Legislação Trabalhista

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Legislação 
Trabalhista
E L E M E N TO S E S S E N C I A I S
D I R E I TO S E D E V E R E S
C O N T R ATO S D E T R A B A L H O
Trabalho e emprego
Trabalho – Todo esforço físico ou intelectual 
destinado a produzir algo
Emprego – Trabalho subordinado, não eventual, 
sob dependência e remuneração
Art. 3º da CLT: Considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
Pessoa Física - Pessoalidade
Não eventual - Habitualidade
Sob dependência - Subordinação
Mediante salário - Onerosidade
PESSOALIDADE
Ao contratar um empregador, a empresa analisa as 
qualificações e o trabalho a ser desenvolvido por 
essa pessoa. Por isso, é ela que deve exercer a 
atividade.
Não é permitido que o empregado se faça substituir 
por terceiro quando não puder comparecer no 
trabalho, pois descaracteriza a pessoalidade.
HABITUALIDADE
O contrato gera uma continuidade na prestação de 
serviço, o que mantém uma regularidade no 
desenvolvimento da atividade em benefício do 
empregador
A CLT não determina o período dos serviços 
prestados, podendo ser prestados todos os dias da 
semana, como também de forma semanal, quinzenal, 
mensal, desde que haja uma habitualidade, a 
depender do caso.
SUBORDINAÇÃO
A subordinação é a submissão às diretrizes do 
empregador, o qual determina o lugar, a forma, o 
modo e o tempo - dia e hora - da execução da 
atividade.
O empregado está sujeito às ordens do empregador.
ONEROSIDADE
Consiste no percebimento de remuneração em troca 
dos serviços prestados pelo empregado.
Para ser uma relação de emprego é fundamental que 
a atividade seja remunerada.
DIREITOS DO 
TRABALHADOR
Carteira assinada
Férias remuneradas
13º salário
Indenização por demissão sem justa causa
Vale-transporte
Seguro-desemprego
CARTEIRA ASSINADA
A assinatura da carteira de trabalho, nos caso previstos em lei, é obrigatória, 
independentemente de negociação entre empregador e colaborador.
Conforme artigo 29 da CLT, o empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para 
fazer as anotações na Carteira.
As anotações podem ser feitas por sistema manual, mecânico ou eletrônico.
Deve constar:
a. a data de admissão;
b. a remuneração;
c. as condições especiais, se houver.
FÉRIAS REMUNERADAS
Todo trabalhador com carteira assinada tem direito a férias.
O trabalhador adquire o direito após o período aquisitivo, de 12 meses.
Nos próximos 12 meses, chamado de período concessivo, deverá usufruir as férias.
Pode parcelar as férias em até 3 partes desde que:
A. uma parcela seja maior que 14 dias;
B. as demais sejam maiores que 5 dias.
12 meses para adquirir as férias 12 meses para usufruir das férias
13º SALÁRIO
Corresponde ao valor de um salário do colaborador.
Pode ser pago em duas parcelas:
A primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro; e a segunda até 20 de dezembro
A primeira parcela ser recebida por ocasião das férias, desde que solicitado por escrito.
O empregado dispensado por justa causa não tem direito ao 13° salário.
INDENIZAÇÃO POR DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA
Uma demissão sem justa causa da direito a indenização.
Deve contemplar:
1. Férias ainda não usufruídas;
2. Aviso prévio trabalhado ou indenizado;
3. 13º proporcional;
4. Multa de 40% do FGTS;
5. O último salário.
VALE-TRANSPORTE
Valor concedido pela empresa para o trabalhador se deslocar de casa até o local 
de trabalho
O empregador pode descontar, no máximo, 6% do salário de seu funcionário.
É recomendado que o pagamento seja realizado de forma separada do salário.
SEGURO-DESEMPREGO
Tem direito o trabalhador desempregado de forma involuntária, ou seja, quando é 
dispensado pelo patrão.
