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As Normas Sobre Responsabilidade Social e a NBR ISO 45001

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DESCRIÇÃO
Apresentar os requisitos e as diretrizes de um Sistema Responsabilidade Social de acordo com normas
ABNT NBR 16001:2012 e NBR ISO 26000:2010, e os quesitos para o Sistema de Gestão de Saúde e
Segurança Ocupacional (SGSSO), conforme a norma ISO 45001:2018.
PROPÓSITO
Demonstrar ao engenheiro de segurança do trabalho a importância da responsabilidade social para as
organizações e a aplicação da norma NBR ISO 45001:2018, incluindo seus benefícios mútuos para a
empresa e para o trabalhador.
CONTEÚDO
A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL E DO
SISTEMA DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL PARA AS
ORGANIZAÇÕES
��
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a importância da Responsabilidade Social para as empresas
MÓDULO 2
Reconhecer a importância e a aplicação da norma ISO 45001:2018
MÓDULO 1
� Reconhecer a importância da Responsabilidade Social para as empresas
LIGANDO OS PONTOS
As empresas têm sido muito pressionadas a adotar práticas de gestão que viabilizem o seu
desenvolvimento sustentável. Tais pressões provêm de acionistas, parceiros comerciais, clientes,
trabalhadores, autoridades e demais partes interessadas, que entendem ser o papel adequado para uma
empresa realmente preocupada em seguir as boas práticas de governança corporativa, enfocando o
cumprimento de sua responsabilidade social e, assim, garantindo a sua perenidade e o seu sucesso.
MAS O QUE SIGNIFICA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?
POR QUE ELE ESTÁ CORRELACIONADO ÀS BOAS PRÁTICAS DE
GOVERNANÇA CORPORATIVA? E O QUE É RESPONSABILIDADE
SOCIAL? COMO ESSES CONCEITOS SE CRUZAM? E POR QUE
ELES SÃO TÃO INTERESSANTES PARA AS PARTES
RELACIONADAS À EMPRESA?
Para responder a essas perguntas, vamos estudar um caso prático baseado na empresa ZPK Logística.
A ZPK Logística é uma empresa brasileira legalmente estabelecida e recentemente instalada no estado
do Rio de Janeiro. Seus principais acionistas são grandes empresas de e-commerce brasileiras. É
especializada no transporte de cargas leves e apresenta como diferenciais o alto nível de automação de
suas operações e a velocidade com que realiza o transporte de cargas, conseguida graças a parcerias
com empresas de aviação e de transporte rodoviário.
Em diferentes reuniões mantidas recentemente com acionistas, parceiros comerciais e bancos de
investimento, a diretoria foi cobrada quanto à necessidade de dar transparência às decisões estratégicas
e táticas tomadas no exercício diário de governança da empresa e de comprovar a prática efetiva e
constante da responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável da empresa.
A diretoria ficou perplexa com o fato de fontes tão diversas terem originado a mesma demanda em
reuniões diferentes. Visando definir uma resposta adequada e abrangente a esses questionamentos, a
diretoria decidiu realizar um fórum de debates com diretores e gerentes.
O fórum buscou analisar as principais decisões estratégicas e táticas da empresa no último ano. Ele foi
aberto com um teste anônimo de avaliação do conhecimento prévio dos presentes sobre os temas
sustentabilidade corporativa, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
Seguiu-se a palestra de um consultor externo sobre o significado desses temas, realizado enquanto
outros consultores tabulavam as respostas dos testes. As respostas apresentadas mostraram que a
maioria dos presentes desconhecia esses temas, ou os associavam exclusivamente à gestão do meio
ambiente.
A seguir, foram formados grupos aleatórios. Cada grupo foi orientado a listar 20 decisões tomadas na
empresa correlacionadas aos temas acima apresentados. Cada escolha precisou ser descrita e
justificada. Os benefícios esperados e alcançados por cada ação ou decisão precisaram ser listados.
As cinco decisões mais lembradas pelos grupos foram:
Atualização do código de ética, com a inclusão de capítulos específicos sobre proteção ambiental
e saúde e segurança ocupacional.
Implementação de apresentações on-line semanais (lives) para apresentação de notícias e
resultados da empresa aos acionistas, investidores e financiadores.
Revisão das políticas de gestão da qualidade, de gestão ambiental, e de saúde e segurança
ocupacional.
Implementação do Sistema de Gestão Integrado (SGI).
Implantação de um programa de melhoria da segurança dos ambientes de produção, com a
implantação de equipamentos de proteção coletiva, exaustores para melhoria da circulação de ar
etc.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos e ajudar a
equipe de projeto com as decisões a serem tomadas?
3. CONSIDERANDO QUE A RESPONSABILIDADE SOCIAL
ENVOLVE A PRÁTICA DA ÉTICA E DA TRANSPARÊNCIA NO
RELACIONAMENTO COM AS PARTES RELACIONADAS, PODERIA
O CÓDIGO DE ÉTICA CORPORATIVO SER UMA FORMA DE SE
PRATICAR ESSA RESPONSABILIDADE? JUSTIFIQUE A SUA
RESPOSTA.
RESPOSTA
Sim. O código de ética registra a forma como a empresa entende que diretores, gestores e equipes devem
atuar nos seus relacionamentos mútuos ou com as demais partes relacionadas. Sua divulgação deve ser
ampla e acessível a todos, para que eles compreendam qual é a postura ética esperada para tais
relacionamentos.
ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE
SOCIAL
��
SUSTENTABILIDADE E GOVERNANÇA
CORPORATIVAS
SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA
Estabelece uma ligação ou interdependência equilibrada entre o capital (empresas), o social (pessoas) e
o ambiental (meio ambiente).
A sustentabilidade possui importância para as organizações de hoje, a ponto e haver um índice da Bolsa
de Valores (Bovespa – B3) que inclui apenas empresas que desenvolvem práticas sustentáveis e que
tem sido muito valorizado pelos investidores (B3, 2021).
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Representa um conjunto de boas práticas e valores que os administradores (conselheiros e diretores
executivos) precisam praticar na condução e no controle das operações empresariais, valorizando e
incentivando o relacionamento com as partes relacionadas.
As partes relacionadas são as pessoas e as empresas que mantém negócios ou interdependência entre
si. Isso inclui acionistas, empregados, clientes, fornecedores, órgãos reguladores etc. Esses
relacionamentos devem ser pautados pela ética, a transparência das decisões, a isonomia de
tratamento, e a conformidade com as disposições de contratos, de legislações ou de regulamentações,
entre outros aspectos.
