE em função das emissões de gases da geração de eletricidade no Estados Unidos. Figura 15 - Emissões de GEE do ciclo de vida de veículos mostradas como uma função da intensidade de GEE da geração de eletricidade. Fonte: Life Cycle Assessment of Greenhouse Gas Emissions from Plug-in Hybrid Vehicles: Implicationsfor Policy (2008). A eletricidade é usada durante a produção dos veículos, e a ligeira inclinação das linhas CV e HEV refletem a intensidade de GEE da eletricidade usada durante a produção. O gráfico indica quais opções de geração correspondem a várias intensidades de GEE. O portfólio de baixo carbono pode incluir energia nuclear, eólica, carvão com captura e sequestro de carbono e outras tecnologias de geração de eletricidade de baixo carbono. O gráfico apresenta veículos com autonomia de PHEVs com 30, 60 e 90 km. As emissões dos gases do efeito estufa (GEE) por km de viagem de cada veículo foram obtidos através da equação 01 apresentado abaixo: 26 𝐆𝐇𝐆 𝐊𝐌 = (∝) ⌊ 𝐤𝐖𝐡 𝐤𝐦 ∗ ( 𝐆𝐇𝐆𝐩𝐨𝐰𝐞𝐫𝐩𝐥𝐚𝐧𝐭 + 𝐮𝐩𝐬𝐭𝐫𝐞𝐚𝐦 𝐤𝐖𝐡 )⌋ + (𝟏−∝) [ 𝐋𝐟𝐮𝐞𝐥 𝐤𝐦 ∗ (𝐥 𝐆𝐇𝐆𝐟𝐮𝐞𝐥 + 𝐮𝐩𝐬𝐭𝐫𝐞𝐚𝐦 𝐋𝐟𝐮𝐞𝐥 )] (1) Tal que, α representa a fração da viagem percorrida alimentada por energia elétrica, (1-α) representa, a porção da viagem percorrida por combustível líquido derivado de petróleo. O produto de (α) representa os impactos ambientais relacionados a utilização da energia elétrica como combustível, e o produto (1-α) denota os impactos relacionados a queima do combustível líquido. Segundo Samaras & Meisterling (2008), para determinar o valor de α foi construído uma distribuição cumulativa de quilômetros percorridos, essa distribuição relata o percentual total de quilômetros de veículos que viajam menos que determinada distância por dia. Quando todas as suas viagens diárias poderiam ser alimentadas por eletricidade, o valor de α assume 1, considerando que o veículo viaja menos km do que sua própria autonomia e α assume 0, no momento em que a viagem diária é percorrida inteiramente por combustível líquido, o range de operação de α varia entre 0 e 1. 27 4.1.2 Resultados Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, na qual quantifica as emissões de GHG dos veículos PHEVs, HEVs e convencionais, considerando a infraestrutura relacionada a baixa e alta produção de carbono nas usinas de produção energética, chegaram ao seguinte resultado. Considerando as usinas geradoras em estado de manutenção (emissão de gases poluentes controladas), os veículos HEVs emitem 41% versus 31 % aos PHEVs a menos, comparados aos veículos convencionais, em um cenário de baixa emissão de GEE os resultados mudam, apresenta uma variação de 51%-63% dos veículos PHEVs, versus 30%-47% dos HEVs, comparados aos veículos convencionais.Em um cenário de alta produção de carbono, os resultados mudam novamente, os veículos HEVs são menos poluidores com cerca de 55%, comparados a 47% aos PHEVs. O gráfico 1 representa graficamente esse processo detalhadamente. Fonte: Autoria própria (2020) 31% 51% 63 47% 41% 30% 47% 55% 0 10 20 30 40 50 60 70 Manutenção Baixa emissão de CO2 Média emissão de CO2 Alta emissão de CO2 PHEVs BHEVs Gráfico 1 - Redução de CO2 dos veículos elétricos e híbridos comparados aos convencionais. 28 4.2 Comparativo entre os custos dos veículos de combustão interna e veículos elétricos Como abordado anteriormente, boa parte da energia consumida nos países são adventos do petróleo, na qual sua alta demanda de extração proporcionou diversos danos ambientais e o esgotamento das fontes primárias de energias, todos estes conceitos contribuiu para a alta do combustível fóssil utilizados nos veículos, por esses motivos surgiu a necessidade de estudar fontes de energias limpas e mais econômicas, a seguir será abordado o comparativo entre os custos de manutenção, aquisição e abastecimento com combustível dos veículos de combustão interna e elétricos. A pesquisa foi elaborada através do estudo de caso realizado no estado de Brasília na frota dos veículos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - Correios, os dados foram obtidos através