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Aula 03
CNU (Bloco Temático 8 - Nível
Intermediário) Realidade Brasileira (Item
1) - 2024 (Pós-Edital)
Autor:
Alessandra Lopes
07 de Fevereiro de 2024
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Sumário 
1. Era Vargas - Introdução ............................................................................................................................. 2 
1.1 - O Governo Provisório de 1930 a 1934 ........................................................................................... 4 
1.1.1 - Revolução Constitucionalista de 1932 .................................................................................... 8 
1.2 - O Governo Constitucional de 1934 a 1937 ................................................................................. 12 
1.3 - O Estado Novo (1937-1945) ........................................................................................................... 17 
1.4 - O Brasil na 2ª Guerra Mundial e o fim do Estado Novo ........................................................ 22 
1.5 – Desfecho da Era Vargas .............................................................................................................. 25 
Lista de Questões .......................................................................................................................................... 28 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 43 
Questões comentadas.................................................................................................................................. 43 
Considerações Finais .................................................................................................................................... 74 
 
Olá, queridos, alunos e alunas, 
Sejam bem-vindos e bem-vindas a mais uma aula. É sempre um grande prazer compartilhar com vocês nosso 
trabalho e participar dessa batalha dura e constante na luta pela conquista da sua vaga na Universidade. 
 Esta é a segunda aula sobre Brasil Republicano. Falaremos sobre A Era Vargas (1930-1945) . Quero dizer 
que esse assunto é muito importante para sua prova. Era Vargas tem muita cobrança, assim como a 
participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial. 
Não me canso de afirmar: para você, toda questão de história é imperdível! Você precisa estar preparado 
para TUDO! Não esquece: “o segrego do sucesso é a constância no objetivo”. Vamos seguir juntos! 
 
 
 
1930
1945
Alessandra Lopes
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1. ERA VARGAS - INTRODUÇÃO 
O ano de 1930 é um grande marco na História do Brasil. Essa data representa o fim da República 
Oligárquica e a ascensão de Getúlio Vargas, o que deu origem ao que os historiadores chamam de Era 
Vargas, pois ele assume em 1930 e sai em 1945. Vimos, no final da aula passada, o processo que colocou 
Vargas no poder. 
Esses 15 anos da História do Brasil tem uma importância fundamental para a formação do Estado 
Nacional Brasileiro, sobretudo, porque foi um momento de quebra da velha forma patrimonialista de se 
governar. 
Patrimonialismo é o uso, pelos governantes de diversas esferas de poder) dos bens 
públicos para uso e beneficiamento privado e familiar, ou seja, é como se o patrimônio 
público fosse da família. É parte disso, nomear pessoas e amigos próximos para cargos 
públicos a fim de tirar vantagens pessoais. Assim, os interesses pessoais estão acima de 
qualquer comportamento impessoal, moral, republicano e nacionalista. No Brasil, tanto 
durante o Império quanto na 1ª. República, a forma de governar no Brasil foi 
predominantemente patrimonialista. 
Outras concepções políticas e econômicas foram desenhadas e, em certa medida, implementadas. Do ponto 
de vista político, na prática, isso significou a edificação das instituições propriamente republicanas e 
estatais. 
Além disso, a concepção de “nacionalização da economia”, ou o nacional-desenvolvimentismo, 
também impulsionou a transformação das estruturas econômicas do país. 
Assim, podemos afirmar que a Era Vargas abriu caminho para que o Brasil passasse de um 
país agroexportador governado oligarquicamente por partidos regionais para um país 
urbano-industrial com instituições político-administrativas de abrangência nacional. 
Ainda nesse processo, e não menos importante, é possível identificar que o povo passou à cena 
política. Quer seja como ator de lutas políticas características de sociedades urbano-industriais, quer seja 
como beneficiário de leis que garantiram direitos sociais e políticos (como as leis trabalhistas). 
O trabalhismo, como ideologia e valor, conseguiu estabelecer uma ponte entre os trabalhadores e 
seus patrões tendo o Estado como mediador desses conflitos. O Varguismo incorporou as demandas, as falas 
e as simbologias da classe trabalhadora e alçou o povo à condição de sujeito – nem sempre ativo, algumas 
vezes, submisso, mas sempre “recebidos” e “ouvidos”, ainda que fosse sob mediação dos sindicatos 
varguistas. 
 Depois de Vargas, nunca mais foi possível às elites políticas fazerem políticas sem se dirigirem às 
massas populares, ainda que fosse para excluí-las no momento seguinte. Muitas lideranças, inclusive, 
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receberam a alcunha de populistas. Mas uma coisa é fato: Vargas tornou-se o presidente mais popular da 
história do país. E junto com ele, suas concepções e programas: o nacional-desenvolvimentismo, o 
trabalhismo e a ideia de uma Estado Nacional forte, investidor e interventor. 
O nacionalismo, a ideia de um Brasil grande e soberano e, sobretudo, que não dependesse de 
capitais e grupos estrangeiros marcou diversas gerações. Basta lembrar que até hoje a opinião pública é 
majoritariamente contraria à privatização da Petrobrás1 – construída pela ação política de Vargas lá nos anos 
de 1953. Justamente por isso, os governos que seguiram à Era Vargas, de uma forma ou de outra, 
dialogavam, apoiavam, criticavam ou negavam a “arquitetura política econômica e social” desenvolvida 
durante a era Vargas. 
Tendo essa trajetória em mente, vejamos o desenrolar dos fatos. Muita atenção, corujas! 
 
Para fins didáticos e de prova, a Era Vargas pode ser dividida em 3 fases: 
 
1 A privatização da Petrobras, também considerada pelo governo, enfrenta maior oposição: 65% são 
contra a venda da empresa, e 27%, a favor. Há ainda 1% indiferente ao tema, e 7% que não opinaram. 
Nenhum segmento endossa majoritariamente a venda da petrolífera, com exceção dos simpatizantes do 
PSL - 55% são a favor da privatização. Entre empresários, por exemplo, 59% são contra. Na parcela dos 
mais ricos, o índice de opositores à negociação também é de 59%. Entre eleitores de Bolsonaro, 56% 
são contra, e entre aqueles que aprovam seu governo esse índice fica em 52% (e 40% a favor). Pesquisa 
DataFolha de 10/09/2019. Disponível em 10/09/2019 
http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2019/09/1988408-maioria-segue-contra-
privatizacoes.shtml. 
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1.1 - O Governo Provisório de 1930 a 1934 
Chama-se de Governo Provisório porque, logo após a Revolução, conforme o próprio nome 
diz, foi preciso criar um grupo que governaria provisoriamente até que fosse escolhido um 
governo oficial e permanente. 
Nesse começo, foi preciso fazer uma série de articulações entre as forças políticas que fizeram a 
Revolução de 1930 para se acomodar todosos interesses e clamor por mudanças. Nesse sentido, a chegada 
de Vargas ao poder provocou a primeira modificação no panorama político brasileiro: o poder precisou ser 
dividido entre todos a forças sociais que apoiaram Vargas. 
A oligarquia cafeeira, derrotada no processo revolucionário de 1930, deixou de dominar sozinha as 
decisões políticas do país. Porém, o fato de ainda persistirem grandes disputas políticas, pois eram muitos 
interesses em jogo, fez com que Vargas fortalecesse seu poder pessoal. 
Getúlio era o líder que se sobressaia, se destacava, dos conflitos políticos, econômicos e sociais e 
aparecia como a figura que colocaria “ordem na casa” porque estaria acima dessas disputas entre grupos 
de interesses diferentes. 
 Que tipo de conflitos? 
Já vimos que havia uma crise na elite política do país: oligarquia cafeeira versus oligarquia dissidente. 
Além dessa crise, outros três conflitos existentes contribuíram para a situação tensa da década de 1930: 
• Luta de classes: o operariado urbano vinha protestando contra as péssimas condições de trabalho, a 
falta de leis trabalhistas e os abusos dos patrões. Do outro lado, os industriais faziam pouco para 
melhorar a qualidade de vida de seus empregados. Eram comuns jornadas de trabalho de 15/16 
horas, crianças trabalharem nas fábricas, salários baixíssimos, entre outros. 
• Governo 
Provisório
1930 a 1934
• Governo 
Constitucional
1934 a 1937
• Estado Novo -
fase ditatorial 
de Getúlio 
Vargas
1937 a 1945
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Essa situação levava os trabalhadores a fazerem inúmeras greves e paralisações. Como muitos 
sindicatos apoiaram Getúlio e a Revolução de 1930, eles passaram a cobrar leis trabalhistas. O 
movimento dos trabalhadores também estava influenciado por ideias anarquistas e socialistas, as 
quais defendiam, em linhas gerais, mais justiça social. 
• Luta entre os Militares: havia um “racha” nas forças armadas brasileiras. Um conflito iniciado por 
oficiais de baixa patente, conhecido como tenentismo. Desde a década de 1920, na figura de Luiz 
Carlos Prestes, os tenentes cobravam e lutavam por mudanças no sistema político e econômico 
brasileiro. Eles combatiam a República Oligárquica e os militares que a apoiavam. 
Dessa forma, o tenentismo acabou se enfrentando com os militares de alta patente – inclusive, 
muitos deles não apoiaram a revolução de 1930. Como os tenentes apoiaram Getúlio, também 
cobraram soluções rápidas para suas reivindicações e para as diferenças no interior do exército; 
• Lutas partidárias: muitos partidos, como o Partido Democrático e o Partido Republicano Paulista, 
apoiaram o início do governo de Getúlio e, por isso, cobram mais espaços em cargos no Governo 
Provisório. Mas, repare que nesse período, os partidos eram organizados tanto regionalmente, 
quanto nacionalmente. Então, havia um determinado partido regional em São Paulo, outro na Bahia, 
outro no Paraná e assim por diante. Ou seja, muitos interesses em jogo. 
 
Diante desses conflitos, Vargas assume a postura de um conciliador. Nesse primeiro momento de seu 
Governo, Getúlio objetiva conciliar os interesses. Dessa postura, surgiu uma das formas com que Getúlio 
Vargas entrou para a História: o Pacificador Social. Essa característica de governar de Vargas fazia parte de 
uma estratégia de permanência no poder. 
De acordo com duas historiadoras do assunto, 
“Ele tinha um plano de poder, pretendia continuar onde estava e, para isso, conduzia a política 
quase como um negócio; seguia as próprias regras e realizava combinações políticas 
aparentemente improváveis, mas que lhe serviam para manter o mando. Seus expedientes mais 
comuns incluíam distribuir vantagens e compensações, procrastinar soluções definitivas até que o 
tempo lhe oferecesse a ocasião propícia para decidir e equilibrar-se como árbitro das disputas na 
coalizão de forças que sustentavam seu governo.”2 
 
Vejamos algumas atuações de Vargas: 
Aos trabalhadores urbanos grevistas, chamados pela elite de “agitadores”, Vargas apelou para que 
ajudassem na construção do Governo Provisório. Em troca, o novo Presidente acenou com a possibilidade 
de criar leis favoráveis aos trabalhadores. Em 1932, por exemplo, foi feita a lei que limitou a jornada de 
 
2 SCHWARCZ, Lilia M. STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras. 2018, 
p. 363. 
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trabalho diária dos trabalhadores urbanos em 8 horas diárias e 44 semanais. Repare, essa lei só valeu para 
os trabalhadores urbanos. 
Já no que diz respeito aos conflitos na elite do país, Vargas chamou para o Governo Provisório as antigas 
forças agroexportadoras do café, os paulistas. Isso porque, para ele, só seria possível iniciar mudanças no 
país se o setor mais poderoso economicamente apoiasse o novo Governo. Para conciliar os interesses dos 
cafeicultores com os do Governo Provisório, Vargas lançou uma política de defesa do café. Lembro-lhe que 
a economia cafeeira estava em crise após a Grande Depressão de 1929. 
De fato, a valorização do café por Vargas atraiu a oligarquia paulista. Por meio do então criado Conselho 
Nacional do Café (CNC), o Governo Provisório promoveu a compra e estocagem do produto. Isso ajudou os 
cafeicultores e, ao mesmo, tempo ajudou a controlar a inflação. Mas essa política durou pouco e o benefício 
para a economia passou rápido. 
Além disso, uma das consequências da estocagem do café foi que o volume de grãos acumulados em 
armazéns foi enorme. Em 1931 o Governo precisou queimar (colocar fogo mesmo) muitos estoques de café. 
Até para ajudar a mover as locomotivas de trem o café foi utilizado. 
Agora, veja a articulação de Vargas ao aproximar os fazendeiros paulistas. Vargas precisava estimular a 
economia e, para isso, não podia abrir mão dos recursos financeiros que os cafeicultores proporcionavam. 
No horizonte de médio prazo do Governo Provisório estava o processo de industrialização do Brasil. 
Como assim professora? Você poderia me perguntar. 
Veja aluno e aluna: sem exportar café, em função da crise de 1929, o Brasil ficou sem dinheiro para comprar 
produtos industrializados de fora. Aquele mesmo processo de que falei mais acima sobre a construção das 
primeiras indústrias no contexto da 1ª Guerra Mundial, voltou a ser estimulado. 
Assim, o governo estimulou um processo de substituição de importações. Mas, com Vargas, foi algo mais 
grandioso, pois, ou se construíam e ampliavam indústrias, ou o Brasil não iria decolar. Não havia mais o que 
vender para o exterior em termos de produtos agrícolas. Entendeu? 
Por isso, entre 1933 e 1939, a indústria brasileira passou por um crescimento expressivo. O setor têxtil e de 
produção de alimentos cresceu. A participação do Estado foi decisiva para estimular impulsionar esse 
processo. 
 
A década de 1930 no Brasil, início da Era Vargas durante o Governo 
Provisório, inaugurou o modelo de INDUSTRIALIZAÇÃO POR 
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES. O Estado foi decisivo para 
organizar e estimular o crescimento da indústria brasileira. O MODELO ERA O NACIONAL-
DESENVOLVIMENTISMO, ou seja, desenvolver a indústria brasileira com recursos e 
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matéria-prima brasileiras e com capital brasileiro. Ou seja, criar uma verdadeira indústria 
genuinamente nacional. 
Com isso, os nacionais-desenvolvimentista imaginavam que o Brasil transformar-se-ia em 
uma potência autônoma e independente economicamente.(FCC – Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul – 2018) 
Uma das características do processo brasileiro de industrialização, durante a década de 1930, foi 
a) a implantação de uma rede ferroviária comercial, notadamente, ligando a cidade de Santos, no 
litoral paulista, ao interior do estado. 
b) o crescimento pela ampliação da utilização da capacidade instalada, pressionada por uma 
relativa ampliação da demanda, causada pela combinação de aumento do trabalho urbano 
assalariado mais inflação moderada, mas constante. 
c) a consolidação de um setor de produção de bens de capital. 
d) o rápido afluxo de pessoas do meio rural para a constituição dos centros urbanos brasileiros, 
promovendo a inversão dos percentuais de distribuição de população entre campo e cidade. 
e) a descentralização territorial deste processo, com importantes manifestações nas diferentes 
regiões brasileiras, e consequente regionalização equitativa do produto industrial. 
Comentários: 
A década de 1930 é considerada um marco importante no processo de industrialização brasileira. 
A crise de 1929, que afetou a economia mundial, provocou uma queda nas importações brasileiras, 
o que levou o governo a incentivar a produção industrial nacional. Além disso, a Revolução de 
1930, que colocou Getúlio Vargas no poder, também contribuiu para o processo de 
industrialização, com a adoção de políticas de incentivo à indústria nacional. 
(a) - INCORRETA 
A implantação de uma rede ferroviária comercial, notadamente, ligando a cidade de Santos, no 
litoral paulista, ao interior do estado, foi uma importante obra de infraestrutura realizada no Brasil 
no século XIX. Essa obra foi fundamental para o desenvolvimento econômico do país, facilitando 
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o transporte de mercadorias e pessoas entre o litoral e o interior. No entanto, ela não foi uma 
característica do processo de industrialização da década de 1930. 
( b) - CORRETA 
O crescimento pela ampliação da utilização da capacidade instalada, pressionada por uma relativa 
ampliação da demanda, causada pela combinação de aumento do trabalho urbano assalariado 
mais inflação moderada, mas constante, foi uma das características do processo de industrialização 
da década de 1930. A crise de 1929 provocou uma queda nas importações brasileiras, o que levou 
o governo a incentivar a produção industrial nacional. Além disso, a Revolução de 1930, que 
colocou Getúlio Vargas no poder, também contribuiu para o processo de industrialização, com a 
adoção de políticas de incentivo à indústria nacional. Essas políticas, como o Plano Nacional de 
Obras Públicas (1934-1937) e o Decreto-Lei nº 2.848, de 1937, que criou a Lei de Proteção à 
Indústria Nacional, contribuíram para o aumento da demanda por produtos industrializados, o 
que, por sua vez, pressionou as indústrias a ampliar sua capacidade instalada. 
(c) - INCORRETA 
A consolidação de um setor de produção de bens de capital foi uma característica do processo de 
industrialização brasileiro a partir da década de 1950, com a adoção do Plano de Metas (1956-
1961). Na década de 1930, o foco da industrialização brasileira ainda estava na produção de bens 
de consumo. 
(d) - INCORRETA 
O rápido afluxo de pessoas do meio rural para a constituição dos centros urbanos brasileiros, 
promovendo a inversão dos percentuais de distribuição de população entre campo e cidade, 
também foi uma característica do processo de industrialização brasileiro a partir da década de 
1950. Na década de 1930, ainda não havia um processo de urbanização significativo no Brasil. 
(e) - INCORRETA 
A descentralização territorial deste processo, com importantes manifestações nas diferentes 
regiões brasileiras, e consequente regionalização equitativa do produto industrial, foi uma 
característica do processo de industrialização brasileiro a partir da década de 1970. Na década de 
1930, a industrialização brasileira ainda estava concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país. 
Gabarito: B 
1.1.1 - Revolução Constitucionalista de 1932 
Apesar de Vargas ter apoiado os cafeicultores paulistas, havia um risco de eles serem fortalecidos 
novamente e querem tomar o poder de volta das mãos dos revolucionários de 1930. Afinal, a derrota era 
recente e os ânimos ainda estavam quentes. 
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Ocorreu que Vagas nomeou para governar o Estado de São Paulo o pernambucano e tenentista João 
Alberto. A ação desagradou os fazendeiros paulistas, pois como seria possível a elite do país ficar sob o 
comando de um pernambucano e ainda mais de baixa patente? Foi um desaforo para a oligarquia paulista. 
Vargas também tirou dos paulistas o controle das exportações do café. Vocês sentem um cheiro de conflito?? 
Para tentar amenizar a relação entre paulistas e Governo Provisório, Vargas fez outra nomeação. 
Contudo, a elite paulista não queria nada de Provisório, os paulistas queriam mesmo era reestabelecer um 
Governo com uma Constituição definitiva que garantisse liberdade política e administrativa aos Estados. 
Isso porque, sob uma situação de estabilidade do país, tanto a elite econômica cafeeira quanto os partidos 
de São Paulo poderiam voltar ao protagonismo das decisões políticas e econômicas do Brasil. Ninguém queria 
a centralização do poder em apenas uma pessoa. 
Nesse cenário tenso, o Partido Democrático (PD) rompeu com Vargas e, juntamente com o Partido 
Republicano Paulista (PRP), formou a Frente Única Paulista. Essa frente fez duas exigências ao Governo 
Provisório: 
 Queria um interventor político paulista para comandar o Estado de São Paulo; 
 Queria uma nova Constituição para o Brasil. 
Vargas até acenou que poderia convocar uma Assembleia Constituinte para resolver o impasse. Mas não 
adiantou, pois a essa altura “a astúcia política de Vargas parecia esgotada”3. 
A Frente Única Paulista começou a mobilizar a população do Estado e, em 1932, deu início 
à Revolução Constitucionalista de 1932. 
 O conflito de 1932 foi uma luta armada. O principal setor a se mobilizar no Estado de São Paulo foi a 
classe média. A “causa” paulista foi abraçada pela população do Estado: jovens se alistavam voluntariamente 
para combater Vargas; mulheres ricas e pobres doavam alianças, correntinhas, joias para financiar a luta 
armada, evento que ficou conhecido como a campanha do “Ouro pelo Bem de São Paulo”. Mas nem todos 
os cidadãos do Estado de São Paulo foram para o combate. Os trabalhadores das fábricas, que enxergavam 
em Getúlio Vargas uma saída para direitos trabalhistas, ficaram de fora da mobilização geral. 
Além disso, a própria elite paulista tinha medo de que os operários entrassem no conflito armado e, 
depois, se voltassem contra os patrões. Eram as contradições e riscos de uma revolta mais massiva. Entende? 
Após 3 meses de conflito e cerca de 900 mortos, os paulistas se renderam em 1º de outubro de 1932. Alguns 
líderes paulistas foram presos, deportados e políticos perderam seus mandatos. Porém, como era inviável 
ignorar a elite paulista na construção de um projeto de nação, em 1934, Vargas concede anistia política aos 
líderes da Revolução de 1932. 
 
