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MUDANÇA DE PESO CORPORAL E UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE TELA NA SAÚDE DE ADULTOS DO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE 2018 E 2023.
Professora na correção passada, a primeira observação foi: COLOCAR OS RESULTADOS ANTES PARA A CORREÇÃO, porem fiquei em fiquei em dúvida se era só as tabelas ou o resultado escrito, então fazemos assim, a SRA corrige essa discursão, e na próxima vez coloco o resultado junto com a discursão. OBRIGADOO!!! 
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Discursão
Os resultados da pesquisa indicam que seguindo a tendência global, houve um aumento nas taxas de obesidade nas capitais do nordeste brasileiro entre os anos de 2018 e 2023, com destaque para Aracaju, Fortaleza e Salvador que apresentaram os maiores índices de adultos com obesidade. Entender os resultados é desafiador, assim como compreender os elementos que influenciam no aumento ou redução da obesidade. A obesidade é causada por fatores comportamentais, socioeconômicos e ambientais (Smith; Smith, 2016)
 Observa-se um crescimento acelerado da obesidade, o qual é atribuído a diversos aspectos do ambiente que dificultam a adoção de hábitos de vida saudáveis (Silva et al., 2019). De acordo com a World Obesity Federation (2024) o excesso de peso e a obesidade são influenciados por diversos fatores. Alguns deles: excesso do consumo de açúcar e adoçantes, aumento anual da urbanização e a proporção de adultos que praticam atividade física insuficiente.
A relação do açúcar com a obesidade pode ser explicada no seu processo de metabolização, uma vez que o carboidrato (açúcar) é a principal fonte de energia para o corpo. Dessa forma, um consumo excessivo de calorias extras ou de calorias vazias pode levar a um aumento na probabilidade do desenvolvimento da obesidade (Rippe, 2016).
Importante atenção deve ser dada aos alimentos ultraprocessados uma vez que o consumo destes alimentos apresentou associação com a alta densidade energética e ao teor de gorduras saturadas e trans, açúcar livre contribuindo assim para aumento do número de adultos obesos ( Louzada et al. 2015).
A prevalência da obesidade é maior pode ser explicada em parte pelo estilo de vida, com cargas horárias de trabalho extensas, maiores taxas de sedentarismo e a facilidade em substituir refeições por fast foods, sendo esses fatores contribuintes para o desenvolvimento de doenças. (Martins, et al., 2021). FALTA ref NÃO ESQUECER.
O crescimento das economias e das sociedades está intimamente associado a uma proporção crescente da população que vive com um IMC elevado (Federação Mundial da obesidade, 2021). De fato, as mudanças no estilo de vida das populações ocidentais que possuem acesso facilitado a tecnologia têm acarretado enormes prejuízos à saúde. O menor gasto energético devido ao maior tempo despendido em atividades sedentárias está diretamente relacionado ao aumento da obesidade (Christofoletti et al., 2020). 
Atividades como o uso de dispositivos eletrônicos com telas, como TVs, computadores, tablets e Smartphones, promovem comportamentos sedentários (garcía-soidán et al., 2020). Segundo Gray et al. (2018), a inatividade física é a contribuição primária para a epidemia da obesidade (Gray et al, 2018)
Paralelo a isso foi observado no estudo uma diminuição do tempo de tela por adultos do nordeste brasileiro no período estudado. Com exceção do primeiro ano do período da pandemia do Covid-19, em 2023 observa-se uma queda significativa, com percentuais abaixo dos 30% em algumas capitais, sugerindo uma possível mudança de comportamento. Callou Filho et al. (2022) afirma que a pandemia pela Covid-19 trouxe um aumento significativo do uso da internet, consequentemente do smartphone. O uso da tela tornou-se essencial para sobrevivência (Callou Filho et al., 2022).
Um dos motivos do aumento no uso de telas é devido a redução de atividade física e aumento do sedentarismo em decorrência das restrições sociais impostas pela pandemia, com mais tempo passado em casa e menos oportunidade para exercitar ao ar livre ou em instalações esportivas, as pessoas recorreram cada vez mais ao uso de telas para entretenimento e trabalho (Peçanha et al. 2020). 
