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TEXTO 
DISSERTATIVO -
ARGUMENTATIVO
Ensino Médio
DISSERTAR é um ato que desenvolvemos todos os dias, quando:
 
  procuramos justificativas:
para a elevação dos preços;
para o aumento da violência;
para os descasos com a Amazônia;
 estamos preocupados com:
os descasos com a Amazônia;
as guerras;
a AIDS;
a natureza: a poluição, os desmatamentos, o aquecimento global
Defendemos nossos pontos de vista em relação:
à nossa liberdade;
ao futebol;
à música;
ao aborto;
às injustiças sociais;
ao avanço da tecnologia;
à genética.
 Em suma, dissertação implica em discussão de ideias, argumentação, raciocínio, organização de pensamento, defesa de pontos de vista, descoberta de soluções. Significa refletir sobre nós mesmos ou sobre o mundo que nos cerca. 
O TEXTO DISSERTATIVO é aquele que expressa uma TESE (um ponto de vista) sobre determinado ASSUNTO, apoiada em dados, fatos (exemplos), fundamentações; enfim, em ARGUMENTOS (informações que comprovem sua tese).
Texto Expositivo Explicativo
Objetiva expor, explicar ou interpretar ideias.
Gêneros predominantes:
Capítulos de livros didáticos
Verbetes de dicionários
Enciclopédias
 Texto Argumentativo
Objetiva expor um ponto de vista, opinando ou persuadindo.
Gêneros predominantes:
Editorial
Artigo
Crítica
Monografia
Tese
Tipos de argumentos aos quais podemos recorrer:
Argumento com base em citação – citar uma frase ou pensamento de uma autoridade ou especialista no assunto.
 
 Dá credibilidade ao texto.
 
 Fornece informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos na área de pesquisa.
 Fornece exemplos de pontos de vista semelhantes ou divergentes sobre o assunto objeto de sua tese.
 
 citação direta
 Ao identificar o conceito de atividade, Leontiev, Especialista em Psicopedagogia, afirma que “por esse termo designamos apenas aqueles processos que, realizando as relações do homem com o mundo, satisfazem uma necessidade especial correspondente a ele”.
 citação indireta
 Ao identificar o conceito de atividade, Leontiev, Especialista em Psicopedagogia, afirma que “pelo termo mencionado é possível designar apenas aqueles processos que realizam as relações do homem com o mundo, e satisfazem uma necessidade especial correspondente ao mesmo”.
 Argumentos com base no senso comum
 
Fundamentam as ideias voltadas para princípios e valores que são reconhecidamente partilhados pela maioria das pessoas de uma sociedade.
Referem-se a conceitos considerados irrefutáveis, partilhados.
Argumentos com base em evidências
 
São aqueles fatos que comprovam a tese e confirmam crédito ao texto (dados, estatísticas, pesquisas, informações comprovadamente científicas).
 Argumentos com base no raciocínio lógico 
Estabelecem uma relação de causa e consequência, para que não se prejudiquem a sequência ordenada dos parágrafos nem o sentido geral do texto.
 Mantêm a coesão e coerência entre palavras e entre parágrafos.
ESTRUTURA
 Um texto dissertativo precisa ter uma estrutura bem organizada. Deve-se evitar:
jogar as ideias desordenadas no papel;
falta de uma linha de raciocínio (coerência);
não relacionar uma ideia com outra (coesão);
não provar (fundamentar) absolutamente nada.
Então, como seria um texto bem organizado?
Organiza-se em três partes:
INTRODUÇÃO –normalmente apresenta a ideia central que vai ser discutida, de modo que o leitor saiba de que o texto vai tratar, além de abordar a tese do autor. Corresponde, geralmente, a um parágrafo.
 Como começar um artigo de opinião?
- Deve-se ter preocupação fundamental com o tema oferecido, levando-se em conta que o parágrafo introdutório é o norteador de toda a estrutura dissertativa, aquele que carrega uma ideia nuclear a ser utilizada de maneira pertinente em todo o desenvolvimento do texto.
 