Por outro lado, a governança corporativa preconiza a importância da garantia da perenidade ou
continuidade da empresa, o que é benéfico para as partes relacionadas que dependem da empresa. Com
isso, há uma valorização dos resultados, já que a continuidade e o crescimento da empresa dependem
deles. Sendo assim, também são benéficos para as partes relacionadas. Além disso, a governança
promove a gestão ambiental, pois a empresa depende do meio ambiente para sobreviver e prosperar.
Ao relacionarmos os conceitos de sustentabilidade corporativa com os de governança corporativa,
percebemos que a busca da sustentabilidade é uma obrigação das administrações, uma vez que
viabiliza a sua continuidade; as suas operações; o cumprimento de legislações e regulamentações; e
seus relacionamentos com as partes relacionadas, entre outros aspectos.
A EMPRESA SUSTENTÁVEL, PORTANTO, SERÁ AQUELA QUE
CONSEGUIR EQUILIBRAR OS RESULTADOS FINANCEIROS, O
SEU IMPACTO NO MEIO AMBIENTE, E OS RELACIONAMENTOS
COM SUAS PARTES RELACIONADAS. QUANTO MAIOR FOR
ESSE EQUILÍBRIO, MAIOR SERÁ A SUSTENTABILIDADE.
OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO E DAS PARTES
RELACIONADAS
Além de conduzir os relacionamentos com ética, transparência, isonomia, respeito, entre outros atributos
ligados aos valores da governança, os administradores, que são cada vez mais cobrados pelas partes
relacionadas, ainda devem garantir que as ações e decisões de todos na empresa com essas partes
relacionadas sejam pautadas em leis, regulamentações e normas internas e externas, garantindo a
sustentabilidade da empresa.
VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO: ESSAS PARTESPODEM
COBRAR TUDO ISSO DOS ADMINISTRADORES? OS
ADMINISTRADORES REALMENTE PRECISAM SER TÃO
CUIDADOSOS COM INVESTIDORES, CLIENTES,
TRABALHADORES? AS OUTRAS PARTES SÃO ASSIM TÃO
IMPORTANTES PARA OS ADMINISTRADORES?
� RESPOSTA
A resposta é sim. Investidores, empregados, clientes e outras partes relacionadas fazem essa cobrança
por perceberem os ganhos que podem ter com esses cuidados, incluindo, por exemplo, a certeza de que
os administradores vão considerá-los em suas decisões, o tratamento justo, a cordialidade, e a confiança
nas prestações de contas da empresa. Já os administradores têm sua performance avaliada pela forma
como mantêm esses relacionamentos.
A verdade é que todas as partes relacionadas a uma empresa dependem da ação dos administradores.
Por outro lado, essas cobranças variam conforme os termos do relacionamento estabelecido entre eles
e as partes interessadas.
Os trabalhadores empregados na empresa possuem uma série de direitos, obrigações e benefícios
trabalhistas definidos por lei (Consolidação da Leis do Trabalho – CLT), regulamentações (ex.: Normas
Regulamentadoras – NR – do Ministério do Trabalho) e contratos de trabalho. Eles têm grande interesse
na perenidade da empresa, pois dela depende a continuidade de seu vínculo empregatício, e na geração
de lucros, pois se valem dela por meio da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), por exemplo.
Atualmente, o foco das administrações não pode envolver apenas o resultado financeiro da empresa.
Claro que ele é muito importante, pois a empresa precisa dele para honrar seus compromissos e
sobreviver. Mas esse foco precisa ser mais abrangente, envolvendo a manutenção e o estímulo dos bons
relacionamentos com todas as partes relacionadas.
� SAIBA MAIS
O bom nível desses relacionamentos aumenta o interesse das diversas partes relacionadas em manter
negócios com a empresa. Esse interesse pode tanto gerar novos negócios quanto aumentar o valor
dessa empresa no mercado, e assim atrair novos investimentos nela.
O EVENTUAL DESCASO COM ESSES RELACIONAMENTOS PODE
TER CONSEQUÊNCIAS MUITO NEGATIVAS PARA A EMPRESA E
SEUS ADMINISTRADORES OU, AINDA, PARA AS PARTES
RELACIONADAS. PODEM OCORRER, POR EXEMPLO:
Reduções ou até cancelamentos de negócios
Exposição negativa da empresa e/ou de seus administradores na mídia
Processos judiciais
Boicote de cliente a produtos/serviços etc
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS RELAÇÕES COM AS PARTES
INTERESSADAS
Há aspectos legais envolvidos, legislações e regulamentações brasileiras que regulam esses
relacionamentos e estabelecem as obrigações das empresas em relação a eles. Um bom exemplo disso
está na chamada Lei dos Direitos do Consumidor – Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990.
É claro que, se bem conduzidos, esses relacionamentos podem trazer consequências muito positivas
para a empresa, tais como sua valorização no mercado, o que contribui para a sua continuidade. São os
relacionamentos que constroem a reputação ou imagem de mercado da empresa, de modo que, quanto
mais positiva for a reputação mais interessados em manter negócios ou participar dela serão atraídos.
Para os investidores, uma boa reputação atrai negócios, valoriza o capital investido e gera bons
dividendos.
Já para os trabalhadores, clientes e fornecedores essa boa reputação significa que a empresa é capaz
de honrar contratos e compromissos firmados com eles.
A ÉTICA E A CONDUTA
CONCEITOS
As respostas dadas pelas administrações das empresas às demandas das partes relacionadas e da
legislação têm sido cada vez mais objetivas, rápidas e claras. Com isso, essas demonstram sua
determinação em garantir o bom relacionamento com as partes relacionadas.
Essa determinação leva a administração a criar e incentivar uma cultura de ética e transparência com as
partes relacionadas, que é disseminada e seguida por toda a empresa.
A mudança cultural é necessária pois a grande maioria desses relacionamentos é desenvolvida pelos
gestores e equipes operacionais das empresas
� ATENÇÃO
A cultura de uma empresa é o conjunto de ideias, considerações, atitudes e comportamentos que
administradores e empregados da empresa valorizam e seguem no seu dia a dia.
ÉTICA E CONDUTA
Um aspecto-chave para a construção dessa cultura é a ética, sem a qual não há condições de manter
essas relações. E ainda temos a questão da conduta, que afeta diretamente esses relacionamentos.
Você sabe definir os termos ética e conduta? Vejamos como o dicionário Michaellis (2021) os apresenta:
ÉTICA
Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de
uma sociedade.
CONDUTA
Ato ou efeito de conduzir, de levar, de trazer; condução. Procedimento moral; comportamento.
Podemos, então, concluir que, se a ética estabelece o que deve ser feito, a conduta esclarece como algo
deve ser feito.