da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – FINATEC. Segundo Almeida Pereira et al. ( 2015) dentro da estrutura dos transportes dos Correios, possui atualmente uma frota de 23,4 mil VCI utilizados para desempenhar o papel de atividades postais, dois quais 3724 são veículos de carga leve de marca RENAULTO Kangoo com capacidade de carga de 800 Kg, As mesmas características e variáveis utilizadas em relação aos VCI foram aplicadas para o VE, uma vez que estes possuem as mesmas características em relação a marca e modelo, que garantiu uma análise livre de vícios entre os dois tipos de veículos. Os veículos utilizados nesta pesquisa foram escolhidos através da própria frota dos Correios, o primeiro veículo utilizado se trata do modelo de combustão interna Renaulto Kangoo, apresentado na Figura 16. Segundo Trindade (2013), os utilitários são equipados com o motor 1.6 16V Hi-Flex, que desenvolve potência de 93,3 cv (etanol) e 95 cv (gasolina) sempre a uma rotação de 5.000 rpm. O torque máximo é de 15,3 kgfm (etanol) e de 15,1 kgfm (gasolina) a 3.750 rpm. Todas as unidades foram produzidas na fábrica da Renault em Santa Izabel, Argentina. 29 Figura 16 - RENAULTO Kangoo veículo utilizado para transporte na frota dos Correios. Fonte: Kangoo Express: RENAULT entregará mais de 1.000 unidades para frota dos Correios (2011). Segundo Correio Braziliense (2015), o veículo Kangoo apresenta a seguinte ficha técnica: • Motor: Combustão interna, Instalação Dianteiro; • Aspiração: Natural; • Disposição: Transversal; • Alimentação: Injeção multiponto; • Cilindros: 4 em linha; • Comando de válvulas: Duplo no cabeçote, correia dentada; • Válvulas por cilindro:4; • Diâmetro dos cilindros: 79,5 mm; • Taxa de compressão: 10:1; • Curso dos pistões:80,5 mm; • Cilindrada:1598 cm³; • Potência:98,3; • Combustível: Flex; • Torque:15,3; • Peso/potência: 10,94; • Torque específico: 9,57 kgfm/litro; • Peso/torque: 70,26; • Potência específica: 61,51 cv/litro; • Transmissão: Tração Dianteira; 30 • Câmbio: Manual; • Embreagem: Monodisco a seco; • Suspensão: Dianteira Independente, McPherson; • Freios: Dianteiros Disco ventilado; • Traseiros: Tambor; • Direção: Assistência Hidráulica; • Pneus: dianteiros 65/70 R14; • Diâmetro de giro: 10,5 m; • Pneus traseiros: 165/70 R14. O veículo elétrico utilizado para comparativo trata-se do modelo Kangoo ZE apresentado na Figura 17 abaixo, fornecido pela montadora Renault, a empresa forneceu os modelos em comodato para testes durante quatro meses. Segundo Gripa (2014), o veículo não emite nenhum poluente ou ruído e tem as mesma funções e volume de carga do modelo com motor a combustão RENAULTO Kangoo, o veículo possui autonomia de 120 a 150 quilômetros a cada carga e é equipado com motor de 60 cv de potência. Fonte: Correios testam carro elétrico em serviço de entregas (2014). Segundo Caique Ferreira (2011), o veículo Kangoo ZE apresenta a seguinte ficha técnica: • Arquitetura: Carroceria monobloco, furgão, 2 ou 5 lugares; • Motor: Elétrico, dianteiro, transversal; • Tração: Dianteira; Figura 17 - Kangoo ZE veículo 100% elétrico. 31 • Potência máxima (ABNT): 60 cv (44 kW); • Torque máximo (ABNT): 23,1 kgfm; • Alimentação: Baterias de íon-lítio; • Pneus: 195/65 R15; • Freios: A disco nas quatro rodas, com sistema ABS; • Direção: Elétrica, diâmetro de giro 11,9 m; • Câmbio: uma marcha à frente e uma à ré Volume de carga 3 m³; • Carga: útil 650 kg; • Peso em ordem de marcha: 1.410 kg; • Entre eixos: 2.690 mm; • Comprimento: 4.210 mm; • Altura: 1.840 mm; • Largura sem retrovisores: 2.130 mm; • Aceleração: 0 a 100 km/h 20,3 s; • Velocidade máxima: 130 km/h; • Autonomia (ciclo NEDC): 170 km. 4.2.1 Análise dos dados a partir dos custos de manutenção dos veículos Os correios adotam uma metodologia de manutenção preventiva determinada pelo prazo estabelecido pelo fabricante, esse tipo de manutenção garante que os automóveis estejam em boas condições para o serviço e também evita problemas futuros relacionados ao desgastes dos mesmos, evitando riscos relacionados a ordem mecânica do veículo e minimizando os custos elevados na manutenção