3 Idem, ibidem. 
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Anistia é quando há um perdão do Governo a indivíduos ou grupos que, de alguma maneira, 
desafiaram o poder vigente. 
Por mais que os paulistas tenham perdido essa batalha por uma nova Constituição para o Brasil, eles 
conseguiram despertar essa ideia em outros estadose forças políticas do Brasil. Por isso, o movimento por 
uma nova Constituição, chamado de constitucionalismo, ganhou força em 1933. 
Em 1933, Vargas, então, institui o Código Eleitoral o qual introduz no Brasil as seguintes mudanças em 
eleições: 
 O voto passou a ser secreto; 
 O voto feminino passou a ser permitido, ou seja, as mulheres conquistaram o direito ao voto; 
 Foi instituída a Justiça Eleitoral. 
 Surge a figura dos deputados classistas, representantes eleitos pelos Sindicatos. 
 
Em muitos sentidos, esse Código Eleitoral de 1933 buscou apaziguar os conflitos sociais e políticos. Ainda no 
ano de 1933, foram organizadas as eleições dos representantes que participariam da Assembleia 
Constituinte, a qual seria responsável por aprovar uma nova Constituição em 1934. 
4 
Dentre as principais inovações da Constituição de 1934, destaco o seguinte: 
 Criação do Tribunal do Trabalho, responsável por resolver os conflitos entre empregados e 
empregadores; 
 Leis trabalhistas, como o direito dos trabalhadores de se organizarem em sindicatos; 
 A possibilidade de o Governo brasileiro nacionalizar empresas estrangeiras; 
 O estabelecimento do monopólio estatal sobre determinados ramos da indústria. 
 
4 Câmara dos Deputados. 190 Anos do Parlamento. Disponível em: 
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/plenario/discursos/escrevendohistoria/190-anos-do-
parlamento-brasileiro/jornal-da-camara-190-anos-do-parlamento. Acesso em: 22/06/2019. 
Em 1934, das 22 cadeiras da bancada paulista, a chapa 
de São Paulo, formada pelos partidos PRP e PD, elegeu 
17 nomes. Entre eles estava a primeira mulher a 
assumir um cargo legislativo no Brasil, Carlota 
Queiroz. Repare Carlota na foto. 
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 Voto direto e secreto para os cargos dos Poderes Executivo e Legislativo. 
Além disso, a Constituição de 1934 também definiu que o próximo Presidente do país seria eleito de 
forma indireta pelos representantes do povo reunidos na Assembleia Constituinte. 
Sobre isso, explico: existe a eleição direta quando o povo vota diretamente nos 
representantes e existe a eleição indireta quando os deputados (representantes já eleitos) 
escolhem o Presidente. No caso de 1934, a eleição para Presidente da República foi 
indireta. 
E adivinhe quem foi eleito o Presidente? Isso mesmo, Getúlio Vargas! 
 
Com a eleição de Vargas para um mandato de 4 anos, sem a possibilidade de reeleição, temos início ao 
segundo período da Era Vargas, o Governo Constitucional. 
(VUNESP 2010) 
Sobre o movimento constitucionalista de 1932, é possível afirmar que 
a) foi o resultado da política federal, que impedia a exportação do café de São Paulo para o Ocidente 
europeu. 
b) atrasou o processo de democratização brasileira empreendido por Getúlio Vargas a partir de 1930. 
c) tinha, como principal objetivo, a separação do estado de São Paulo do restante da federação. 
d) levou o governo federal a negociar com a oligarquia paulista e a fazer concessões a seus interesses. 
e) obteve sucesso, derrotando as tropas de Vargas e devolvendo a presidência aos cafeicultores. 
Comentários: 
Após dois meses de guerra civil travada entre paulistas e tropas do governo federal em 1932, Vargas 
conseguiu abafar o único movimento armado eclodido durante todo o período em que se mantém no poder. 
Contudo, se compromete em seguida a acatar a principal reivindicação dos rebeldes, a convocação da 
Assembleia Constituinte. A alternativa D, portanto, é a correta. 
- Apesar da derrota imposta à classe política paulista pelos revolucionários de 1930, não há restrições do 
governo Vargas quanto às suas atividades econômicas, e por isso a alternativa A está incorreta. 
- O governo provisório de Vargas, como o próprio nome sugere, não era aparado por um ordenamento 
constitucional, fato questionado pelo movimento de 1932. Na verdade, Vargas apresenta tendências 
autoritárias durante o seu primeiro governo, e por isso a alternativa B está incorreta. 
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- A alternativa C está incorreta, afinal o principal objetivo do movimento de 1932 era a convocação da uma 
assembleia que promulgasse uma nova constituição para o país, o que acaba acontecendo no ano seguinte, 
à despeito de sua derrota. 
- A alternativa E está incorreta, uma vez que os revolucionários de 1932 foram derrotados pelas tropas do 
governo central. Contudo, o principal objetivo do movimento foi atingido no ano seguinte, com a convocação 
do pleito para eleger os deputados constituintes. 
Gabarito: D 
1.2 - O Governo Constitucional de 1934 a 1937 
Chama-se de Governo Constitucional porque esse período ficou marcado pela tentativa 
de colocar em prática a Constituição recém-promulgada. Apesar de essa Constituição 
conter mecanismos de controle do chefe do Poder Executivo, como a crise de poder no 
Brasil ainda persistia, Vargas começou a tomar atitudes autoritárias. 
 
Em geral, os poderes de um Estado são divididos em Poder Executivo 
(Presidente da República, Governadores e Prefeitos), Poder Legislativo 
(Senadores, Deputados e Vereadores) e Poder Judiciário (Ministros de 
Tribunais Superiores e juízes). 
A harmonia entre esses três poderes caracteriza governos democráticos estáveis. Quando 
um poder tende a se sobrepor ao outro, inicia-se um período autoritário. 
 E como estava a disputa política nesse período do Governo Constitucional? 
 De um lado, o Estado, controlado por Vargas, começou a intervir na vida econômica e na vida política. 
Do outro, grupos políticos de diferentes orientações ideológicas começaram a tomar atitudes mais radicais, 
uma luta entre os próprios grupos e dos grupos contra o Governo. 
 Dentre esses grupos radicais, destaco a Ação Integralista Brasileira (AIB). Esse grupo, formando em 
1932 e de orientação fascista, não concordava com a implementação de um sistema democrático. Por isso, 
os membros da AIB foram contrários à Constituição de 1934 e organizaram uma espécie de governo paralelo 
com milícias armadas. Seu principal líder foi Plínio Salgado. 
Da mesma forma, os assim conhecidos integralistas combatiam as ideias anarquistas, socialistas e 
comunistas do movimento dos trabalhadores, pois não concordavam com uma sociedade mais igualitária. 
Outra característica dos integralistas era o nacionalismo. Porém, não o nacionalismo de um país 
para todos, mas para uma elite branca. A AIB defendia uma sociedade hierarquizada baseada na estrutura 
social discriminatória na qual nem a população de imigrantes que vivia no Brasil (italianos, portugueses e 
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espanhóis), nem os negros, teriam espaço no topo da sociedade. A AIB tinha um discurso forte contra os 
judeus. Esse tipo de pensamento tem origem nas ideias fascistas. 
Apesar de a AIB fazer críticas ao Governo Vargas, este via o movimento com bons olhos, pois a 
proposta dos integralistas de disciplinar a sociedade e estabelecer uma hierarquia social agradava a Getúlio. 
 Em oposição ao movimento integralista e ao Governo Vargas, em 1935, foi organizada a Aliança 
Nacional Libertadora (ANL). Essa aliança combatia as ideias fascistas e o crescente autoritarismo de Vargas. 
Um de seus líderes era Luís Carlos Prestes. A ANL era formada por pessoas de diversas camadas da sociedade 
brasileira. Essa frente defendia o seguinte programa de mudanças para o país: 
 Suspensão do pagamento da dívida externa e cancelamento unilateral pelo Brasil junto aos credoresinternacionais; 
 Nacionalização de empresas estrangeiras; 
 Combate ao fascino da AIB; 
 Defesa das liberdades individuais e da liberdade religiosa; 
 Reforma agrária com garantia de manutenção das pequenas e médias propriedades; 
 Combate ao racismo e ao fascismo.5 
Como parte dos militares que participavam do movimento tenentista aderiu à Aliança Nacional 
Libertadora, o movimento começou a ganhar ações armadas. Além disso, a ANL acusava Vargas de se unir 
aos integralistas da AIB para inviabilizar a Constituição de 1934 e caminhar para um governo autoritário. 
Com bastante penetração nas forças armadas e com comícios em praças e ruas que arrastavam 
multidões, o Governo Vargas começou a temer o crescimento da ANL. Um dos temores de Vargas era de 
que os comunistas presentes na ANL assumissem o controle dessa aliança e começassem a organizar outra 
Revolução no país. 
Diante desse contexto tenso nas ruas e nos quartéis, o Governo Vargas decretou a ilegalidade da 
ANL e proibiu suas ações. Ou seja, promoveu a censura, algo contrário ao que a Constituição de 1934 
determinou. 
Em 1935, alguns membros da ANL, sobretudo, os ligados ao Partido Comunista, por sua vez, 
organizaram um levante armado com o objetivo de iniciar mais uma revolução no país. Porém, diferente da 
Revolução de 1930, que contava com setores da elite, o movimento da ANL era mais popular. Por isso, a 
imprensa e o Governo denominaram essa tentativa insurrecional de Intentona Comunista. 
 A partir dessa ação da ANL, Vargas encontrou uma justificativa para iniciar uma perseguição a 
líderes sindicais, organizações socialistas e comunistas, a quaisquer cidadãos mais críticos. Em meio a essas 
perseguições até o escritor brasileiro Graciliano Ramos também foi preso. 
 
5 SCHWARCZ, Lilia M. STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras. 2018, 
p. 369. 
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Era tanta gente presa que as prisões ficaram lotadas e foi preciso colocar os presos políticos em navios 
e em duas Ilhas: um presídio na Ilha Grande (RJ) e outro em Fernando de Noronha (PE). Foi nesse momento 
que Olga Benário, judia e comunista, esposa de Luís Carlos Prestes, foi deportada grávida para a Alemanha 
de Hitler, entregue ao Governo Nazista e morta em uma câmara de gás nos campos de concentração. 
 
Aliás, para quem quiser estudar se divertindo recomendo o filme brasileiro Olga. É uma forma interessante 
de memorizar o cenário de conflitos da época. 
Vargas iniciou uma guinada autoritária para controlar o Poder Legislativo, os parlamentares. Assim, em 
1937, Vargas articulou para que o Congresso aprovasse a decretação do estado de sítio (restrições a direitos, 
como liberdade de reunião e de protestos de rua) e, em seguida, a decretação do estado de guerra (foi a 
ampliação do estado de sítio e a realização de operações de guerra em diferentes partes do país). 
O estado de guerra, segundo as leis da época, só poderia ter existido se o Brasil estivesse em guerra contra 
outro país. Mas Vargas não se importou com esse “detalhe”, declarou estado de guerra, mesmo sem haver 
guerra. Tudo isso para obter supremo controle das forças policiais e, assim, se impor sobre os demais poderes 
da República. 
Em decorrência das medidas de Vargas, o Poder Legislativo perdeu autonomia e as forças policiais ampliaram 
seus poderes. Duas instituições foram criadas: 
 O Tribunal de Segurança Nacional; 
 A Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo. 
Apesar do clima de repressão política instaurado pelo Governo Vargas, o ano de 1937 contou com eleições 
para Presidente da República. Mas, lembre-se: Vargas estava impedido de se reeleger por conta da proibição 
determinada na Constituição de 1934. 
Dois candidatos de maior destaque estavam na liderança: o paulista Armando de Salles Oliveira, do Partido 
Democrático (contrário ao autoritarismo de Vargas), e o paraibano Jose Américo de Almeida. Mas Vargas 
tinha pretensões de continuar no poder e a isso foi somado o interesse da alta cúpula do Exército em 
manter um regime autoritário no Brasil ao invés de um ambiente democrático. 
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Não se esqueça que, nesse momento, o mundo estava bastante influenciado 
por ideais autoritários vindos da Europa conforme os regimes políticos 
ditatoriais de Adolf Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália. Esses líderes 
inspiraram muitos governantes na América Latina. Grande parte desses ideais 
autoritários eram antidemocráticos, antiliberais e anticomunistas. Isso 
porque, um ambiente democrático, sem censura e com liberdade de 
expressão, permite que ideias liberais e socialistas possam ser propagadas. 
Os militares, então, queriam um Governo de “mão forte” e ditatorial para acabar com as tensões 
políticas da época. Mas não era só o ambiente democrático que os militares queriam evitar, eles também 
queriam se preparar para uma possível 2ª Guerra Mundial que estava próxima de ser deflagrada. Para tanto, 
a aposta dos militares era no desenvolvimento na industrial pesada de mecânica, siderurgia e química. Essa 
possibilidade seria mais fácil de ser aplicada com Vargas no poder. 
Vargas, que precisava do apoio dos militares para se manter no poder, apoiou o programa econômico 
proposto pelo exército e, com isso, surgiu o “modelo de desenvolvimento industrial” patrocinado pelo 
Estado. Contudo, faltava uma justificativa para Vargas e os militares darem um Golpe e impedirem que as 
eleições para Presidente da República continuassem. 
Isso aconteceu em setembro de 1937. O Governo Vargas divulgou a existência de um plano comunista 
para tomar o poder no Brasil. Mas o plano era falso, foi uma invenção escrita por um oficial do Exército, 
General Góes Monteiro, que também era membro da organização integralista, a AIB. Esse plano ficou 
conhecido como Plano Cohen. 
Essa notícia – uma espécie de “fake news” da época- gerou um pânico nos meios de comunicação e na 
sociedade. Com essa histeria social causada pela história do Plano Cohen, a suposta ação comunista que iria 
tomar o Brasil, Vargas fez o seguinte em 10 de novembro de 1937: 
✓ Fechou o Congresso; 
✓ Extinguiu os Partidos; 
✓ Suspendeu as eleições Presidenciais; 
✓ Suspendeu a Constituição de 1934 e, no lugar instituiu outra, conhecida como Constituição 
Polaca (sem direitos democráticos e sem limites para o poder do Chefe do Governo). Suspensão 
suspenção. 
Com isso, inicia-se o período da Era Vargas conhecido como Estado Novo – uma verdadeira ditadura 
civil. 
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(FGV 2012) 
 “Todos os sofrimentos do mundo moderno se originam de um só defeito da grande máquina: a falta de 
disciplina. O conceito da liberdade excessiva, o predomínio do individualismo mais desenfreado determinou 
o desequilíbrio social que perturba o ritmo da vida do nosso século. 
Desde a Revolução Francesa, outro não tem sido o grito da humanidade, senão aquele que atroou todos os 
recantos do mundo e do século: 
— Liberdade! Liberdade! 
E foi a liberdade que espalhou pelas nações as doutrinas mais contraditórias, as afirmativas mais absurdas, 
os brados mais lancinantes de angústia do pensamento e do coração.” 
Salgado, Plinio. “Liberdade, caminho da escravidão” in O Sofrimento Universal. São Paulo: José Olympio, 
1934, pág. 217 a 220. 
O texto acima pode ser vinculado: 
a) ao integralismo, pelo seu conteúdo de crítica ao individualismo e à liberdade. 
b) ao comunismo, pela defesa do coletivismoe da revolução social. 
c) ao anarcossindicalismo, pelo conteúdo de crítica social e defesa do sindicalismo. 
d) ao liberalismo, por remeter à herança da Revolução Francesa e ao individualismo. 
e) ao conservadorismo, pela defesa da tradição e da religião cristã. 
Comentários 
 O texto da questão é de Plínio Salgado, principal líder da AIB (Ação Integralista Brasileira), isso já nos 
dá uma boa dica de qual é a resposta. De qualquer forma, vamos relembrar um pouco o que estudamos na 
aula sobre o Integralismo e o próprio Plínio: 
Dentre esses grupos radicais, destaco a Ação Integralista Brasileira (AIB). Esse grupo, formando em 1932 e 
de orientação fascista, não concordava com a implementação de um sistema democrático. Por isso, os 
membros da AIB foram contrários à Constituição de 1934 e organizaram uma espécie de governo paralelo 
com milícias armadas. Seu principal líder foi Plínio Salgado. 
Da mesma forma, os assim conhecidos integralistas combatiam as ideias anarquistas, socialistas e 
comunistas do movimento dos trabalhadores, pois não concordavam com uma sociedade mais igualitária. 
Outra característica dos integralistas era o nacionalismo. Porém, não o nacionalismo de um país para todos, 
mas para uma elite branca. A AIB defendia uma sociedade hierarquizada baseada na estrutura social 
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discriminatória na qual nem a população de imigrantes que vivia no Brasil (italianos, portugueses e 
espanhóis), nem os negros, teriam espaço no topo da sociedade. A AIB tinha um discurso forte contra os 
judeus. Esse tipo de pensamento tem origem nas ideias fascistas. 
Portanto, gabarito é letra a). 
Gabarito: A 
 