Por tudo isso, cabe à administração estabelecer meios de transmitir a todos os que a representam as
definições e diretrizes para o desenvolvimento desses relacionamentos. E os administradores o fazem
por meio de decisões, orientações aos gestores (seus subordinados mais diretos), políticas
formalizadas (que estudaremos mais profundamente logo a frente) e pelo código de ética, que vamos
estudar neste tópico.
O CÓDIGO DE ÉTICA
O código de ética é um documento que registra os entendimentos e as práticas definidas pela
administração sobre como deve ocorrer o relacionamento entre a empresa, representando os que nela
atuam, e todas as demais partes relacionadas. Além disso, esse documento pode definir como as partes
devem se relacionar com os colaboradores da empresa. Muitas vezes, vemos o código de ética
associado a um código de conduta, podendo integrar o mesmo documento.
É IMPORTANTE OBSERVAR QUE O CÓDIGO DE ÉTICA, ASSIM
COMO O DE CONDUTA, EXPRESSA ESSAS DISPOSIÇÕES EM
TÓPICOS, ESTABELECENDO O QUE DEVE OU NÃO SER FEITO, E
COMO DEVE SER FEITO.
NOTE QUE OS TÓPICOS DO CÓDIGO DE ÉTICA NÃO SÃO MUITO
DETALHADOS. ESSE DETALHAMENTO ESTÁ PRESENTE NAS
POLÍTICAS E MANUAIS OU NORMAS DE PROCEDIMENTO QUE
AS EMPRESAS DISPONIBILIZAM PARA OS SEUS
COLABORADORES.
O código de ética possui uma força administrativa e legal muito grande nas empresas. Ele pode conter,
por exemplo, o processo de denúncia, verificação, análise e eventual penalização por desvios de suas
disposições.
Os códigos podem conter disposições sobre assuntos bastante diversos, tais como:
1. Obrigatoriedade do cumprimento de leis e regulamentações.
2. Obrigatoriedade da garantia da saúde e segurança ocupacional dos colaboradores.
3. Formas de relacionamento com clientes e fornecedores.
4. Atenção à postura ética e moral em todos os relacionamentos.
5. Obrigatoriedade de responder às demandas de clientes com a máxima brevidade, ética e
respeito.
6. Uso de marcas e símbolos da empresa.
7. Forma adequada de tratamento de informações da empresa e/ou de suas partes relacionadas.
8. Vedação do recebimento de presentes e favores de quaisquer partes relacionadas;
9. Transparência das ações e decisões da administração e seus níveis subordinados.
A TRANSPARÊNCIA DAS AÇÕES E DECISÕES CORPORATIVAS
Do conjunto de disposições que vimos até agora, vale destacar a transparência nas decisões. A
transparência é um dos valores da governança corporativa e envolve a vontade da administração em dar
ciência às partes interessadas de suas ações e decisões.
� ATENÇÃO
Claro que não estamos falando da divulgação de quaisquer informações sobre essas ações e decisões,
pois várias são cobertas por sigilos legais ou de negócios. Esse interesse envolve a divulgação de mais
informações do que o requisitado em lei ou em regulamentações, respeitadas essas limitações legais e
de negócios.
Neste contexto, evita-se que decisões, prejudiciais ou benéficas, sejam tomadas sem conhecimento e
autorização das partes interessadas. Os acionistas, por exemplo, poderiam se sentir prejudicados se a
administração tomasse decisões sem avisá-los sobre questões queafetam positiva ou negativamente o
valor de mercado da empresa e, consequentemente, de suas participações. Tomadas de decisão desse
tipo parecem erradas, não é? Mas essas situações já foram muito comuns e ainda podem estar
acontecendo em várias empresas. Daí a importância da transparência.
AS POLÍTICAS CORPORATIVAS
As políticas corporativas apresentam diretrizes da administração sobre diversos temas corporativos,
assim como a atribuição de reponsabilidades pela sua condução. Elas são formas de a administração
mostrar sua determinação, sua orientação e seu apoio na aplicação de suas disposições.
� SAIBA MAIS
Essas políticas podem envolver assuntos tão diversos como vendas, crédito, combate à corrupção,
gestão de recursos humanos (ou de pessoas), segurança da informação, produção, ou saúde e
segurança ocupacional.
Trata-se de um documento que apresenta afirmações genéricas (ou não) sobre o que deve ser feito
pelos integrantes da empresa. Por isso, sua leitura deve ser clara e objetiva, de forma a ser facilmente
compreendida por todos na empresa. Essas políticas costumam ser acompanhadas de normas e
padrões que detalham o como fazer.
NOS CONTEXTOS DA GOVERNANÇA E DA SUSTENTABILIDADE
CORPORATIVAS, MUITAS EMPRESAS APRESENTAM COMO
PARTE DE SUAS POLÍTICAS OU COMO UMA POLÍTICA
INDEPENDENTE AS SUAS DIRETRIZES PARA A
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA. MAS, DESDE JÁ, É
IMPORTANTE SALIENTAR QUE VÁRIAS POLÍTICAS SÃO
DESENVOLVIDAS DE FORMA A ALINHAR AS AÇÕES DA
EMPRESA ÀS PRÁTICAS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Os debates sobre a governança corporativa e a sustentabilidade corporativa também têm envolvido a
chamada responsabilidade social. Esse termo, lido fora de contexto pode sugerir ações sociais
desenvolvidas por pessoas ou empresas visando auxiliar os mais necessitados. Mas, será que é isso
mesmo?
A RESPONSABILIDADE SOCIAL, NO CONTEXTO CORPORATIVO,
PODE SER DEFINIDA COMO O CONJUNTO DAS AÇÕES,
DECISÕES E POSTURAS QUE BENEFICIEM ASPECTOS COMO A
PROSPERIDADE DAS ORGANIZAÇÕES, BENEFICIEM AS
PESSOAS, E PRESERVEM O MEIO AMBIENTE.
O exercício da responsabilidade social é um dever se todos na empresa, com destaque para
administradores e gestores. Esses devem considerá-la em todas as sus tomada de decisão. Mas, como
isso deve ser implementado nas empresas? Existem referências de mercado a serem seguidas?
� RESPOSTA
Existem normas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT) e da International Organization
for Standardization (ISO). Essas normas são as normas ABNT NBR 16001:2012 e ABNT NBR ISO
26000:2010.
NORMA ABNT NBR 16001:2012
Em 2004, após uma demanda do mercado e uma ampla consulta nacional, a ABNT publicou a norma:
ABNT NBR 16001 Responsabilidade social – Sistema da gestão – Requisitos. Atualmente está em vigor
a sua primeira revisão, ocorrida em 2012.
Essa norma não só disciplina o tema como apresenta um sistema de gestão próprio para a sua
implementação e execução. Note que ela não é uma norma ISO, mas sim uma produção própria da
ABNT, voltada para o nosso mercado.