ao longo prazo, o procedimento é realizado para ambos os tipos, tanto elétricos quanto convencionais. Segundo Almeida Pereira et al. (2015), para efeitos de cálculos dos custos de manutenção, foram obtidos os dados do primeiro semestre de 2015, referente aos valores de manutenção da frota de veículos leves na operação de distribuição de objetos. Os custos de manutenção de um quilometro da frota são de: 0,415 R$/km para os veículos de combustão interna e 0,043 R$/Km para os veículos elétricos. Considerando que estes veículos percorrem cerca de 1000 quilômetros por ano, obtemos o custo de manutenção como demonstra a Tabela 1 abaixo. 32 Tabela 1 - Custo de manutenção por ano dos veículos elétricos e convencionais. Fonte: Autoria própria (2020) A Tabela 1 evidencia que os custos de manutenção dos VE são bem menores comparados aos VCI, este fator está relacionado a quantidade de componentes que necessitam de manutenção destes veículos, os VE são veículos compactos com tecnologia altamente desenvolvida e são equipados com componentes eletrônicos que comparados aos veículos convencionais necessitam de uma menor manutenção, visto que a maior parte do sistema dos VCI são componentes mecânicos que a um período curto ou a longo prazo necessitaram de manutenção. A Tabela 2 exemplifica a quantidade de componentes presentes nestes veículos. Tabela 2 - Componentes básicos veículos elétricos x veículos a combustão. Fonte: Carros elétricos ou a combustão? Saiba da manutenção mais econômica (2020). O item 01, 02, 03, 04, 06 e 07 na tabela evidenciam a necessidade da manutenção periódica dos veículos VCI. De acordo com Azevedo et al ( 2005), a principal função de um lubrificante é a formação de uma película que impede o contato direto entre duas superfícies que se movem relativamente entre si. Com isso o atrito é reduzido a níveis mínimos quando comparado ao contato direto, exigindo uma menor força, e evitando o desgaste dos corpos. Veículo Custo por Km Quilômetros Custo por ano. Elétrico R$ 0,043 10.000 R$ 430,00 CombustãoR$ 0,415 10.000 R$ 4150,00 Componente Carro a combustão Carro elétrico 1. Óleo do motor ✓ ☓ 2. Filtro do óleo ✓ ☓ 3. Filtro de ar ✓ ☓ 4. Filtro de combustível ✓ ☓ 5. Filtro de ar do habitáculo ✓ ✓ 6. Correias de distribuição ✓ ☓ 7. Velas ✓ ☓ 8. Radiador ✓ ✓ 9. Pastilhas do travão ✓ ✓ 10. Pneus ✓ ✓ 33 O filtro do óleo tem a função de bloquear a circulação de impurezas no motor. Em geral, essas impurezas vêm do ar admitido para o motor, que acaba levando para dentro dos cilindros algumas partículas as quais o filtro de ar não conseguiu segurar. Também há partículas no óleo geradas pelo desgaste natural das bronzinas, camisas, anéis e pistões, cujos resíduos podem causar danos ao conjunto (Carro, 2019). O filtro de ar é uma peça muito essencial para o bom funcionamento do veículo de combustão interna: por meio desse componente o motor recebe oxigênio. A finalidade deste componente é filtrar o ar, impedindo que partículas de poeiras e impurezas penetrem no sistema do motor durante a captação de oxigênio, utilizado para ocorrer a combustão (Portal auto shopping, 2018). O filtro de combustível nada mais é do que uma peça que fica entre o tanque e o motor. Ele tem o formato de um cilindro, com duas pontas por onde passa o combustível com resíduos. Dentro do cilindro, há uma rede de filtros por onde o combustível passa para ficar mais puro e sair na outra ponta, direto para o cilindro de combustão. Grande parte dos filtros são pretos ou dourados e há alguns que são revestidos por uma capa branca (Moura, 2020). A função da correia de distribuição é o controle da árvore de cames, ou eixo-comando, que garanti a abertura das válvulas e o sincronismo delas com o funcionamento dos pistões nos cilindros. Em outras palavras, é ela que garante que a válvula não estará dentro do cilindro quando o pistão estiver subindo para comprimir a mistura (Kelley Blue Book, 2018). As velas de ignição do automóvel são responsáveis por criar a faísca dentro da câmara de combustão, ou seja, ela explode o combustível e a mistura do