1.3 - O Estado Novo (1937-1945) 
Diante dessas medidas, foi fácil para Getúlio Vargas substituir a Constituição Liberal e Democrática de 
1934 por outra mais autoritária de expressão claramente fascista, conhecida como Constituição Polaca. Um 
exemplo disso foi a concentração dos poderes nas mãos do poder executivo liderado por Vargas. Lembra 
que, mais acima, eu expliquei que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em geral, são independentes 
um do outro? Pois é, olha o que determinou a tal Constituição Polaca: 
• Extinção do Poder Legislativo; 
• Subordinação do Poder Judiciário ao Poder Executivo; 
• Indicação dos Governadores pelo Presidente 
Até mesmo os integralistas, que apoiaram o Golpe de Vargas, se levantaram contra o Estado Novo no 
que ficou conhecido com a Intentona Integralista. Mas foram derrotados e seu líder, Plínio Salgado, foi 
expulso do país (exilado). Ou seja, Vargas havia conseguido derrotar, praticamente, todos aqueles que, de 
alguma maneira, o criticavam – ainda que tivessem sido seus aliados recentes. 
Agora, com tantas medidas ditatoriais, Vargas precisava construir uma base de apoio rapidamente, 
pois, do contrário, voltaria a ter oposição. Adivinha com qual setor da sociedade essa base de apoio foi 
construída, querido aluno e querida aluna? 
Os trabalhadores urbanos, sobretudo, os operários das fábricas! 
Desde a década de 1920, os trabalhadores vinham fazendo greves e protestos para reivindicar leis 
trabalhistas. Vargas, em suas campanhas, sempre acenou a possibilidade de atender aos anseios dos 
trabalhadores. 
 Pois bem, caro e cara, de forma muito habilidosa Vargas começou a atender as reivindicações dos 
trabalhadores urbanos e, com isso, iniciou a organização do que conhecemos com “leis trabalhistas”. 
Algumas delas já existiam anteriormente, como a lei da jornada de trabalho de 8 horas, a proibição do 
trabalho infantil, entre outras. 
Como os trabalhadores urbanos eram uma força social em crescimento, afinal, a industrialização 
estava crescendo, a ditadura varguista precisa controlá-los ao mesmo tempo em que os encantava com 
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concessões. Além das leis trabalhistas, o Estado Novo iniciou uma série de ações para “valorizar” os 
operários: 
• Negociações com os representantes sindicais; 
• Financiamento dos sindicatos; 
• Campanha em rádios e com cartazes nas ruas para enaltecer os trabalhadores. 
• Criação da festa do dia 1º de Maio – Dia do Trabalhador! 
Segundo a historiadora Angela de Castro Gomes, tratou-se de uma iniciativa de “controle” dos 
trabalhadores6. Esse controle também podia ser conferido no fato de Vargas atrelar os sindicatos ao Estado, 
isto é, para os sindicatos existirem eles precisavam de uma autorização estatal. 
Para consolidar seu poder, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) com o 
objetivo de iniciar uma verdadeira campanha de propaganda e marketing para enaltecer seu Governo e, 
principalmente, sua própria pessoa transformando Vargas em um líder popular e carismático. As atividades 
do DIP incluíam: 
• Controlar os meios de comunicação de massa. Na época o principal veículo de comunicação era 
o RADIO. Vargas criou o programa A Voz do Brasil; 
• Censurar as matérias jornalísticas e livros que circulavam pelo país; 
• Promover eventos culturais e comícios para fortalecer a figura de Vargas. 
 Além das atividades do DIP, Vargas iniciou uma série de medidas no campo da educação a fim de criar 
um ensino nacionalista e baseado no culto ao líder. Veja como era feita propaganda junto às crianças. 
 
“Vargas seria veiculado junto aos jovens e 
às crianças como um ser superior – 
estratégia usada pelas políticas de culto à 
personalidade. Por isso mesmo, foi durante 
o Estado Novo que se construiu 
definitivamente o mito Vargas, fruto do 
carisma do presidente, mas também da 
eficiente máquina de propaganda 
existente.”7 
 
6 GOMES, Angela de Castro. Liberdade não é de graça. Entrevista à Revista História da Biblioteca 
Nacional. 1º de mar/2007. 
7 D'ARAUJO, Maria Celina. O Estado Novo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000, p. 36. 
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Todo esse fortalecimento do poder de Estado, da liderança pessoal e carismática de Getúlio Vargas e, 
principalmente, a relação direta que ele estabeleceu com os trabalhadores urbanos passou a ser 
denominado de Populismo. Para visualizar a ideia do que foi o populismo varguista, veja as imagens abaixo 
de Vargas no 1º de Maio, dia do Trabalho. 
 
 Durante o Estado Novo, Vargas fazia discursos nos feriados do Dia do 
Trabalho anunciando novas concessões (direitos) aos trabalhadores do Brasil. Dentre as principais medidas 
da política trabalhista de Vargas, destaco: 
 Instituição do Salário Mínimo; 
 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Aproveito esse momento em que fica evidente a exaltação da figura de Getúlio Vargas para 
te explicar o seguinte: foi a partir da construção da liderança de Vargas que surgiu a figura 
do líder nacional como “mito político”. Guarde isso pois essa noção é recorrente na história 
política do Brasil. 
No que diz respeito à intervenção do Estado na economia, Vargas iniciou um processo de 
planejamento e coordenação da economia, fortalecendo o a industrialização por substituição de 
importações somada a estatização do setor da indústria de base ou indústria pesada. 
Assim, havia uma complementariedade entre o Estado e a iniciativa privada, com o estado dirigindo, 
coordenando e determinando o desenrolar do desenvolvimento. Vargas criou diversas empresas estatais, 
principalmente no setor da indústria pesada, como queriam os militares. Por isso, podemos dizer que o 
Estado Novo fomentou o desenvolvimento da economia brasileira. 
Alguns exemplos deempresas estatais criadas entre 1937 e 1945: 
• Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), criada em 1940; 
• Companhia Vale do Rio Doce, criada em 1942; 
• Fábrica Nacional de Motores, criada em 1943; 
• Fábrica Nacional de Álcalis, criada em 1943; 
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• Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco, criada em 1945. 
 
A economia nacional foi estimulada pela 2ª Guerra Mundial (início em 1939) porque o preço dos 
produtos agrícolas de exportação aumentou, fato que levou o país a fazer caixa positivo. Com dinheiro em 
caixa, a economia interna foi fortalecida e o Brasil conseguiu consolidar o desenvolvimento industrial. 
Muitos historiadores fazem a seguinte síntese do período do Estado Novo, dentro da Era Vargas: 
 
 
A industrialização brasileira ocorreu por meio de um regime autoritário de modo que a Era 
Vargas pode ser caracterizada como uma modernização conservadora. Diz-se conservadora 
porque o desenvolvimento econômico e os ganhos sociais ocorreram sem liberdades e 
democracia. 
 
Também quero que você fique com o seguinte resumo da política trabalhista de toda a Era Vargas: 
“Um dos aspectos mais coerentes do governo Vargas foi a política trabalhista. Entre 1930 e 1945, 
ela passa por várias fases, mas, desde logo se apresentou como inovadora em relação ao período 
anterior. Desde novembro de 1930, quando foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria 
e Comércio, seguiram-se leis de proteção ao trabalhador, de enquadramento dos sindicatos pelo 
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Estado e criavam-se órgãos para arbitrar conflitos entre patrões e operários: as Juntas de 
Conciliação e Julgamento”. 8 
 
Ainda, lembre-se de que: 
 Em 1943 Vargas editou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), um conjunto de normas criadas 
desde a década de 1930 para proteger o trabalhador e garantir condições adequadas de trabalho. 
 São exemplos de leis trabalhistas criadas no governo Vargas: 
➢ jornada diária de 8 horas; 
➢ direito a férias anuais remunerada 
➢ regulamentação do trabalho do menor e da mulher 
➢ descanso semanal remunerado 
➢ direito à previdência social. 
As leis trabalhistas não foram apenas uma concessão do Estado aos trabalhadores, pois desde 
a República Velha os trabalhadores já lutavam para que o Estado resolvesse a questão social 
no Brasil. Por isso, direitos trabalhistas também podem ser interpretados como tendo sido 
conquistados. Era o poder de barganhar dos trabalhadores da época. 
 
 
(CESPE/CEBRASPE – CACD – 2017) 
A chamada Revolução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes 
acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens 
subsecutivos. 
1 No período entre 1930 e 1937, a política econômico-financeira do governo Vargas procurou atender a 
interesses de diversos setores, incluindo-se os agrários. 
2 Em 1932, o levante armado de São Paulo contra Getúlio Vargas reuniu forças políticas que esperavam o 
retorno das formas oligárquicas de poder, bem como aquelas que reivindicavam uma democracia liberal 
para o país. 
 
8 FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSPE, 2003, p.35-36. 
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3 Conforme determinava a Constituição promulgada em 1934, Getúlio Vargas foi eleito presidente da 
República, nesse ano, por voto direto, tendo recebido o apoio de líderes sindicais e de elites regionais. 
4 A descoberta do plano Cohen, com provas de que os integralistas pretendiam tomar o poder por meio de 
um golpe de Estado e alinhar o Brasil ao fascismo italiano, foi a justificativa empregada por Vargas para a 
instalação da ditadura do Estado Novo, em 1937. 
Comentários: 
1. Certa: Entre 1930 e 1937, a política econômico-financeira do governo Vargas buscou atender a 
interesses de vários setores, incluindo os agrários. Isso faz parte do esforço de Vargas para modernizar a 
economia brasileira e promover o desenvolvimento industrial. 
2. Certa: Em 1932, o levante armado em São Paulo contra Getúlio Vargas reuniu forças políticas que 
desejavam o retorno das formas oligárquicas de poder, bem como aquelas que buscavam uma democracia 
liberal para o país. Isso mostra a complexidade e a diversidade das forças políticas em jogo durante esse 
período. 
3. Errada: De acordo com a Constituição promulgada em 1934, Getúlio Vargas não foi eleito presidente 
da República por voto direto. Na verdade, ele foi nomeado presidente pela Assembleia Constituinte. 
Portanto, essa afirmação está errada. 
4. Errada: A descoberta do Plano Cohen, que supostamente mostrava que os integralistas pretendiam 
tomar o poder por meio de um golpe de Estado e alinhar o Brasil ao fascismo italiano, foi usada por Vargas 
como justificativa para instalar a ditadura do Estado Novo em 1937. No entanto, é importante notar que o 
Plano Cohen foi posteriormente revelado como uma falsificação criada pelo governo Vargas para justificar a 
instauração do Estado Novo. 
Gabarito: C; C; E; E. 
 
 
1.4 - O Brasil na 2ª Guerra Mundial e o fim do Estado Novo 
A crise da Era Vargas e o fim do estado Novo estão, em grande medida relacionados com a 
participação do Brasil na 2ª. Guerra Mundial. Vejamos como isso se desenvolveu. Atenção agora! 
 O Brasil se tornou estratégico no conflito da 2ª GM. Por um lado, a posição geográfica do país, com 
um litoral banhado pelo Oceano Atlântico e com a ponta do nordeste (Rio Grande do Norte) voltada para a 
África, era almejada pelas potencias em conflito. 
Por outro, diante da neutralidade do Brasil, conquistar o apoio brasileiro era importante, seja para o 
lado do Eixo, seja para o lado dos Aliados. Afinal, como falamos antes, trata-se do maior país da América do 
Sul e com uma quantidade imensa de riquezas. 
No início da 2ª Guerra Mundial, o Brasil adotou uma posição “neutra”. 
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Neutra, neutra...mais ou menos, viu caro aluno. Na verdade, Getúlio 
Vargas tinha grande simpatia pelos governos alemão e italiano, em 
particular, pelo modelo de desenvolvimento econômico adotado pelos 
nazistas antes da guerra: estado forte, centralizado e impulsionador da 
industrialização do país. Vargas também promovia um modelo de 
intervenção na econômica combinado com regime político autoritário. 
Além disso, antes da guerra, os alemães chegaram a sinalizar investimentos no Brasil, principalmente 
no financiamento para a construção de indústrias pesadas (siderurgia). Mas Vargas protelava qualquer ajuda 
estrangeira: lembra-se do nacionalismo varguista? 
A ideia de culto ao líder, artifício político utilizado por Hitler e Mussolini, também agradava a Getúlio 
Vargas. Lembra-se de que Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, para fazer 
propaganda de suas ações? Politicamente, portanto, também havia convergências: o Estado Novo de Vargas 
era uma ditadura; Hitler e Mussolini governavam por meio de regimes ditatoriais. 
No interior do governo Vargas, os principais auxiliares do Presidente estavam divididos entre os que 
queriam o Brasil ao lado do Bloco do Eixo e outros que queriam uma aproximação com o bloco dos Aliados. 
Olha como era: 
 
Vale lembrar que, na década de 1930, a década do início da 2ª GM, a história brasileira estava marcada 
poruma escalada militar e ditatorial, como nos explica a historiadora Angela de Castro Comes. Leia o trecho 
com atenção. Tente conectá-lo com tudo o que temos aprendido: 
Favoráveis 
ao Eixo
Filinto Müller, chefe de 
polícia; Lourival Fontes, 
chefe do Departamento de 
Imprensa e Propaganda
Francisco Campos, 
Ministro da Justiça; 
General Gaspar 
Dutra, chefe do 
Exército.
Favorável 
aos Aliados
Osvaldo Aranha, 
Ministro do Exterior.
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Nas revoltas e guerras, um dos sons mais significativos, pela carga de dor que traz e pelos 
desdobramentos político-sociais que produz, é o dos tiros. A década de 30 do século XX começou 
com um dos eventos mais decisivos da história do Brasil, não importando se sua designação 
consagrada — Revolução de 1930 — tenha suscitado muitos debates na área acadêmica sobre seu 
real ou autêntico caráter revolucionário, como movimento de transformação das estruturas 
socioeconômicas do país. Entre esses dramáticos sons de abertura e desfecho, ainda houve uma 
guerra civil (a Revolução Constitucionalista de 1932). Além disso, esse foi o momento em que 
eclodiu a Segunda Guerra Mundial, cujos impactos na vida política e econômica brasileira foram 
grandes9. 
Nesse contexto, dentro de uma postura duvidosa no início da 2ª GM, Vargas chegou a comemorar as 
primeiras vitórias dos nazistas, principalmente quando a França foi invadida. 
Diante disso, começou uma movimentação diplomática dos EUA para afastar o Brasil dos alemães. 
Não por menos, Osvaldo Aranha, o Ministro das Relações Exteriores, foi o grande nome que ajudou a 
articular o apoio do Brasil aos Aliados e não ao Eixo. Guarde esse nome! 
Os norte-americanos iniciaram um movimento de pressão junto os países da América Latina para que 
nenhum deles apoiasse a Alemanha e os demais países do Eixo. Em 28 janeiro de 1942, ocorreu no Rio de 
Janeiro uma reunião dos Chanceleres da América. Nesse dia o Brasil rompeu as relações diplomáticas e 
econômicas com os países do Eixo devido à pressão e às promessas de apoio econômico feitas pelo 
governo americano. 
Os alemães, por sua vez, para evitar que o Brasil ajudasse a sustentar os EUA e a Inglaterra, começaram 
a atacar o Brasil. E como foi isso? 
Submarinos alemães atacaram e afundaram navios mercantes brasileiros. Esses navios estavam com 
mercadorias destinadas aos países Aliados. A população, cansada da “neutralidade” do Governo Brasileiro 
saiu às ruas e exigiu a entrada imediata do Brasil na Guerra contra o Eixo (veja imagem ao lado). 
Assim, em agosto de 1942, o Brasil declarou oficialmente guerra aos países do Eixo. 
Com isso, Vargas que, como vimos na Aula 00, era um habilidoso negociador de interesses em conflito, 
começou a fazer bons acordos econômicos com os norte-americanos. O Brasil vendeu muita mercadoria aos 
EUA. Parte dessas movimentações diplomáticas envolveu, também, um empréstimo de 20 milhões de 
dólares dos EUA ao Brasil para o início da construção da Companhia Siderúrgica de Volta Redonda (a CSN). 
Em troca, o Brasil cedeu uma base aeronaval para os EUA em Natal, no Rio Grande do Norte. Essa base 
serviu para contribuir com a linha de defesa do Norte da África. 
 
9 GOMES, Angela de Castro. As marcas do período. In: Lilia Moritz Schwarcz (Dir.). História do Brasil 
nação: 1808-2010. Vol. 4 (Olhando para dentro: 1930-1964). Madri: Fundación Mapfre; Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2013, p. 24. 
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Logo em seguida à declaração de guerra, o governo Vargas organizou um contingente militar para ser 
enviado à Europa e ajudar no combate às tropas do Eixo. Esse destacamento brasileiro foi chamado de Força 
Expedicionária Brasileira (FEB). 
 
1.5 – Desfecho da Era Vargas 
A derrota dos alemães, italianos e japoneses na 2ª. Guerra Mundial representava uma esperança de que o 
mundo fosse mais pacífico e democrático. As nações vencedoras, como estados Unidos, Inglaterra e França 
começavam a desenhar acordos diplomáticos para colocar fim aos regimes ditatoriais. Isso influenciou vários 
países. Muitos governos autoritários caíram na América Latina. 
Vargas foi um deles! Faça essa questão abaixo para entender isso no contexto de prova: 
(FCC – Companhia de Saneamento Básico de São Paulo – 2017) 
O sentimento de que era uma incongruência lutar contra o autoritarismo “lá fora” e sustentá-lo “aqui 
dentro” foi particularmente forte entre a oficialidade das Forças Armadas. Ao voltarem da campanha na 
Itália, muitos oficiais assumiram posições claramente favoráveis à volta da democracia. 
(Adaptado de: TEIXEIRA, Francisco M.P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p.267-268) 
O texto identifica uma das consequências, no Brasil, da 
a) Revolução Socialista Russa − 1917. 
b) Primeira Grande Guerra − 1914-1919. 
c) Grande Depressão − 1929 – 1930. 
d) Ascensão do Nazifascismo – 1933. 
e) Segunda Guerra Mundial – 1939-1945. 
Comentários: 
O texto identifica uma das consequências da Segunda Guerra Mundial no Brasil. O sentimento de 
incongruência entre lutar contra o autoritarismo no exterior e sustentá-lo no país foi um dos fatores que 
contribuíram para o fim do Estado Novo, regime autoritário instaurado por Getúlio Vargas em 1937. 
(A) Incorreta. A Revolução Socialista Russa de 1917 não teve impacto significativo no Brasil. O país era uma 
república democrática e não estava envolvido na Primeira Guerra Mundial, que foi o contexto imediato da 
Revolução Russa. 
(B) Incorreta. A Primeira Grande Guerra também não teve impacto significativo no Brasil. O país foi neutro 
durante o conflito e não sofreu grandes consequências econômicas ou sociais. 
(C) Incorreta. A Grande Depressão de 1929, embora tenha provocado uma crise econômica no Brasil, não 
teve impacto direto na política. O Estado Novo foi instaurado em 1937, antes da crise. 
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(D) Incorreta. A ascensão do nazismo na Alemanha em 1933 também não teve impacto direto na política 
brasileira. O Brasil não era um país alinhado aos países do Eixo e manteve relações diplomáticas com os 
Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. 
(E) Correta. A Segunda Guerra Mundial foi o evento mais relevante do século XX e teve impacto significativo 
em todo o mundo, inclusive no Brasil. O Brasil declarou guerra ao Eixo em 1942 e enviou tropas para 
combater na Itália. O sentimento de incongruência entre lutar contra o autoritarismo no exterior e sustentá-
lo no país foi um dos fatores que contribuíram para o fim do Estado Novo em 1945. 
Gabarito: E 
 
Getúlio Vargas percebeu, então, que a redemocratização era uma tendência inevitável. Por isso, 
o próprio Presidente Vargas começou a organização de Partidos Políticos e a programa as 
eleições. 
 