De acordo com o Ministério da Saúde, Brasil (2021), destacou, por meio de todas essas mudanças geradas devido ao coronavírus, a população se adaptou ao novo modelo proposto, dessa forma houve um incremento significativo no uso das telas em todos os setores. Os atendimentos não emergenciais aderiram a telemedicina, as aulas nas instituições passaram a ser transmitidas pelo método remoto assim como uma maior implementação do uso de home office, tendo em vista não paralisar de maneira drástica o mundo real.
Como consequência dessa maior exposição as telas , a FIOCRUZ afirma que a população apresentou sintomas associados à ansiedade, depressão e síndrome do estresse pós-traumático, tais como, preocupação excessiva, tristeza e estado de alerta e pânico com medo de acontecer algo consigo mesmo ou com o outro (PIZZINATO et al., 2020).
Assim a rápida propagação de informações que é foi fornecida através das telas relatando a sua gravidade e a incerteza do período de duração da pandemia foram consideras como fatores de risco à saúde mental da população (American Psychological Association, 2020).
Além disso, o markeing digital nas mídias sociais tornou-se cada vez mais presente, as redes sociais foram usadas como meio de publicidade para a indústria como meio de divulgação dos seus produtos, adultos estão mais expostos a essa publicidade. É inegável que a internet mudou radicalmente a forma como as pessoas vivem, e claro, consomem (Molenaar, 2021).( professora eu sei que esse paragrafo ta meio desconectado do outro, porem eu achei ele interessante pra usar também, então deixei ele aqui para usar futuramente)
 
Referências
Smith, K.B.; Smith, M.S. Obesity statistics. Prim Care Clin Office Pract. Vol. 43. p.121-135. 2016.
Silva, F.M.O.; Novaes, T.G.; Ribeiro, A.Q.; Longo, G.Z.; Pessoa, M.C. Fatores ambientais associados à obesidade em população adulta de um município brasileiro de médio porte. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro. Vol. 35. Num. 5. 2019.
World Obesity Federation. (2024). Global Obesity Report 2024.
RIPPE, J; ANGELOPOULOS, T. Sugars, obesity, and cardiovascular, disease: results from recente randomized control trials. European Journalof Nutrition. 55, 45-53, nov. 2,2016.
Louzada MLC, Martins APB, Canella DS, Baraldi LG, Levy RB, Claro M, Moubarac JC, Cannon G, Monteiro CA. Alimentos ultraprocessados e perfil nutricional da dieta no Brasil. Rev Saude Publica 2015
Christofoletti, Marina; DEL DUCA, Giovani Firpo; DA SILVA, Kelly Samara; MENEGHINI, Vandrize; MALTA, Deborah de Carvalho. Physical inactivity, television time and chronic diseases in Brazilian adults and older adults. Health Promotion International, 2020.
GARCÍA-SOIDÁN, Jose L.; LEIRÓS-RODRÍGUEZ, Raquel; ROMO- PÉREZ, Vicente; ARUFE-GIRÁLDEZ, Víctor. Evolution of the Habits of Physical Activity and Television Viewing in Spanish Children and Pre-Adolescents between 1997 and 2017. International Journal of Environmental Research and Public Health, [S. l.], v. 17, n. 18, p. 6836, 2020.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), (2020).
Callou Filho, C. R., de Lima, E. L.. M. C, Silva, F. T. O., da Costa Silva, J. E., Pinheiro, T. F. D., Regis, V. B. H. (2022). Ensaio teórico acerca dos danos físicos provocados pelo uso excessivo do smartphone e as implicações advindas da pandemia da covid-19. Conexão Com Ciência, 2, 1-8.
MOLENAAR, Annika et al. Effects of advertising: A qualitative analysis of young adults’ engagement with social media about food. Nutrients, v. 13, n. 6, 2021.
Gray, Christine et all. 2018. The association between physical inactivity and obesity is modified by five domains of environmental quality in U.S. adults: A cross-sectional study. PLoS One. 2018
Peçanha T, Goessler KF, Roschel H, Gualano B. Social isolation during the COVID-19 pandemic can increase physical inactivity and the global burden of cardiovascular disease. AmJ Physiol Heart Circ Physiol . 2020 Jun
PIZZINATO, Adolfo et al. Recomendações e orientações em saúde mental e Atenção psicossocial na COVID-19. Ministério da Saúde –FIOCRUZ, 2020.
American Psychological Association. (2020). Publication manual of the American Psychological Association, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde, 2021
Martins. K. P. dos S., Santos, V. G. dos, Leandro, B. B. da S., & Oliveira. O. M. A. de. (2021).

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