ar, empurrando o pistão para baixo e movimentando o carro (Minuto Seguros, 2018). Todos componentes descritos à cima são fundamentais para o funcionamento e segurança do sistema mecânico do veículo de combustão interna, é imprescindível a manutenção e vistoria periódica dos mesmos, o que ocasiona um elevado custo tangíveis a estes veículos. A Figura 18 apresenta os custos para cada automóvel analisado em função do tempo de uso de cada um deles com o decorrer dos anos. 34 Fonte: Análise comparativa dos custos dos veículos de combustão interna e veículos elétricos (2015). De acordo com Almeida Pereira et al. (2015), essas analises não levam em consideração os custos com a manutenção e substituição das baterias, uma vez que os VE utilizados pelo Correios não rodam mais que 80.000 Km durante o seu ciclo de vida. 4.2.2 Análise dos dados a partir dos custos de aquisição dos veículos Há poucos incentivos no Brasil para os veículos elétricos e híbridos, em comparação a outros países. No caso dos veículos leves, as principais iniciativas correm por conta das próprias montadoras, por exemplo, cessão em comodato de táxis elétricos em grandes cidades brasileiras. A alíquota do Imposto de Importação para veículos automotores, via de regra, é de 35%. Para os veículos elétricos e híbridos, de acordo com seu consumo energético, há uma graduação nas alíquotas, conforme resumido na Figura 19 (Felipe et al., n.d.). Fonte: Veículos híbridos e elétricos: sugestões de políticas públicas para o segmento. Figura 18 - Custos dos veículos de combustão e elétricos. Figura 19 - Alíquotas do Imposto de Importação para veículos híbridos e elétricos. 35 Esses veículos também estão sujeitos ao ICMS (IVA estadual), entre 18% e 19%, além de serem tributados em 11,6% por contribuições sociais federais sobre o faturamento bruto; e há ainda um imposto anual estadual sobre veículos automotores de até 4%. Esses impostos federais e estaduais têm uma base de cálculo comum: o valor de mercado do veículo. Tamanha carga fiscal torna praticamente impossível a produção em larga escala de VEs e seu comércio no Brasil, impedindo a sua utilização no combate à poluição do ar nas grandes cidades (Domingues et al., 2013). Os veículos fornecidos aos Correios em comodato possuem seu valor de comercialização de 35.000 Euros (Renault Brasil, 2020), utilizando a cotação atual do Euro referente ao mês de novembro deste ano à R$6,42, temos o valor final de comercialização do veículo comparado ao veículo de combustão interna apresentado na Tabela 3 abaixo. Tabela 3 - Custo de aquisição RENAULT Kangoo Life x Renault Kangoo-Z.E 33.2 Fonte: Autoria própria (2020). Todos os valores apresentados consideram os modelos da Renault Kangoo disponível pelo fabricante no ano de 2020, o valor final do veículo foi obtido através da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas-Fipe. Os modelos são: Renault Kangoo Express HI-Flex 1.6 fabricado em 2018 e Renault Kangoo-Z.E 33 elétrico. 2 Modelos de veículos consultados no site do fabricante RENAULT BRASIL, disponível em: <https://www.renault.com.br/veiculos-eletricos/kangoo-ze-maxi.html>. Acessado em: 24 de novembro de 2020. Valores consultados na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas-Fipe disponível em: < https://veiculos.fipe.org.br/>. Acessado em: 24 de novembro de 2020. Veículo Custo Euros Cotação Euro Custo em reais Elétrico 35.000 6,42 224.700,00 Combustão - - 41.000,00 36 4.2.3 Análise dos dados a partir dos custos de abastecimento dos veículos Segundo Almeida Pereira et al. (2015), a frota completa dos correios é composta por veículos biocombustíveis, a empresa adota como forma de escolha do combustível, aquele que oferece as melhores condições financeiras para a empresa, de acordo com a relação de consumo do veículo. Os custos atualmente do combustível está descrito conforme a Tabela 4 abaixo: Tabela 4 - Custo de combustível. Fonte: Autoria própria (2020). A escolha entre abastecer o automóvel com gasolina ou álcool não depende somente do modelo e do rendimento do carro, mas também das diferenças de preços