Foram criados: 
 o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), apoiador de Vargas, 
 o Partido Social Democrata (PSD), também aliado de Vargas, porém, com raízes mais na política 
regional dos Estados. 
 Já a oposição ao Estado Novo organizou a União Democrática Nacional (UDN) 
 o Partido Comunista Brasileiro (PCB) voltou a ser legalizado. 
A fim de preparar o terreno para as futuras eleições, os apoiadores de Getúlio Vargas começaram a 
organizar um movimento para a continuidade de Getúlio no poder. Esse movimento ficou conhecido como 
“queremismo”, pois o lema era: “Queremos Getúlio”. 
 
MOVIMENTO QUEREMISTA: Movimento popular surgido em maio de 1945 no Rio de 
Janeiro, então Distrito Federal, com o objetivode lutar pela permanência de Getúlio Vargas 
na presidência da República. Seu nome originou-se do slogan “Nós queremos Getúlio”.Com 
a destituição de Vargas através do golpe de Estado de 29 de outubro de 1945, o 
“queremismo” desapareceu. 
Fonte: FGV - CPDOC - Atlas Histórico do Brasil. 
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 Muitos comícios foram organizados Brasil afora. Como Vargas havia atendido muitas reivindicações dos 
trabalhadores, além do PTB e do PSD, até mesmo os comunistas – que haviam sido perseguidos pela Ditadura 
varguista- acabaram o apoiando. 
Em outubro de 1945, então, o Exército, liderado por Góis Monteiro e por Eurico Gaspar Dutra, deu um 
“Golpe preventivo”. Os militares derrubaram Vargas e garantiram a realização das eleições sem a 
participação de Vargas. Esse foi o fim do Estado Novo e do que ficou conhecido na História como a “Era 
Vargas”. 
 
 
 
 
 
(CESPE / CEBRASPE - 2023 - SME do Recife - PE - Professor II - Disciplina: História) 
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Acerca do governo Getúlio Vargas, julgue os itens que se seguem. 
( ) Em 1937, Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo, centralizado em sua figura. 
( ) Logo após o Estado Novo, Getúlio Vargas realizou uma cerimônia para queimar na Praça do Roosevelt, 
no Rio de Janeiro, todas as bandeiras dos estados da federação. 
( ) Nas eleições de 1945, Getúlio Vargas se elegeu governador do estado do Rio Grande do Sul, apoiado pelo 
Partido Social Democrático, com um programa de governo voltado a trabalhadores. 
Comentários: 
Certa: Em 1937, Getúlio Vargas realmente instaurou o Estado Novo, um regime político centralizado em sua 
figura. Esse período é marcado por uma forte concentração de poder e pela implementação de políticas 
nacionalistas e desenvolvimentistas. 
Errada: Nas eleições de 1945, Getúlio Vargas não se elegeu governador do Rio Grande do Sul. Após o fim do 
Estado Novo, Vargas se tornou senador pelo Rio Grande do Sul entre 1946 e 1947, mas se ausentou da 
política entre 1947 e 1950 retornando para concorrer às eleições para presidente da República. 
Errada: Em 1954 ocorreu a morte Getúlio Vargas, que foi eleito presidente de forma democrática e direta, 
mas que enfrentou forte oposição de vários setores da sociedade, incluindo o partido União Democrática 
Nacional. No entanto, essa oposição não impediu sua eleição. 
Gabarito: C; E; E. 
 
LISTA DE QUESTÕES 
1. CESGRANRIO - 2010 - Professor de Ensino Fundamental e Médio (SEDUC SP)/História 
 A crise de 1929 acabou se estendendo ao Brasil. “A crise mundial trazia como consequência 
uma produção agrícola sem mercado, a ruína de fazendeiros, o desemprego nas grandes 
cidades. As dificuldades financeiras cresciam: caía a receita das exportações e a moeda 
conversível se evaporara. No plano político, as oligarquias regionais vitoriosas em 1930 
procuravam reconstruir o Estado nos velhos moldes.” FAUSTO, Boris. História do Brasil. São 
Paulo: Edusp: fundação do desenvolvimento da Educação, 1995, p.332-3. 
Esse cenário favoreceu o golpe de 1930, que consolidou no poder 
A) o queremismo com Getúlio Vargas, através de eleições diretas e com o apoio das classes 
operárias urbanas. 
B) uma burguesia financeira internacional aliada dos setores conservadores da sociedade 
brasileira. 
C) o Estado getulista promotor do capitalismo nacional, conhecido como Estado de 
Compromisso. 
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D) uma nova Constituição de caráter centralizador, numa aliança estratégica com a burguesia 
financeira internacional. 
E) os grandes proprietários de terras e a burguesia financeira, com apoio de capitais 
internacionais. 
2. CESGRANRIO - 2010 - Analista (IBGE)/História 
 Ao longo da república, na sociedade brasileira, o exercício da cidadania sofreu transformações 
associadas a ações estatais promotoras de maior inclusão política e social, dentre as quais cita-
se o(a) 
A)voto feminino, a partir de 1934. 
B)seguro desemprego, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
C)direito de voto para os analfabetos, a partir de 1946. 
D)reconhecimento da liberdade sindical, a partir de 1937. 
E)proteção dos direitos indígenas, a partir de 1891. 
3. (CESGRANRIO - 2010 - IBGE - Analista de Planejamento - Historia) 
A criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1938, durante a 
presidência de Getúlio Vargas, objetivou a produção e a sistematização de informações e dados 
sobre o povo e o território brasileiros de modo a conhecer o país e a instrumentalizar o poder 
público em suas ações destinadas ao desenvolvimento e à modernização nacional. 
 
PORQUE 
 
Na conjuntura política da época da criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) – o Estado Novo – ampliaram-se as atribuições do governo federal por meio de ações 
centralizadoras e intervencionistas, cuja eficácia em muito dependia de saberes tecnicamente 
especializados e confiáveis. 
 
Analisando as afirmações acima, conclui-se que 
 
(A) as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
(B) as duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. 
(C) a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. 
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(D) a primeira afirmativa é falsa, e a segunda verdadeira. 
(E) as duas afirmativas são falsas 
4. (CESGRANRIO - Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos do Governo 
do Rio Grande do Norte – 2011) 
Apesar de gerar controvérsia no meio acadêmico, o conceito de “populismo” ainda é 
amplamente utilizado. No caso brasileiro, a maioria dos livros didáticos caracteriza os governos 
“populistas” como, necessariamente, associados à existência de 
(A) governos ditatoriais 
(B) pluralidade sindical 
(C) manipulação da vontade popular 
(D) censura aos meios de comunicação 
(E) apoio da mídia através de concessões públicas 
5. (CESGRANRIO - 2010 - Prefeitura de Salvador - BA - Professor - História) 
 
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No que se refere à política trabalhista, Getúlio Vargas conjugou com bastante sucesso uma 
forte repressão ao movimento operário com a criação de um conjunto de leis que 
representaram avanço para os trabalhadores. 
No dia 1o de maio de 1943, foi assinado o Decreto-Lei no 5.452 que instituía a Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT) e unificava toda a legislação trabalhista já existente no país. Desde então, 
a CLT sofreu alterações, mas, tendo em vista o Decreto de 1943, registra-se que, naquela 
ocasião, os trabalhadores obtiveram as seguintes conquistas: 
 
I - adoção no território nacional da Carteira Profissional, que passou a ser obrigatória para o 
exercício de qualquer emprego assalariado; 
II - estabelecimento do limite máximo de 8 horas diárias para a jornada de trabalho do 
empregado; 
III - direito a todo empregado de um descanso semanal de 24 horas consecutivas. 
IV - aprovação do salário mínimo, pago diretamente pelo empregador a todo trabalhador do 
sexo masculino. 
V - liberação para a formação de mais de um Sindicato representativo da mesma categoria 
econômica ou profissional,ou profissão liberal, sem restrições por parte do Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio. 
 
Estão corretas APENAS as conquistas apresentadas em 
 
(A) I, II e III. 
(B) I, III e IV. 
(C) I, III e V. 
(D) II, IV e V. 
(E) III, IV e V. 
6. (CESGRANRIO - 2014 - IBGE - Agente de Pesquisas por Telefone) 
Desde que o jornal integralista A Offensiva estampara as primeiras convocações para o evento 
na praça da Sé, esquerdistas dos mais variados matizes idealizaram uma contramanifestação, 
combinada propositadamente para o mesmo dia (7 de outubro de 1934), horário e local. “És 
amigo da liberdade? Queres que o Brasil marche para a paz e o progresso? Repugna-te o 
crime e a bandalheira? És amante da arte, da ciência e da filosofia? Pois, então, guerra ao 
integralismo com todas as suas energias", incitava um panfleto da Federação Operária de São 
Paulo, de orientação anarquista. 
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NETO, Lira. [ ] Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo (1930 -1945). São Paulo: 
Companhia das Letras, 2013, p.193. 
O embate previamente anunciado entre esquerdistas e integralistas foi fatal e ocorreu no 
governo do presidente 
 
A)Café Filho. 
B)Getúlio Vargas. 
C)Jânio Quadros. 
D)Washington Luís. 
E)Juscelino Kubitschek. 
7. CESGRANRIO - 2010 - Professor de Ensino Fundamental e Médio (SEDUC SP)/História 
 Para Boris Fausto, o integralismo se definiu como uma doutrina nacionalista, cujo conteúdo 
era mais cultural do que econômico. 
FAUSTO, Boris História do Brasil São Paulo Edusp: FDE, 1995, p. 353. 
Entre as características básicas do Integralismo, pode-se apontar 
A)o apoio ao liberalismo, ao socialismo e às oligarquias agrárias nordestinas de cunho 
nacionalista. 
B)a aliança com fileiras da Igreja das comunidades eclesiais de base, apoiando a reforma 
agrária. 
C)o antissemitismo exacerbado, aliado aos comunistas. 
D)o controle do Estado sobre a economia, sinalizando para os princípios: Deus, Pátria e Família. 
E)o ufanismo nacionalista aliado aos setores ligados ao capital financeiro. 
8. (IADES – CACD – 2023) 
A respeito da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) os 
itens a seguir. 
( ) No que dependesse da opinião e da vontade das lideranças dos aliados, a 
participação do Brasil na guerra seria limitada à cooperação produtiva e logística. Mas 
Vargas e a diplomacia brasileira compreendiam o direto envolvimento brasileiro na 
frente de batalha como uma oportunidade para o País adquirir prestígio e uma 
posição privilegiada no continente – a rival Argentina permaneceu neutra até 
praticamente o fim do conflito – e no mundo, em condições de, segundo almejavam, 
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sentar-se ao lado das grandes potências vencedoras que viriam a estabelecer a 
chamada nova ordem mundial do pós-guerra. 
( ) Contrariando os britânicos, que não desejavam a participação brasileira direta no 
conflito, armado e treinado pelos Estados Unidos da América (EUA), o Brasil juntou-
se aos aliados. No dia 9 de agosto de 1943, foi criada a Força Expedicionária Brasileira 
(FEB). O primeiro grupo de soldados seguiu para a Itália em junho de 1944 e integrou-
se ao exército norte-americano. Mais de 25 mil soldados foram enviados à guerra. 
( ) A filiação à causa aliada e a cessão de bases militares no Norte e no Nordeste 
contribuíram para a concretização do principal símbolo do esforço industrialista de 
Vargas, que foi a efetivação do projeto de construção da Companhia Siderúrgica 
Nacional (CSN) em Volta Redonda. O governo chegou a essa realização graças à 
tecnologia importada dos EUA e, muito especialmente, ao empréstimo britânico 
realizado por meio do Export-Import Bank. 
( ) Embora as relações diplomáticas já estivessem rompidas entre o Brasil e o Japão 
desde janeiro de 1942, e os cidadãos japoneses aqui residentes já se encontrassem 
sofrendo os mesmos controles e as mesmas restrições e intimidações que os demais 
cidadãos identificados como eixistas sofriam, a declaração de guerra em agosto do 
mesmo ano não incluía estado de beligerância ou de guerra com a nação do Extremo 
Oriente. 
9. (IADES – CACD – 2023) 
A Marcha para o Oeste, como afirmou Alcir Lenharo, forjou a imagem de uma nação 
unida, transcendendo conflitos de raça, classe e região. 
(GARFIELD, Seth. A luta indígena no coração do Brasil: política indigenista, a marcha para o Oeste e os índios 
Xavante (1937-1988). Trad. Cláudia Sant’Ana Martins. São Paulo: Editora Unesp, 2011, p. 47.) 
Acerca dos processos econômicos e sociopolíticos brasileiros durante o Estado Novo 
(1937-1945), julgue (C ou E) o item a seguir. 
( ) O Dia do Trabalho, comemorado a partir de 1939 no estádio de São Januário, no 
Rio de Janeiro, foi peça-chave no calendário estadonovista, mas a adesão ao evento 
pela massa de trabalhadores urbanos ficou aquém do esperado, já que o populismo 
e o autoritarismo varguistas frustraram os sindicatos e impediram iniciativas estatais 
estruturantes no campo dos direitos sociais e das relações de trabalho. 
( ) O Estado Novo ultrapassou as tentativas republicanas anteriores de expansão pelo 
Brasil Central. A industrialização e a extensão da legislação trabalhista provocaram o 
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aumento da urbanização, pois os trabalhadores rurais que não tinham acesso à terra 
migraram para as cidades. Diante do desafio de fornecer bens de consumo agrícolas, 
direcionar a mão de obra excedente e acalmar os conflitos urbanos, o Regime Vargas 
promoveu a povoação do interior da região Centro-Oeste. 
( ) A proteção jurídica conquistada pelos trabalhadores no decorrer do Estado Novo 
(1937-1945) não teve relação com reivindicações grevistas e lutas sindicais anteriores, 
devendo ser creditada apenas ao intervencionismo estatal nesse período, que 
pretendia distensionar os conflitos sociais no campo e na cidade. 
( ) Entre as estratégias da propaganda estadonovista, o programa radiofônico 
guardava a ideia do estabelecimento de uma comunicação sistemática entre o Estado 
e o povo por intermédio da pessoa do ministro do Trabalho. A “Hora do Brasil” foi 
criada para ser um sucesso de audiência, e sua transmissão tornou-se obrigatória em 
todos os estabelecimentos comerciais que possuíssem aparelho de radiodifusão. 
10. (FGV 2018) 
 A imagem retrata um episódio de 1943, na cidade de Natal: a presença do presidente 
do Brasil, Getúlio Vargas, e do presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. 
 