O sistema de gestão que a NBR 16001 propõe é similar aos apresentados pelas normas NBR ISO
9001:2000, NBR ISO 14001:2004 e ISO 45001:2018. Ela usa a abordagem do ciclo PDCA – Planejar,
Fazer, Checar, Agir (melhoria contínua) e apresenta estrutura e elementos similares aos dessas normas.
Observa-se que a NBR 16001 foi lançada em 2004, na mesma época da revisão da NBR ISO 14001.
NORMA NBR 16001 E O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO (SGI)
Você deve estar se perguntando se a norma NBR 16001:2012 pode integrar o SGI assim como as outras
três normas que já conhecemos. A resposta é sim. Isso é possível graças à compatibilidade dos
quesitos e do próprio tema com o contexto das demais normas.
� ATENÇÃO
Note que a norma NBR 16001 e a norma ISO 45001, que vamos estudar no próximo módulo, estão
relacionadas à dimensão “social” da sustentabilidade.
Um aspecto importante a destacar é que a implementação dessa norma pode ter os resultados da
auditoria de sua conformidade certificados, já que apresenta requisitos para implementação do sistema
de gestão. Ou seja, essa norma é “certificável”.
Mas observe que a implementação do sistema de gestão que ela propõe não significa que a empresa é
socialmente responsável, condição esta que só será alcançada a partir do desempenho de suas
operações no dia a dia. A implementação do sistema, com ou sem a certificação, significa que a
empresa criou mecanismos que auxiliam a chegar a essa condição. Ela será reconhecida como
socialmente responsável pelas suas partes relacionadas.” para “Portanto, a empresa será reconhecida
como socialmente responsável se as suas ações e decisões forem assim reconhecidas pelas partes
relacionadas.
CONCEITO DE REPONSABILIDADE SOCIAL
O conceito proposto pela norma NBR 16001:2012 envolve dois temas importantes para a governança
corporativa, que são a transparência e a ética. Vejamos esse conceito:
RESPONSABILIDADE DE UMA ORGANIZAÇÃO (...) PELOS
IMPACTOS (...) DE SUAS DECISÕES E ATIVIDADES NA
SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE (...). POR MEIO DE UM
COMPORTAMENTO ÉTICO (...) E TRANSPARENTE...”. A NORMA
PROSSEGUE ESCLARECENDO QUE
- CONTRIBUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (...),
INCLUSIVE A SAÚDE E O BEM-ESTAR DA SOCIEDADE;
- LEVE EM CONSIDERAÇÃO AS EXPECTATIVAS DAS ÁREAS
INTERESSADAS (...);
- ESTEJA EM CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
E SEJA CONSISTENTE COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE
COMPORTAMENTO (...); E
- ESTEJA INTEGRADA EM TODA A ORGANIZAÇÃO (...) E SEJA
PRATICADA EM SUAS RELAÇÕES.
(ABNT, 2012, p. 5)
Com isso, as administrações estão agindo dentro da responsabilidade social quando:
Buscam o desenvolvimento sustentável.
Praticam a governança corporativa.
Empregam a ética em todos os seus relacionamentos com as partes relacionadas, ou a transparência
nas suas tomadas de decisão e ações, entre outros aspectos.
O mesmo ocorre quando a empresa vem a público e informa suas boas e más notícias. Realmente é
muito fácil comentar alguma ação empresarial ou social de sucesso, na qual a empresa se destacou ou
conduziu. Por outro lado, é tão difícil quanto necessário dar transparência às más notícias, como
acidentes que afetam suas equipes, seus clientes, ou terceiros.
� EXEMPLO
Imagine uma situação fictícia em que uma montadora de veículos descobrisse falhas no sistema de
freios de seus carros mais vendidos. Nesse caso, a atitude socialmente responsável seria vir a público e
fazer o chamado recall, convidando os proprietários a vir trocar gratuitamente o sistema de freios. Mas
essa transparência teria seu preço, e a empresa deveria arcar com ele: eventuais vítimas (ou seus
parentes) poderiam procurar a empresa e/ou a justiça em busca de reparação pelo acidente sofrido
comprovadamente por esse problema de freio.
No exemplo apresentado, embora tenha enfrentado alguns problemas relacionados à decisão pela
transparência, a empresa cumpriu suas obrigações legais e veio a público relatar o problema. Nesse
sentido, os impactos negativos serão inferiores ao que aconteceria se a empresa optasse pela não
transparência, esperando alguém reclamar. Note que o desempenho dessa responsabilidade viabiliza o
desenvolvimento sustentável da empresa. A seguir, veremos o que isso significa.
CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A norma NBR ISO 16001:2012 define desenvolvimento sustentável como sendo o:
“DESENVOLVIMENTO QUE SATISFAZ AS NECESSIDADES DO
PRESENTE SEM COMPROMETER A CAPACIDADE DAS FUTURAS
GERAÇÕES DE SUPRIR SUAS PRÓPRIAS NECESSIDADES”
(ABNT, 2012, p. 2)
Você consegue perceber um certo “toque ecológico” nessa definição? Algo como “vamos tratar do meio
ambiente agora para que as gerações futuras também possam usufruir dele!”? O fato é que essa frase
até se aplica em parte ao tema meio ambiente, mas há bem mais do que isso envolvido nesse
desenvolvimento.
A norma NBR 16001 expõe que o desenvolvimento sustentável envolve três dimensões – capital, meio
ambiente e social–, as quais podemos definir da seguinte maneira:
CAPITAL
MEIO AMBIENTE
SOCIAL
CAPITAL
Envolve os efeitos econômicos que a empresa provoca nas suas partes relacionadas.
MEIO AMBIENTE
Envolve os efeitos da empresa sobre os sistemas ecológicos onde atua.
SOCIAL
Trata dos impactos dos efeitos das ações da empresa sobre os ambientes sociais internos e externos.
Esses impactos ou efeitos envolvem qualquer tipo de influência, seja ela positiva ou negativa, que a
empresa possa ter exercido sobre os ambientes socais, ecológicos ou sobre as partes relacionadas.
Isso quer dizer que a empresa que deseje alcançar o desenvolvimento sustentável deve, por exemplo:
Honrar contratos e acordos que mantém com clientes, colaboradores, fornecedores, órgãos reguladores
etc. (capital).
Tratar os footprints que deixou na natureza durante a sua operação (meio ambiente).
Oferecer serviços sociais de apoio as populações de baixa renda próximas e suas unidades de produção,
atenuando os impactos de sua produção sobre elas (social).
ABNT NBR ISO 26000:2010 – DIRETRIZES PARA A
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Em 2010, a ABNT publicou a norma ABNT NBR ISO 26000:2010 – Diretrizes para a responsabilidade social.