DEVERES DO 
TRABALHADOR
ACATAR E 
CUMPRIR AS 
DIRETRIZES DO 
EMPREGADOR;
FAZER OS 
EXAMES 
MÉDICOS 
OBRIGATÓRIOS;
SER ÉTICO; MANTER LIMPO 
OS AMBIENTES 
QUE UTILIZAR;
RESPEITAR 
CHEFES E 
COLEGAS;
SER PONTUAL E 
ASSÍDUO (NÃO 
FALTAR DE FORMA 
INJUSTIFICADA);
USAR AS MEDIDAS 
DE SEGURANÇA E 
OS EQUIPAMENTOS 
DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL;
ZELAR PELA 
INTEGRIDADE DO 
MATERIAL DE 
TRABALHO.
CONTRATOS DE 
TRABALHO
A escolha do contrato correto garante que a empresa se 
mantenha de acordo com a legislação, evitando problemas 
relacionados a questões trabalhistas.
Esse cuidado garante que ambos os lados – empregador e 
empregado – tenham plena consciência de seus direitos e 
deveres durante o período da relação de trabalho.
CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO
É o mais tradicional.
Não há um prazo final para as atividades.
Fica a critério da empresa e do colaborador dar fim ao contrato, sendo necessário 
um aviso prévio em caso de rescisão.
Pode ser feito um acordo entre a empresa e o trabalhador. Assim, o empregador 
pagará metade do aviso prévio e metade da multa sobre o FGTS.
CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO
Deve ter data de início e final
Não pode ultrapassar dois anos, no total.
A validade desse contrato é baseada em três hipóteses, segundo o artigo 443, §2º da 
CLT:
a) serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) atividades empresariais de caráter transitório;
c) contrato de experiência.
Não tem direito a aviso prévio, nem à multa de 40% do FGTS ou seguro-desemprego.
CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO
Também consta data de início e fim. Porém é voltado para atividades por um 
período mais reduzido.
O tempo máximo é de 120 dias, consecutivos ou não.
Pode ser estendido uma única vez, pelo mesmo período.
Deverá registrar as condições na CTPS e terá os mesmo direitos do regime por prazo 
indeterminado.
CONTRATO DE TRABALHO AUTÔNOMO
Art. 442-B da CLT - A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as 
formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a 
qualidade de empregado
O profissional autônomo não tem vínculo com a empresa;
A carteira não é assinada;
Não há subordinação jurídica;
Não pode exigir exclusividade.
O pagamento é feito através da emissão de Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA)
Não tem acesso aos direitos trabalhistas da CLT, mas tem aos benefícios do INSS
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
É parecido com o contrato de autônomo, a diferença é que o profissional em questão 
é pessoa jurídica, ou seja, apresenta CNPJ.
Regulamentado como Microempreendor Individual (MEI), o pagamento se dá por 
meio da emissão de nota fiscal.
A contribuição ao governo fica por conta do prestador de serviços, sendo realizado 
através do Simples Nacional.
Garante acesso aos benefícios básico do INSS.
CONTRATO DE TRABALHO TERCEIRIZADO
É firmado entre duas empresas.
A atividade da empresa que contrata é repassada para a responsabilidade de uma 
empresa contratada, especializada em determinada área.
O vínculo do trabalhador é com a empresa contratada e não tem prazo 
determinado.
CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
Também possui jornada de trabalho esporádica e a remuneração é de acordo com o 
período da prestação de serviços.
O valor da hora de trabalho não pode ser inferior ao de um funcionário que exerça 
a mesmo função.
Tem direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais.
Não pode exigir exclusividade em períodos de inatividade.
CONTRATO DE TRABALHO PARCIAL
Conta com jornada reduzida
Limite de: 30 horas semanais, sem horas extras
26 horas semanais, com até seis horas extras semanais
Férias de trinta dias
Podem receber um terço em forma de pagamento
HOME-OFFICE
Trazido pela reforma trabalhista
Destinado ao profissional que atuará prioritariamente fora das dependências da 
empresa, podendo comparecer esporadicamente.
As atividades desempenhadas e os equipamentos de trabalho devem constar em 
acordo
CONTRATO DE ESTÁGIO
Destinado a estudantes que buscam aprimorar alguma habilidade profissional.
Não pode ultrapassar 30 horas semanais
Em período superior a um ano, tem direito aos 30 dias de férias.