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TEMA 21 - Consumo consciente em questão no Brasil

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PROENEM.COM.BR
REDAÇÃO
CONSUMO CONSCIENTE EM QUESTÃO NO BRASIL
PROENEM.COM.BR1
REDAÇÃO CONSUMO CONSCIENTE EM QUESTÃO NO BRASIL
IN
ST
R
U
ÇÃ
O A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos 
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita 
formal da língua portuguesa sobre o tema “Consumo consciente em questão no Brasil”, 
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize 
e relaci-one, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
Dia do consumo consciente alerta para produção e do consumo exagerados (fragmento)
O Dia do Consumo Consciente é celebrado no Brasil anualmente no dia 15 de outubro. A data foi criada 
pelo Ministério do Meio Ambiente em 2009. O objetivo é despertar a consciência dos cidadãos para os 
problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos resultantes dos padrões de produção e consumo 
insustentáveis praticados atualmente.
Além de buscar reduzir o consumo, o Dia do Consumo Consciente busca alertar para o fato de que 
um produto ou serviço deve minimizar o uso de recursos naturais, materiais tóxicos, diminuir a emissão 
de poluentes e a geração de resíduos. Exercer o consumo consciente é contribuir voluntariamente e 
solidariamente para a sustentabilidade e o futuro das próximas gerações. Assim cada um pode aumentar 
seus impactos positivos e diminuir os negativos que são causados pelo consumo exacerbado e inconsciente. 
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 12 diz: “Assegurar padrões de produção 
e de consumo sustentáveis”. Entre as metas estão a redução pela metade o desperdício de alimentos per 
capita mundial; alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos; e 
reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso; entre 
outros.
 (Disponível em: https://cebds.org/blog/dia-consumo-consciente/#.Xhpc88hKjIV)
TEXTO 2
Consumo consciente é um processo de corresponsabilidade
O conceito não se resume a consumir algo sustentável e/ou sem impacto negativo. Tem a ver com conhecer 
os efeitos do que estamos consumindo
Quinze de outubro foi dia do consumo consciente. E eu acho muito simbólico que esta data caia junto com 
o Dia do Professor, pois, para mim, consciência tem tudo a ver com informação, educação, conhecimento e 
principalmente com dar luz a determinado tema.
Sinto cada vez mais que as marcas e pessoas com conhecimento de causa precisam atuar na educação 
e disseminação de novas ideias. Mas se os tempos parecem difíceis para comemorar o dia do mestre, quem 
dirá o do consumo consciente [...].
Ainda há muita falta de informação. Quem tem algum conhecimento do assunto sabe que todo tipo de 
produção (digamos) convencional está ligada à devastação e exploração do meio ambiente e de muitas 
pessoas (desde quem faz até quem compra), e, por isso, comprar qualquer coisa gera um impacto no planeta 
– podendo este ser positivo ou negativo.
Uma das razões do consumo “inconsciente” – e também da criação, produção e comunicação inconsciente 
– é a falta de informação e conhecimento sobre tais impactos. Para piorar, vejo crescer o número de narrativas 
frágeis e falsas de sustentabilidade, que atuam como desserviço para quem de fato gostaria de consumir de 
forma mais consciente. E é aí que mora o perigo.
Como educador e escritor, nesta data senti vontade de compartilhar alguns aprendizados sobre o tema e 
que podem nos ajudar a fugir das armadilhas do mercado. Enquanto a consciência vem ganhando espaço na 
PROENEM.COM.BR2
REDAÇÃO CONSUMO CONSCIENTE EM QUESTÃO NO BRASIL
moda, comunicar uma parte pequena e isolada de novos processos e mudanças (sem que haja transformações 
sistêmicas) para posicionar marcas e produtos como “sustentáveis” tem sido a nova onda do mercado (fique 
atento, o nome disso é greenwashing).
Tenho compreendido que o consumo consciente não está relacionado exclusivamente a consumir algo 
“sustentável” e/ou que não gera impacto negativo. Tem a ver com conhecer os impactos do que estamos 
consumindo. Logo, o único caminho possível para estabelecer uma relação de consumo consciente é através 
do questionamento e da transparência. Ao invés de comunicar ações isoladas como algo que salva o mundo, é 
preciso comunicar os impactos e as metas de melhoria daquilo que se propõe a fazer.
O questionamento estimula as marcas a se aprofundarem em suas propostas. E se tudo causa um impacto 
é importante ter clareza para fazer escolhas e isso vem com a transparência e não com meias verdades. Então, 
ao ouvir por aí marcas comunicando consumo consciente (e outros memes relacionados), pergunte:
1) Marca Sustentável – O conceito de sustentabilidade está bastante desgastado e deturpado e muita 
gente nem sabe o que significa. A sustentabilidade, em sua essência, é uma utopia para os dias de hoje. Ser 
100% sustentável não existe ainda e por isso deve-se querer entender mais de quem se vende como “marca 
sustentável”. Sempre que ouço isso de uma marca procuro saber quais são as iniciativas em prática e noto se 
fazem parte de todo o processo (do início ao fim) e em todas as áreas da empresa. Somente se cumprir tudo 
no âmbito econômico, social, ambiental e cultural ela pode ser considerada sustentável – caso contrário é falta 
de conhecimento – ou má fé.