Essa é uma noma ISO que visa apresentar princípios, conceitos, ferramentas e orientações voltadas para
a responsabilidade social. Por ser conceitual e não apresentar quesitos, ela não é certificável, e a própria
norma esclarece isso.
Essa norma apresenta uma estrutura diferenciada em relação a outras normas: seu conteúdo está
organizado como um texto didático ou artigo acadêmico, ou seja, com uma leitura mais informativa do
que técnica.
É uma norma que pode ser apresentada e aplicada em conjunto com a NBR 16001, não com o intuito de
compor o sistema de gestão da responsabilidade social, mas para orientar administradores, gestores,
equipes e até as partes interessadas sobre o exercício adequado da responsabilidade social.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E SAÚDE E A SEGURANÇA DO
TRABALHO
Conforme já vimos, os trabalhadores são também partes interessadas. O cuidado com sua saúde e
segurança no ambiente de trabalho faz parte das responsabilidades sociais da administração.
Nesse contexto, são aplicações da responsabilidade social:
gerenciamento de riscos ocupacionais;
disponibilização de equipamentos de proteção individual e coletiva;
desenvolvimento de campanhas de conscientização sobre riscos ocupacionais;
alocação de serviços de medicina do trabalho;
disponibilização de máquinas e equipamentos de trabalho ergonomicamente corretos.
� Equipamentos de Proteção Individual.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
� Reconhecer a importância e a aplicação da norma ISO 45001:2018
LIGANDO OS PONTOS
A norma ISO 45001:2018 apresenta os requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão de
Saúde e Segurança Ocupacional. Mas por que esse sistema é importante para uma empresa? Ele se
integra ao Sistema de Gestão Integrado (SGI)? Para entender isso, vamos ver o que ocorre na empresa
ZPK Logística.
A empresa ZPK logística tem cinco centros regionais de distribuição em parceria com grandes
aeroportos brasileiros e empresas de logística locais, as quais fazem a entrega aos clientes. Esses
centros estão aparelhados com equipamentos de última geração (robôs fixos e móveis, drones de solo e
voadores, e outros recursos de tecnologia de ponta, em pleno funcionamento junto com suas equipes
operacionais (humanas)).
Para completar o projeto de implantação do SGI, a ZPK Logística contratou uma consultoria externa
especializada para apoiá-los na implementação do seu Sistema de Gestão de Saúde e Segurança
Ocupacional (SGSSO) e na complementação e revisão do seu Sistema de Gestão Integrado. Eles
também devem considerar no seu trabalho os Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) e de Gestão
Ambiental (SGA), que já estão implementados e certificados. Vale lembrar que a certificação foi
revalidada pouco antes desse trabalho.
O trabalho da consultoria envolveu etapas como:
auditoria de conformidade da implementação do SGQ e do SGA, visando ao seu aproveitamento na
implementação do SGSSO e do SGI;
identificação dos elementos que são comuns aos sistemas SGQ, SGA e que poderão ser
aproveitados para o SGSSO e SGI;
desenvolvimento da política de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), integrando-a às políticas do
SGA e SGQ;
implementação do SGSSO e do SGI, considerando os elementos comuns com os outros sistemas;
pré-auditoria da implementação do SGSSO, visando à preparação para a auditoria de conformidade
de terceira parte e certificação.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Agora, vamos ligar esses pontos e ajudar
a equipe de projeto com as decisões a serem tomadas.
3. A CONSULTORIA VAI DESENVOLVER UMA POLÍTICA DE
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL. MAS ISSO FAZ
SENTIDO? NÃO DEVERIA SER UMA POLÍTICA ÚNICA DO SGI,
SUBSTITUINDO AS POLÍTICAS DE QUALIDADE, DE MEIO
AMBIENTE, E DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL?
RESPOSTA
O procedimento está correto. A política em questão deve ser desenvolvida para tratar desse tema, e sua
conformidade com a norma será avaliada dessa forma. No SGI, essa política deverá ser integrada com as do
SGQ e SGA, mas isso não quer dizer que haverá uma nova política resultante dessa integração. Haverá a
eliminação de conflitos ou discordâncias entre elas.
O QUE É O SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA
OCUPACIONAL?
��
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL
Neste módulo, estudaremos o sistema de gestão que compõe o SGI, que é o proposto pela norma ISO
45011:2018 PT – Sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional – Requisitos com orientação
para uso, sobre o qual discutiremos neste módulo.
A norma ISO 45001:2018 é uma norma internacional publicada em 2018 pela International Organization
for Standardization (ISO). A ABNT distribui no Brasil uma versão traduzida para o português – é por isso
que as letras PT (português) aparecem junto à numeração da norma.
A seguir, vamos estudar essa norma, começando pelas suas origens.
ORIGENS DA NORMA ISO 45001:2018
Os acidentes e as doenças ocupacionais estão presentes nas empresas há séculos. Ao longo dos
últimos cem anos, governos, empresas, sindicatos, universidades e outras organizações correlacionadas
passaram a desenvolver legislações, regulamentações, normas (internas e externas) e outros
mecanismos preventivos que protegem o trabalhador. E o fazem por perceber esse esforço como
benéfico tanto para elas quanto, e principalmente, para os seus empregados e terceiros que atuam
nesses ambientes, conforme o que já estudamos sobre os benefícios do gerenciamento de riscos.
Nesse contexto, sabemos que as legislações e regulamentações apresentam o que deve ser feito pelas
empresas para proteger os seus trabalhadores de riscos ocupacionais, incluindo o gerenciamento
desses riscos.
� EXEMPLO
Inclui-se aqui, por exemplo, o conjunto de normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, as quais
resolvem para as empresas várias questões gerais a respeito da prevenção desses riscos. Há, no
entanto, inúmeras outras questões que não são tratadas por esses instrumentos, mas que representam
problemas para as empresas.
Por outro lado, já aprendemos que o principal objetivo da normalização técnica é exatamente solucionar
problemas que as empresas encontram em suas operações, incluindo-se aqui questões gerais ou
específicas relacionadas à saúde e segurança do trabalho. Essas empresas costumam buscar o auxílio
das organizações normalizadoras visando à produção de normas para o tratamento dessas questões.
É POR ISSO QUE, AO ANALISARMOS AS NORMAS NACIONAIS E
INTERNACIONAIS PUBLICADAS PELA ABNT, POR EXEMPLO,
PODEMOS VER NORMAS TRATANDO DE QUESTÕES
ESPECÍFICAS PARA UM OU OUTRO SETOR DE NEGÓCIOS, OU
MEIO DE PRODUÇÃO.
