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EXERCÍCIO AVALIATIVO12

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Literatura: Teoria e Metodologia de Ensino
EXERCÍCIO AVALIATIVO 12 - Rota 01 - 1,11pts
Questão 01
(ENEM/2018)
Eu sobrevivi do nada, do nada
Eu não existia
Não tinha uma existência
Não tinha uma matéria
Comecei existir com quinhentos milhões
e quinhentos mil anos
Logo de uma vez, já velha
Eu não nasci criança, nasci já velha
Depois é que eu virei criança
E agora continuei velha
Me transformei novamente numa velha
Voltei ao que eu era, uma velha.
PATROCÍNIO, S. In: MOSÉ, V. (Org) Reino dos bichos e dos animais é meu nome. Rio de Janeiro: Azougue, 2009.
Nesse poema de Stela do Patrocínio, a singularidade da expressão lírica manifesta-se na
a) associação de imagens desconexas, articuladas por uma fala delirante.
b) representação da infância, redimensionada no resgate da memória.
c) expressão autobiográfica, fundada no relato de experiências de alteridade.
d) transgressão à razão, ecoada na desconstrução de referências temporais.
e) incorporação de elementos fantásticos, explicitada por versos incoerentes.
Questão 02
(Enem 2019)
Um amor desse
Era 24 horas lado a lado
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
Coração batia acelerado
Bastava um olhar pra eu entender
Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais
Ah, só de lembrar do seu perfume
Que arrepio, que calafrio
Que o meu corpo sente
em que eu queira, eu te apago da minha mente
Ah, esse amor
Deixou marcas no meu corpo
Ah, esse amor
Só de pensar, eu grito, eu quase morro.
AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro. Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento).
Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a:
a) revelação da submissão da mulher à situação de violência, que muitas vezes a leva à morte.
b) ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher agredida, que continuamente pede socorro.
c) exploração de situação de duplo sentido, que mostra que atos de dominação e violência não configuram amor.
d) naturalização de situações opressivas, que fazem parte da vida de mulheres que vivem em uma sociedade patriarcal.
e) divulgação da importância de denunciar a violência doméstica, que atinge um grande número de mulheres no país.
Questão 03
(UNCISAL-2016)
SONETO 204 AO RAPPER
De cor, mulato, pardo, negro, preto.
O branco é simplesmente branco, e só.
Você quer mais respeito, não quer dó.
Quer ser um cidadão, não quer o gueto.
No Sul, no Pelourinho, no Soweto,
lutando contra o falso status quo
da máscara, a gravata e o paletó:
A letra é mais comprida que um soneto.
Seu canto já foi blues, quase balada;
Foi soul, foi funk e reggae; agora é bala
perdida em tiroteio de emboscada.
Xerife do xadrez, você não cala:
leva a periferia pra parada,
de sola entra no som da minha sala.
Acerca da estrutura métrica e rimática do poema acima, um soneto de autoria de Glauco Mattoso, pode-se afirmar a presença de
CLIQUE NA SUA RESPOSTA ABAIXO
a) versos alexandrinos, com esquema de rimas em ABAB CDCD EFG EFG.
b) versos em redondilhas maiores, com esquema de rimas em ABBA BAAB CDE CDE.
c) versos decassílabos, com esquema de rimas em ABBA BAAB CDC DCD.
d) versos em redondilhas menores, com esquema de rimas em ABBA CDDC EFG EFG.
e) versos decassílabos, com esquema de rimas em ABBA BAAB CDE CDE.
Questão 04
(UEL – Londrina)
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
Ferreira Gullar
Sobre o poema Não há vagas, de Ferreira Gullar, é correto afirmar:
a crítica política e a reflexão sobre a literatura presentes no poema configuram exceção na produção poética de Ferreira Gullar.
a) nota-se uma conjunção entre a reflexão sobre o fazer poético e a preocupação com a realidade social adversa.
b) ao ser aproximada de um ato lúdico como o fazer poesia, a crítica social é atenuada e perde força.
c) a ruptura com o verso tradicional situa o poema no contexto da primeira geração modernista.
d) trata-se de texto poético que destoa do conjunto da obra Toda poesia por utilizar redondilhas maiores e menores.
Questão 05
(ENEM/2013)
Meu povo, meu poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
Como cresce no fruto
A árvore nova
No povo meu poema vai nascendo
Como no canavial
Nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
Como o sol
Na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
Se reflete
Como espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
                FERREIRA GULLAR. Toda poesia. José Olympio: Rio de Janeiro, 2000.
O texto Meu povo, meu poema, de Ferreira Gullar, foi escrito na década de 1970. Nele, o diálogo com o contexto sociopolítico em que se insere expressa uma voz poética que
CLIQUE NA SUA RESPOSTA ABAIXO
a) afirma que a poesia depende do povo, mas esse nem sempre vê a importância daquela nas lutas de classe.
b) dilui a importância das contingências políticas e sociais na construção de seu universo poético.
c) reconhece, na identidade entre o povo e a poesia, uma etapa de seu fortalecimento humano e social.
d) associa o engajamento político à grandeza do fazer poético, fator de superação da alienação do povo.
e) precisa do povo para produzir seu texto, mas se esquiva de enfrentar as desigualdades sociais.
Questão 06
São características da poesia contemporânea:
a) modernização; anacronismo; hermetismo; poesia tradicionalista;
b) coletividade vanguardista; anacronismo; hermetismo; caráter plural;
c) caráter tradicional; coletividade vanguardista; anacronismo; hermetismo;
d) caráter plural; anacronismo; hermetismo; retomada de traços tradicionais.
e) retradicionalização; caráter coletivo; anacronismo; hermetismo;
Questão 07
(PUC – PR, adaptado) Leia os fragmentos abaixo, retirados do livro Muitas vozes (1999), de Ferreira Gullar, para responder à questão.
Meu poema
é um tumulto:
a fala
que nele fala
outras vozes
arrasta em alarido.
(...)
A água que ouviste
num soneto de Rilke
os ínfimos rumores no capim
o sabor
do hortelã
(…)
da manhã
tudo isso em ti
se deposita
e cala.
Até que de repente
um susto
ou uma ventania
(que o poema dispara)
chama
esses fósseis à fala.
Meu poema
é um tumulto, um alarido:
basta apurar o ouvido.
I. É um exemplo de metapoesia, um dos vários temas recorrentes nesta obra.
II. A intertextualidade surge como uma das muitas vozes presentes no poema.
III. Fósseis, no poema, é uma referência aos mortos do eu poético, que também são vozes do poema.
IV. Apurar o ouvido, no último verso, remete à percepção do material de que se compõe o poema.
V. Esse é um dos poucos poemas de Ferreira Gullar, nesta obra, em que a morte se faz presente.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) As assertivas I, II e V são verdadeiras.
b) As assertivas I, II, III, IV são verdadeiras.
c) Todas as assertivas são verdadeiras.
d) Somente a assertiva I é falsa.
e) Somente as assertivas I e IV são verdadeiras.
Questão 08
(Enem - 2010)
Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre sua relação com as pequenas e grandes cidades.
BICHO URBANO
Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia.Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1991.)
Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas.
Assinale a opção em que se observa esse recurso.
a) “suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto”
b) “A natureza me assusta / Com seus matos sombrios suas águas”
c) “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas”
d) “ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho”
e) “e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada.”

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