entre os dois combustíveis nas regiões Nordeste e Centro-Sul (Sauer, n.d.). Considerando o preço do combustível atual, é necessário identificar o combustível que atende as melhores condições financeiras de acordo com a autonomia do veículo Renault Kangoo Express 1.6 16 V, a Tabela 5 demonstra a autonomia de acordo com o combustível utilizado. Tabela 5 - Custo autonomia a Renault Kangoo. Fonte: Autoria própria (2020). A autonomia será medida através do consumo de combustível em 200 Km rodados a partir dos automóveis analisados, a baixo será calculado o combustível ideal com os valores atual do combustível de acordo com a equação 02. 3 Dados obtidos através da SEFAZ-GO. Atualizado em 24/11/2020. Combustível3 Valor/L Gasolina R$ 4,5440 Álcool R$ 2,9190 Veículo Potencia CV Km/l Gasolina 95 8,8 Álcool 98 6,1 37 𝐂 𝑹$ 𝑲𝑴 = 𝑫 ∗ 𝑪𝒄𝒐𝒎𝒃𝒖𝒔𝒕𝒊𝒗𝒆𝒍 𝑨𝒖𝒕 (2) • C 𝑅$ 𝐾𝑀 = Custo por quilometro rodado; • D = distância percorrida; • C = Custo do combustível por litro; • Aut = Autonomia do veículo. • 1) Veiculo abastecido a álcool: 𝐂 𝑹$ 𝑲𝑴 = 𝑫 ∗ 𝑪𝒄𝒐𝒎𝒃𝒖𝒔𝒕𝒊𝒗𝒆𝒍 𝑨𝒖𝒕 = 𝟐𝟎𝟎 ∗ 𝟐, 𝟗𝟏𝟑𝟎 𝟔, 𝟏 = 𝑹$𝟗𝟓, 𝟓𝟎𝟖𝟏 (3) • 2) Veiculo abastecido a gasolina: 𝐂 𝑹$ 𝑲𝑴 = 𝑫 ∗ 𝑪𝒄𝒐𝒎𝒃𝒖𝒔𝒕𝒊𝒗𝒆𝒍 𝑨𝒖𝒕 = 𝟐𝟎𝟎 ∗ 𝟒, 𝟓𝟒𝟒𝟎 𝟖, 𝟖 = 𝑹$𝟏𝟎𝟑, 𝟐𝟕𝟐𝟕 (4) Como demonstrado à cima o combustível álcool apresentou uma maior economia em relação a gasolina, a seguir seráanalisado o comparativo entre os custos de abastecimento do veículo elétrico comparado ao VCI a álcool. De acordo com Renaut (2014), o veículo Renault Kangoo Z.E 100% possui um consumo estimado em: 152 Wh/Km em ciclo misto a uma performance de 130 km/h. A Resolução Homologatória n° 2.791/202 - Vigência dos serviços cobráveis: 22 de outubro de 2020 a 21 de outubro de 2021 afirma que a tarifa residencial possui o custo de R$/KWh= 0,5474 (Enel, 2020). A Tabela 6 abaixo demostra os custos do abastecimento do veículo elétrico e VCI a álcool, considerando o trajeto de 200 Km. 38 Tabela 6 - Custo combustível veículos elétricos x VCI. Fonte: Autoria própria (2020). A partir do estudo apresentado e dos dados coletados é possível construir o gráfico de consumo dos VCIs e VEs, considerando um percurso de 10.000 Km por ano em um ciclo de 04 anos, o Gráfico 2 representa este processo. Gráfico 2 - Custo veículos VEs e VCIs durante 4 anos . Fonte: Autoria própria (2020). 4.2.4 Resultados Os veículos elétricos possuem inúmeras vantagens comparadas ao convencionais, entre elas estão: custo de abastecimento, manutenção, segurança e conforto, entretendo o seu valor de aquisição é relativamente alto atualmente no Brasil, são necessárias medidas governamentais Veículo Autonomia (200Km) Custo combustível (R$) Custo total (R$) Elétrico 30,4 KW R$ 0,5474Kwh R$16.64096 Combustão 32,78L R$ 2,9190 L R$ 95,5081 4.771 9550,0819 14320,622 19100,1639 830,2048 1660,4096 2490,6144 3320,8192 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 1000 Km 2000 Km 3000 Km 4000 Km VCI VE R$ 39 para a inclusão de incentivos fiscais e diminuir o valor dos impostos atribuídos a estes veículos na sua comercialização. É interessante salientar que desenvolver parcerias entre os fabricantes com as entidades públicas ajudam a estimular a comercialização e desenvolver pesquisas referente a estes projetos. A Tabela 7 a seguir demonstra todos os custos abordados e estudados anteriormente entre os dois tipos de veículos. Tabela 7 - Custo de aquisição, manutenção e do combustível dos veículos elétricos x VCI. Fonte: Autoria própria (2020). A Tabela 8 apresenta os dados estimados anteriormente, a pesquisa considera os custos durante 01 ano com uma distância percorrida de 10.000 Km. A seguir a Tabela 8 apresenta o custo total: aquisição, combustível e manutenção entre os dois tipos de veículos analisando. Tabela 8 - Custo total entre os dois veículos em 01 ano. Fonte: Autoria própria (2020). A Tabela 08 evidencia o elevado custo do VE, entretanto o maior valor está relacionado a aquisição conforme abordado anteriormente, além disso, está abordagem verifica apenas as despesas durante 01 ano, através da pesquisa é evidenciado que a longo prazo os veículos elétricos são uma