Nesse cenário, as empresas também precisam organizar seus esforços e recursos visando direcioná-los
para a identificação e o gerenciamento dos seus riscos ocupacionais. Com isso, podem trataros riscos
para os quais não há referências diretas na legislação, regulamentação, ou mesmo em normas técnicas.
Para isso, as empresas lançam mão de sistemas de gestão que são propostos pelas organizações
normalizadoras para esse fim.
Em relação aos sistemas de gestão de riscos para a saúde e a segurança ocupacional, um bom ponto de
partida do nosso estudo está no conjunto de normas britânicas OSHAS 18001 e OSHAS 18002,
publicadas em 1999 e revisadas em 2007. Passaremos a estudá-las a seguir.
AS NORMAS OSHAS 18001:2007 E OSHAS 18002:2008
A norma OSHAS 18001:2007 – Occupational Health and Safety Assessment Series foi desenvolvida pelo
The British Standards Institution – BSI, em conjunto com outras organizações normalizadoras e
certificadoras.
� SAIBA MAIS
O BSI é uma organização normatizadora e certificadora britânica sem fins lucrativos, que representa o
Reino Unido junto a International Organization for Standardization (ISO), da mesma forma que ocorre
com a ABNT no Brasil. Suas atividades incluem o desenvolvimento de normas técnicas, treinamentos,
certificações e atividades de consultoria.
Desde a sua primeira versão, a norma OSHAS 18001 foi complementada pela norma OHSAS 18002,
Guidelines for the implementation of OHSAS 18001, em que se apresentavam recomendações para a
implementação da norma 18001. Assim, ambas precisavam ser implementadas em conjunto.
A primeira versão dessa norma foi publicada em 1999 em atendimento a uma demanda internacional
pela proposição de um padrão para a implementação e operação de um Sistema de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST).
CONVÉM DESTACAR QUE ESSA NORMA FOI PUBLICADA PELO
BSI, MAS FOI DESENVOLVIDA EM CONJUNTO POR UM GRUPO
DE ORGANIZAÇÕES DE NORMALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE
OUTROS PAÍSES. PARA ISSO, ESSE GRUPO TOMOU COMO BASE
OS PADRÕES PRESENTES NA NORMA ISO 14001:1996, QUE
PROPUNHA UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E ESTAVA
EM VIGOR NA ÉPOCA. COMO ESSA NOVA NORMA
APRESENTAVA QUESITOS E DIRETRIZES PARA A
IMPLEMENTAÇÃO DESSE SISTEMA, VIABILIZOU A
CERTIFICAÇÃO DE SUA IMPLEMENTAÇÃO BASEADA NOS
RESULTADOS DE UMA AUDITORIA DE CONFORMIDADE.
Por ter sido desenvolvida por um grupo de organizações normalizadoras e ter usado como base uma
norma ISO, a norma OSHAS 18001 gozava de um destaque e de uma aceitação internacional dignos de
uma norma da ISO, apesar de não ser uma delas. Ainda assim, essa norma preencheu uma lacuna no
conjunto de normas ISO, ao apresentar um sistema de gestão desenvolvido especificamente para tratar
da saúde e segurança ocupacional nos ambientes de trabalho.
A norma OSHAS 18001 sucedeu a norma BS 8800:1996 – Série de Avaliação da Saúde e Segurança no
Trabalho, que também foi publicada pelo BSI e ganhou grande projeção e aceitação internacional
durante a sua vigência. A norma BS 8800:1996 trazia conceitos, definições e recomendações sobre a
gestão da saúde e da segurança ocupacional, mas não apresentava efetivamente o meio para
implementar um sistema que operacionalizasse esse tema (BARSANO; BARBOSA, 2014).
� COMENTÁRIO
Um fato interessante a ser observado é que a norma OSHA 18001:1999 propôs o seu sistema de gestão
um ano antes da publicação das mudanças na série 9000 (qualidade). Essas mudanças incluíram a
proposição da norma ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão da Qualidade, que apresentava o padrão que
foi adotado mais tarde por outras normas ISO, e que usamos até hoje.
Em 2004, o padrão da ISO 9001:2000 foi adotado pela norma ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão
Ambiental, e, em 2007, pela OSHAS 18001:2007, viabilizando a implementação do SGI com essas três
normas.
NOTE QUE AS EVOLUÇÕES OCORRIDAS ENTRE AS VERSÕES
1999 E 2007 DA OSHAS 18001 ENVOLVERAM BASICAMENTE O
ALINHAMENTO DO MODELO DE GESTÃO PROPOSTO POR ESSA
NORMA AO ADOTADOS PELAS NORMAS ISO 9001 E 14001.
É importante destacar que a produção e divulgação de normas como essas visam disseminar boas
práticas de saúde e de segurança ocupacional (incluindo os sistemas de gestão) por organizações
normativas como BSI ou ABNT, que seguem recomendações da Organização Internacional do Trabalho
(OIT). Trata-se de uma boa forma de divulgar essas práticas nos diferentes países e promover
adaptações às condições de cada país, ou mesmo a publicação de normas complementares locais que
se façam necessárias.
� ATENÇÃO
Vale lembrar que as Normas Regulamentadoras (NR) publicadas pelo Ministério do Trabalho também
foram publicadas seguindo recomendações dessa mesma OIT, embora com um caráter mandatório, e
não opcional como o das normas técnicas que temos discutido.
A NORMA ISO 45001:2018
SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL
(SGSSO)
Ao apresentar o principal objetivo do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO) –
ou do trabalho (SGSST), a norma ISO 45001:2018 estabelece que:
O OBJETIVO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SSO É FORNECER
UMA ESTRUTURA PARA GERENCIAR RISCOS E
OPORTUNIDADES DE SSO. OS OBJETIVOS E OS RESULTADOS
PRETENDIDOS DO SISTEMA DE GESTÃO DE SSO SÃO PREVENIR
LESÕES E PROBLEMAS DE SAÚDE RELACIONADOS AO
TRABALHO PARA OS TRABALHADORES E PROPORCIONAR
LOCAIS DE TRABALHO SEGUROS E SAUDÁVEIS;
CONSEQUENTEMENTE, É EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA
A ORGANIZAÇÃO ELIMINAR OS PERIGOS E MINIMIZAR OS
RISCOS DE SSO, TOMANDO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
PROTEÇÃO EFETIVA.
(ISO 45001, 2018)
Assim, o primeiro ensinamento que essa afirmação nos apresenta é que o SGSSO é um sistema
essencialmente preventivo. Por meio dele, é possível:
Identificar as fontes de riscos ou perigos.
�
Antecipar as suas consequências antes que se façam presentes.
�
Tomar medidas preventivas.