 
Tal episódio faz parte de um contexto mais amplo, representado pela Política de Boa 
Vizinhança, que se constituiu em uma 
a) forte mobilização dos governos dos Estados Unidos e do Brasil no sentido de uma 
inédita colaboração econômica, materializada na oferta estadunidense de tecnologia 
para a recente indústria automobilística brasileira e a remessa de aço para as indústrias 
dos Estados Unidos. 
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b) ação conjunta do governo e de grandes empresários norte-americanos para auferir 
grandes lucros no Brasil e na América Latina por meio de investimentos diretos em 
equipamentos urbanos, especialmente o transporte público e a produção e 
distribuição de energia. 
c) nova postura diplomática e comercial dos Estados Unidos para a América Latina, 
especialmente para a Argentina,o Brasil e o México, que articulavam um bloco 
político-econômico com o intuito de estabelecer relações mais efetivas com a 
Inglaterra e a França. 
d) reordenação radical da política externa brasileira, que passou a ser pautada pelo 
pragmatismo econômico, no qual o governo Vargas procurava as melhores condições 
para garantir o desenvolvimento da indústria de base, alternando aproximações entre 
os Estados Unidos e a Inglaterra. 
e) prática diplomática estadunidense para a América Latina, que abandonou o 
intervencionismo, optando pela negociação diplomática e o auxílio econômico e 
militar, como o empréstimo para a construção de uma siderúrgica no Brasil, a fim de 
limitar a influência europeia na região. 
11. (FGV 2017) 
 [Em novembro de 1937], (...) ao falar em organizar a juventude com a finalidade “de 
promover-lhe a disciplina moral e o adestramento físico, de maneira a prepará-la ao 
cumprimento dos seus deveres para com a economia e a Nação, [o ministro da Justiça 
Francisco] Campos estava pensando em instituições voltadas para a mobilização e a 
militarização dos jovens. (...) 
Consciente de que não poderia contar com o apoio de Gustavo Capanema para a 
efetivação de seu projeto de mobilização política da juventude através do sistema de 
ensino e tendo fracassado na sua tentativa de afastá-lo do Ministério da Educação e 
Saúde, Campos planejava reunir os jovens em um sistema e criar para isto uma grande 
organização nacional, sob a dependência direta do Ministério da Justiça, isto é, dele 
mesmo. 
José Silvério Baía Horta. O hino, o sermão e a ordem do dia: a educação no Brasil 
(1930-1945), 1994. 
Considerando o fragmento e o contexto do Estado Novo, é correto afirmar que 
a) o prestígio do ministro Francisco Campos podia ser dimensionado pela importância 
que Getúlio Vargas deu ao projeto da juventude brasileira, com recursos financeiros, 
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apoio político e aval da Câmara dos Deputados, e foi implantado durante a Segunda 
Guerra, encaminhando o Brasil em direção aos interesses dos Estados Unidos e dos 
Aliados. 
b) a efetivação da Juventude Brasileira, que tinha como patrono Duque de Caxias, 
funcionando apenas no Rio de Janeiro e em algumas outras capitais brasileiras, 
desencadeou um sério conflito entre vários líderes do Estado Novo, o que 
enfraqueceu o regime autoritário, que perdia as suas bases de sustentação por conta 
da forte oposição liberal nascida nos estados nordestinos. 
c) o ministro Francisco Campos, um notável articulador político, soube convencer o 
ministro Capanema das vantagens em organizar militarmente os estudantes 
brasileiros, assim o projeto inicial foi ampliado e, durante boa parte do Estado Novo, 
os jovens brasileiros receberam instruções sobre o uso de armas, civismo e 
condicionamento físico. 
d) o ministro da Justiça do Estado Novo, apesar da sua função relevante de autor da 
Constituição de 1937, ocupava poucos espaços políticos na ordem derivada do golpe 
de Estado, e a proposta de uma organização militar para a juventude dificilmente 
contaria com o apoio do presidente Vargas, avesso às práticas físicas e esportivas, que 
desviavam a população do trabalho. 
e) o ministro Francisco Campos, um dos mais importantes ideólogos do autoritarismo, 
defendia uma organização da juventude brasileira em formato parecido com as 
experiências das nações nazifascistas, e, ao mesmo tempo, a oposição do ministro 
Capanema a esse projeto mostra o governo ditatorial de Vargas marcado por 
divergências políticas entre os seus ministros. 
12. (FGV 2016) 
 A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito 
na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser 
um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a 
necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado 
essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário. 
FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112. 
A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 
a) ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de 
enfraquecimento da economia paulista. 
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b) foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís Carlos Prestes em aliança com a 
oligarquia gaúcha. 
c) foi desencadeada pelo movimento operário influenciado pelo sucesso da Revolução 
Russa de 1917. 
d) aconteceu devido à desaceleração da indústria paulista e às contestações das 
oligarquias nordestinas. 
e) foi provocada pelas desavenças entre as oligarquias de Minas Gerais e do Rio 
Grande do Sul. 
13. (FGV 2007) 
 Em muitos aspectos, a Era Vargas (1930-1945) implementou mudanças no país em 
relação à Primeira República (1889- 1930), pois 
a) promoveu as bases da industrialização, ao empreender uma política econômica 
intervencionista e protecionista, além de orientar sua política externa na busca de 
recursos para implantar empresas nacionais. 
b) passou a tratar a questão social como "caso de polícia", reprimindo as organizações 
da classe operária com o fechamento de jornais, associações e sindicatos, embora 
permitisse sua representação no Congresso. 
c) estabeleceu um Estado federativo, conferindo aos estados bastante autonomia ao 
permitir que contraíssem empréstimos no exterior e estabelecessem impostos, sem 
necessidade de consulta ao governo federal. 
d) desenvolveu uma nova política de valorização do café, por meio da compra e 
estocagem dos excedentes pelos governos estaduais e por constantes 
desvalorizações cambiais para favorecer os exportadores. 
e) autorizou a pluralidade sindical, porém os sindicatos ficaram atrelados ao Ministério 
do Trabalho, graças ao imposto de seus associados, e reuniam patrões e empregados, 
à semelhança do corporativismo fascista. 
14. (FGV 2004) 
Em 21 de dezembro de 1941, Getúlio Vargas recebeu Osvaldo Aranha, seu ministro 
das Relações Exteriores, para uma reunião. Leia alguns trechos do diário do 
presidente: 
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"À noite, recebi o Osvaldo. Disse-me que o governo americano não nos daria auxílio, 
porque não confiava em elementos do meu governo, que eu deveria substituir. 
Respondi que não tinha motivos para desconfiar dos meus auxiliares, que as 
facilidades que estávamos dando aos americanos não autorizavam essas 
desconfianças, e que eu não substituiria esses auxiliares por imposições estranhas." 
VARGAS, Getúlio, Diário. São Paulo/Rio de Janeiro, Siciliano/ Fundação Getúlio 
Vargas, 1995, vol. II, p. 443. 
A respeito desse período, podemos afirmar: 
a) As desconfianças norte-americanas eram completamente infundadas porque não 
havia nenhum simpatizante do nazifascismo entre os integrantes do governo 
brasileiro. 
b) Com sua política pragmática, Vargas negociou vantagens econômicas com o 
governo americano e manteve em seu governo simpatizantes dos regimes 
nazifascistas. 
c) Apesar das semelhanças entre o Estado Novo e os regimes fascistas, Vargas não 
permitiu nenhum tipo de relacionamento diplomático entre o Brasil e os países do 
Eixo. 
d) No alto escalão do governo Vargas havia uma série de simpatizantes do regime 
comunista da União Soviética e de seu líder Joseph Stalin. 
e) As pressões do governo norte-americano levaram Vargas a demitir seu ministro da 
Guerra, o general Eurico Gaspar Outra,admirador dos regimes nazifascistas. 
15. (FGV 2003) 
 Sobre a política externa desenvolvida pelo governo brasileiro durante o Estado Novo 
(1937-1945), é CORRETO afirmar: 
a) Um dos objetivos centrais da política externa do período foi a procura de recursos, 
em forma de capital e tecnologia, para promover a industrialização do país. A 
estratégia adotada foi a da barganha com Estados Unidos e Alemanha. 
b) A prioridade da política externa do período foi a de encontrar mercados para os 
produtos brasileiros de exportação, especialmente o café, de forma a contornar os 
efeitos da crise econômica deflagrada em 1929. A estratégia adotada foi a do 
alinhamento incondicional com a Alemanha. 
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c) Para atender ao seu principal objetivo - a obtenção de recursos externos para 
promover a industrialização do país - Vargas optou desde 1939 pelo alinhamento 
incondicional aos Estados Unidos, então maior potência ocidental. 
d) O alinhamento incondicional aos Estados Unidos foi a estratégia adotada para 
garantir um novo mercado consumidor para o café brasileiro. Em troca do apoio às 
proposições norte-americanas nos organismos internacionais, o Brasil obteve isenção 
de taxas alfandegárias para o café exportado para os Estados Unidos. 
e) As relações diplomáticas nesse período caracterizaram-se pelo alinhamento 
incondicional à Alemanha, em função da convergência ideológica que aproximava a 
ditadura varguista do nazismo alemão. 
16. (VUNESP 2004) 
Entre fins de fevereiro de 1945, quando José Américo de Almeida rompeu o cerco da 
censura, e 29 de outubro, com a deposição de Vargas, a sociedade brasileira, em 
pleno processo de democratização política e mobilizada em dois campos antagônicos, 
assistiu e participou de um movimento de massa, de proporções grandiosas. 
(Jorge Ferreira, in O Brasil republicano: o tempo da experiência democrática.) 
Esse movimento de massa de que fala o historiador, acontecido imediatamente após 
a deposição de Getúlio Vargas, ficou conhecido como 
a) queremismo 
b) o dia do Fico de Vargas 
c) crencionismo 
d) getulismo 
e) populismo 
17. (VUNESP 2003) 
Em 1939 o Estado Novo constitui um verdadeiro ministério, diretamente subordinado 
ao presidente da República (...). [Tal órgão] (...) exerceu funções bastante extensas, 
incluindo cinema, rádio, teatro, imprensa, literatura e política, além de proibir a 
entrada no país de "publicações nocivas aos interesses brasileiros"; agiu junto à 
imprensa estrangeira no sentido de se evitar que fossem divulgadas "informações 
nocivas ao crédito e à cultura do país"; dirigiu a transmissão diária do programa 
radiofônico "Hora do Brasil" (...)." (B. Fausto, “História do Brasil”). 
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Trata-se do 
a) Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). 
b) Instituto Nacional de Comunicação Social (INCS) 
c) Conselho Nacional de Educação e Cultura (CNEC) 
d) Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) 
e) Conselho Federal de Administração e Cultura (CFAC) 
18. (VUNESP 1993) 
O início da implantação da indústria de base liga-se à política nacionalista da era 
Vargas. As dificuldades externas, devido ao envolvimento dos países industrializados 
nas guerras, contribuíram para que se consolidasse a política das substituições das 
importações. 
Dentre as realizações que marcaram o último governo de Getúlio Vargas (1951-1954), 
e que se tornaram importantes para o desenvolvimento econômico do país, podemos 
citar 
a) a transferência da Capital Federal para Brasília. 
b) o programa de integração econômica da Amazônia, com a instalação do porto livre 
de Manaus. 
c) o estabelecimento do monopólio da extração e da refinação do petróleo. 
d) a instalação da indústria automobilística no país. 
e) a criação do Banco Nacional de Habitação. 
19. (FCC – Câmara Legislativa do Distrito Federal – 2018) 
Dentre as várias rupturas democráticas observadas ao longo da história do Brasil, 
pode-se citar o movimento que conduziu à instalação do chamado Estado Novo, 
período sobre o qual é correto afirmar que 
a) marcou o início da chamada “política dos governadores”, por meio da qual o 
governo central autoritário mantinha seu poder a partir de aliança com as oligarquias 
que controlavam as forças públicas estaduais. 
b) foi encabeçado por cinco estados da federação que não reconheceram o resultado 
das eleições democráticas para escolha do novo presidente. 
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c) teve como estopim a crise sucessória desencadeada pela renúncia do presidente 
da república eleito pelo voto democrático-censitário 
d) teve como um de seus pretextos inibir um suposto plano de tomada do poder no 
Brasil pelos comunistas. 
e) foi patrocinado pela burguesia industrial emergente e comandado por setores do 
exército aliados aos interesses econômicos internacionais. 
20. (FCC – Secretaria de Estado da Gestão e Previdência do Estado do Maranhão – 2017) 
No Brasil, a política social teve um desenvolvimento lento, débil e tardio. Nas 
primeiras décadas do século XX, a questão social foi tratada pelo Estado como caso 
de polícia. A partir de meados dos anos de 1930, no período da ditadura Vargas, o 
Estado 
a) criou um complexo sistema de gestão e regulação dos conflitos sociais, marcado 
pela ideia de colaboração entre as classes 
b) promoveu a organização sindical sob a perspectiva de participação e controle 
social. 
c) tornou-se locus de produção de dissensos, de dominação e de repressão 
d) regulou a economia de mercado e assegurou o pleno emprego. 
e) foi provedor de benefícios sociais irrestritos, e a previdência privada desempenhou 
um papel fundamental. 
21. (FCC – TRT-SP 15ª região – 2018) 
Conforme o Decreto nº 22.621, de 5/4/1933, a Assembleia Constituinte que iria 
debater a nova Constituição brasileira deveria ser composta por 214 deputados 
eleitos na forma da lei eleitoral vigente desde 1932, e mais 40 representantes 
classistas eleitos pelos sindicatos legalmente reconhecidos pelo Ministério do 
Trabalho. Esta composição pode ser compreendida como fruto da convivência 
 
a) da concepção oligárquica, que valorizava um sistema eleitoral herdado da Primeira 
República, e de uma perspectiva socialista de participação popular, baseada na 
eleição de representantes dos partidos estaduais e de delegados escolhidos por 
sindicatos operários 
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b) dos princípios da democracia, entre os quais figurava a representação do indivíduo 
pelo voto concedido aos candidatos a deputados, e do poder político da maçonaria, 
que determinava aqueles que seriam os representantes correspondentes em cada 
classe profissional. 
c) dos princípios do fascismo, como a defesa da estatização da representação popular 
por intermédio de um partido único, e da concepção anarco-sindicalista, que 
estabelecia o princípio do voto coletivo para escolha de delegados sindicais. 
d) da concepção liberal, que estabelecia o princípio de representação do indivíduo 
pelo voto, e do princípio corporativista que entendia a sociedade como um corpo 
composto majoritariamente por grupos ligados ao mundo do trabalho e da produção 
econômica. 
e) da concepção republicana, que postulava a escolha da constituição e a 
representaçãodo indivíduo por meio de eleições diretas, e do princípio keynesiano 
que entendia a sociedade como um organismo livre composto por indivíduos 
autorrepresentados. 
22. (FCC – TRT-SP 15ª região – 2018) 
O artigo 138 da Constituição de 1937, que estabelece o reconhecimento e a 
regulação da atividade sindical pelo Estado, foi inspirado 
a) pela Carta de Nuremberg, elaborada em 1924 pelo Partido Nazista. 
b) pelo Documento de Genebra, firmado em 1918 pela Organização Internacional do 
Trabalho. 
c) pela Carta del Lavoro, promulgada em 1927 pela Itália fascista 
d) pela Carta dos Trabalhadores Ingleses, editada em 1848 pelo movimento cartista. 
e) pelo Manifesto de Lisboa, escrito em 1930 pelo Movimento Salazarista. 
23. (Profe Ale Lopes/Estratégia Concursos/2022) 
“Afinal, em 31 de dezembro de 1942, a América Latina ganhara uma das cinco emissoras mais 
potentes do mundo: a Nacional entrava no ar para transmitir programas diários em quatro 
idiomas, fazendo a divulgação metodizada da música e do folclore brasileiro lado a lado com a 
propaganda constante dos principais produtos do país (então o café, o algodão, a borracha e a 
madeira), por meio de uma estação de ondas curtas de 50kW de potência e oito antenas 
instaladas pela RCA Victor: duas dirigidas aos Estados Unidos, duas à Europa, uma voltada para 
a Ásia”. 
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SAROLDI, Luiz Carlos; MOREIRA, Sonia Virgínia. Rádio Nacional: o Brasil em sintonia. 3 ed. Rio 
de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, p. 98. 
No período abordado pelo texto, 
a propaganda política não era permitida no rádio, apenas em material impresso ou em 
A)manifestações públicas. 
B)as emissoras de rádio serviram apenas ao entretenimento, como na divulgação de músicas e 
na reprodução de radionovelas. 
C)o pensamento livre e a liberdade de expressão encontraram espaço nas emissoras de rádio, 
pois a censura ignorava esses meios de comunicação. 
D)o rádio criou novas formas de lazer e convivência e veiculou diferentes sensibilidades, valores 
e hábitos. 
E)a sociedade brasileira quase não foi afetada pela difusão do rádio, uma vez que era um 
produto de luxo só acessível às classes mais ricas. 
GABARITO 
1- C 
2- A 
3- A 
4- C 
5- A 
6- B 
7- D 
8- C, C, C, E 
9- E, C, E, C 
10- E 
11- E 
12- A 
13- A 
14- B 
15- A 
16- A 
17- A 
18- C 
19- D 
20- A 
21- D 
22- C 
23- D 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. CESGRANRIO - 2010 - Professor de Ensino Fundamental e Médio (SEDUC SP)/História 
 A crise de 1929 acabou se estendendo ao Brasil. “A crise mundial trazia como consequência 
uma produção agrícola sem mercado, a ruína de fazendeiros, o desemprego nas grandes 
cidades. As dificuldades financeiras cresciam: caía a receita das exportações e a moeda 
conversível se evaporara. No plano político, as oligarquias regionais vitoriosas em 1930 
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procuravam reconstruir o Estado nos velhos moldes.” FAUSTO, Boris. História do Brasil. São 
Paulo: Edusp: fundação do desenvolvimento da Educação, 1995, p.332-3. 
Esse cenário favoreceu o golpe de 1930, que consolidou no poder 
A) o queremismo com Getúlio Vargas, através de eleições diretas e com o apoio das classes 
operárias urbanas. 
B) uma burguesia financeira internacional aliada dos setores conservadores da sociedade 
brasileira. 
C) o Estado getulista promotor do capitalismo nacional, conhecido como Estado de 
Compromisso. 
D) uma nova Constituição de caráter centralizador, numa aliança estratégica com a burguesia 
financeira internacional. 
E) os grandes proprietários de terras e a burguesia financeira, com apoio de capitais 
internacionais. 
Comentários 
A crise de 1929 teve impactos significativos no Brasil e contribuiu para a ascensão de Getúlio Vargas ao poder 
em 1930. 
A) Incorreta. O "queremismo" não está relacionado diretamente ao golpe de 1930, mas sim ao contexto 
político do final da década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. O queremismo foi um movimento 
popular que ocorreu no Brasil, no qual alguns grupos demonstraram apoio e simpatia pela permanência de 
Getúlio Vargas no poder durante a guerra. O termo "queremismo" derivou do slogan "Queremos Getúlio", 
que expressava o desejo de parte da população brasileira de manter Vargas como presidente. Durante a 
Segunda Guerra Mundial, Vargas adotou uma política de neutralidade, mas havia pressões internas e 
externas para que o Brasil tomasse um lado no conflito. Parte da população brasileira manifestou apoio a 
Vargas, que acabou se aproximando dos Aliados, rompendo relações com o Eixo. 
B) Incorreta. A aliança que levou Vargas ao poder não era principalmente com setores conservadores. Assim, 
com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder em 1930, consolidou-se uma coalizão conhecida como "governo 
provisório", que incluía diferentes setores da sociedade brasileira, como tenentistas, oligarquias dissidentes, 
setores da classe trabalhadora urbana, intelectuais e empresários nacionalistas. 
C) Correta. O Estado de Compromisso é uma caracterização apropriada do governo de Vargas, representando 
sua tentativa de conciliar diferentes grupos sociais e econômicos, promovendo o desenvolvimento industrial 
e mantendo relações com diferentes setores da sociedade. 
D) Incorreta. Não houve imediatamente uma nova Constituição após o golpe de 1930. A Constituição foi 
promulgada mais tarde, em 1934, e a aliança estratégica não foi com a burguesia financeira internacional, 
mas sim com setores do nacionalismo econômico. 
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E) Incorreto. O capitalismo internacional estava em crise nesse momento e Vargas tinha um aliança com 
muitos setores além de uma oligarquia dissidente, como vimos na alternativa C. 
Gabarito: C 
2. CESGRANRIO - 2010 - Analista (IBGE)/História 
 
Ao longo da república, na sociedade brasileira, o exercício da cidadania sofreu transformações 
associadas a ações estatais promotoras de maior inclusão política e social, dentre as quais cita-
se o(a) 
A)voto feminino, a partir de 1934. 
B)seguro desemprego, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
C)direito de voto para os analfabetos, a partir de 1946. 
D)reconhecimento da liberdade sindical, a partir de 1937. 
E)proteção dos direitos indígenas, a partir de 1891. 
Comentários: 
A) Correta: A Constituição de 1934 estendeu o direito ao voto às mulheres no Brasil. Antes disso, em 1932, 
durante o governo provisório, uma lei instituiu o primeiro Código Eleitoral brasileiro, permitindo que as 
mulheres votassem nas eleições para a Assembleia Constituinte em 1933. No entanto, somente em 1934, a 
Constituição consolidou o direito das mulheres de forma geral. 
B) Incorreta. Seguro desemprego, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Incorreta: O seguro-desemprego foi instituído pelo decreto-lei n. 2.283 de 1986 e posteriormente passou a 
integrar o Programa do Seguro Desemprego após a Constituição de 1988. 
C) Incorreta. A Constituição de 1946 não concedeu direito de voto aos analfabetos. Esse direito só foi 
concedido, de forma facultativa, na Constituição de 1988. 
D) Incorreta: A Constituição autoritária de 1937 não reconhecia a liberdade sindical. O reconhecimento 
ocorreu apenas na Constituição de 1988. 
E) Incorreta: A proteção dos direitos indígenas ocorreu a partir da Constituição de 1934, que resguardou a 
posse de suas terras, vedando a sua alienação. 
Todas as Constituições de nossa era republicana, ressalvada a omissão da Constituição de 
1891,reconheceram aos povos indígenas direitos sobre os territórios por eles habitados: 
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Constituição de 1934 
"Art. 129 – Será respeitada a posse de terras de silvícolas que nelas se achem 
permanentemente localizados, sendo-lhes, no entanto, vedado aliená-las." 
Constituição de 1937: "Art. 154 – Será respeitada aos silvícolas a posse das terras em que 
se achem localizados em caráter permanente, sendo-lhes, no entanto, vedado aliená-las". 
Constituição de 1946: "Art. 216 – Será respeitada aos silvícolas a posse das terras onde se 
achem permanentemente localizados, com a condição de não a transferirem." 
Constituição de 1967:"Art. 186 – É assegurada aos silvícolas a posse permanente das terras 
que habitam e reconhecido o seu direito ao usufruto exclusivo dos recursos naturais e de 
todas as utilidades nelas existentes". 
Emenda Constitucional número 1/ 1969 :"Art. 198 – As terras habitadas pelos silvícolas são 
inalienáveis nos termos em que a lei federal determinar, a eles cabendo a sua posse 
permanente e ficando reconhecido o seu direito ao usufruto exclusivo das riquezas e de 
todas as utilidades nelas existentes". 
Constituição de 1988: Art. 231 - " São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por 
eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as 
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as 
necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições." 
Gabarito: A 
3. (CESGRANRIO - 2010 - IBGE - Analista de Planejamento - Historia) 
A criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1938, durante a 
presidência de Getúlio Vargas, objetivou a produção e a sistematização de informações e dados 
sobre o povo e o território brasileiros de modo a conhecer o país e a instrumentalizar o poder 
público em suas ações destinadas ao desenvolvimento e à modernização nacional. 
 
PORQUE 
 
Na conjuntura política da época da criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) – o Estado Novo – ampliaram-se as atribuições do governo federal por meio de ações 
centralizadoras e intervencionistas, cuja eficácia em muito dependia de saberes tecnicamente 
especializados e confiáveis. 
 