solução econômica e segura para os usuários. Veículo Custo de aquisição (R$) Custo do combustível (R$) Custo de manutenção (R$) Elétrico R$ 224.700,00 R$ 830,20 R$ 430,00 Combustão R$ 41.000,00 R$ 4.780,00 R$ 4.150,00 Veículo Custo total (R$) Elétrico R$ 225.960,2 Combustão R$ 49.930,00 40 4.3 Simulação do motor elétrico de um VE A modelagem foi realizada através do software matemático desenvolvido pela companhia MathWorks, Matlab por meio da ferramenta Simulink através da diagramação composto por um sistema de blocos para representar a simulação do processo. O modelo utilizado na modelagem é o motor assíncrono de indução trifásico, que são simples em sua construção, apresentam baixa manutenção, são confiáveis e possuem baixo custo de comercialização. O motor simulado se aproxima do modelo comercialmente disponível no setor de veículos elétricos disponível pelo fabricante WEG, descrito como motor de mobilidade WRE500, conforme a Figura 20 abaixo. Figura 20 - Motor de indução trifásico WRE500 WEG. Fonte: Catálogo WEG- Soluções em mobilidade elétrica (2015). Segundo WEG (n.d.), o motor de mobilidade apresenta alta densidade de potência, elevada eficiência, reduzido nível de ruído e mecânica projetada para fácil instalação no veículo. A seguir será apresentado as características e vantagens do motor disponível pelo fabricante: Características: • Carcaça:112; • Potência máxima: 68 kW; • Torque máximo: 144 Nm; • Rotação máximo: 9000 RPM; • Grau de proteção: IP66; • 810 W/kg; 41 • Tipo do motor: indução trifásico. Vantagens: • Baixo ruído em operação; • Zero emissão de poluentes; • Baixo custo de manutenção; • Torque constante em ampla faixa de torque; • Alta densidade de potência. A simulação foi dividida em duas etapas, a primeira sendo a simulação da geração do sinal de controle e a segunda parte, a simulação do motor com o inversor de frequência regulando a sua velocidade. Uma máquina de indução não suporta um sinal de baixa frequência e alta amplitude pois provoca a queima do enrolamento do motor, deve-se gerar um sinal com o fluxo magnético constante, em que a tensão (amplitude) é proporcional a frequência, conforme a frequência de acionamento aumenta a amplitude também sofre o mesmo efeito. A Figura 21 retrata o diagrama de blocos da geração do sinal. Figura 21 - Gerador de sinal trifásico. Fonte: Autoria própria (2020). 42 O primeiro bloco é um repetidor de frequência que aumenta a frequência de acordo com o período configurado, em seguida tem-se um ganho ligado a um integrador com borda de subida destinado a obter a fase para gerar a senóide, o mesmo é parametrizado a um comparador que no momento em que chegar a 360 é resetado. Em seguida, o sistema é ligado à dois blocos, soma e subtração que utilizam uma constante de 120 graus para gerar duas fases defasadas, o barramento une os dois sinais defasados de 120 graus e a fase em 0 graus, logo após, o único sinal é ligado a um bloco de função seno na qual gera uma onda senoidal, conforme o gráfico da Figura 22 apresentado a baixo pelo bloco step. Figura 22 - Sinal senoidal trifásico. Fonte: Autoria própria (2020) Como consta no gráfico, a senóide varia sua amplitude de 1 a -1, a frequência de operação é configurada da seguinte forma: com os valores de entrada: [0, Tempo de simulação/2, Tempo de simulação] e valores de saída: [0, 1, 1], ou seja, o gerador de frequência vai utilizar metade do tempo de simulação para obter o resultado da frequência em 1 e a outra metade o valor da amplitude continuará 1. O tempo de simulação utilizado é de 6 segundos. 