Os tratamentos preventivos são sempre priorizados, já que permitem evitar ocorrências danosas que
tragam lesões ou agravos de saúde do trabalhador, ou ainda que reduzam as suas consequências. Mas
também são previstas medidas corretivas, quando aplicável;
MAS, POR QUE PRIORIZAR OS TRATAMENTOS PREVENTIVOS E
NÃO OS CORRETIVOS?
� RESPOSTA
Os tratamentos corretivos são necessários caso os preventivos não sejam suficientes, e ocorram danos
para as pessoas. Daí a importância de se priorizar os tratamentos que evitem a ocorrência desses
danos.
� VOCÊ SABIA
Os tratamentos preventivos incluem treinamentos sobre a preservação da saúde e a segurança no
trabalho, a distribuição de equipamentos de proteção individual e coletiva, o gerenciamento de riscos
nos ambientes de trabalho, etc.
Os tratamentos corretivos incluem, por exemplo,
A disponibilidade de equipes treinadas e equipadas para prestar primeiros socorros; acesso a serviços
de emergência de saúde; disponibilidade de desfibriladores; etc.
Outro aspecto a ser considerado é o foco do SGSSO no provimento de meios que tornem o ambiente de
trabalho seguro e saudável.
É sempre bom lembrar que as medidas preventivas serão realmente efetivas apenas se aplicadas
adequadamente sobre as fontes dos riscos. Caso não o sejam, a probabilidade de ocorrência do evento
danoso ou os seus impactos crescerá.
Equipamentos de Proteção individual (EPI), por exemplo, são inúteis quando o trabalhador se abstém de
usá-los continuamente em seu trabalho. Os EPI só serão efetivos se estiverem em uso quando o
trabalhador se aproximar de uma fonte de risco, como uma fonte de energia ou um ambiente onde pode
ocorrer a queda de detritos.
GENERALIDADES SOBRE A NORMA
A nova norma ISO é uma evolução ou atualização da antiga do BSI? A resposta é não! Há diferenças
conceituais e práticas entre as normas que não permitem classificar a nova norma como uma
atualização da antiga.
O fato de ambas apresentarem proposições para Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança do
Trabalho, considerarem o ciclo PDCA (melhoria contínua) na sua implantação, estarem alinhadas com
outros Sistemas de Gestão ISO (NBR ISO 9001 e NBR ISO 14001) e enfocarem o gerenciamento de
riscos para o trabalhador no seu ambiente de trabalho as tornam similares.
Por outro lado, aspectos conceituais e práticos como a abordagem por processosou o método de
avaliação de riscos da nova norma as tornam bastante diferentes.
OUTRO ASPECTO INTERESSANTE ESTÁ NA REGRA DE
TRANSIÇÃO PARA AS EMPRESAS QUE ADOTAVAM AS NORMAS
OSHAS 18001 E 18002. ESSAS EMPRESAS PUDERAM
CONTINUAR USANDO A NORMA ANTIGA COMO REFERÊNCIA
PARA OS SEUS SISTEMAS DE GESTÃO DE SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHO POR MAIS TRÊS ANOS APÓS A
PUBLICAÇÃO DA NORMA ISO 45001:2018, OCORRIDA EM
MARÇO DE 2018. ESSE PERÍODO É DEFINIDO COMO DE
ADAPTAÇÃO A NOVA NORMA.
As vantagens da implantação da norma são:
1. Redução de ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais.
2. Redução de gastos com tratamentos médicos.
3. Redução de ausências e afastamentos do trabalho devido a acidentes e doença ocupacionais.
4. Formação da cultura de segurança do trabalho e prevenção de acidentes.
5. Melhoria da produtividade e dos negócios.
6. Melhoria da imagem da empresa junto ao mercado.
7. Garantia do cumprimento de requisitos definidos pela legislação e regulamentação relacionadas
ao trabalho no Brasil.
CICLO PDCA
Da mesma forma que ocorre com as normas NBR ISO 9001:2015 e NBR ISO 14001:2015, a norma ISO
45001:2018 utiliza o ciclo PDCA como referência para a operação do Sistema de Gestão de Saúde e
Segurança do Trabalho que propõe. Com isso, ela estabelece que o sistema será aplicado
continuadamente, definindo a evolução como uma de suas metas.
ESSA BUSCA PELA MELHORIA CONTÍNUA LEVA À REDUÇÃO DE
ERROS E FALHAS DOS PROCESSOS COBERTOS PELO SISTEMA
DE GESTÃO POR MEIO DA BUSCA E DO TRATAMENTO
PERMANENTES DAS SUAS CAUSAS, O QUE FAZ COM QUE AS
OCORRÊNCIAS DE FALHAS TENDAM A ZERO.
Trazendo esse raciocínio para a saúde e segurança do trabalho, podemos também concluir que as
ocorrências de lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho tenderão a zero.
IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E
SEGURANÇA OCUPACIONAL (SGSSO)
Primeiros passos
Inicialmente, vale lembrar que é necessário o desenvolvimento de aplicação de políticas, objetivos e
processos para a implementação do sistema de gestão.
As políticas definem as responsabilidades e diretrizes da administração em relação ao sistema de
gestão. Nesse cenário, é a administração que estabelece os objetivos para o sistema de gestão. A fim de
garantir o cumprimento das políticas e o atingimento dos objetivos estabelecidos, são implementados
processos visando à operacionalização desse mesmo sistema.
VOCÊ DEVE ESTAR PENSADO QUE, PARA SE DESENVOLVER
ESSES E OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO, É NECESSÁRIO
OBTER ANTES UM BOM ENTENDIMENTO SOBRE A EMPRESA,
NÃO É?
� RESPOSTA
E é isso mesmo! Tanto essas normas quanto a norma ISO 45001:2018 destacam a necessidade se
conhecer previamente a empresa, a sua estrutura, o seu mercado, a sua produção e até as legislações e
regulamentações que a empresa precisa seguir para desenvolver os seus negócios.
Mas há outros aspectos a serem considerados. No caso da norma ISO 45001:2018, como o sistema que
ela descreve está relacionado à saúde e segurança ocupacional, é interessante que os trabalhadores
participem de seu planejamento, implementação e gestão.
No Brasil, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), prevista pela NR-5, pode ser uma
dessas formas. A empresa, no entanto, pode buscar outras formas, como reuniões, campanhas de
sugestão de melhorias, eventos de divulgação e conscientização, e pesquisas de opinião. E elas o farão
motivadas pelo entendimento de que, quanto maior for a participação dos trabalhadores na construção
desse sistema, mais ele será entendido e aceito.
OUTRO ASPECTO IMPORTANTE ESTÁ NA PARTICIPAÇÃO E NO
APOIO EXPLÍCITO DA ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA AO
PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO POSTERIOR DO
SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL.