2) Reciclado – A reciclagem, seguindo os conceitos da economia circular (de que nada é lixo, tudo pode 
voltar ao ciclo produtivo), é sem dúvida um caminho promissor para a construção de uma nova lógica de 
produção que gere menos impacto negativo no planeta, afinal, se economiza recursos virgens. Porém, hoje, 
atuar na reciclagem sem considerar impactos sistêmicos não é o suficiente. Uma roupa “reciclada” feita a partir 
de plástico (podendo ser poliéster ou PET, por exemplo) causa impactos ambientais no pós consumo, como 
a liberação de microplásticos em processo de lavagem (que acabam virando comida de espécies marinhas e 
consequentemente de humanos que se alimentam de espécies marinhas), e quando descartadas demoram 
séculos para se decompor, gerando mais impacto negativo (por conta dos gases liberados durante o processo 
de apodrecimento). Ou seja, não é porque é reciclado que não gera impacto ambiental. Depende muito do que 
está sendo reciclado e em qual contexto está inserido. Avalie.
3) Reciclável – Ser “reciclável” também não é garantia de nada, pois a taxa de reciclagem no Brasil é 
irrisória, e reciclar roupas e acessórios por aqui ainda é um fato isolado (mesmo que cresça o número de 
marcas de bolsas e sapatos com esse discurso). É importante procurar entender se a marca se responsabiliza 
pela reciclagem de tais produtos recicláveis ou onde eles podem ser reciclados no Brasil (para onde deve-se 
destinar o produto quando quiser se desfazer). Se de fato eles voltam para o ciclo produtivo da marca, sendo 
usados como matéria prima para novos produtos, sem a necessidade de extrair novos recursos da natureza ou 
se existir uma cadeia de reciclagem estruturada faz sentido. Caso contrário, a marca só estará solucionando 
uma parte do problema.
4) Vegano – Com o crescimento do movimento de alimentação vegetariana e vegana, cresce o número 
de marcas de roupas e acessórios se posicionando como veganos (produtos sem nenhuma matéria prima de 
origem animal). Mas da mesma forma que a comida vegana não é sempre sinônimo de saúde, um produto 
vegano não é garantia de “sustentabilidade”, impacto zero ou preservação total da natureza. É importante 
entender qual é a alternativa ao produto de origem animal que está sendo proposto. Geralmente a substituição 
se dá por produtos que também causam muito impacto negativo no pré e no pós consumo, como couro 
sintético e o plástico. É importante observar e procurar entender os impactos destes produtos (na tentativa 
de salvar um boi e não fazer uma jaqueta de couro, tem marca propondo jaquetade plástico que prejudica 
espécies marinhas).
5) ODS – Tenho visto muitas marcas comunicando suas estratégias de sustentabilidade em cima dos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Mas são poucas que têm de fato estratégias, investimento 
e formas de medir e acompanhar resultados. Sempre que vejo um caso desses eu tenho vontade de perguntar: 
qual a estratégia contínua, a verba destinada a cada ODS e qual foi o resultado obtido no último ano, além 
da meta para os próximos anos. Se inspirar nas ODS é muito legal, mas é preciso haver seriedade para não 
descredibilizar o movimento.
6) Compensação – A filosofia do Capitalismo Consciente disseminou a ideia de que as empresas devem 
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REDAÇÃO CONSUMO CONSCIENTE EM QUESTÃO NO BRASIL
ajudar a curar algum problema do mundo. E que elas devem desejar ser prósperas desde que tenham um 
propósito e gerem algum valor para o planeta. Assim surgiu uma grande onda assistencialista de ações 
ambientais e sociais – como a compensação de carbono, plantação de árvores, doações de roupas e até mesmo 
comida – atreladas ao consumo. Tudo isso é bastante legal. Sendo feito de forma séria, contínua e responsável, 
gera impactos positivos para o planeta. Mas é importante procurar entender quais outras iniciativas ambientais 
e sociais são tomadas pela marca. Analisar se de fato existe uma intenção em rever os processos e minimizar 
impactos negativos no início da cadeia produtiva (cuidando de fato das pessoas ou planeta), caso contrário, 
serão apenas ações paliativas para aliviar a consciências de danos causados.
Não posso negar que existe muita gente (e marcas) se movimentando, tentando descobrir e experimentar 
novos caminhos. A busca pela sustentabilidade é uma longa jornada, que precisa começar de alguma forma. 
Muitas dessas iniciativas listadas acima podem sim ser genuínas, podem representar o início de um processo, 
uma transição. A intenção aqui não é invalidar quem está querendo melhorar e muito menos desconsiderar 
quem age de forma verdadeira.
Porém, é muito importante entender – e questionar para fazer as marcas entenderem – que a mudança 
precisa ser sistêmica, deve considerar os impactos dos processos como um todo. Cada escolha acima 
apresentada gera uma reação que precisa ser levada em conta. Toda iniciativa pode ter um lado positivo e 
negativo. O “consumo consciente” precisa deixar de ser vendido como algo que não gera impacto negativo, ou 
como algo que salva o mundo.
Ao comunicar suas iniciativas, uma marca precisa estar preparada para estes questionamentos. E as pessoas 
precisam se acostumar a questionar. Consumo consciente não é uma responsabilidade somente de quem faz 
ou de quem consome. É um processo de corresponsabilidade. Somente assim conseguiremos entender quem 
de fato está atuando para disseminar uma nova consciência e quem está apenas querendo surfar uma onda 
(cheia de peixes com microplásticos na barriga).
(Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/consumo-consciente-e-um-processo-de-corresponsabilidade/)
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