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Analisando as afirmações acima, conclui-se que 
 
(A) as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
(B) as duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. 
(C) a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. 
(D) a primeira afirmativa é falsa, e a segunda verdadeira. 
(E) as duas afirmativas são falsas 
Comentários: 
De fato, o IBGE é um dos elementos que nos demonstra o aumento da presença do Estado interventor de 
Vargas. O IBGE foi criado com o objetivo de suprir a necessidade de informações confiáveis sobre o território 
e a população brasileira, imprescindíveis para o planejamento e implementação de políticas públicas eficazes 
no contexto do Estado Novo. O Estado Novo representou um período de forte centralização do poder e 
intensificação da atuação estatal em diversas áreas. A produção de dados precisos e confiáveis era crucial 
para o sucesso das políticas públicas implementadas nesse contexto. 
Gabarito: A. 
4. (CESGRANRIO - Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos do Governo 
do Rio Grande do Norte – 2011) 
Apesar de gerar controvérsia no meio acadêmico, o conceito de “populismo” ainda é 
amplamente utilizado. No caso brasileiro, a maioria dos livros didáticos caracteriza os governos 
“populistas” como, necessariamente, associados à existência de 
(A) governos ditatoriais 
(B) pluralidade sindical 
(C) manipulação da vontade popular 
(D) censura aos meios de comunicação 
(E) apoio da mídia através de concessões públicas 
Comentários: 
O conceito de “populismo” permeia debates no meio acadêmico e, no contexto brasileiro, os livros didáticos 
frequentemente associam os governos populistas a características específicas. Abordar essa temática exige 
cautela, pois a definição de populismo é complexa e controversa. 
 
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a) Incorreta. O populismo não se resume a regimes autoritários. Há exemplos de líderes populistas em 
democracias. A relação entre populismo e autoritarismo varia em cada caso histórico. 
b) Incorreta. Não existe relação causal necessária entre pluralidade sindical e populismo. Em alguns casos, 
líderes populistas coexistiram com a organização e reivindicação de diferentes grupos sociais através dos 
sindicatos, em outros os líderes populistas realizaram grande controle dos grupos sindicais. 
c) Correta. A manipulação da vontade popular, por meio de estratégias como o uso da mídia e o apelo 
emocional, é frequentemente utilizada por líderes populistas. 
d) Incorreta. A censura pode ocorrer em governos populistas, mas não é uma característica universal. O 
controle da mídia varia de acordo com o contexto histórico e o tipo de regime político. 
e) Incorreta. O uso de concessões públicas para garantir o apoio da mídia nem sempre é uma estratégia 
utilizada por alguns líderes populistas, visando influenciar a opinião pública; até porque o próprio conceito 
das concessões públicas é bem comum ao Brasil, mas não necessariamente presente em outros contextos. 
Gabarito: C. 
5. (CESGRANRIO - 2010 - Prefeitura de Salvador - BA - Professor - História) 
 
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No que se refere à política trabalhista, Getúlio Vargas conjugou com bastante sucesso uma 
forte repressão ao movimento operário com a criação de um conjunto de leis que 
representaram avanço para os trabalhadores. 
No dia 1o de maio de 1943, foi assinado o Decreto-Lei no 5.452 que instituía a Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT) e unificava toda a legislação trabalhista já existente no país. Desde então, 
a CLT sofreu alterações, mas, tendo em vista o Decreto de 1943, registra-se que, naquela 
ocasião, os trabalhadores obtiveram as seguintes conquistas: 
 
I - adoção no território nacional da Carteira Profissional, que passou a ser obrigatória para o 
exercício de qualquer emprego assalariado; 
II - estabelecimento do limite máximo de 8 horas diárias para a jornada de trabalho do 
empregado; 
III - direito a todo empregado de um descanso semanal de 24 horas consecutivas. 
IV - aprovação do salário mínimo, pago diretamente pelo empregador a todo trabalhador do 
sexo masculino. 
V - liberação para a formação de mais de um Sindicato representativo da mesma categoria 
econômica ou profissional, ou profissão liberal, sem restrições por parte do Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio. 
 
Estão corretas APENAS as conquistas apresentadas em 
 
(A) I, II e III. 
(B) I, III e IV. 
(C) I, III e V. 
(D) II, IV e V. 
(E) III, IV e V. 
Comentários: 
A política trabalhista de Getúlio Vargas foi marcada por uma série de medidas que, de um lado, concederam 
direitos e proteções aos trabalhadores, e de outro, reprimiram e controlaram o movimento operário. A 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promulgada em 1943, representou um marco histórico ao reunir e 
unificar a legislação trabalhista até então dispersa. 
 
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I. Carteira Profissional: Correta. A CLT instituiu a Carteira Profissional como documento obrigatório para o 
trabalho assalariado, formalizando a relação entre empregador e empregado e garantindo direitos 
trabalhistas. 
II. Jornada de 8 horas: Correta. A CLT limitou a jornada de trabalho a 8 horas diárias, com exceções previstas 
em lei, assegurando aos trabalhadores tempo livre para descanso e lazer. 
III. Descanso Semanal Remunerado: Correta. A CLT assegurou aos trabalhadores o direito a um descanso 
semanal remunerado de 24 horas consecutivas, geralmente aos domingos, contribuindo para o bem-estar 
físico e mental. 
IV. Salário Mínimo: Incorreta. A CLT não instituiu o salário mínimo, que já havia sido estabelecido em 1936. 
No entanto, a CLT regulamentou seu pagamento, definindo critérios para sua atualização e fiscalização. 
V. Liberdade Sindical: Incorreta. A CLT, apesar de permitir a formação de mais de um sindicato por categoria, 
impôs diversas restrições, como a necessidade de registro no Ministério do Trabalho e a tutela do Estado 
sobre os sindicatos. 
 
As alternativas I, II e III representam conquistas importantes para os trabalhadores, assegurando direitos 
básicos como a carteira profissional, a jornada de 8 horas e o descanso semanal remunerado. As alternativas 
IV e V, embora apresentem elementos corretos, não refletem completamente a realidade da época, pois o 
salário mínimo já existia antes da CLT e a liberdade sindical era limitada por diversas restrições. 
Gabarito: A. 
6. (CESGRANRIO - 2014 - IBGE - Agente de Pesquisas por Telefone) 
Desde que o jornal integralista A Offensiva estampara as primeiras convocações para o evento 
na praça da Sé, esquerdistas dos mais variados matizes idealizaram uma contramanifestação, 
combinada propositadamente para o mesmo dia (7 de outubro de 1934), horário e local. “És 
amigo da liberdade? Queres que o Brasil marche para a paz e o progresso? Repugna-te o 
crime e a bandalheira? És amante da arte, da ciência e da filosofia? Pois, então, guerra ao 
integralismo com todas as suas energias", incitava um panfleto da Federação Operária de São 
Paulo, de orientação anarquista. 
NETO, Lira. [ ] Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo (1930 -1945). São Paulo: 
Companhia das Letras, 2013, p.193. 
O embate previamente anunciado entre esquerdistas e integralistas foi fatal e ocorreu no 
governo do presidente 
 
A)Café Filho. 
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B)Getúlio Vargas. 
C)Jânio Quadros. 
D)Washington Luís. 
E)Juscelino Kubitschek. 
Comentários: 
O texto introdutório apresenta o contexto da disputa entre integralistas e esquerdistas na Praça da Sé em 7 
de outubro de 1934, durante o governo de Getúlio Vargas. O confronto, resultado de tensões ideológicas e 
políticas acirradas, foi um marco histórico que evidenciava a polarização da sociedade brasileira no período. 
O embate entre integralistas e esquerdistas em 1934 foi um evento significativo na história brasileira, 
evidenciando as tensões políticas e ideológicas do período. A alternativa B é a única que identifica 
corretamente o contexto histórico do confronto, confirmando Getúlio Vargas como o presidente em 
exercício na época. 
 
A) Governo Café Filho: Errada. O confronto ocorreu em 1934, durante o Governo Provisório de Getúlio 
Vargas, antes da presidência de Café Filho (1954-1955). 
B) Governo Getúlio Vargas: Correta. O texto indica que o evento se deu durante o governo de Vargas, 
confirmando a alternativa B como a correta. 
C) Governo Jânio Quadros: Errada. Jânio Quadros foi presidente entre 1961 e 1964, período posterior ao 
confronto de 1934. 
D) Governo Washington Luís: Errada. O governo de Washington Luís (1926-1930) antecedeu o confronto e a 
ascensão de Vargas ao poder. 
E) Governo Juscelino Kubitschek: Errada. Juscelino Kubitschek foi presidente entre 1956 e 1961, período 
posterior ao confronto de 1934. 
Gabarito: B. 
7. CESGRANRIO - 2010 - Professor de Ensino Fundamental e Médio (SEDUC SP)/História 
 Para Boris Fausto, o integralismo se definiu como uma doutrina nacionalista, cujo conteúdo 
era mais cultural do que econômico. 
FAUSTO, Boris História do Brasil São Paulo Edusp: FDE, 1995, p. 353. 
Entre as características básicas do Integralismo, pode-se apontar 
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A)o apoio ao liberalismo, ao socialismo e às oligarquias agrárias nordestinas de cunho 
nacionalista. 
B)a aliança com fileiras da Igreja das comunidades eclesiais de base, apoiando a reforma 
agrária. 
C)o antissemitismo exacerbado, aliado aos comunistas. 
D)o controle do Estado sobre a economia, sinalizando para os princípios: Deus, Pátria e Família. 
E)o ufanismo nacionalista aliado aos setores ligados ao capital financeiro. 
Comentários: 
a) Incorreta: O integralismo tinha aversão ao liberalismo e ao socialismo. Além disso, não havia aliança com 
as oligarquias agrárias nordestinas, pois essas eram vistas como elementos de atraso no contexto do 
pensamento integralista. 
b) Incorreta: O integralismo não apoiava a reforma agrária, pois via essa pauta como uma ameaça aos valores 
tradicionais, e não havia uma aliança com as comunidades eclesiais de base. O integralismo, apesar de ser 
religioso, não estava associado às agendas de base da Igreja Católica no contexto mencionado. 
c) Incorreta: Embora o antissemitismo estivesse presente no integralismo, a ideia de uma aliança com os 
comunistas é contrária à natureza do integralismo, que tinha uma aversão ao comunismo. Portanto, não 
haveria aliança entre esses dois grupos. 
d)Correta. O integralismo tinha aversão ao liberalismo, defendendo a intervenção do Estado na economia, 
mas sempre em associação direta com a burguesia nacional. Isso confirma a ideia de que o controle do Estado 
sobre a economia era uma característica do integralismo, alinhando-se aos princípios expressos no lema 
"Deus, Pátria e Família". Portanto, a alternativa D está correta de acordo com o contexto apresentado. 
e) Incorreta: O integralismo era nacionalista, e, por isso, não estava aliado aos setores ligados ao capital 
financeiro. Pelo contrário, o integralismo via o capital financeiro como uma força potencialmente 
enfraquecedora para o desenvolvimento nacional, sendo mais favorável à intervenção estatal na economia 
em cooperação com a burguesia nacional. 
Gabarito: D 
8. (IADES – CACD – 2023) 
A respeito da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) os 
itens a seguir. 
( ) No que dependesse da opinião e da vontade das lideranças dos aliados, a 
participação do Brasil na guerra seria limitada à cooperação produtiva e logística. Mas 
Vargas e a diplomacia brasileira compreendiam o direto envolvimento brasileiro na 
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frente de batalha como uma oportunidade para o País adquirir prestígio e uma 
posição privilegiada no continente – a rival Argentina permaneceu neutra até 
praticamente o fim do conflito – e no mundo, em condições de, segundo almejavam, 
sentar-se ao lado das grandes potências vencedoras que viriam a estabelecer a 
chamada nova ordem mundial do pós-guerra. 
( ) Contrariando os britânicos, que não desejavam a participação brasileira direta no 
conflito, armado e treinado pelos Estados Unidos da América (EUA), o Brasil juntou-
se aos aliados.No dia 9 de agosto de 1943, foi criada a Força Expedicionária Brasileira 
(FEB). O primeiro grupo de soldados seguiu para a Itália em junho de 1944 e integrou-
se ao exército norte-americano. Mais de 25 mil soldados foram enviados à guerra. 
( ) A filiação à causa aliada e a cessão de bases militares no Norte e no Nordeste 
contribuíram para a concretização do principal símbolo do esforço industrialista de 
Vargas, que foi a efetivação do projeto de construção da Companhia Siderúrgica 
Nacional (CSN) em Volta Redonda. O governo chegou a essa realização graças à 
tecnologia importada dos EUA e, muito especialmente, ao empréstimo britânico 
realizado por meio do Export-Import Bank. 
( ) Embora as relações diplomáticas já estivessem rompidas entre o Brasil e o Japão 
desde janeiro de 1942, e os cidadãos japoneses aqui residentes já se encontrassem 
sofrendo os mesmos controles e as mesmas restrições e intimidações que os demais 
cidadãos identificados como eixistas sofriam, a declaração de guerra em agosto do 
mesmo ano não incluía estado de beligerância ou de guerra com a nação do Extremo 
Oriente. 
Comentários: 
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi um evento importante da história do país. 
O Brasil enviou tropas para combater na Itália, e a participação do país na guerra teve 
consequências econômicas, políticas e sociais. 
(1) CERTA. O Brasil inicialmente se comprometeu a fornecer apoio logístico e econômico aos 
aliados, mas Getúlio Vargas e a diplomacia brasileira ambicionavam uma participação mais ativa 
na guerra, como forma de fortalecer o prestígio do país no cenário internacional. 
(2) CERTA. Os britânicos, que eram responsáveis pela defesa do Atlântico Sul, não desejavam a 
participação brasileira direta no conflito, pois temiam que o Brasil pudesse se tornar um alvo dos 
submarinos alemães. No entanto, os Estados Unidos, que estavam interessados em obter o apoio 
do Brasil para a guerra no Mediterrâneo, pressionaram o país a enviar tropas para a Itália. 
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(3) CERTA. A filiação à causa aliada e a cessão de bases militares no Norte e no Nordeste do Brasil 
permitiram que o governo Vargas obtivesse empréstimos dos Estados Unidos e da Inglaterra para 
a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A CSN foi um projeto importante para o 
desenvolvimento industrial do Brasil. 
(4) ERRADA. A declaração de guerra do Brasil ao Japão, em 22 de agosto de 1942, incluiu estado 
de beligerância ou de guerra com a nação do Extremo Oriente. O rompimento das relações 
diplomáticas com o Japão havia ocorrido em 27 de janeiro de 1942, e os cidadãos japoneses 
residentes no Brasil já estavam sendo perseguidos pelo governo brasileiro. No entanto, a 
declaração de guerra formalizou o estado de conflito entre os dois países. 
Gabarito: C C C E. 
9. (IADES – CACD – 2023) 
A Marcha para o Oeste, como afirmou Alcir Lenharo, forjou a imagem de uma nação 
unida, transcendendo conflitos de raça, classe e região. 
(GARFIELD, Seth. A luta indígena no coração do Brasil: política indigenista, a marcha para o Oeste e os índios 
Xavante (1937-1988). Trad. Cláudia Sant’Ana Martins. São Paulo: Editora Unesp, 2011, p. 47.) 
Acerca dos processos econômicos e sociopolíticos brasileiros durante o Estado Novo 
(1937-1945), julgue (C ou E) o item a seguir. 
( ) O Dia do Trabalho, comemorado a partir de 1939 no estádio de São Januário, no 
Rio de Janeiro, foi peça-chave no calendário estadonovista, mas a adesão ao evento 
pela massa de trabalhadores urbanos ficou aquém do esperado, já que o populismo 
e o autoritarismo varguistas frustraram os sindicatos e impediram iniciativas estatais 
estruturantes no campo dos direitos sociais e das relações de trabalho. 
( ) O Estado Novo ultrapassou as tentativas republicanas anteriores de expansão pelo 
Brasil Central. A industrialização e a extensão da legislação trabalhista provocaram o 
aumento da urbanização, pois os trabalhadores rurais que não tinham acesso à terra 
migraram para as cidades. Diante do desafio de fornecer bens de consumo agrícolas, 
direcionar a mão de obra excedente e acalmar os conflitos urbanos, o Regime Vargas 
promoveu a povoação do interior da região Centro-Oeste. 
( ) A proteção jurídica conquistada pelos trabalhadores no decorrer do Estado Novo 
(1937-1945) não teve relação com reivindicações grevistas e lutas sindicais anteriores, 
devendo ser creditada apenas ao intervencionismo estatal nesse período, que 
pretendia distensionar os conflitos sociais no campo e na cidade. 
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( ) Entre as estratégias da propaganda estadonovista, o programa radiofônico 
guardava a ideia do estabelecimento de uma comunicação sistemática entre o Estado 
e o povo por intermédio da pessoa do ministro do Trabalho. A “Hora do Brasil” foi 
criada para ser um sucesso de audiência, e sua transmissão tornou-se obrigatória em 
todos os estabelecimentos comerciais que possuíssem aparelho de radiodifusão. 
Comentários: 
1. Errada: O Dia do Trabalho foi um evento importante no calendário do Estado Novo, mas a 
adesão dos trabalhadores urbanos não foi tão grande quanto o esperado. Isso ocorreu 
porque o populismo e o autoritarismo de Vargas frustraram os sindicatos e impediram 
iniciativas significativas no campo dos direitos sociais e das relações de trabalho. 
2. Certa: O Estado Novo realmente ultrapassou as tentativas republicanas anteriores de 
expansão pelo Brasil Central. A industrialização e a extensão da legislação trabalhista 
levaram ao aumento da urbanização, com trabalhadores rurais migrando para as cidades. 
Para enfrentar os desafios resultantes, o Regime Vargas promoveu a colonização do interior 
da região Centro-Oeste. 
3. Errada: A proteção jurídica conquistada pelos trabalhadores durante o Estado Novo teve 
relação com reivindicações grevistas e lutas sindicais anteriores, e não pode ser creditada 
apenas ao intervencionismo estatal. O Estado Novo buscou aliviar os conflitos sociais no 
campo e na cidade, mas isso foi influenciado pelas lutas dos trabalhadores. 
4. Certa: O programa radiofônico “Hora do Brasil” foi uma das estratégias de propaganda do 
Estado Novo. Ele foi criado para estabelecer uma comunicação sistemática entre o Estado 
e o povo, e sua transmissão tornou-se obrigatória em todos os estabelecimentos comerciais 
que possuíam aparelho de radiodifusão. 
Gabarito: E C E C. 
10. (FGV 2018) 
 A imagem retrata um episódio de 1943, na cidade de Natal: a presença do presidente 
do Brasil, Getúlio Vargas, e do presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt. 
 