ESSE PRESTÍGIO DADO PELA ADMINISTRAÇÃO AO PROJETO
DEMONSTRA A TODOS NA EMPRESA O COMPROMETIMENTO E
INTERESSE DELA NO SUCESSO DO PROJETO.
A definição de objetivos do sistema também é uma responsabilidade da administração e deve estar
alinhada aos objetivos estratégicos da empresa. O item 3.11 da ISO 45001:2018 estabelece dois
objetivos mínimos ou básicos para o SGSSO:
Estabelecer medidas preventivas contra a ocorrência de lesões e doenças ocupacionais.
Disponibilizar ambientes de trabalho mais seguros para os trabalhadores.
Política de segurança e saúde ocupacional
Como já vimos anteriormente, a política deve conter as definições das responsabilidades e as diretrizes
da administração quanto ao SGSSO. Além disso, é um instrumento de divulgação e conscientização de
todos sobre a importância da segurança do trabalho na empresa. A norma ISO 45001:2018 cita alguns
aspectos-chave a serem considerados nela. Por exemplo:
Compromisso da organização com o provimento de um ambiente de trabalho saudável e seguro
para os trabalhadores.
Busca constante pela eliminação e redução dos perigos presentes no ambiente de trabalho.
Conformidade com os requisitos legais e regulatórios relacionados ao trabalho.
Envolvimento dos trabalhadores nas atividades de gerenciamento do risco ocupacional.
Essa política de Saúde e Segurança Ocupacional deve estar em harmonia com as demais políticas da
empresa, com destaque para as que formam com ela o SGI, ou seja, as de Gestão da Qualidade e de
Gestão Ambiental.
� ATENÇÃO
É importante lembrar que, junto com a política, devem ser desenvolvidos objetivos e responsabilidades
sobre a saúde e a segurança ocupacional na empresa.
Desenvolvimento do projeto de implementação do SGSSO
Como já vimos, o processo de implementação segue o ciclo do PDCA. Assim, cada etapa vai levar a
ações que vão gerar melhorias no processo. E esse ciclo vai rodar continuamente.
PLANEJAMENTO DO SGSSO
O planejamento do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional começa a partir da definição
das já citadas políticas, dos objetivos e dos processos. Ele deve seguir padrões de gestão de projetos
que incluem a definição de cronograma, a alocação de equipes, a integração com outros processos, o
plano de alocação de recursos, os padrões de avaliação de desempenho etc. Mas há outros aspectos a
serem considerados, como:
Necessidade de se conduzir o gerenciamento de riscos ocupacionais, incluindo identificação,
avaliação, resposta e tratamento de perigos do ambiente de trabalho.
Identificação e avaliação de oportunidades de melhorias nos processos visando à melhoria da
segurança para o trabalhador.
Definição de planos de ação para o atingimento dos objetivos.
Planejamento e alocação de recursos demandados pela operação do SGSSO.
Definição de um plano de comunicação interna e externa sobre o projeto de implementação e
posterior gestão do SGSSO.
Implementação de treinamentos e campanhas de divulgação e conscientização sobre Saúde e
Segurança Ocupacional (SSO).
Estabelecer métodos e sistemas de documentação e gestão de informações do SGSSO.
OPERAÇÃO DO SGSSO
Com o término do projeto de implementação do SGSSO, o sistema entra em operação. Muitas atividades
realizadas durante o planejamento continuam funcionando após a entrada em operação do sistema,
como o caso do gerenciamento de riscos ocupacionais, cuja operação é sempre permanente, pois os
riscos estão sempre presentes e/ou se modificando. Essa operação inclui etapas como:
implementação do plano de gestão e controle da operação;
alocação de recursos demandados pelo projeto;
condução das atividades de eliminação ou mitigação de fontes de riscos ou perigos;
gestão das mudanças operacionais que se façam necessárias para o desenvolvimento do sistema
ou a aplicação dos seus produtos;
definição dos planos de contingência que garantam a continuidade do projeto mesmo se
contratempos ocorrerem.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SGSSO
O SGSSO pode ser parametrizado para entrar em operação e começar a ser monitorado. Para isso, são
definidos indicadores de processo que possam ser acompanhados pela gestão de projeto e, depois, pela
gestão do processo resultante do projeto. Essa etapa pode incluir:
definição de indicadoresde desempenho de cada processo;
implementação de sistemas de monitoramento dos indicadores de desempenho;
análise e avaliação da evolução dos indicadores de desempenho;
definição de sistemas de auditoria de conformidade permanente dos quesitos do sistema (não
serve para certificação, mas sim para controle de gestão);
execução de auditorias internas periódicas.
MELHORIA DO SGSSO
O resultado do monitoramento das operações e da análise de indicadores pode levar à necessidade de
ajustes do processo. Se for esse o caso, deverão ser definidas melhorias a serem implementadas no
processo, a fim de aperfeiçoá-lo. É importante lembrar que essas melhorias tratam as causas das falhas
do processo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecemos a importância da responsabilidade social e o significado do desenvolvimento sustentável e
sua correlação com a gestão empresarial.
Aprendemos também a reconhecer o conteúdo e a importância da norma ISO 45001:2018, que trata do
Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO) e da forma como esse sistema pode ser
planejado, implementado e monitorado.
� PODCAST
Agora, o especialista Ronaldo Augusto Granha encerra o tema falando sobre os principais tópicos
abordados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2021. Consultado na internet em: 30 jul. 2021.
ABNT CATÁLOGO. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2021. Consultado na internet em: 30 jul.
2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: sistemas de gestão da qualidade –
Fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade –
Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental —
Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 16001: Responsabilidade Social - Sistemas
de gestão — Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011: Diretrizes para auditorias de
sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26000: Diretrizes sobre Responsabilidade
Social. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 45001: Sistemas de gestão de saúde e
segurança ocupacional - Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
BS OHSAS 18001:2007. Série de Avaliação da Saúde e Segurança no Trabalho. Sistemas de gestão da
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nº 01 (NR-1): DISPOSIÇÕES GERAIS e GERENCIAMENTO DE RISCOS. Diário Oficial da República
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BARSANO, P. R.; Barbosa, R. P. Gestão Ambiental. São Paulo: Érica, 2014.
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ROCHA, Carolina; SOUZA, Bruna. Compreendendo a nova norma ISO 45001 e sua relação com a OHSAS
18001. XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO. 2019. Consultado na internet
em: 9 ago. 2021.
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Leia o artigo: Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional: fator crítico de sucesso à
implantação dos princípios do desenvolvimento sustentável nas organizações brasileiras.
CONTEUDISTA
Ronaldo Augusto Granha

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