43 A função seno é ligada a um bloco de produto que multiplica o sinal senoidal proveniente do bloco da função seno e a frequência de entrada parametrizada pelo bloco gerador de frequência, o sinal será o produto de ambos, caso a frequência de entrada assuma o (Tempo de simulação/2), o sinal resultante produzirá também a metade da amplitude. Todo o sinal é interligado a um bloco chamado saturação, caso a frequência do motor ultrapasse 60 Hz, o valor da amplitude máxima continuará em 1, saturado. Por fim, o sinal obtido é representado na Figura 23. Figura 23 - Sinal gerado proveniente do produto entre a frequência e a senóide. Fonte: Autoria própria (2020) A amplitude é crescente até 3 segundos, após esse tempo a mesma, continuará constante em 1, visto que o tempo de simulação seja de 6 segundos e a frequência configurada pelo gerador de sinal seja : [0, Tempo de simulação/2, Tempo de simulação] conforme explicado acima, devido o produto entre a frequência e a senóide. Após a elaboração do sistema de geração de sinal, foi criado um bloco de subsistema para simplificar o diagrama e dar continuidade a projeção da simulação completa do controle de velocidade de um motor assíncrono de indução trifásico por meio de uminversor de frequência. O subsistema é representado nas Figuras 24 e 25 abaixo. 44 Figura 24 – Gerador de sinal trifásico. Figura 25 - Subsistema do Gerador de sinal. Após a conclusão do sistema de geração de sinal com a amplitude proporcional a frequência de entrada, este mesmo sinal será aplicado em uma entrada de Modulação de Largura de Pulso (PWM), que é ligado no inversor de frequência Transistor Bipolar de Porta Isolada (IGBT), que possui a função de produzir tensão alternada através da tensão contínua, além disso, o IGBT possibilita a operação do sistema de chaveamento em frequências elevadas, por este motivo, se tornou o componente mais recomendado para a comutação de cargas em alta velocidade. A Figura 26 apresenta este processo. Fonte: Autoria própria (2020) Fonte: Autoria própria (2020) Fonte: Autoria própria (2020) Fonte: Autoria própria (2020) 45 Figura 26 - Simulação completa do controle de velocidade de um motor de indução trifásico. Fonte: Autoria própria (2020). O inversor apresentado, altera a tensão de trabalho através da modulação de largura de pulso PWM, que também controla o tempo de operação de cada IGBT presente no inversor, definindo o ciclo de trabalho. Este processo possibilita o controle da tensão eficaz entregue ao motor, na qual define a velocidade do mesmo, o PWM possibilita também a parametrização com a frequência de operação, parametrizado a uma frequência de 3KHz em 6 pulsos. Em seguida utilizou-se um bloco de multímetro para medir a corrente de operação do motor, o motor foi parametrizado de acordo com os dados do fabricante da WEG conforme apresentado na Figura 27 abaixo. Figura 27 - Parametrização do motor assíncrono de indução trifásica. Fonte: Autoria própria (2020). 46 Em seguida no diagrama, é adicionado o bloco multiplexador que analisa a entrada e obtém a velocidade do rotor do motor apresentado graficamente em um scop. Os resultados da curva de rotação obtidos estão demonstrados na Figura 28 abaixo. Figura 28 - Curva de rotação do motor sentido horário. Fonte: Autoria própria (2020). Considerando o motor operando sem carga e um tempo de simulação de 1 segundo, nota- se que a curva característica a partir dos 0.5 segundos, o motor opera a uma velocidade de 1800 rpm, a velocidade é alterada de acordo com a frequência de operação aplicada no início do sistema, o sentido de giro é definido através da polaridade da frequência, a Figura 29 abaixo demostra o processo em que o rotor é girado com sentido contrário, aplicado a uma frequência negativa. 47 Figura 29 - Curva de rotação do motor sentido anti-horário. Fonte: Autoria própria (2020). Abaixo foi obtido a curva da corrente de operação do motor, através do bloco multímetro ligado a um scop, a Figura 30 retrata este processo. Figura 30 - Corrente induzida do motor de indução. Fonte: Autoria própria (2020 48 Os picos de correntes nos instantes de 01 até 0.2 segundos chegam a 1600 Ampères consequentes da partida do motor em um tempo muito curto, depois de 0.3 segundos essa mesma corrente se estabiliza. Note que a corrente possui transitórios decorrentes da partida em rampa, caso o sistema apresente uma rampa linear, possibilita a minimização dos picos de corrente. 