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Tal episódio faz parte de um contexto mais amplo, representado pela Política de Boa 
Vizinhança, que se constituiu em uma 
a) forte mobilização dos governos dos Estados Unidos e do Brasil no sentido de uma 
inédita colaboração econômica, materializada na oferta estadunidense de tecnologia 
para a recente indústria automobilística brasileira e a remessa de aço para as indústrias 
dos Estados Unidos. 
b) ação conjunta do governo e de grandes empresários norte-americanos para auferir 
grandes lucros no Brasil e na América Latina por meio de investimentos diretos em 
equipamentos urbanos, especialmente o transporte público e a produção e 
distribuição de energia. 
c) nova postura diplomática e comercial dos Estados Unidos para a América Latina, 
especialmente para a Argentina, o Brasil e o México, que articulavam um blocopolítico-econômico com o intuito de estabelecer relações mais efetivas com a 
Inglaterra e a França. 
d) reordenação radical da política externa brasileira, que passou a ser pautada pelo 
pragmatismo econômico, no qual o governo Vargas procurava as melhores condições 
para garantir o desenvolvimento da indústria de base, alternando aproximações entre 
os Estados Unidos e a Inglaterra. 
e) prática diplomática estadunidense para a América Latina, que abandonou o 
intervencionismo, optando pela negociação diplomática e o auxílio econômico e 
militar, como o empréstimo para a construção de uma siderúrgica no Brasil, a fim de 
limitar a influência europeia na região. 
Comentários 
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Implementada durante os governos de Franklin Delano Roosevelt nos Estados Unidos (1933 a 
1945), a chamada política de boa vizinhança tornou-se a estratégia de relacionamento com a 
América Latina no período. Sua principal característica foi o abandono da prática 
intervencionista que prevalecera nas relações dos Estados Unidos com a América Latina desde 
o final do século XIX. A partir de então, adotou-se a negociação diplomática e a colaboração 
econômica e militar com o objetivo de impedir a influência europeia na região, manter a 
estabilidade política no continente e assegurar a liderança norte-americana no hemisfério 
ocidental. Com isso, sabemos que a alternativa correta é letra e). Vejamos porque as outras 
estão erradas: 
a) A indústria automobilística se instalou no Brasil apenas na década de 1950. 
b) Foi uma política de Estado, não contando, assim, com o investimento de grandes empresários. 
c) O intuito dessa política era afastar a influência europeia. 
d) Trata-se de uma política que diz respeito à relação entre os EUA e os países da América 
Latina, não sendo, portanto, uma reorganização da política brasileira e sim da estadunidense. 
Gabarito: E 
11. (FGV 2017) 
 [Em novembro de 1937], (...) ao falar em organizar a juventude com a finalidade “de 
promover-lhe a disciplina moral e o adestramento físico, de maneira a prepará-la ao 
cumprimento dos seus deveres para com a economia e a Nação, [o ministro da Justiça 
Francisco] Campos estava pensando em instituições voltadas para a mobilização e a 
militarização dos jovens. (...) 
Consciente de que não poderia contar com o apoio de Gustavo Capanema para a 
efetivação de seu projeto de mobilização política da juventude através do sistema de 
ensino e tendo fracassado na sua tentativa de afastá-lo do Ministério da Educação e 
Saúde, Campos planejava reunir os jovens em um sistema e criar para isto uma grande 
organização nacional, sob a dependência direta do Ministério da Justiça, isto é, dele 
mesmo. 
José Silvério Baía Horta. O hino, o sermão e a ordem do dia: a educação no Brasil 
(1930-1945), 1994. 
Considerando o fragmento e o contexto do Estado Novo, é correto afirmar que 
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a) o prestígio do ministro Francisco Campos podia ser dimensionado pela importância 
que Getúlio Vargas deu ao projeto da juventude brasileira, com recursos financeiros, 
apoio político e aval da Câmara dos Deputados, e foi implantado durante a Segunda 
Guerra, encaminhando o Brasil em direção aos interesses dos Estados Unidos e dos 
Aliados. 
b) a efetivação da Juventude Brasileira, que tinha como patrono Duque de Caxias, 
funcionando apenas no Rio de Janeiro e em algumas outras capitais brasileiras, 
desencadeou um sério conflito entre vários líderes do Estado Novo, o que 
enfraqueceu o regime autoritário, que perdia as suas bases de sustentação por conta 
da forte oposição liberal nascida nos estados nordestinos. 
c) o ministro Francisco Campos, um notável articulador político, soube convencer o 
ministro Capanema das vantagens em organizar militarmente os estudantes 
brasileiros, assim o projeto inicial foi ampliado e, durante boa parte do Estado Novo, 
os jovens brasileiros receberam instruções sobre o uso de armas, civismo e 
condicionamento físico. 
d) o ministro da Justiça do Estado Novo, apesar da sua função relevante de autor da 
Constituição de 1937, ocupava poucos espaços políticos na ordem derivada do golpe 
de Estado, e a proposta de uma organização militar para a juventude dificilmente 
contaria com o apoio do presidente Vargas, avesso às práticas físicas e esportivas, que 
desviavam a população do trabalho. 
e) o ministro Francisco Campos, um dos mais importantes ideólogos do autoritarismo, 
defendia uma organização da juventude brasileira em formato parecido com as 
experiências das nações nazifascistas, e, ao mesmo tempo, a oposição do ministro 
Capanema a esse projeto mostra o governo ditatorial de Vargas marcado por 
divergências políticas entre os seus ministros. 
Comentários 
Essa é uma questão interessante. Vamos por partes: 
Nessa aula, falamos sobre Francisco Campos quando estudamos sobre o posicionamento do 
Brasil frente a Segunda Guerra Mundial. Conforme vimos, naquele momento, Francisco Campos 
era Ministro da Justiça (importante destacar tendo em vista que ele já havia ocupado o posto 
de Ministro da Educação anos antes) e defendia a entrada do Brasil na Guerra ao lado do Eixo. 
O Eixo era formado por países com regimes totalitários (Nazismo Alemão, Fascismo Italiano, 
etc), assim, era bem claro o flerte de Campos com o autoritarismo. De fato, Francisco Campos 
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consolidou-se como um dos mais importantes ideólogos da direita no Brasil, aprofundando suas 
convicções antiliberais e passando a defender explicitamente a ditadura como o regime político 
mais apropriado à sociedade de massas, que então se configurava no país. Nesse sentido, 
tornou-se um dos elementos centrais, junto com Vargas e a cúpula das Forças Armadas, dos 
preparativos que levariam à ditadura do Estado Novo, instalada por um golpe de estado 
decretado em novembro de 1937. Nomeado ministro da Justiça dias antes do golpe, foi, então, 
encarregado por Vargas de elaborar a nova Constituição do país, marcada por características 
corporativistas e pela proeminência do poder central sobre os estados e do Poder Executivo 
sobre o Legislativo e o Judiciário. 
Capanema, por sua vez, foi designado pelo presidente Getúlio Vargas para dirigir o Ministério 
da Educação e Saúde. Nomeado em julho de 1934, permaneceria no cargo até o fim do Estado 
Novo, em outubro de 1945. Sua gestão no ministério foi marcada pela centralização, a nível 
federal, das iniciativas no campo da educação e saúde pública no Brasil. 
Dessa forma, o embate sobre o modelo das escolas que observamos no texto só reflete a 
divergência política que marcou o Estado Novo. 
Assim, nosso gabarito é letra e). 
Gabarito: E 
12. (FGV 2016) 
 A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito 
na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser 
um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a 
necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado 
essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário. 
FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112. 
A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 
a) ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de 
enfraquecimento da economia paulista. 
b) foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís Carlos Prestesem aliança com a 
oligarquia gaúcha. 
c) foi desencadeada pelo movimento operário influenciado pelo sucesso da Revolução 
Russa de 1917. 
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d) aconteceu devido à desaceleração da indústria paulista e às contestações das 
oligarquias nordestinas. 
e) foi provocada pelas desavenças entre as oligarquias de Minas Gerais e do Rio 
Grande do Sul. 
Comentários 
 Para responder à questão, vamos relembrar o que acontecia com o café durante a República 
Oligárquica (período que antecede a Revolução de 30): 
O problema da superprodução de café, que afetava principalmente a economia de São Paulo, 
vinha sendo contornado por meio da compra dos excedentes pelos governos dos estados 
produtores (e também pelo governo federal). A partir de 1929, com a eclosão da crise 
econômica mundial, a situação tornou-se insustentável, obrigando os governos estaduais e 
federal a suspenderem as compras de café, o que fragilizou a oligarquia paulista. A crise foi 
agravada pela ruptura da “Política do Café com Leite”, que opôs Minas Gerais a São Paulo e 
levou as oligarquias dissidentes “MG, RS e PB” a desencadear a Revolução de 30 contra a 
hegemonia paulista. 
Assim, sabemos que a alternativa correta é letra a). 
Gabarito: A 
13. (FGV 2007) 
 Em muitos aspectos, a Era Vargas (1930-1945) implementou mudanças no país em 
relação à Primeira República (1889- 1930), pois 
a) promoveu as bases da industrialização, ao empreender uma política econômica 
intervencionista e protecionista, além de orientar sua política externa na busca de 
recursos para implantar empresas nacionais. 
b) passou a tratar a questão social como "caso de polícia", reprimindo as organizações 
da classe operária com o fechamento de jornais, associações e sindicatos, embora 
permitisse sua representação no Congresso. 
c) estabeleceu um Estado federativo, conferindo aos estados bastante autonomia ao 
permitir que contraíssem empréstimos no exterior e estabelecessem impostos, sem 
necessidade de consulta ao governo federal. 
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d) desenvolveu uma nova política de valorização do café, por meio da compra e 
estocagem dos excedentes pelos governos estaduais e por constantes 
desvalorizações cambiais para favorecer os exportadores. 
e) autorizou a pluralidade sindical, porém os sindicatos ficaram atrelados ao Ministério 
do Trabalho, graças ao imposto de seus associados, e reuniam patrões e empregados, 
à semelhança do corporativismo fascista. 
Comentários 
 Getúlio Vargas, em seu primeiro período de governo (1930-45), deu início a uma política de 
substituição das importações, alicerçada na implantação de indústrias de base. Para tanto, 
adotou medidas de caráter nacionalista e intervencionista, chegando a receber ajuda dos 
Estados Unidos do contexto da Segunda Guerra Mundial. Portanto, sabemos que a alternativa 
correta é letra a). De qualquer maneira, vamos olhar porque as outras estão erradas: 
 b) A questão social foi tratada como "caso de polícia" durante a Primeira República brasileira. 
 c) Os estados não tinham grande autonomia durante o governo de Vargas. Inclusive, era ele 
quem nomeava os chamados "interventores" de cada estado. 
 d) Ele não desenvolveu uma nova política de valorização do café. Sua ascensão ao poder 
significou uma ruptura, de certa forma, com a oligarquia cafeeira. 
 e) Vargas controlava, de certa forma, a ação dos sindicatos. 
Gabarito: A 
14. (FGV 2004) 
Em 21 de dezembro de 1941, Getúlio Vargas recebeu Osvaldo Aranha, seu ministro 
das Relações Exteriores, para uma reunião. Leia alguns trechos do diário do 
presidente: 
"À noite, recebi o Osvaldo. Disse-me que o governo americano não nos daria auxílio, 
porque não confiava em elementos do meu governo, que eu deveria substituir. 
Respondi que não tinha motivos para desconfiar dos meus auxiliares, que as 
facilidades que estávamos dando aos americanos não autorizavam essas 
desconfianças, e que eu não substituiria esses auxiliares por imposições estranhas." 
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VARGAS, Getúlio, Diário. São Paulo/Rio de Janeiro, Siciliano/ Fundação Getúlio 
Vargas, 1995, vol. II, p. 443. 
A respeito desse período, podemos afirmar: 
a) As desconfianças norte-americanas eram completamente infundadas porque não 
havia nenhum simpatizante do nazi-fascismo entre os integrantes do governo 
brasileiro. 
b) Com sua política pragmática, Vargas negociou vantagens econômicas com o 
governo americano e manteve em seu governo simpatizantes dos regimes nazi-
fascistas. 
c) Apesar das semelhanças entre o Estado Novo e os regimes fascistas, Vargas não 
permitiu nenhum tipo de relacionamento diplomático entre o Brasil e os países do 
Eixo. 
d) No alto escalão do governo Vargas havia uma série de simpatizantes do regime 
comunista da União Soviética e de seu líder Joseph Stalin. 
e) As pressões do governo norte-americano levaram Vargas a demitir seu ministro da 
Guerra, o general Eurico Gaspar Outra, admirador dos regimes nazi-fascistas. 
Comentários 
Para responder à questão, é importante lembrar o contexto do diálogo citado. Em 1941, o 
mundo vivia a Segunda Guerra Mundial. Quando a Guerra começou, o governo Vargas estava 
dividido entre simpatizantes do Eixo e defensores dos Aliados. O próprio Vargas, embora 
simpatizante do Eixo, preferiu adotar uma política de neutralidade pragmática, negociando com 
os Estados Unidos ajuda financeira e tecnológica para a implantação da Siderúrgica de Volta 
Redonda. Portanto, a alternativa correta é letra b). 
Gabarito: B 
15. (FGV 2003) 
 Sobre a política externa desenvolvida pelo governo brasileiro durante o Estado Novo 
(1937-1945), é CORRETO afirmar: 
a) Um dos objetivos centrais da política externa do período foi a procura de recursos, 
em forma de capital e tecnologia, para promover a industrialização do país. A 
estratégia adotada foi a da barganha com Estados Unidos e Alemanha. 
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b) A prioridade da política externa do período foi a de encontrar mercados para os 
produtos brasileiros de exportação, especialmente o café, de forma a contornar os 
efeitos da crise econômica deflagrada em 1929. A estratégia adotada foi a do 
alinhamento incondicional com a Alemanha. 
c) Para atender ao seu principal objetivo - a obtenção de recursos externos para 
promover a industrialização do país - Vargas optou desde 1939 pelo alinhamento 
incondicional aos Estados Unidos, então maior potência ocidental. 
d) O alinhamento incondicional aos Estados Unidos foi a estratégia adotada para 
garantir um novo mercado consumidor para o café brasileiro. Em troca do apoio às 
proposições norte-americanas nos organismos internacionais, o Brasil obteve isenção 
de taxas alfandegárias para o café exportado para os Estados Unidos. 
e) As relações diplomáticas nesse período caracterizaram-se pelo alinhamento 
incondicional à Alemanha, em função da convergência ideológica que aproximava a 
ditadura varguista do nazismo alemão. 
Comentários 
A questão aborda diversos aspectos da política externa desenvolvida no Estado Novo. Sendo 
assim, vamos analisar individualmente cada alternativa para encontrar a correta: 
a) Correta. Não é de surpreender que no plano das relações econômicasinternacionais Vargas 
tivesse procurado tirar o melhor partido, tanto do sistema de comércio compensado da 
Alemanha como do livre-cambismo norte-americano. Essa postura do governo brasileiro é 
ilustrada pela assinatura de acordos comerciais com ambos os países. Com a Alemanha, o Brasil 
assinou Acordos de Compensação em 1934 e 1936, pelos quais ficava garantida a exportação 
de algodão, café, laranja, couro, tabaco e carne enlatada em grandes quantidades, em troca de 
produtos manufaturados alemães. Com os Estados Unidos, foi assinado o Tratado Comercial de 
1935, pelo qual o Brasil oferecia concessões tarifárias a determinados produtos norte-
americanos, e os Estados Unidos liberavam de tributos os principais produtos de exportação 
brasileiros. 
b) Incorreta. O café foi a prioridade da política externa sobretudo durante a República 
Oligárquica. Além disso, Vargas equilibrava acordos com Alemanha e EUA. 
c) Incorreta. Mais uma vez, Vargas equilibrou um alinhamento com os EUA e com a Alemanha. 
d) Incorreta. Tudo errado nessa alternativa, já discutimos nas duas anteriores essas questões. 
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e) Incorreta. Não houve um alinhamento incondicional à Alemanha, uma vez que Vargas fazia 
uma série de acordos com os EUA também. 
Gabarito: A 
16. (VUNESP 2004) 
Entre fins de fevereiro de 1945, quando José Américo de Almeida rompeu o cerco da 
censura, e 29 de outubro, com a deposição de Vargas, a sociedade brasileira, em 
pleno processo de democratização política e mobilizada em dois campos antagônicos, 
assistiu e participou de um movimento de massa, de proporções grandiosas. 
(Jorge Ferreira, in O Brasil republicano: o tempo da experiência democrática.) 
Esse movimento de massa de que fala o historiador, acontecido imediatamente após 
a deposição de Getúlio Vargas, ficou conhecido como 
a) queremismo 
b) o dia do Fico de Vargas 
c) crencionismo 
d) getulismo 
e) populismo 
Comentários 
O queremismo foi um movimento político de caráter popular ocorrido no ano de 1945, defensor 
da continuidade de Getúlio Vargas na presidência da República em reconhecimento às 
transformações na vida dos setores subalternos da sociedade durante o seu governo. Adotando 
o slogan “Queremos Vargas”, os queremistas defendiam a continuidade do trabalhismo como 
projeto político preponderante no país mesmo após a transição para o regime democrático, tendo 
o getulismo como a via mais segura para sua manutenção. Feitas essas considerações, a alternativa 
A é a correta. Vejamos agora as demais opções: 
- A alternativa B está incorreta. O personagem da história do Brasil cuja opção pela persistência 
no poder está associada ao termo “dia do fico” é D. Pedro I, e não Getúlio Vargas. 
- Não há nenhum movimento da história política brasileira que tenha recebido o nome 
“crencionismo”, e por isso a alternativa C está incorreta. 
- O getulismo é o nome dado à valorização da figura de Getúlio Vargas, sendo um dos elementos 
que integram o movimento queremista. Ademais, seus participantes também se mostram 
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defensores do trabalhismo enquanto ideologia, a fim de que pudessem ser mantidas as conquistas 
sociais obtidas durante a Era Vargas. Assim sendo, a alternativa D está incorreta. 
Gabarito: A 
17. (VUNESP 2003) 
Em 1939 o Estado Novo constitui um verdadeiro ministério, diretamente subordinado 
ao presidente da República (...). [Tal órgão] (...) exerceu funções bastante extensas, 
incluindo cinema, rádio, teatro, imprensa, literatura e política, além de proibir a 
entrada no país de "publicações nocivas aos interesses brasileiros"; agiu junto à 
imprensa estrangeira no sentido de se evitar que fossem divulgadas "informações 
nocivas ao crédito e à cultura do país"; dirigiu a transmissão diária do programa 
radiofônico "Hora do Brasil" (...)." (B. Fausto, “História do Brasil”). 
Trata-se do 
a) Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). 
b) Instituto Nacional de Comunicação Social (INCS) 
c) Conselho Nacional de Educação e Cultura (CNEC) 
d) Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) 
e) Conselho Federal de Administração e Cultura (CFAC) 
Comentários 
Para manter sob vigilância os veículos de imprensa e difundir material propagandístico de seu 
governo, Vargas cria durante o Estado Novo o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), 
órgão comandado durante anos pelo jornalista Lourival Fontes. Assim sendo, a alternativa A é 
a correta. 
- As alternativas B, C e E contêm nomes de instituições inexistentes neste período, e por isso 
estão incorretas. 
- Já o Dasp, mencionado pela alternativa D, foi um órgão criado em 30 de julho de 1937, com 
o objetivo de promover uma reforma que racionalizasse a administração pública no país, a partir 
do aperfeiçoamento de seus quadros. Dessa maneira, embora também criado durante a Era 
Vargas, o Dasp não incluía as prerrogativas mencionadas no enunciado, e por isso a alternativa 
D está incorreta. 
Gabarito: A 
18. (VUNESP 1993) 
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O início da implantação da indústria de base liga-se à política nacionalista da era 
Vargas. As dificuldades externas, devido ao envolvimento dos países industrializados 
nas guerras, contribuíram para que se consolidasse a política das substituições das 
importações. 
Dentre as realizações que marcaram o último governo de Getúlio Vargas (1951-1954), 
e que se tornaram importantes para o desenvolvimento econômico do país, podemos 
citar 
a) a transferência da Capital Federal para Brasília. 
b) o programa de integração econômica da Amazônia, com a instalação do porto livre 
de Manaus. 
c) o estabelecimento do monopólio da extração e da refinação do petróleo. 
d) a instalação da indústria automobilística no país. 
e) a criação do Banco Nacional de Habitação. 
Comentários 
- A transferência da capital para Brasília ocorre durante a gestão de Juscelino Kubitschek, em 1960. 
Assim sendo, a alternativa A está incorreta. 
- Embora a idealização da Zona Franca de Manaus remeta ao período do governo de JK, sua 
concretização só se deu a partir do Decreto Lei nº 288∕1967, promulgado durante o regime militar. 
Devido a isso, a alternativa B está incorreta. 
- A alternativa C é a correta. Com a criação da Petrobrás, durante o segundo o governo Vargas, o 
Estado passou a ter monopólio da extração e refino do “ouro negro” extraído de suas reservas 
subterrâneas. 
- A alternativa D está incorreta, afinal o desenvolvimento da indústria de automóveis no país se 
deu durante o governo JK, com recursos públicos e capital estrangeiro. 
- O Banco Nacional de Habitação é uma empresa pública criada em 1964, dez anos após o fim do 
segundo governo Vargas. Dito isso, a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: C 
19. (FCC – Câmara Legislativa do Distrito Federal – 2018) 
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Dentre as várias rupturas democráticas observadas ao longo da história do Brasil, 
pode-se citar o movimento que conduziu à instalação do chamado Estado Novo, 
período sobre o qual é correto afirmar que 
a) marcou o início da chamada “política dos governadores”, por meio da qual o 
governo central autoritário mantinha seu poder a partir de aliança com as oligarquias 
que controlavam as forças públicas estaduais. 
b) foi encabeçadopor cinco estados da federação que não reconheceram o resultado 
das eleições democráticas para escolha do novo presidente. 
c) teve como estopim a crise sucessória desencadeada pela renúncia do presidente 
da república eleito pelo voto democrático-censitário 
d) teve como um de seus pretextos inibir um suposto plano de tomada do poder no 
Brasil pelos comunistas. 
e) foi patrocinado pela burguesia industrial emergente e comandado por setores do 
exército aliados aos interesses econômicos internacionais. 
Comentários: 
O Estado Novo foi um período ditatorial que vigorou no Brasil de 1937 a 1945, sob a liderança de Getúlio 
Vargas. O regime foi caracterizado pelo autoritarismo, pela centralização do poder, pela repressão às 
liberdades individuais e pelos avanços sociais, como a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
(a) Incorreta. O Estado Novo não marcou o início da política dos governadores, que já vinha sendo praticada 
por Vargas desde o início de seu governo, em 1930. A política dos governadores consistia na manutenção do 
poder de controle dos estados pelas oligarquias locais, em troca de sua fidelidade ao governo central. 
(b) Incorreta. O Estado Novo não foi encabeçado por cinco estados da federação. O regime foi instaurado 
por um golpe de Estado promovido por Getúlio Vargas, com o apoio de setores do Exército e da elite agrária. 
(c) Incorreta. O estopim do Estado Novo não se relacionou a uma crise sucessória, mas sim à perspectiva da 
realização de eleições em 1938. Getúlio Vargas, que havia chegado ao poder em 1930, não poderia se 
candidatar à reeleição e armou uma arapuca para que se instaurasse uma nova constituição antes de 
qualquer processo democrático. 
(d) Correta. Um dos pretextos utilizados por Getúlio Vargas para instaurar o Estado Novo foi a suposta 
ameaça de uma tomada do poder pelos comunistas. Vargas acusava os comunistas de promoverem 
agitações sociais e de tentarem implantar uma ditadura no Brasil. Além disso, o Levante Comunista de 1935 
em Natal e no Rio de Janeiro estimulou esse imaginário. 
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(e) Incorreta. O Estado Novo não foi patrocinado pela burguesia industrial emergente. Na verdade, o regime 
foi visto com desconfiança por alguns setores da burguesia, que temiam o autoritarismo de Vargas. 
Gabarito: D. 
20. (FCC – Secretaria de Estado da Gestão e Previdência do Estado do Maranhão – 2017) 
No Brasil, a política social teve um desenvolvimento lento, débil e tardio. Nas 
primeiras décadas do século XX, a questão social foi tratada pelo Estado como caso 
de polícia. A partir de meados dos anos de 1930, no período da ditadura Vargas, o 
Estado 
a) criou um complexo sistema de gestão e regulação dos conflitos sociais, marcado 
pela ideia de colaboração entre as classes 
b) promoveu a organização sindical sob a perspectiva de participação e controle 
social. 
c) tornou-se locus de produção de dissensos, de dominação e de repressão 
d) regulou a economia de mercado e assegurou o pleno emprego. 
e) foi provedor de benefícios sociais irrestritos, e a previdência privada desempenhou 
um papel fundamental. 
Comentários: 
O desenvolvimento da política social no Brasil foi marcado por avanços e retrocessos. Nas 
primeiras décadas do século XX, a questão social foi tratada pelo Estado como caso de polícia, 
com o objetivo de reprimir as manifestações de insatisfação dos trabalhadores. A partir de meados 
dos anos de 1930, no período da ditadura Vargas, o Estado passou a adotar uma política social 
mais ativa, com o objetivo de promover a conciliação entre as classes sociais e a modernização do 
país. 
(A) Correta. O Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas, criou um complexo sistema de gestão e 
regulação dos conflitos sociais, marcado pela ideia de colaboração entre as classes. Esse sistema 
incluiu a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que instituiu direitos trabalhistas 
básicos para os trabalhadores, como o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas e o 
descanso semanal remunerado. 
(B) Incorreta. A organização sindical foi controlada pelo Estado durante o Estado Novo, o que 
limitou sua autonomia e capacidade de mobilização. Isso é o que se chama de peleguismo. 
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(C) Incorreta. O Estado não estimulava o dissenso, tendo o seu foco em “resolver” ou “mediar” as 
disputas entre as diferentes classes sociais. 
(D) Incorreta. O Estado Novo não regulou a economia de mercado nem assegurou o pleno 
emprego. Pelo contrário, o regime adotou políticas econômicas que favoreceram os interesses da 
burguesia, como a industrialização acelerada e a abertura do mercado brasileiro às importações. 
(E) Incorreta. Os benefícios sociais foram concedidos de forma seletiva, privilegiando os 
trabalhadores assalariados urbanos. A previdência privada desempenhou um papel secundário na 
política social do Estado Novo. 
Gabarito: A. 
21. (FCC – TRT-SP 15ª região – 2018) 
Conforme o Decreto nº 22.621, de 5/4/1933, a Assembleia Constituinte que iria 
debater a nova Constituição brasileira deveria ser composta por 214 deputados 
eleitos na forma da lei eleitoral vigente desde 1932, e mais 40 representantes 
classistas eleitos pelos sindicatos legalmente reconhecidos pelo Ministério do 
Trabalho. Esta composição pode ser compreendida como fruto da convivência 
 