 - Existem diversas maneiras de se elaborar a introdução de um artigo de opinião. Mas o que veremos a seguir, vale ressaltar, são alguns modelos sugestivos, e não regras. 
DECLARAÇÃO INICIAL – abre-se o parágrafo com uma afirmação. É a forma mais comum de se desenvolver a introdução.
 “Política e televisão são duas instâncias da sociedade brasileira que parecem reunir o maior número de pessoas despreparadas e desqualificadas. É como se escolhessem a dedo as piores pessoas (com raras exceções) para legislar ou executar, animar shows de auditório ou de entrevistas.”
DEFINIÇÃO – quando se tem por objetivo conceituar algo (um processo, uma idéia, uma situação):
 
 "Violência é toda ação marginal que atinge o indivíduo de maneira irreversível: uma bala perdida ou intencional, um assalto, um amigo ou conhecido que perde a vida inesperadamente através de ações inomináveis...“
3. APRESENTANDO DADOS ESTATÍSTICOS:
 “Nas grandes cidades brasileiras, não existe sequer um indivíduo que não tenha sido vítima de violência: 48% das pessoas já foram molestadas, 31% tiveram algum bem pessoal furtado, 15% já se defrontaram com um assaltante dentro de casa, 2% presenciaram assalto a ônibus...“.
 4. INTERROGAÇÃO OU UMA SEQUÊNCIA DE INTERROGAÇÕES – é uma forma criativa de envolver e despertar a atenção do leitor, mas deve-se tomar cuidado com o número e o teor das interrogações: todas deverão ser respondidas pelo autor ao longo das fundamentações.
“É verdade que, depois da porta arrombada, uma tranca é sempre nela colocada? Foi pensando assim que o governo nomeou a procuradora aposentada Anadyr de Mendonça Rodrigues para comandar a Corregedoria Geral da União, que tem status de ministério, porque visa à apuração de todas as irregularidades cometidas no país." 
5. ALUSÃO HISTÓRICA– organiza-se uma trajetória que vá do passado ao presente, do presente para o passado, ao comparar social, histórica e geograficamente fatos, ações humanas, ideologias, etc.
 
 
 "Na Idade Média, no Renascimento ou até mesmo durante o Século das Luzes, a mulher esteve sempre à disposição da família, dos trabalhos domésticos e da criação dos filhos; somente no século XX ela ganha, ainda que não suficientemente, coragem para inserir-se no “mundo dos homens": pilota, dirige grandes empresas, constrói edifícios.“
 DESENVOLVIMENTO
É a parte encarregada pelo desdobramento da ideia central.
 Corresponde à exposição dos argumentos que comprovam o ponto de vista contido na introdução. 
Pode haver mais de um parágrafo, dependendo da fundamentação e da disponibilidade de espaço.
CONCLUSÃO: É o acabamento do texto, parte que arremata as ideias. E não deve ser iniciada abruptamente, assim como, também não pode ser acabada de súbito.
 
Pode funcionar de três maneiras:
Retomada da tese inicial, a fim de confirmá-la;
Resumo das ideias principais apresentadas e discutidas;
Sugestão de soluções para a resolução da problemática abordada.
A linguagem do texto dissertativo
A linguagem neste tipo de texto é denotativa, isto é, preocupada com a informação. Deve ser uma linguagem impessoal e objetiva, com emprego da forma culta e formal da língua.
 Isto não significa que não se pode usar recursos poéticos, históricos e recursos linguísticos. Todo enriquecimento do texto é importante. 
 
 A Argumentação nos textos dissertativos
 O que se faz num texto dissertativo é explicar o assunto, é discorrer sobre ele, é fazer uma exposição do tema.
 
Não se deve ter como única preocupação, persuadir o leitor, mas também passar as informações que se pretende - passar conhecimentos verdadeiros e, dessa forma, tornar –se convincente. 
 Argumentação nos textos dissertativos
 Diante do tema, o autor deve se posicionar acerca do assunto e, através dos seus argumentos, mostrar o seu conhecimento de mundo com clareza, apresentando domínio da língua;
Os conteúdos devem ser selecionados pelos seus valores reais e organizando-os de forma coesa, mantendo coerência entre os assuntos, os quais serão fechados na conclusão, completando assim, o ponto de vista inicial.
Após o término, releia seu texto observando se nele você se posiciona claramente sobre o tema; 
sea ideia é fundamentada em argumentos fortes e se estes estão bem desenvolvidos; 
se a linguagem está adequada ao gênero;
 se o texto apresenta título e se é convidativo;
 e por fim observe se o texto como um todo é persuasivo.
 
Quem expõe suas ideias deve, acima de tudo, tentar produzir textos com:
 Clareza 
 Concisão 
 Coerência e coesão 
 Elegância