49 CONCLUSÃO Os veículos elétricos emitem uma quantidade de gases poluentes insignificativa comparados aos veículos de combustão interna, todo esse cenário avaliado está relacionado a baixa, média e alta produção de carbono nas usinas de geração de energias, em que qualquer situação o veículo elétrico se sobressaiu em relação ao VCI, sendo as tecnologias estudadas os modelos: HEVs e PHEVs, importante salientar que a comparação realizada considera a emissão de GEE gerados no ciclo de vida dos automóveis. No comparativo entre os custos de manutenção, foram demonstradas a viabilidade econômica dos VEs, percebeu-se que estes veículos apresentam uma menor necessidade de manutenção comparados aos VCI, tal fator está relacionado a composição do sistema de funcionamento dos veículos, em especifico os seus equipamentos, os VCIs são compostos por um conjunto de componentes que necessitam de manutenção a prévio e longo prazo, ao contrário dos VEs, os custos de manutenção implicados foram: R$/Km 0,415 VEs e R$/Km 0,043 Km VCIs que foram obtidos através do setor de manutenção da empresa Correios. Neste comparativo não foram considerados os custos de manutenção e substituição das baterias, por medidas de economia a empresa Correios realizavam a substituição dos veículos antes dos 80.000 Km do ciclo de vida da bateria. Em comparação com os custos de manutenção dos dois tipos de automóvel é evidente que os VEs são bem mais econômicos a curto, médio e longo prazo, além de serem uma solução inovadora para problemas relacionados a impactos ambientais. A pesquisa identificou os principais tributos aplicados a comercialização dessa nova tecnologia no brasil, também foi possível constatar que no pais existe poucos incentivos fiscais para aquisição deste produto, o que torna o seu valor de mercado alto comparado aos veículos convencionais e inacessíveis para classe média. Os modelos cotados são os utilizados na frota de serviço dos Correios, ambos os veículos são do mesmo fabricante com tecnologias diferentes, importante reportar que todos os dados obtidos são baseados nos exemplares atualizados pelo fabricante Renault no ano de 2020, os valores de comercialização obtidos foram: automóvel 100% elétrico com o valor de R$ 224.700,00 e o veículo de combustão interna R$ 41.000,00. É indiscutível que os valores de comercialização dos automóveis possuem uma diferença grandiosa entre ambos, entretendo o elevado custo de aplicação do VE é compensando em poucos anos de utilização. 50 A pesquisa identificou que uma das alternativas para facilitar a comercialização destes veículos é a parceria das fabricantes internacionais com as entidades públicas e privadas no Brasil, assim como ocorreu a parceria no projeto com os Correios, a união tem a função de diminuir os tributos no momento da aquisição, uma sugestão é o desenvolvimento de um programa do Ministério de Minas e Energia que analisa e identifica os veículos consumidores de alta quantidade de combustível derivados do petróleo e oferece condições favoráveis para substituição dos mesmos por híbridos ou totalmente elétricos. A análise dos dados a partir dos custos de abastecimento identificou o combustível favorável de acordo com a autonomia informada pelo fabricante do VCI e o preço atual atualizado de acordo com a região Centro-Oeste, através da exploração foi constatado que nas condições atuais o combustível álcool se tornou mais econômico em relação a gasolina. Por outro lado, o VE possui um consumo estimado em 152 Wh/Km e o valor da sua energia tarifada em R$/KWh= 0,5474, todos os dados obtidos foram observados em um percurso de 200 Km para ambos os veículos. Por fim, foi possível elaborar o comparativo entre os custos de abastecimento dos veículos no período de 01 ano no percurso de 10.000 Km, os custos foram estimados em: VE R$ 830,20 e VCI R$ 4.771,00. Levando em consideração todos os dados analisados durante o comparativo nos custos aquisição, manutenção e abastecimento, a pesquisa possibilita observar que apesar do valor excessivo e a dificuldade de aquisição dos VEs no Brasil, esses veículos garantem uma maior economia a longo prazo, além de fornecer uma experiencia segura e confortável
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