a) da concepção oligárquica, que valorizava um sistema eleitoral herdado da Primeira 
República, e de uma perspectiva socialista de participação popular, baseada na 
eleição de representantes dos partidos estaduais e de delegados escolhidos por 
sindicatos operários 
b) dos princípios da democracia, entre os quais figurava a representação do indivíduo 
pelo voto concedido aos candidatos a deputados, e do poder político da maçonaria, 
que determinava aqueles que seriam os representantes correspondentes em cada 
classe profissional. 
c) dos princípios do fascismo, como a defesa da estatização da representação popular 
por intermédio de um partido único, e da concepção anarco-sindicalista, que 
estabelecia o princípio do voto coletivo para escolha de delegados sindicais. 
d) da concepção liberal, que estabelecia o princípio de representação do indivíduo 
pelo voto, e do princípio corporativista que entendia a sociedade como um corpo 
composto majoritariamente por grupos ligados ao mundo do trabalho e da produção 
econômica. 
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e) da concepção republicana, que postulava a escolha da constituição e a 
representação do indivíduo por meio de eleições diretas, e do princípio keynesiano 
que entendia a sociedade como um organismo livre composto por indivíduos 
autorrepresentados. 
Comentários: 
A Assembleia Constituinte de 1933 foi convocada pelo governo provisório de Getúlio Vargas, após 
a Revolução de 1930. A Assembleia foi responsável pela elaboração da Constituição de 1934, que 
estabeleceu um regime democrático e liberal no Brasil. 
(a) - INCORRETA 
A concepção oligárquica, que valorizava um sistema eleitoral herdado da Primeira República, 
defendia a representação dos interesses dos grandes proprietários rurais e das elites urbanas. A 
perspectiva socialista de participação popular, baseada na eleição de representantes dos partidos 
estaduais e de delegados escolhidos por sindicatos operários, defendia a representação dos 
interesses dos trabalhadores. A Assembleia Constituinte de 1933 não representava a convivência 
dessas duas concepções.( b) - INCORRETA 
A maçonaria é uma organização fraterna que defende os princípios da democracia e da liberdade. 
A composição da Assembleia Constituinte de 1933 não representava a convivência dos princípios 
da democracia e do poder político da maçonaria. Não existem relatos de grande influência da 
maçonaria nesse contexto histórico, diferente de outros, como no período do Brasil império 
(c) - INCORRETA 
O fascismo é um regime autoritário e totalitário que defende a estatização da representação 
popular por intermédio de um partido único. A concepção anarco-sindicalista é uma corrente do 
anarquismo que defende a abolição do Estado e a organização da sociedade por meio de 
sindicatos. A Assembleia Constituinte, não representava a convivência dos princípios do fascismo 
e da concepção anarco-sindicalista. 
(d) - CORRETA 
A concepção liberal, que estabelecia o princípio de representação do indivíduo pelo voto, e o 
princípio corporativista que entendia a sociedade como um corpo composto majoritariamente por 
grupos ligados ao mundo do trabalho e da produção econômica, coexistiram na composição da 
Assembleia Constituinte de 1933. A primeira concepção estava representada pelos 214 deputados 
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eleitos na forma da lei eleitoral vigente desde 1932, que representavam os interesses dos 
indivíduos. A segunda concepção estava representada pelos 40 representantes classistas eleitos 
pelos sindicatos legalmente reconhecidos pelo Ministério do Trabalho, que representavam os 
interesses dos trabalhadores. 
(e) - INCORRETA 
A concepção republicana postula a escolha da constituição e a representação do indivíduo por 
meio de eleições diretas. O princípio keynesiano defende a intervenção do Estado na economia 
para promover o pleno emprego e o crescimento econômico. A Assembleia Constituinte de 1933 
não representava a convivência dessas duas concepções. 
Gabarito: D. 
22. (FCC – TRT-SP 15ª região – 2018) 
O artigo 138 da Constituição de 1937, que estabelece o reconhecimento e a 
regulação da atividade sindical pelo Estado, foi inspirado 
a) pela Carta de Nuremberg, elaborada em 1924 pelo Partido Nazista. 
b) pelo Documento de Genebra, firmado em 1918 pela Organização Internacional do 
Trabalho. 
c) pela Carta del Lavoro, promulgada em 1927 pela Itália fascista 
d) pela Carta dos Trabalhadores Ingleses, editada em 1848 pelo movimento cartista. 
e) pelo Manifesto de Lisboa, escrito em 1930 pelo Movimento Salazarista. 
Comentários: 
O artigo 138 da Constituição de 1937 estabeleceu o reconhecimento e a regulação da atividade 
sindical pelo Estado. Esse artigo foi uma das principais inovações da Constituição, que instituiu o 
Estado Novo no Brasil. 
(A) Incorreta. A Carta de Nuremberg, elaborada em 1924 pelo Partido Nazista, não trata da 
questão da sindicalização. Essa carta estabeleceu os princípios do regime nazista, incluindo a 
supremacia da raça ariana e o culto à personalidade de Adolf Hitler. 
(B) Incorreta. O Documento de Genebra, firmado em 1918 pela Organização Internacional do 
Trabalho, estabeleceu os princípios fundamentais da legislação trabalhista, incluindo a liberdade 
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sindical. No entanto, o artigo 138 da Constituição de 1937 foi mais restritivo que o Documento de 
Genebra, pois permitia ao Estado regular a atividade sindical. 
(C) Correta. A Carta del Lavoro, promulgada em 1927 pela Itália fascista, foi a principal inspiração 
para o artigo 138 da Constituição de 1937. A Carta del Lavoro estabeleceu o corporativismo, um 
sistema político e econômico em que os trabalhadores e os empregadores são organizados em 
corporações, que são controladas pelo Estado. 
(D) Incorreta. A Carta dos Trabalhadores Ingleses, editada em 1848 pelo movimento cartista, foi 
uma importante conquista dos trabalhadores ingleses. Essa carta estabeleceu os direitos 
trabalhistas básicos, incluindo a liberdade sindical. No entanto, o artigo 138 da Constituição de 
1937 foi menos liberal que a Carta dos Trabalhadores Ingleses, pois permitia ao Estado regular a 
atividade sindical. 
(E) Incorreta. O Manifesto de Lisboa, escrito em 1930 pelo Movimento Salazarista, estabelecia os 
princípios do regime salazarista, que era um regime autoritário de direita. O Manifesto de Lisboa 
não trata da questão da sindicalização. 
Gabarito: C. 
23. (Profe Ale Lopes/Estratégia Concursos/2022) 
“Afinal, em 31 de dezembro de 1942, a América Latina ganhara uma das cinco emissoras mais 
potentes do mundo: a Nacional entrava no ar para transmitir programas diários em quatro 
idiomas, fazendo a divulgação metodizada da música e do folclore brasileiro lado a lado com a 
propaganda constante dos principais produtos do país (então o café, o algodão, a borracha e a 
madeira), por meio de uma estação de ondas curtas de 50kW de potência e oito antenas 
instaladas pela RCA Victor: duas dirigidas aos Estados Unidos, duas à Europa, uma voltada para 
a Ásia”. 
SAROLDI, Luiz Carlos; MOREIRA, Sonia Virgínia. Rádio Nacional: o Brasil em sintonia. 3 ed. Rio 
de Janeiro: Jorge Zahar, 2005, p. 98. 
No período abordado pelo texto, 
a propaganda política não era permitida no rádio, apenas em material impresso ou em 
A)manifestações públicas. 
B)as emissoras de rádio serviram apenas ao entretenimento, como na divulgação de músicas e 
na reprodução de radionovelas. 
C)o pensamento livre e a liberdade de expressão encontraram espaço nas emissoras de rádio, 
pois a censura ignorava esses meios de comunicação. 
Alessandra Lopes
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D)o rádio criou novas formas de lazer e convivência e veiculou diferentes sensibilidades, valores 
e hábitos. 
E)a sociedade brasileira quase não foi afetada pela difusão do rádio, uma vez que era um 
produto de luxo só acessível às classes mais ricas. 
Comentários 
Apesar de ter sido inventado no final do século XIX, o rádio teve sua expansão mundial após a Primeira 
Guerra (1914-1918), quando houve grande desenvolvimento nos meios eletrônicos e de comunicação para 
fins militares. No Brasil, esse meio de comunicação atingiu seu apogeu na década de 1930, na mesma época 
em que o país era governado por Getúlio Vargas. Nesse período, iniciou-se a chamada “Era de Ouro do 
Rádio”, quando ele se popularizou e tornou-se um meio de entretenimento. Especificamente no ano citado 
pelo texto, 1942, o país estava sob a ditadura do Estado Novo (1937-1945), presidido pelo próprio Vargas. 
Portanto, era um período marcado por perseguições políticas, censura e centralização do poder. Ainda, o 
governo brasileiro vinha aplicando uma política econômica nacional-desenvolvimentista, caracterizada pelo 
fortalecimento do capitalismo brasileiro, por meio da industrialização e da intervenção estatal na economia. 
Conhecendo esse contexto, vejamos o que é correto afirmar sobre o período abordado pelo texto: 
A)Incorreta. Getúlio Vargas resolveu explorar o rádio e passou a utilizá-lo como um grande aliado político 
sendo um meio de divulgação de seu governo interna e externamente. Na época, o presidente estabeleceu 
concessões às empresas particulares para o uso do rádio e, em troca, utilizava o meio como propaganda para 
divulgar seus feitos e enviar mensagens políticas aos ouvintes no programa obrigatório “A hora do Brasil”, 
que mais tarde tornou-se “A voz do Brasil”. Em 1939, foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda 
(DIP), responsável não só pela vigilância e censura dos meios de comunicação, como pela propagandaoficial 
do governo, o que levou o órgão a se manter familiarizado com os programas radiofônicos. Vale destacar 
também que, em 1940, o governo estatizou a Rádio Nacional, citada pelo texto. Ele colocou homens de sua 
confiança na direção da emissora para fazer dela o principal meio de divulgação das ideias e realizações do 
governo Vargas. A referida rádio também se tornou a maior emissora da América Latina na época. 
B)Incorreta. De fato, o rádio se tornou uma das principais fontes de entretenimento da população brasileira 
a partir dos anos 1930 e 1940. No entanto, ele também era usado para muitas outras coisas, como noticiário, 
propaganda política, estímulo ao consumo e a promoção de novas concepções de moda, entre muitas outras 
coisas. 
C) Incorreta. Como mencionei na letra “a”, o rádio não fugia da vigilância e censura exercidas pelo DIP. 
D)Correta! Como já afirmei, o rádio se tornou a principal fonte de diversão, informação e entretenimento 
dos brasileiros naquela época. A programação era bem variada, atendendo a todos os gostos e públicos. 
Igualmente, a nova tecnologia de comunicação proporcionou mudanças nos hábitos. Tornou-se comum as 
famílias, os amigos, os colegas de trabalho, enfim, as pessoas de modo geral se reunirem em torno de um 
aparelho para a se inteiras das novidades ou apenas curtir uma radionovela ou música. 
E)Incorreta. Essa alternativa contraria completamente o que expliquei nas demais. O rádio causou uma 
grande transformação no cotidiano dos brasileiros em vários aspectos. Além disso, era possível encontrar 
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aparelhos de rádio de diferentes preços, alguns mais luxuosos, outros mais econômicos. Afinal, o próprio 
governo tinha interesse em transformá-lo no principal meio de comunicação de massa do país, logo buscou 
facilitar sua popularização. 
Gabarito: D 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Queridos, minha mãe me falava umas coisas que eu carrego para minha vida. As vezes compartilho. 
Uma delas era: Ninguém pode atrasar quem veio para vencer!!! Compartilho com vocês, pois tenho certeza 
de que nesse momento vocês estão dando seu melhor! 
E não esquece: cada dia, cada hora, cada minuto que você se envolve com a tarefa de adquirir mais 
conhecimento, gravar mais uma informação, colar mais um post it é uma riqueza infinita. Ninguém tira de 
você aquilo que está acumulado: o seu capital cultural. S2 
Não esqueça do mantra: Não existe solução mágica, mas existem estratégias que, se 
utilizadas com afinco e dedicação, podem realizar sonhos. Nós estamos JUNTOS nesse 
caminho!!! Contem comigo, meus querida e querido alunos. 
Utilize o Fórum de Dúvidas. Eu responderei suas perguntas com esmero. E não se esqueça de que não existe 
dúvida boba. Quanto mais você pergunta, mais conversamos e mais você sintetiza o conteúdo, certo! 
Também me procure nas redes sociais. Lá tem dicas preciosas para te ajudar na sua preparação. 
@profe.ale.lopes 
Um grande abraço estratégico, 
Alê Lopes 
 
Alessandra Lopes
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